Better Than Words – One Direction
-O quê?? – perguntaram Melody e Camila assim que eu contei a notícia.
-Isso é maravilhoso, Alex. Significa que não teremos que nos despedir de você! – Mel disse empolgada.
-É sim e sem contar ainda com o trabalho que os meninos ofereceram. – acrescentei.
-Exato! Agora não tem jeito, você está presa a nós pra sempre. – Cami brincou.
Ainda não conseguia acreditar em tudo o que está acontecendo. Pessoas importantes no show, o emprego como assessora e agora a certeza de que vou terminar o curso aqui. Nada poderia estragar esse momento. Exceto, é claro, a semana de provas.
Por falar nisso, tenho que começar a estudar imediatamente. Acho que também não vou aos shows do final de semana pra ter mais tempo. Luke não vai gostar nada, mas estarei fazendo isso por nós dois.
-Okay, agora que resolvemos nosso futuro, vamos ter papo de mulherzinha. – Melody brincou. Eu e Cami demos risada.
-Tudo bem. Qual é a boa da vez? – entrei na brincadeira.
-Vocês viram como o Mike está misterioso ultimamente? – Mel comentou. Eu estava na dúvida se contava a elas ou não.
-Eu não faço a menor ideia. – Camila respondeu.
-Olha, eu vou contar, mas não contem aos meninos, porque eu não sei se eles já sabem. – alertei. – Eu acho que o nosso bebê está apaixonado. – Cami e Mel deixaram os queixos caírem no chão.
-O quê?
-Como assim? Quando?
-Bom, eu não sei de muitos detalhes, mas parece que o Clifford andou ficando com duas garotas e agora não sabe qual escolher, ou pelo menos não sabia, até conversar comigo. – falei convencida.
-Você disse a ele quem escolher? – Cami perguntou, curiosa.
-Claro que não, afinal, eu nem conheço as garotas. Fiz a ele uma pergunta certeira para definir qualquer indecisão. Parece que funcionou, mas eu não sei no que deu.
-Gente! Nunca imaginei que o Michael fosse desses, de ficar com duas pessoas ao mesmo tempo. – Mel falou incrédula.
-Eu também fiquei chocada quando ele me contou, mas depois de alguns minutos me conformei. – disse e uma curiosidade sem noção me abateu. – E falando no Clifford... – falei olhando para Camila, que revirou os olhos.
-Aah, não. Nem inventa de meter o louco. – ela disse se adiantando.
-Não ia perguntar nada demais, só se o Mike beija bem, porque com aquela boca... – indaguei e Cami revirou os olhos de novo. Mel já nem continha mais a risada e por sua expressão arteira pude notar que ela também queria saber.
-Vocês não vão parar de me encarar até que eu responda, né? – nós negamos com a cabeça. – Então tá, lá vai: sim, ele beija muito bem. – ela respondeu sem paciência. Fiquei surpresa com a confissão dela e Mel ainda carregava o olhar arteiro. Com certeza o que viria a seguir não seria tão inocente quanto a minha pergunta.
-E como ele é no quarto? – Melody perguntou. Não disse? Mel não se contenta com pouco. Agora quem não conseguiu segurar a risada fui eu.
-Ah, qual é! Really? – Cami retrucou nos olhando. Dei de ombros e direcionei meu olhar à Mel, que ainda esperava uma resposta. – Você realmente não tem limites, Melody Bourne.
-Tá, tá. Agora me responde. – Mel ignorou a fala da amiga. Confesso que até eu fiquei curiosa pra saber dessa.
-Digamos apenas que ele sabe bem o que faz. – Cami respondeu reprimindo um sorriso mordendo o lábio.
-Sabia! – Mel constatou.
-Pergunta que não quer calar: Michael é melhor do que o Calum? – provoquei.
