1. Spirit Fanfics >
  2. Miss Americana and The Heartbreak Princess (SuperCorp) >
  3. Capítulo 6

História Miss Americana and The Heartbreak Princess (SuperCorp) - Capítulo 6


Escrita por: OnceLittleGlee e MySantos2016

Notas do Autor


Heeeeeeeey, sexta feira finalmente e mais um cap bem especial

Depois do aniversário de Wanda Maximoff ontem e o ep de hoje da série, nada melhor que essa coisa aqui feita pra matar a curiosidade de vocês. E eu espero que gostem aaaa

Capítulo 7 - Capítulo 6


Seis dias depois do sequestro 

Kara Zor-EL

Meia noite, início do dia seguinte e saber do desaparecimento de Natasha enviou-lhe uma onda de pânico, compreendendo os sentimentos de Sara Lance. 

Natasha estar sumida apresentava vários significados, mas o mais importante deles assustava Kara como o inferno kryptoniano. O mais importante deles significava que Natasha havia desobedecido e dado um passo adiante. 

Ela tinha avançado contra Lex Luthor.

— Você olhou em toda a casa, Sara? — Questionou a Zor-El, buscando calma no seu interior. Uma tarefa complicada. A imortal consentiu. — Oh Rao, no que Natasha está pensando? — Bufou frustrada. Lena assistia a situação em silêncio, observando Kara caminhar desesperadamente por toda a cozinha. 

— As armas dela… não estão no mesmo local de sempre. — Completou Sara pesadamente, recebendo tamanha atenção de Kara. Ela finalmente teve a certeza. Natasha cometeu um grande erro, ela decaiu ao seu instinto assassino e poderia estar correndo perigo. — Não podemos sair, o sistema de segurança está ligado e ela levou a única coisa possível para desligar. Natasha está por conta própria. — Os olhos azulados de Sara brilharam pelo medo. Natasha era uma de suas melhores amigas desde as Lendas, não poderia perdê-la também. 

— Kara, você não pode simplesmente passar por esse sistema de segurança? — Lena sugeriu, mostrando-se preocupada e sugestiva.

— Por que você acha que ninguém nunca vasculhou uma mansão abandonada em meio a uma caça alienígena? Esse dispositivo de segurança não só serve para proteger quanto serve para manter a casa em modo furtivo. Era um equipamento usado por Nat na sua época de espiã russa, o qual ela equipou na casa. Se eu quebrar, não há outro. — Justificou a Zor-El. — Ghim Krigh, Tasha é forte, ela vai ficar bem. — Esbanjou um fraco sorriso, mesmo não acreditando muito. E nem Sara parecia crer em Kara. — Ela vai voltar…

— É melhor mesmo. — Sua expressão transformou-se em cólera. — Ou eu caçarei Lex até os confins do inferno e darei a ele as piores horas de sua vida. — Vociferou brutalmente, passando a tomar distância da cozinha. Sua cabeça estava a mil. Kara respirou fundo, notando que o seu café já estava frio. Ela então perguntou-se o porquê da Romanoff ter agido assim. 

— Às vezes, esse lado inconsequente de Natasha me tira do sério. — Aproveitando o silêncio de Lena, ela aproveitou para desabafar. Kara esperou alguns segundos para ser interrompida caso a Luthor não quisesse ouvir, no entanto Lena parecia curiosa. — Talvez seja os seus instintos de sua antiga vida, eu não sei.

— Ela era literalmente uma espiã russa? — Lena perguntou.

— Sim, uma das melhores de sua época. A única quem competia contra Natasha era a sua irmã adotiva. — Kara lembrou das histórias de sua melhor amiga. — Uma máquina implacável de matar… Eles fizeram disso a minha melhor amiga. A Sala Vermelha, a KGB, tudo. — A Zor-El caminhou ao microondas, colocando a sua xícara no mesmo para esquentá-la, no entanto nunca parando a sua explicação. — Lex, ao chegar em National City, iniciou o seu extermínio aos poucos. E ele precisava de assassinos, assassinos mortais. Tendo contato com a KGB, ele contratou Natasha. E Natasha foi enviada sem saber qual era o seu trabalho. 

