Antes dos acontecimentos de Secret Wars II:
Marinette estava no meio de uma sessão de fotos no parque. A agência de publicidade para a qual trabalhava estava fazendo fotografias para uma campanha de uma floricultora nova, logo, o parque era o lugar perfeito.
Por trás da câmera, Nathalie e Gabriel observavam muito satisfeitos. Adrien estava ao lado deles, olhando tudo com um sorriso empolgado.
— Ótimo! – o fotógrafo elogiou vendo o resultado – Vamos para um pequeno intervalo. Enquanto você descansa, vamos trocar as flores.
— Tá bem. – Marinette assentiu e foi até o toldo que havia sido montado ao lado, tomar um pouco de água.
Adrien viu a azulada sozinha e imaginou que aquela seria a oportunidade perfeita para se aproximar dela. Então respirou fundo e foi até ela.
— Oi.
— Oi, Adrien. – sorriu – O que você está achando da sessão de fotos?
— A-Ah você é incrível. Digo, está muito incrível, é. – se repreendeu mentalmente.
— Obrigada, sua opinião conta muito.
— É? Por quê?
— Fiquei sabendo que você gosta de fotos. – apontou para a câmera semiprofissional que estava pendurada no pescoço dele.
— Ah, é. – sorriu e segurou o aparelho. Em seguida, olhou para Marinette, tendo uma ideia. – V-Você... Hã... Gostaria... Quer dizer, será que eu poderia... É... – apontou para a câmera e gesticulou como se estivesse tirando uma foto.
— Você quer tirar uma foto minha?
— É. Se não se importar, é claro. – Marinette sorriu.
— Claro que não. Que tal ali? – apontou para as árvores.
— Pode ser.
Os dois foram até o local e a azulada se posicionou.
— Assim está bom?
— Você é ótima. Digo, está ótima. – riu nervoso. Para Adrien foi quase impossível se concentrar em tirar as fotos, pois a beleza de Marinette com certeza era intimidadora.
Logo, ouviram um grunhido e olharam para a direção do barulho e viram um senhor de cabelos brancos caído no chão. Marinette e Adrien correram até ele rapidamente e o ajudaram a levantar.
— O senhor está bem? – ela perguntou, enquanto Adrien entregava a bengala.
— Estou sim, muito obrigado meus jovens.
— Não precisa agradecer, mas o senhor está mesmo bem? Consegue caminhar sozinho? – foi a vez do loiro questionar.
— Estou bem sim, não precisam se preocupar. – sorriu – Vou indo. Tudo de bom para o casal. – Marinette riu.
— Somos apenas amigos.
— É. – Adrien riu também, porém de nervoso.
— Mas obrigada. – o velhinho assentiu e saiu.
Os dois ficaram olhando ele se afastar, não imaginando que a partir dali, suas vidas mudariam totalmente.
***
***
***
Lady Noire saltou para o lado antes de ser atingida pelo disparo de Glaciator, o doceiro dos apaixonados, que havia sido akumatizado e amokizado por ter ficado triste por conta de um cliente mal educado. Em seguida, a heroína girou o seu bastão para evitar de ser atingida.
— Uma ajudinha?
— Estou meio ocupado, my lady! – Mister Bug se equilibrava em cima do um sentimonstro em formato de maçãs do amor gigantes.
— Ótimo! – a azulada murmurou, saltando para trás.
— Lady Noire? Tudo sob controle? – Mestre Fu questionou pelo comunicador.
— Sim, Jade Turtle. – respondeu, usando o codinome do Mestre por segurança – Hey, Bugaboy, vamos precisar do seu Lucky Charm.
— Ainda não! Eu sei que o que estou fazendo! – disto isso, o monstro se virou bruscamente, derrubando o herói. Lady Noire usou seu bastão para saltar até ele e o segurou no colo, pousando no chão com os joelhos flexionados.
— O que seria de você sem mim?
— Provavelmente alguém com o psicológico menos abalado. – desceu do colo dela.
— Bom saber que abalo o seu psicológico! – ela piscou, recebendo um olhar de tédio de Mister Bug.
— Não nesse sentido, gatinha. – parou na frente dela e girou o ioiô, impedindo que fossem atingidos pelos disparos de Glaciator. Lady Noire então girou o seu bastão, o parou em pé e escorou o queixo nele, olhando para o loiro com um sorriso.
— Amo quando me chama assim. Que tal dividirmos uma maçã do amor depois daqui?
— Vou pensar no seu caso. Agora, foco!
— Lady Noire? Mister Bug? – Fu chamou novamente.
— Estamos cuidando da situação, não se preocupe. – Mister Bug respondeu, em seguida o sentimonstro bateu forte no chão e teria atingido os dois se Lady Noire não tivesse se jogado sobre o parceiro e os tirado dali.
Os dois rolaram no chão e azulada ficou por cima, dando um sorriso. O herói fez careta e logo ela levantou, oferecendo a mão para ele.
— Certo, precisamos de um plano e rápido.
— Que tal o Lucky Charm agora, Bugaboy?