-É claro que não. É totalmente diferente, eu amo o Cal. – ela respondeu. – Ah e já que foi você que começou o assunto todo, é a sua vez de passar vergonha, senhorita Alexandra. Como é que você ainda consegue andar? – Cami perguntou rindo. Acho que não entendi bem a pergunta.
-Ah, sim! Também queria saber. Depois que os meninos chegaram, só ouvimos você gritando a tarde inteira aquele dia. – Mel disse atiçando ainda mais. Senti meu rosto pegar fogo, provavelmente eu estava da cor de uma berinjela.
-Eu já falei pra vocês sobre o jeito do Luke na cama, aquele dia só estava mais intenso. – respondi depois de encontrar minha voz. As duas explodiram em risadas.
-Intenso? Seu namorado masoquista estava é louco de tesão, isso siim. – Mel gesticulou e até eu comecei a rir. – Nisso que dá ter DR e deixá-lo com ciúmes. Às vezes eu queria que o Ash fosse mais ciumento, se for pra ter uma reconciliação dessas...
-Olha, eu nem vou comentar, Melody. Me recuso.
-Minha pergunta ainda não foi respondida! – Camila ressaltou.
-Eu também não sei, Camila Johnson! Só sei que durante a noite eu realmente não saí da cama e no dia seguinte fiquei dolorida, mas nada que me atrapalhasse. – falei e Camila se deu por satisfeita.
-Okay. Hora da verdade, se fossem trocar de boy, quem você iriam querer? – Melody sugeriu. – Alex, você começa porque não quis comentar o meu comentário. – Cami levantou a mão.
-O Zack tá incluso?
-Não, porque ele mais cuida da gente do que outra coisa, então é como se fosse um pai. Não sei pensar nele de outro jeito. – ela explicou. – Ah e tem que falar o porquê da troca.
-Tá bem... Acho que eu trocaria o Luke pelo Mike, porque ele é um fofo e eu sou fissurada em olhos verdes. – disse. – Mas nunca, em hipótese alguma, contem isso ao meu namorado psicótico, se não a banda terá um integrante a menos. – ambas riram.
-Agora eu! – Mel disse animada. – Eu trocaria o Ash pelo Luke porque ele é decidido e eu queria saber qual é a sensação do piercing dele na boca. – ela disse com um sorrisinho sacana.
-O Luke não é decidido, e sim convencido. E pode tirar o cavalinho da chuva, Bourne! – retruquei rindo. – Sua vez, Cami.
-Uau! Pelo que vemos, ciúmes é contagioso! Keep calm, Alex. – Cami deu risada. – Hmm... Eu trocaria o Calum pelo Ashton porque ele é engraçado e os braços dele são sensacionais.
-Sabiam que isso me deu uma ideia? – Mel disse sorrindo. Boa coisa não era, com certeza.
Melody nos contou sua ideia “brilhante” e até que seria uma brincadeira interessante. Cami não aprovou dizendo que não ia acabar bem e a amiga disse pra ela amadurecer a ideia. Seria um teste e tanto de confiança, mas não acho que a ideia vá se concretizar. A “ótima” ideia da Mel era que nós vendássemos os meninos e depois de confundi-los conversando, nós iríamos beijá-los e eles teriam que adivinhar quem foi. E depois inverter os papeis. Ideia de girico manco, né? Só a Melody mesmo.
(...)
-E aí? Como foi o dia com as garotas? – Luke perguntou quando entrei em seu apê.
-Foi bem legal, como sempre. – respondi animada. – A gente riu e se divertiu bastante, comemos besteira e é claro, falamos muito mal de vocês. – ele riu e revirou os olhos.
-Que bom... Agora eu posso curtir você um pouquinho? – ele perguntou, manhoso. Eu mereço.
-Pode, se fizer aquela massagem caprichada. Faz em mim, por favor? – fiz bico. Luke mordeu o piercing.
-Com prazer. – ele respondeu se posicionando atrás de mim.