— Natasha trabalhou pro Lex? — Lena estava surpresa. Ela realmente não sabia metade de seu irmão, da vida conturbada e enlouquecida daquele rapaz. Kara assentiu.

— Por pouco tempo. — Refutou a loira. — Mas Natasha teve as suas mãos sujas no meio disso… Ela só parou após a morte de Kal-El… — Lena esbugalhou as suas íris esverdeadas. 

— Ela quem…? — Não foi necessário Lena terminar, Kara logo a interrompeu. 

— Não… Eu não a perdoaria caso fizesse, Lena. Mas Natasha presenciou. Ela presenciou Lex matar Kal-El assim como eu vi. Depois, rindo freneticamente, ele pediu a ela para cuidar de mim e eu não sabia a razão naquela época, Natasha desobedeceu as ordens dele e me ajudou a fugir. — Kara riu autodepreciativa. — Lex ficou furioso. Natasha havia quebrado um pedido direto e ele pediu o mais rápido possível para deportá-la à Rússia novamente. Natasha sabia qual seria o seu destino quando chegasse na KGB e escapou. — O microondas apitou e Kara abriu a sua porta, apanhando a xícara. — Eu a encontrei e retribuí a sua proteção. Poderia ajudá-la com os meus poderes. E eu fiz. Nos tornamos uma dupla incrível. Até Sara chegar e formar esse trio. 

— Vocês três são como eu, Wanda e Ava… — Lena cruzou os braços.

— Uma família? Sim, nós somos. — Kara terminou então todo o seu café num único gole, aproveitando não estar tão longe da pia para lavar os utensílios sujos. — E eu só desejo que ela fique bem, que eu não a perca como venho perdendo todos ultimamente. Natasha é habilidosa, porém não imortal. E Lex está em outro nível. — Desligando a torneira, ela virou-se à Luthor. — Ele matou Kal-El, um ser quase invencível, um kryptoniano como eu. Não há nada que Lex não possa fazer. 

— Bem, Natasha parece ser durona também. — Lena iniciou, querendo confortar e/ou tranquilizar a loira. — O que Lex felizmente não tem na sua personalidade. Ela vai conseguir, e logo estará aqui. — Deu-lhe um fraco sorriso. 

— Eu gostaria bastante de ter fé nisso. — Kara repousou no balcão da pia, cruzando os seus braços. — O que nos resta agora é esperar. E rezo para que não muito. Já não basta a espera de 5 dias até Lex dar as caras. — Ironizou.

— Idiota. — Lena revirou os olhos. — Ei, eu estou voltando ao quarto. Você vai ficar bem?

— Sim, sim. — Deu de ombros. — Eu irei. E também não demorarei pra voltar à minha cama. — Era uma mentira, todavia Lena não necessitava saber. — Boa noite, Miss Americana. 

— Boa noite, Kara. — Despediu-se Lena, subindo então ao seu quarto na mansão depois de longos minutos de conversa. 

Natasha Romanoff

Kara vai matá-la. Definitivamente. E Sara também. Mas Natasha estava exausta de tantos bancos sem saída. 

Era a hora de agir da forma tão aprendida na Sala Vermelha, na sua antiga casa. 

A movimentação da casa de Lex Luthor encontrava-se no habitual de uma noite comum; seguranças rondando por toda parte, atentos a qualquer movimentação. Natasha suspirou, próxima da entrada.

O escritório de Lex ficava no último andar - no quarto - e a área externa do escritório tinha a presença de outros três seguranças. A luz brilhando naquele recinto indicava que Lex não estava nos seus aposentos, o que parecia uma boa pedida. 

Natasha suspirou. Como passar por todos aqueles guardas e seguranças sem ser vista? 