— Agora é uma boa hora. Lucky Charm! – o objeto vermelho com bolinhas pretas caiu na mão do garoto.
— Calda de caramelo? O que vamos fazer com isso? Comer o sorvete e a maçã do amor?
— Você distraí eles enquanto eu descubro.
— Com prazer. – sorriu, fazendo um cumprimento e saiu correndo na direção do akumatizado e do sentimonstro. – Aí, eu até diria pra você ficar frio, mas acho que você já está o suficiente! – Glaciator grunhiu e disparou em Lady Noire, enquanto isso o sentimonstro vinha na direção dela. – Quando quiser, Mister Bug!
O herói olhou para os lados procurando o que fazer e não demorou muito para descobrir. Em seguida, saiu correndo e deslizou por baixo do sentimonstro, espalhando a calda de caramelo. O monstro pisou nela e ficou preso.
— Faz ele acertar a maçã do amor! – disse para a parceira, que assentiu e foi desviando dos disparos do vilão, até parar na frente do monstro. Quando Glaciator disparou, ela pulou e ele acertou o sentimonstro, fazendo-o ficar congelado. O akumatizado ficou atônito, logo, Mister Bug aproveitou para pegar a boina de André e rasgar, liberando a pena. – Chega de maldade pra você! – capturou.
— Ok, e o akuma?
— Usa o poder ali quando for a hora! – apontou para o imenso exaustor de um prédio. Lady Noire assentiu e se posicionou, em seguida Mister Bug correu e saltou, acertando Glaciator, que cambaleou para trás.
— Cataclysm! – Lady Noire destruiu o tampão e o vento fez o sorvete se dissipar. Logo, André caiu de joelhos e Mister Bug pegou o boleador de sorvete e pisou em cima, liberando a borboleta negra.
— Hora de aniquilar a maldade! Peguei! Tchau, tchau pequena borboleta e pequena pena! – acenou para a os dois, que estavam agora purificados. Depois disso, jogou o tubo do calda para cima – Miraculous Mister Bug!
— Zerou!
***
— NÃO! – Moth esbravejou assim que perdeu o contato com Glaciator e Peacock fez uma careta, pois também tinha perdido o contato com seu sentimonstro. – Aqueles dois... Sempre dificultam a minha vida!
— Na próxima vez nós vamos conseguir.
— É, você disse isso na vez anterior. E na anterior da anterior. – virou-se para ele, fazendo com que o homem estremecesse somente com o olhar dela – Precisamos de um plano melhor para acabar com eles. É isso.
— Tenho certeza que você pode bolar algo incrível.
— Oh, por favor! – Moth saiu andando em direção ao elevador – Pare de me bajular.
— Não estou bajulando, estou dizendo a verdade. – Peacock sorriu, fazendo com que ela parasse repentinamente e desse um meio sorriso.
— Nooroo, dark wings fall! – desfez a transformação e entrou no elevador – Você vem ou não?
— Duusu, fall my feathers! – o homem desfez a sua transformação também e parou ao lado dela.
Os dois desceram pelo elevador e pararam no escritório dela. Em seguida, saíram como se nada tivesse acontecido.
— Tenho algum compromisso pra hoje? – Nathalie questionou.
— Duas reuniões com investidores.
— Cancele tudo. Preciso me concentrar para criar um plano melhor. – Gabriel assentiu e se retirou do escritório.
O secretário sentou-se à sua mesa e fez o que sua chefe pediu, desmarcou as reuniões, justificando como sempre. Em seguida, o tablet e começou a resolver as tarefas que deveria ter feito mais cedo, porém teve que interromper para ajudar Nathalie.
— Pai! – Adrien correu na direção de Gabriel, recebendo um olhar repreensivo.
— Adrien! O que eu disse sobre correr na mansão da Sra. Sancoeur?
— Desculpa, desculpa. – o loiro respondeu – É que eu ouvi dizer que vai ter uma sessão de fotos com a Marinette, é verdade?
— Sim, está programado.
— Eu posso ir ver? – Gabriel fez uma careta. Sabia que seu filho era fã de fotografia, de Marinette e adorava quando podia presenciar as fotos que tiravam para qualquer tipo de campanha publicitária. Porém também sabia que Nathalie não gostava de tumultos – Por favor, por favor! – juntou as mãos e se ajoelhou, assim que sentiu que seu pai iria negar.
— Tudo bem. Mas levante de uma vez e não faça esse escândalo todo no dia!
— Certo. Muito obrigado. – sorriu e envolveu o pai em um abraço apertado. Gabriel sorriu de lado.
— Agora vá fazer o seu dever de casa.
— Ok, estou indo. – saiu, porém antes de ir, virou-se para o homem novamente – O senhor é o melhor pai do mundo!
***
Marinette olhou para o aparelho eletrônico quebrado e fez uma careta pensativa adorável, com a língua um pouco à mostra.
— O que você tanto olha? – Plagg questionou curioso, segurando um pedaço de queijo.
