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História Mirrors - Ready To Defend Me


Escrita por: Lua_sprouse

Notas do Autor


Espero que gostem 🖤

Boa leitura!

Capítulo 11 - Ready To Defend Me


Fanfic / Fanfiction Mirrors - Ready To Defend Me

           "Eu adoro quando você
                    me chama de senhorita.
              Eu queria poder fingir que não
                        precisava de você
          Mas cada toque é tipo oh, la, la, la
                       É verdade, la, la, la
               Oh, eu deveria estar fugindo
     Oh, mas você me faz ir ao seu encontro"
   (Shawn Mendes, Camila Cabello - Señorita)


            Gwendolyn Hayes POV

Sentir sua boca em contato com a minha energizou meu corpo tão subitamente que o frio que antes eu sentia não era mais percebido pela minha pele. Sua língua percorria cada canto da minha boca. Seus lábios macios e carnudos me prendiam de tal forma, querendo que aquilo nunca tivesse fim, mas ele morde meu lábio inferior e finaliza. Assim que abro os olhos me deparo com ele, me olhando ainda em choque. Acho que ele deve estar surpreso por eu ter tomado a iniciativa. Mas só então me cai a ficha do que acabou de acontecer: eu beijei Shawn Mendes. Isso, de maneira alguma, deveria ter acontecido. Seu beijo deve ter cortado o efeito psicológico no qual eu estava, porque agora eu estou tão em choque quanto ele.

- Eu... eu... - gaguejo. Isso Gwendolyn, deixe na cara o quanto está nervosa

De repente ele sai da piscina e veste sua camisa que estava jogada sobre a grama e estende a mão para me ajudar a sair. Coloco meus pés sobre a pequena escada e consigo sair da água. Assim que saio, ele solta minha mão e caminha em direção ao interior da mansão. Acho que eu devo ter ficado uns 3 minutos do lado de fora ainda tentando processar o que tinha acabado de acontecer.
Quando entro na mansão vejo ele andando ansioso pela sala.

- Você... tá bem? - ele pergunta enquanto coçava a cabeça e me olhava de relance

- Sim... - respondo do mesma maneira sem jeito 

- Certo - ele pega o celular sobre o sofá e vai até a porta, mas para no meio do caminho - Me avise quando o Hayes chegar - ele diz para a mesma mulher que me recepcionou quando cheguei, e assim sai

Permaneci parada aqui. É sério que foi só isso? Ele perguntou se eu estava bem e foi embora? Tenho certeza que esse beijo não foi nada pra ele, nada pra um nível Shawn. Me irrito e subo para o quarto de hóspedes.


                      Shawn Mendes POV

- Foda - se! eu quero isso pronto pra ontem - falo acendendo o baseado. Esses merdas são uns imprestáveis 

- Mas o Johnson tinha dado a palavra dele... - Nathan insistia mas eu o corto 

- Palavra de merda, isso sim - falo puto dando a partida na minha range rover. 

Eu odeio que não cumpram com a palavra que foi dada, ainda mais quando isso envolve a mim.

- Relaxa, a carga vai ser entregue ainda nesse mês - Nathan se refere ao carregamento de cocaína que eu tinha encomendado com metade do valor total já pago e que até agora não tinha chegado nas minhas mãos.

- Dá um jeito nisso. Caso eu não receba a entrega dentro de um mês pode deixar que eu acabo com esse Johnson - desligo na cara dele e solto a fumaça da última tragada no meu beck. Minha mente vagava. Vagava nela. 

O jeito como me encarou antes de cair na água, a maneira como me olhou depois que a resgatei, seus lábios, seu beijo... E porra, que beijo!

Era pra eu estar focado nesse lance do carregamento mas não consigo tirar ela da cabeça. 

Nada que uma boa foda não resolva. 

Dirijo em direção a boate. Não era tão longe, mas assim que vou me aproximando vejo a rua lotada de pessoas que esperavam na fila para entrar. Estaciono na minha vaga e saio do carro, passando pelo monte de pessoas. 

Assim que liberam a passagem eu entro. As putas dançavam polidance nos postes de dança enquanto os clientes jogavam notas de dinheiro nos palcos. Daqui avisto a parte superior da minha boate onde ficava a área vip. Vou até lá e passo pelos seguranças vendo os moleques discutindo 

- O que tá acontecendo aqui? - pergunto já pegando um copo de tequila da bandeija do garçom

- Esse cuzão não aguenta o trampo - Peter diz rindo, mas Nathan já tava puto

- Quer pagar pra ver? - Nathan respondeu
Joshua observava tudo enquanto tinha uma das vadias sentada no seu colo

- Estão apostando quem consegue comer mais putas essa noite - ele diz enquanto tinha seu pescoço sendo chupado pela outra.