Uma tarefa complicada, mas não impossível para Natasha Romanoff. 

O primeiro guarda, o qual tinha afastado-se do segundo, foi a vítima inicial. Ela o nocauteou sem nenhuma dificuldade, o deitando no chão silenciosamente para não chamar a atenção dos outros. 

Faltam 11… Pensou Natasha, observando o restante caminhar pelo jardim. E devem haver mais na parte interna. Preciso ser rápida ao eliminá-lo. Bufou baixinho.

O segundo, que acompanhava o primeiro no portão, notou a ausência do parceiro e foi em sua procura. Apenas uma boa oportunidade para ser derrubado por Natasha. A ruiva os amarrou, agradecendo por ter trago uma corda na sua mochila.

A entrada finalmente ficou livre e os próximos passos foram friamente calculados. De um em um, Natasha os desmaiou, certificando de mantê-los presos. Ela usou de seus itens antigos para alcançar o terceiro andar pela área externa, não necessitando invadir a casa.

Na varanda de seu escritório, Alexander Luthor escutou a queda de dois corpos - os seus seguranças - no chão. A silhueta coberta pela falta de luz naquela noite não assustou o rapaz. E o medo? Nenhum. Nem mesmo quando a porta quase fora derrubada por um chute e o semblante de Natasha Romanoff encontrou os olhos de Lex. 

Ele sorriu cinicamente. 

— Senhorita Romanoff… É um prazer revê-la. — Lex bateu os seus dedos na madeira de sua mesa. Natasha rosnou com aquela ironia, erguendo a sua pistola já carregada. — Ou devo dizer: Viúva Negra? — O codinome tão conhecido a atingiu com as memórias esquecidas. Natasha o odiou.

E o som da arma sendo destravada ecoou. 

— Por favor, senhorita Romanoff… — Pronunciou o homem. — Você não teve coragem de eliminar aquela kryptoniana. Acha que fará algo… — Um tiro. Um tiro saiu do cano de sua pistola e acertou Lex. 

Natasha viu vermelho. 

E depois azul. Um azul se dissipando. Uma ilusão. Uma simulação. Lex não estava ali. E Natasha desesperou-se. 

Um bater de palmas. Um repetido bater de palmas chamou a atenção e preocupação da Romanoff. 

— Senhorita Romanoff, você trabalhou comigo, não? Deveria compreender a minha genialidade. — Natasha não o via. A escuridão no gigantesco escritório favoreceu o seu sumiço. — Eu sempre estou um passo à frente…

— Como…? — Ela quase engasgou. 

— Eu estou hoje e estava quando você, aquela kryptoniana e a outra mutante sobrevivente do medíocre grupo de humanos traidores, sequestraram as minhas irmãs. — A revelação fez Natasha cair por terra. Seus lábios entreabertos e íris arregaladas.

— Como você…? — Natasha tentava formular uma palavra qualquer. 

— Está na hora de matar uma aranhinha… — O gatilho foi apertado. E Natasha teve tempo de desviar-se, independente de sua incredulidade. Mas não muito. E a bala acertou o seu braço num raspão. — Com uma aranha maior. 

O imaginável apareceu perante a escuridão. As pernas trêmulas de Natasha a traíram e ela poderia cair, despencar pela surpresa. Ela não pensou que veria aquele rosto depois de tantos anos, mas viu-se enganada. 

Yelena Belova.

A sua irmã adotiva. 

— Yelena? — Yelena Belova. Criada e treinada na Sala Vermelha junto de Natasha, a mortal e cruel loira apenas guardou rancor de sua irmã pela sua traição. — Você…

— Ela não é a Viúva Negra. — Disse Yelena, sua cabeça direcionando-se a Lex, que já teria aparecido. — Não mais. — Yelena avançou. E Natasha, com o seu braço manchado de sangue, conseguiu se defender do primeiro golpe. 

