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História Mischievous Destiny - Mistletoe - Bônus


Escrita por: Bloodstained

Notas do Autor


Sei que dei uma abandoada nessa fic, mas eu estava na retal final de faculdade e tudo foi um caos :c
Peço que me perdoem pelo abandono dessa história ><
Esse capítulo é do ponto de vista do Mycroft <3 desde o começo pretendia escrever, ele é um capítulo que acontece no futuro, espero que não fique confuso!
Desejo a vocês um feliz natal!

Façam uma boa leitura!

Capítulo 6 - Mistletoe - Bônus


- Mycroft

 

Ah, o natal!

Mais uma data comemorativa que em minha opinião era uma perda de tempo. Quando era mais novo mamãe arrastava meu irmão e eu até a casa de algum tio – sempre era horrível, principalmente quando Sherlock e eu resolvíamos jogar de deduzir as pessoas, sempre terminava com alguém da família nos rotulando de ‘os insuportáveis Irmãos Holmes’

Mamãe ainda obrigava a gente a se comportar normalmente nessa época, a única parte boa de toda a pompa desnecessária que envolvia essa data, eram os ótimos aromas vindos da cozinha – apesar de não ser adepto a qualquer tipo de crença relacionada a forças supremas, divino, era a melhor palavra para definir esses odores, como se tivessem sido criados por deuses.

Com a ajuda de Molly Hooper, esse ano mamãe tinha se superado na decoração da casa, desde as luzes nas janelas, meias na lareira, a tradicional árvore, objetos espalhados por toda a casa com tema natalino, até um boneco de neve elas tinham construído no quintal – durante o processo elas cantarolavam uma música sobre brincar na neve e fazer um boneco.

Sherlock andava menos irritante que o costume, geralmente ele tendia a ficar intragável nessa época do ano – foi em um natal ainda quando era criança que ele ganhou Redbeard... E um tempo depois eu lhe ensinaria a lição sobre se importar.

— Mike meu querido, preciso que você vá comprar essas coisas para mim. – mamãe gritou da cozinha.

— Oh não.

— Eu ouvi isso! – revirei os olhos. — E não revire os olhos para mim! Anda, venha até aqui buscar a lista!

Deixei meu chá e minha confortável poltrona de lado para ir até a cozinha, ali estava o maior caos, mamãe e Molly literalmente estavam ‘em clima de natal’ usando avental e toucas de papai noel, elas provavam alguma coisa e discutiam sobre como melhorar o sabor quando me aproximei.

— Onde está a lista?

— Aqui. – tirou a lista do bolso e me entregou. — Não é algo de segurança nacional, mas tão importante quanto, então trate de não esquecer nada!

— Se quiser, posso te ajudar. Eu preciso buscar algumas coisas e aproveito a viagem. – Molly se prontificou em me acompanhar

— Não precisa.

— Eu não me importo Mike. – não consigo esconder uma careta e um olhar duro. — Mycroft... E também se eu for junto você acaba mais rápido.

— Está resolvido, pode ir junto com ele Molly, eu dou conta de terminar aqui. – mamãe decidiu a dispensando.

— Só vou trocar de roupa e já venho.

— Deixe esse gorro aqui, por favor! – pedi enquanto ela saia da cozinha.

— Se quiser, arrumamos um para você Mike.

— Por favor, não!

Saí da cozinha o mais rápido que pude antes que eu fosse ainda mais alugado, ou pior, antes que enfiassem uma daquelas toucas em minha cabeça. Assim que entrou no carro, Molly ligou o rádio e colocou um pendrive com músicas de batidas irritantes para tocar, dispensando conversas irrelevantes se ocupou em cantar acompanhando as letras, pelo menos ela saiu de casa sem a touca natalina.

Devo admitir que a vinda de Molly foi de grande ajuda, me poupando alguns esforços desnecessários para encontrar exatamente tudo listado por mamãe. Claro que eu não sai ileso disso, Molly acabou perdendo meu guarda-chuva logo na primeira loja onde entramos, fiz um esforço homérico para não me irritar com ela.

Só faltava uma loja para irmos quando Molly pediu que eu fosse na frente enquanto ela ia atrás de suas coisas, fiz o melhor que pude e quando ela apareceu faltavam poucas coisas para pegar, terminamos de comprar tudo e levamos até o carro, era fácil deduzir qual de seus pacotes que estavam no porta malas era para meu irmão.

— Compras feitas, o que acha de tomarmos um chocolate quente, Mike? – suspirei alto, não importava quantas vezes eu dissesse, ela e mamãe continuariam a me chamar de Mike, o jeito seria ignorar e fingir que não ouvi.

— Merecido, conheço um lugar onde fazem ótimos bolos. – Apesar da energia gasta com as compras de natal não ter sido muita, uma bebida quente era muito bem vinda e melhor ainda se viesse acompanhada de deliciosos bolos.

​A volta para casa foi feita como na ida: sem conversas fiadas e Molly se achando uma concorrente do The Voice. Reconheci o toque da nova música que tinha começado, pela visão periférica vi a postura dela mudar, como se fosse entoar um hino diante da bandeira ou da Rainha.