— Ah não, sai pra lá! – tapou o nariz e afastou o kwami com a mão – Esse troço fede demais e interrompe o meu raciocínio.
— Não fale do meu precioso camembert!
— Eu não falava dele. – brincou e Plagg fez uma expressão de ofendido – Estou brincando. Mas ainda assim, esse queijo fede e me atrapalha.
— Que culpa eu tenho se você não sabe o que é bom?
— Ah tá! – riu, enquanto ele dava de ombros e comia o queijo – Mas respondendo à sua pergunta inicial, esse rádio interdimensional está quebrado. Eu levei para e escola e devo ter quebrado sem querer quando a Reflekta atacou ontem.
— E você sabe como consertar? – Marinette deu um sorriso convencido.
— Fui eu que fiz. Era o meu projeto de ciências na oitava série. É claro que eu sei como consertar. – o kwami assentiu, pouco interessado e pousou dentro da embalagem de camembert, comendo mais do seu precioso queijo – Mas eu estava pensando, acho que posso fazer uma versão menor. Só que vai dar trabalho.
— Ficaria surpreso se não desse. – a azulada riu.
— Eu também, Plagg. Eu também.
***
— Tikki, você acha que um dia vamos vencer a Moth? – questionou sem tirar os olhos do dever de casa.
— É claro, Adrien! – a kwami exclamou positiva, como sempre.
O loiro parou de escrever e deu um longo suspiro, se atirando para trás na cadeira.
— Espero que você esteja certa. É que os akumas e os amoks têm ficado cada vez mais complicados. E eu não quero que o Mestre fique colocando o Miraculous dele.
— Pois é, ele já está muito velho.
— Sim. Lady Noire provavelmente pensa da mesma forma. – seus olhos casualmente pousaram na nova revista que tinha comprado, com a foto de Marinette na capa e um sorriso enorme estampou o seu rosto – Ah, ela é tão linda!
— A Lady Noire? – Tikki indagou, não tinha visto o que ele encarava. Adrien arregalou os olhos e girou a cadeira, ficando de frente para a kwami.
— Não! A Marinette. A Lady Noire é bonita... Mas nada comparada à Marinette. – ela deu uma risadinha nervosa, pois sabia que na verdade ele falava da mesma pessoa. – Será que um dia eu vou parar de agir como um idiota na frente dela?
— É bem provável. – Adrien riu.
— Espero que esteja certa sobre isso também.
***
Marinette desceu do carro e vários alunos estavam à sua espera na frente do colégio. No dia anterior, a nova coleção de roupas esportivas tinha sido lançada e como Marinette era a principal modelo da agência de publicidade Sancoeur, seu rosto estava estampado em vários anúncios.
— Oi, tudo bem? – sorriu simpática e começou a distribuir autógrafos – Oi. – acenava.
— Posso tirar uma foto com você?
— Claro. – o garoto de cabelos azuis parou ao lado dela e tirou a foto.
— Obrigado. – ela deu um sorriso como resposta e continuou com mais fotos e autógrafos, até entrar na escola. Lá, cumprimentou seus colegas e as pessoas de outras turmas que a conheciam e gostavam dela.
— B-Bom dia, Marinette. – Adrien parou na frente dela.
— Bom dia, Adrien.
— Você... Hum... – estendeu a revista, receoso e com um pouco de vergonha, fazendo a azulada rir de leve.
— Quer um autógrafo? – o loiro assentiu, então Marinette assinou rapidamente – Quer uma foto também? – Adrien se surpreendeu, afinal, queria muito, mas não tinha coragem de pedir.
— Sim, p-por favor. – ficou olhando pra ela, hipnotizado pelos olhos azuis.
— Adrien?
— Hã?
— O seu celular. Pra foto.
— A-Ah é. – pegou o aparelho, quase o derrubando pelo nervosismo e se posicionou ao lado dela. Em seguida, tirou a foto e a fitou, sorrindo. – Obrigado.
— Sem problemas. – Marinette respirou fundo e avistou seu melhor amigo, Nino, sentado na escada. – Vou ali falar com o Nino. Nos vemos na aula. – tocou o ombro dele e saiu sorrindo.
— Ela tocou o meu ombro! – colocou a mão sobre o local que a azulada havia colocado a sua – Nunca mais vou lavar esse casaco!
— Sério? – Alya surgiu ao lado dele, fazendo com que saltasse com o susto.
— Credo! – a morena riu da reação do melhor amigo. – Você não pode aparecer assim, quase me matou do coração!
— Ah é, e seria ruim se eu te matasse, assim você nunca poderia chamar a Marinette para sair. – o garoto ficou vermelho.
— Alya!
— O que foi? Eu só disse a verdade. – deu de ombros, fazendo uma expressão de falsa inocência.
— Você sabe que ela não aceitaria sair comigo. – lamentou, observando como Marinette ficava linda rindo de uma piada aleatória contada por Nino. Alya então, colocou a mão sobre o ombro dele.
— Você nunca vai saber se não tentar. – Adrien olhou para a melhor amiga e suspirou.
— Talvez algum dia.
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