- Nathan não aguenta mais que três 

Olho em volta e depois para eles. É, eu realmente precisava me distrair e esquecer o que tinha acontecido mais cedo.

- Quer saber, os dois vão perder, porque também vou participar 


                    Gwendolyn Hayes POV

Dia seguinte

- Mesmo após a facilidade das confecções, as mulheres ainda eram privadas da modernidade, continuando a usar roupas sob medida. A partir desta dificuldade, surgiu a alta costura que produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências. - finalizo e Dylan desliga os slides do telão.
As palmas soaram no auditório e senti um alívio gigantesco. Eu realmente odeio isso de falar em público. Descemos do palco e como fomos a última dupla a se apresentar, os alunos já começam a se levantar das cadeiras e irem embora. A senhorita Evans, nossa professora na matéria de H.I.M. (história da indumentária e moda) vem até nós 

- Vocês foram ótimos, mas preciso que mandem o relatório do seminário por e-mail

- Consigo fazer isso ainda hoje - Dylan responde e a professora afirma, logo saindo do auditório também - Você foi ótima - ele diz se virando para mim

- Você também - sorrio

Dylan Torres é da minha turma na faculdade. Sempre fazemos os trabalhos juntos, já que ele parece ter um foco à minha altura. Sua mãe é dona da Emporium&Beauty, uma grande loja de roupas nos Estados Unidos. Ele está no Canadá fazendo intercâmbio já que seu pai também mora em Toronto. Confesso que no 1° semestre do curso tive um certo interesse em Dylan, mas com o tempo isso acabou já que percebi que ele me via só como amiga.

- Acho que finalmente vou conseguir uma boa nota - ele diz guardando o notebook na mochila 

- Como se isso fosse impossível. Você é um dos melhores da turma, está sempre tirando "A" nas avaliações semestrais 

- É, Mas nos últimos meses venho regredindo, meus pais não largam do meu pé. Dizem que nunca está bom para alguém que vai herdar os negócios da família um dia - começamos a caminhar para fora do auditório 

- Relaxa, isso já aconteceu comigo. Quando decidi que iria cursar moda na faculdade meus pais não apoiaram. Disseram que queriam uma médica ou advogada na família e que estilista não era um emprego a minha altura - paramos no corredor e ele vira de frente para mim

- Isso é uma droga, mas vamos mudar de assunto. Tem algo marcado para sexta a noite? 

- Bem, deixe eu conferir a minha agenda... - pego meu caderninho de anotações na bolsa e finjo checar as páginas o fazendo rir logo em seguida - Sorte sua, não tenho nenhum compromisso 

- Que bom! Então... quer ir ao cinema? - ele está me chamando para um encontro?

- Isso por acaso é um encontro?

- Só se você quiser - ele responde arqueando a sobrancelha esperando uma resposta minha 

- Certo - sorrio tímida 

- Ok, te pego as sete - ele sorri aquele sorriso lindo e sai em seguida

Volto a andar pelo corredor, até sair do prédio de design. Adele e Eadlyn estavam me esperando encostadas no meu carro, já que eu havia prometido dar carona a elas hoje. Me aproximo das duas não escondendo o sorrisinho no rosto 

- Iiih, lá vem. O que aconteceu? - Adele pergunta assim que nota minha expressão 

- Ahn... não é nada demais, é que o Dylan acabou de me chamar para sair - falo simples enquanto dou a volta no carro e abro a porta vendo a boca dela se abre em um completo "O"

- O Dylan? Tipo, Dylan Torres da turma de moda? - pergunta ainda em choque e eu apenas afirmo 

- Aproveita, ele é um tremendo gato - Eadlyn comenta. Nos falamos muito pouco depois daquele dia em que ela me assumiu que sabia de tudo. Estou evitando tocar no assunto, e me parece que ela também 

- Mas então? Pra onde vão sair? Motel? - Adele pergunta assim que entramos e ela se senta no banco do carona enquanto Eadlyn se senta no banco de trás 

- O que? É claro que não! Vamos pro cinema

- Cinema? Ahn... fofo, mas depois vão para o motel né?

