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História Mírame - Não é nada


Escrita por: IzzyRebels

Capítulo 2 - Não é nada


"Se nota en tu mirada que él no te quiere y que él no lo hará

Y no te vas, tu no te vas"

 

 

Acordei outra vez e minha cabeça doía, minhas pernas e braços estavam roxos, e também doíam. Olhei para o lado e Alfonso não estava, naquele momento nem me preocupei onde ele poderia estar eu só queria que aquela dor parasse. Me levantei com certa dificuldade, fui até a sala e lá estava Poncho deitado no sofá com o fone de ouvido vendo algum vídeo no celular, na hora que apareci ele se assustou.

Ai Maite! Você me assustou.

— Você não vai trabalhar hoje?

— Não! Mas daqui a pouco tenho que sair para uma reunião com alguns sócios. Você precisa de alguma coisa? — Falou Poncho se sentando no sofá.

Tem como me trazer uma aspirina quando voltar?

— Claro! Vou tomar meu banho. — Falou Poncho ele me dando um beijo indo para o banheiro.

Assim que Poncho entrou pro banho percebi que havia deixado o celular em cima do sofá. A curiosidade foi maior que eu, peguei então o celular e fui procurar o que Poncho via na hora que cheguei, entrei no navegador do celular e olhei o histórico, ele estava vendo vídeos pornográficos. Aquilo partia meu coração, Poncho não estava satisfeito com o nosso casamento. Deixei o celular no mesmo lugar que estava antes e fui até a cozinha onde comecei a lavar a louça suja, enquanto lavava algumas lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, o meu casamento com Poncho estava ficando cada vez pior. Haviam momentos em que ele era um amor de pessoa e me fazia sentir especial como na manhã do meu aniversário, mas havia um outro Poncho que era um mostro, agressivo, possessivo que parecia não gostar de mim e esse Alfonso aparecia muito mais vezes do que a versão pela qual me apaixonei. Eu não sabia o que fazer, tudo que eu queria era ter o mesmo homem todos os dias, mas em vez disso eu tinha um homem agressivo que as vezes deixava seu lado romântico aparecer.

Quando Poncho saiu do banho eu limpei minhas lágrimas e terminei de lavar a louça até que ele apareceu na cozinha.

Arruma a gravata pra mim, por favor? — Pediu ele, eu sequei minhas mãos e ajustei sua gravata. Após arrumar a gravata eu encarei Poncho o olhando no fundo dos olhos.

Você me ama Poncho? — Perguntei e ele me olhou surpreso.

É claro que eu amo! — Falou ele me beijando na testa. — Nunca duvide disso, meu amor. — Falou ele saindo da cozinha e mal sabia o quanto é difícil acreditar que ele me ama como diz.

O dia passou rápido e Poncho mais uma vez demorou a chegar, mas dessa vez resolvi ir dormir em vez de o esperar. Era por volta de uma hora da manhã quando Poncho chegou exalando cheiro de álcool, eu me mantive imóvel quando ele entrou no quarto. Poncho entrou no quarto, tirou o sapato, jogou a cartela de aspirina no criado-mudo ao meu lado e se deitou.

Quando acordei no outro dia Poncho ainda dormia, me levantei, tomei duas aspirinas e tomei um banho. Assim que saí do banho Poncho já estava acordado, mas ainda estava deitado.

Se arruma que nós vamos pra casa da minha mãe. — Falou ele sem ao menos me dar bom dia.

Como assim? Eu não vou.

— Minha mãe fez um almoço porque foi seu aniversário e nós vamos pra lá. — Falou Poncho se levantando. 

Eu não vou! Não tem como eu ir desse jeito.

— Veste uma roupa comprida e passa uma maquiagem. Você consegue. — Falou ele se virando para sair do quarto.

Eu não vou!

— Qual a parte de que é um almoço para comemorar o seu aniversário que você não entendeu? — Gritou Poncho.

— Poncho eu...

— Cala a boca Maite! Nós vamos e ponto final, não me irrita. — Gritou Poncho em seguida saindo do quarto.

Pelo jeito eu não teria outra opção a não ser ir para esse almoço. Eu amava a família do Poncho, mas não queria sair de casa com todas aquelas marcas.

Vesti uma calça jeans, um tênis e uma blusa azul com manga comprida que assim não seria possível ver os roxos em meus braços. No rosto eu passei base, corretivo e pó, mas nada tampou tão bem o roxo no meu olho por isso coloquei um óculos escuros.

Você está muito bonita, meu amor! — Falou Poncho na hora que eu cheguei na sala.

Obrigada! Vamos?

— Vamos! — Falou Poncho se levantando em seguida me beijou e depois nós fomos embora.

Quando chegamos na casa dos pais de Poncho nós fomos muito bem recebidos por todos. A mãe de Poncho havia feito estrogonofe com arroz e salpicão, o almoço estava uma delícia. Assim que terminamos de almoçar Dulce me puxou para dentro de casa.