— Eu sei que você também quer cantar, Mike... Ninguém resiste ao Queen, e não ouse negar Mycroft Holmes, porque vi você batucando o ritmo no volante!

— É um clássico! – me justifiquei dando de ombros. — E não vou cantar com você.

— Nunca ouviu falar em Carpool? I see a little silhouette of a man, Scaramouche! Scaramouche! Will you do the fandango? Thunderbolt and lightning, very, very frightening me – ela fingia tocar piano no ar ignorando o que eu disse continuando a cantar. — Galileo! Galileo! Galileo! Galileo!

Galileo Figaro! Magnifico, oh! – terminei a estrofe acompanhando ela e a banda ao fundo.

— I'm just a poor boy and nobody loves me, He's just a poor boy from a poor family, Spare him his life, from this monstrosity, Easy come, easy go, will you let me go? – cantamos juntos o resto da música.

— Ora, ora... – Molly começou tentando segurar o riso quando a música acabou, a cortei antes que tivesse chance de continuar.

— Se algum dia disser sobre isso para alguém eu nego!

— Nem uma palavra. – disse erguendo a mão em forma de juramento.

Voltei minha atenção para o caminho, a neve já se acumulava nas ruas e calçadas, algumas crianças faziam um guerra de bolas de neve, se não estivesse ajudando mamãe, Molly com certeza iria pedir para se juntar a elas.

​Eu tentei não rir, mas foi impossível segurar a risada quando Molly escorregou e caiu num monte de neve assim que descemos do carro – eu nem tive tempo de alertá-la, entramos em casa ainda rindo e Sherlock olhou de um para outro com a cara fechada.

Ora, ora...  O que temos aqui?

Sorri para meu irmão da maneira cínica que eu sabia que mais o irritava. Agora eu não tinha dúvidas sobre algo que planejei para mais tarde.

​Além de meus pais, meu irmão e Molly, o Senhor Hooper também se juntou a nós para a comemoração. Seguindo a tradição familiar jantamos e depois nos sentamos perto da lareira para a troca de presentes, fui surpreendido quando Molly me presentou com um guarda-chuva novo se desculpando novamente por ter perdido meu antigo.

— Ainda estava em dúvidas sobre seu presente e achei esse mais apropriado que meias ou gravatas. – disse e depois me abraçou, retribui o gesto sob o olhar perscrutador de meu irmão. — Como você não tem um, comprei um para você Holmes – virou-se e entregou seu presente para Sherlock.

— A única coisa que falta é os mais jovens tocar algo para os mais velhos ouvirem. – papai sugeriu após todos entregarem e receberem seus presentes.

— O que vamos tocar? – Sherlock perguntou enquanto certificava se as cordas de seu violino estavam afinadas.

— Uma clássica de natal, lógico! Você também, Molly! – mamãe ordenou.

Molly e eu tocamos piano ao mesmo tempo Sherlock nos acompanhava com o violino, ele podia até tentar negar e se enganar, mas percebi a adoração contida com que ele olhava Molly tocando. Sherlock até tentava se manter distante, mas eu o conhecia bem demais para saber o que se passava naquela mente e principalmente naquele coração.

Mais cedo tinha visto mamãe pendurar um visco na varanda, eu estava fumando enquanto meu irmão observava a neve cair. Era quase meia noite e eu precisava dar andamento no planejado, apaguei meu cigarro para entrar em casa, a voz de Sherlock me fez parar com a mão na maçaneta.

— Abandonando seu lema? – me virei para encará-lo. — Se importar não é uma vantagem, não é isso irmão meu?

— Ah! Faça-me o favor Sherlock! – Até que tinha demorado... Você já foi menos presumível irmãozinho, pensei enquanto o encarava.

Desde que Molly começou a morar ali conosco, eu apostava em três diferentes possíveis resultados finais para a convivência dos dois. Não tinha nada contra ela, nem a favor, apenas tinha aceitado sua presença em nossas vidas, mas só. Longe de mim envolvimentos emocionais! Longe de mim ser o Holmes a quem a Hooper dedicava seu afeto!

Quase desisti de minha ideia por Sherlock ser tão previsível para mim. Quase.

— Feliz natal, Sherlock! – dei as costas a ele e entrei em casa. No caminho até a sala encontrei Molly no corredor. — Ele está na varanda. – disse antes que ela verbalizasse sua pergunta.

— Obrigada, Mike!

Desisti de corrigi-la, não ia adiantar nada.

No final acabei não precisando arquitetar muito, mamãe com certeza não tinha pendurado aquele visco na varanda atoa, então bastou um pequeno movimento para determinar um provável curso.

Sherlock e Molly com certeza também conheciam a lenda que envolvia aquela planta.

Sim, eu ainda achava que o emocional não era confiável e uma desvantagem, mas era natal e dessa vez sinceramente eu esperava que entendessem o recado e agissem como o previsto para essa situação.


Notas Finais


#mikecupido <3
quero saber o que acharam! <3


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