- Adele! - chamo sua atenção e Eadlyn ri - ele não é esse tipo de cara no qual você está acostumada a sair 

- Ah é? E qual seria esse tipo que você se refere? - colocamos o cinto e eu dou a partida

- Do tipo que leva a garota para um bar, fica bêbado e depois a leva para a cama 

- Em primeiro lugar, eu nunca iria para um bar, a não ser o bar de uma boate ou festa, em segundo, não sou uma menina fácil como pensam - ela diz e eu e Eadlyn caímos na gargalhada.

- Olha, te garanto que isso não é uma coisa fácil de se acreditar - Eadlyn fala.

Continuamos a discutir sobre o assunto o caminho inteiro. Como a casa de Adele era a mais próxima da faculdade, entreguei ela primeiro. Assim que ela sai do carro, parto para a casa de Eadlyn. 

Logo de primeira o silêncio se instalou, mas é quebrado por ela

- Está sabendo que o Bieber está procurando por vingança pelos garotos? - Ela pergunta 

- Sim, ele está atrás de mim e da minha mãe - respondo 

- Isso é uma merda, mas não se preocupe, já passei pelo o mesmo, e os meninos vão dar um jeito 

- Já?

- Sim, quando os meninos passaram do Bieber na liderança ele reagiu logo de cara, e adivinhe quem foi a presa?

- Nossa, mas o que ele fez?

- Encontrei o carro da minha mãe totalmente tomado por chamas, e junto tinha um bilhete avisando do que se tratava. Não preciso nem dizer como fiquei na época. Mas tudo deu certo e ele não conseguiu tocar um dedo sequer na minha família - Vou parando o carro devagar na frente de sua casa - Ja disse e vou repetir, eu tô aqui com você, então se precisar de mim é só chamar 

- Obrigada - respondo olhando para ela pelo retrovisor 

Eadlyn sorri e sai do carro. Dou a partida no mesmo em direção a minha casa. Minha mãe recebeu alta hoje cedo, mas como eu estava em aula e não podia faltar devido a apresentação, Peter ficou com ela. Ele ainda deve estar lá e como sei que ele precisa trabalhar, tento chegar o mais rápido possível em casa.

- Merda! - exclamo quando estou a cinco quadras de casa e só agora me lembrei do remédio da minha mãe que eu deveria já ter comprado. Meu irmão me mandou a foto da receita médica e disse que de maneira alguma eu deveria esquecer. E bem, eu esqueci. 

Viro na próxima direita para fazer o retorno. Havia uma farmácia a três ruas daqui, então não demoro muito para chegar nela.

Paro o carro ao lado do estabelecimento e desço. Assim que entro, vou em direção às prateleiras, procurar uma pomada para os machucados de seu rosto. Pego e vou em direção ao balcão.

- Oi, você teria esses dois analgésicos? 

- Um momento que eu vou conferir - o farmacêutico diz e entra em uma portinha atrás do balcão

Estou sozinha aqui. Me parece que o movimento aqui não é muito bom. Pego meu celular e vejo duas chamadas perdidas de Peter. É, acho que ele realmente precisa resolver algumas coisas referentes ao trabalho. Ouço a porta da frente ser aberta e um homem de cabeça baixa com um gorro preto entra, o que me faz estranhar pois a temperatura não está assim tão baixa. 

- Pronto - O farmacêutico volta com duas embalagens nas mãos 

- Certo, quanto fica? 

- vinte e dois dólares - ele diz enquanto eu já abro a bolsa procurando o dinheiro - E o senhor? Precisa de ajuda? - ele pergunta se referindo ao outro sujeito que estava no corredor dos produtos de higiene virado de costas

O homem não diz nada, então só coloco o dinheiro sobre o balcão pegando os medicamentos que agora já estavam dentro de uma sacola.

Me virei para sair mas entrei em choque quando vi o homem que antes havia entrado agora destravando a arma e apontando para mim e o atendente 

- Passa a grana do caixa, VAI! - Ele diz gritando a última parte e o cara que havia me atendido começa a pegar as notas que estavam dentro de uma gaveta - E você passa o celular - ele aponta a arma para mim. Já ia entregar o celular para ele quando a porta da farmácia é aberta novamente.

Olho rápido para ver quem era e me surpreendo. O que Shawn faz aqui? 

Ele pega algo na cintura e logo vejo que era uma arma. Meu corpo gela assim que o vejo aponta-la para o assaltante.

Alguma coisa me diz que alguma merda iria acontecer, mas não era isso que me intrigava, e sim o fato dele estar ali, no exato momento em que eu precisava. É como se ele estivesse aqui, pronto para me defender de qualquer coisa.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, sei que ficou bem simples mas vou me esforçar mais no próximo rs

Até o próximo capítulo 👋


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