Vem May! — Falou ela me puxando.

Calma Dulce.

— Espera aqui. — Pediu ela na hora que chegamos na sala. Após dois minutos ela voltou com uma caixa na mão. — Aqui está o seu presente. — Falou ela me entregando o embrulho.

Você não precisava comprar nada pra mim Dulce. 

— Abre!

Assim que abri percebi que se tratavam de dois presentes. Um era um kit com perfume, creme e sabonete, e o outro era a coisa mais delicada do mundo um colar com o pingente de coração prata.

Assim que vi esse colar pensei em você.

— Obrigada Dulce! Você é demais, eu te adoro! — Falei a abraçando.

Assim que saímos do abraço Dulce colocou o colar em mim. Mas depois ela ficou me olhando com uma cara desconfiada.

O que foi Dulce? — Perguntei.

Sem que desse tempo de eu impedir Dulce levantou meu óculos e se assustou ao ver meu olho, isso por que eu passei maquiagem.

Meu Deus! — Gritou ela de susto. — O que o meu irmão fez com você May?

— Nada! — Falei colocando novamente o óculos. — Ele não fez nada.

— Como que nada? Olha o seu olho. — Falou Dulce e eu me mantive calada pensando em uma resposta para dar a ela. Mas Dulce tirou o presente dos meus braços, colocou na mesa e subiu as mangas da minha blusa, eu tentei impedir, mas Dulce foi mais rápida. — May! Olha os seus braços! O que meu irmão está fazendo com você? — Questionou Dulce com uma cara que misturava revolta, com decepção, medo e surpresa.

Não foi nada Dulce! — Falei brava soltando meus braços e descendo as mangas da minha blusa.

Como nada Maite? Olha seus braços, o seu olho! Você tem que falar com meus pais. 

— Não! — Gritei. — Você não vai falar disso com ninguém Dulce, você só vai piorar as coisas para o meu lado.

— Mas May...

— Mas nada Dulce. Eu gosto muito de você, mas não seja intrometida. Eu sei como levar o meu casamento, eu sei como lidar com o seu irmão.

— Apanhando?

— Fique na sua Dulce que vai ser melhor pra todo mundo.

— Tá tudo bem aqui meninas? — Perguntou Poncho aparecendo na sala.

— Está sim, meu amor. — Falei sorrindo virando pra ele. — Sua irmã estava me entregando um presente. — Falei pegando o presente em cima da mesa e em seguida fui até ele. — Olha que lindo! — Falei mostrando o kit.

Hum... Você vai ter que usar isso pra mim a noite em. — Falou Poncho sorrindo malicioso e eu ri sem graça.

Amor! Sua irmã está aqui.

— Desculpa!

— Olha tem esse colar também. — Falei esticando o pescoço.

Que bonito! — Falou ele me puxando para perto me dando um selinho. — Muito bom o presente viu Dulce! Tenha certeza que sua cunhada vai usar bastante. — Falou Poncho após o selinho.

Obrigada Dulce! De verdade eu adorei. — Agradeci.

Por nada! Eu queria poder fazer mais.

— O que faz já é mais que suficiente, nem era preciso tanto.

— Vamos meu amor? Meus pais estão esperando lá fora para mostrar o jardim novo pra gente. — Chamou Poncho.

Vamos amor! 

Assim eu e Poncho fomos para o lado de fora da casa onde os pais dele nos mostrou o novo jardim que estava lindo aliás. Conversamos mais um pouco sobre a empresa e política, e quando estava quase escurecendo fomos para casa. Quando chegamos Poncho foi tomar banho primeiro e logo depois eu fui, tomei meu banho e passei os produtos que Dulce me deu. Assim que terminei coloquei uma camisola bem sexy, fui para o quarto e a luz já estava apagada, coloquei meu colar novo na mesa, me deitei ao lado de Poncho e dei um beijo leve em seu pescoço. Poncho se virou e me beijou na boca com muita vontade, e tivemos uma maravilhosa noite de amor.

 

2 semanas depois

Durante duas semanas Poncho bebeu somente três vezes, mas não voltou a me bater. Ele não estava sendo o cara mais carinhoso do mundo, mas também não estava sendo um mostro agressivo mesmo quando bebia. Eu usava os produtos que Dulce me deu todas as noites e o resultado era sempre o mesmo, uma noite de amor com Poncho com muito fogo.

Dulce não falou nada pra ninguém como pedi, ela tentou voltar a falar sobre isso, mas eu a expliquei que estava tudo bem e que não voltaria a acontecer. No trabalho ninguém desconfiou, eu comprei um corretivo melhor e acabou que cicatrizou. Já não dava para ver os roxos nas minhas pernas e no rosto, o braço estava melhor também, mas ainda tinha algumas marcas visíveis que em breve sumiriam também.

Duas semanas se passaram e eu iria no show do meu ídolo Christopher Von Uckermann junto com o meu amor, eu só não imaginava que esse show me reservaria tantas surpresas.



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