Luke perguntou como havia sido meu dia, detalhadamente, enquanto suas mãos trabalhavam em minhas costas. Contei a ele sobre a nota do trabalho e tudo o mais e omiti os detalhes mais sórdidos da conversa com as meninas. Luke abriu um enorme sorriso orgulhoso quando contei à ele sobre o que minha professora havia feito e o fato de eu ficar. Eu não sei se é a massagem ou a voz baixa do meu namorado, mas eu já estava toda mole enquanto ele contava como havia sido seu dia. Luke diminuiu o movimento das mãos, passando a distribuir beijos pela extensão do meu pescoço.
-Luke... Eu preciso falar com você sobre os shows do fim de semana. – disse sem firmeza alguma na voz.
-Estou ouvindo. – ele respondeu calmamente enquanto roçava o piercing em minha pele.
-Tenho semana de provas e preciso estudar, então eu acho que não vai dar pra eu ir. – falei e senti a falta de contato de Luke.
-Ah, não. Você vai sim. É a maior nerd que eu conheço e pelo que disse, já está tudo garantido pra você ficar aqui. – ele retrucou.
-Mas eu preciso tirar uma nota muito boa, isso se eu não gabaritar. Ok, então um meio termo. Vou no sábado e domingo eu estudo. – sugeri. Luke negou com a cabeça.
-Nada feito. – disse firme. – Não há o que você diga que me faça mudar de ideia.
-E se eu disser que te pago um boquete agora mesmo pra compensar? – disse e Luke engoliu em seco.
-Não... Não. Não, não e não. Pode parar com isso. – apertei sua coxa e ele fechou os olhos com força.
-Hm. Você não me parece muito decidido. Acho que vou ter que conversar com seu amiguinho. – falei enquanto descia o zíper de sua calça. Luke realmente parecia dividido, já que sabia o que estava em jogo se me deixasse continuar.
-Sua monstrinha... Nunca mais te ensino alguma coisa que seja meu ponto fraco... – ele disse ofegante. – Alex, por favor, não... – era até engraçado ouvir o tom de súplica e o desespero em seus olhos.
Ele estava tentando de verdade. Olhei pra ele uma última vez, pedindo permissão e Luke apenas soltou minhas mãos, consentindo. Dei um sorriso vitorioso e me ajoelhei à sua frente. Abocanhei seu membro de uma vez, ouvindo um gemido arrastado de Luke. Ele fez um rabo de cavalo com meus cabelos e passou a ditar a velocidade desejada. Acho que ouvi-lo gemer meu nome é a 9ª maravilha do mundo (c’mon, a 8ª são os olhos dele).
De repente, a coisa mais surreal aconteceu: o celular dele começou a tocar, e uma pior ainda; ele atendeu. Se a intenção dele era me fazer parar, estava redondamente enganado. Ao que pude ouvir, era Ashton.
-É, cara. Tô em casa. – Luke respondeu no aparelho com dificuldade e voltou a escutar o amigo. Aumentei levemente a força de sucção e ele mordeu o lábio para se reprimir. Luke estava quase lá. – Ash... Será que a gente pode... Conversar depois... Por favor? – ele pediu ao telefone, com respiração descompassada e mordendo o piercing a todo o momento para não se denunciar. Como Ash não parava de falar, Luke afastou o aparelho de si, soltando um grunhido e se liberou em minha boca. Ele me puxou pra cima e me beijou, compartilhando o próprio gosto. Terminei o beijo com selinhos e colei minha boca em seu ouvido.
-Perdeu, Hemmings. – sussurrei. Pra não sair por baixo, Luke mordeu meu ombro.
Ele rosnou alguma coisa para o amigo no celular e deitou no sofá, me puxando junto.
-Na boa, o Ashton ainda vai apanhar por isso. – ele murmurou, me fazendo dar risada.
Acho que nem preciso comentar o monstrinho que é meu namorado. E eu sou completamente louca por ele.
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