Natasha não queria atacar, não queria machucar a sua pequena Yelena. No entanto, a cólera na loira a forçou naquela luta. E Natasha forçou o contra ataque. 

Yelena estava mais habilidosa, mais forte. A Belova sempre apresentou-se superior no sentido de força bruta, ficando atrás de Natasha apenas pela superioridade mental e destreza da ruiva. Mas Yelena aparentava um nível diferente agora. E Natasha estava em desvantagem.

Sestra, o que… — A fúria enraivecida de Yelena veio num chute, impedindo-lhe de prosseguir. 

— Não me chame assim. — Rosnou enfurecida, quase derrubando a ferida Natasha. — Você perdeu a sua chance quando não voltou à Rússia, quando me jogou de lado e descumpriu a missão. — Yelena intensificou os socos, preparada para matar Natasha em qualquer oportunidade. 

Lex divertia-se com o espetáculo. 

Em um segundo, o chão tornou-se o melhor amigo de Natasha. Yelena havia atingido o seu machucado e, perdendo a sua base, a loira a derrubou numa rasteira. As pernas de Natasha foram impensadas pelo peso da Belova e o seu rosto furioso a mirou. Natasha precisava pensar rápido. 

— Morra, Natasha. — Grunhiu Yelena, puxando a arma de sua cintura. Uma abertura. A picada da Viúva eletrocutou Yelena Belova, arrancando um grito doloroso seu. O seu uniforme apitou em vermelho. 

Lex reconheceu os braceletes elétricos de seu antigo uniforme de Viúva. 

O choque foi o bastante para desestabilizá-la, todo o seu corpo trêmulo, livrando-se de Natasha. A ruiva murmurou um pedido de desculpas à sua irmã adotiva e a empurrou, ficando livre do seu contato.

Reunindo forças, Natasha levantou-se, com Yelena ainda sofrendo as consequências da picada, e fitou Lex seriamente. Enfim, ela virou-se e fugiu por onde entrara antes, certificando-se de não ser seguida. Lex bufou. 

Ele caminhou até Yelena, agachou-se e analisou. Yelena recuperava aos poucos sua consciência. 

— Não se preocupe, Yelena, você a verá novamente… — Lex balbuciou contra a mulher de cabelos dourados. — Os ratos sempre retornam para roubar a comida. É necessário apenas montar a melhor armadilha para caça-los.

Sara Lance

Sara não pregou os olhos desde a descoberta do sumiço de Natasha. Ela manteve-se sentada na beirada de sua cama, esperando por qualquer movimento que representasse Natasha Romanoff no quarto ao lado. Nada. 

6 da manhã e Sara assistiu o sol nascer. 

7 da manhã e Sara sentiu a vontade de chorar. 

8 da manhã e Ava Sharpe bateu em sua porta, a qual encontrava-se entreaberta. 

— Ei. — Sara ergueu a sua cabeça, fitando a Sharpe. Suas bochechas marcadas por lágrimas recém soltadas. A Lance fungou, evitando ser vista tão quebrada por Ava. Tarde demais. — Lena contou-me sobre Natasha… — Ava questionou se poderia sentar-se ao seu lado e Sara deu de ombros. 

— Natasha é uma idiota, ela não deveria ter desobedecido Kara assim. — Reclamou Sara, extremamente chateada com as atitudes estúpidas de sua amiga. As bochechas avermelhadas misturavam raiva e mágoa. — Eu vou acertá-la com um soco quando eu a ver. 

— Talvez ela mereça. — Ava tentou brincar, mas nenhuma risada saiu de ambas. — De mais velha para a outra mais velha; teimosia é algo em comum vindo de duas pessoas mais novas. — Ironizou. — Cuido de Wanda desde os seus 12 anos e Lena tinha 21 na época em que a conheci. Ambas teimosas, Lena sendo até mais que Wanda. Isso me arrancou muitas brigas e discussões. Estava me sentindo uma idosa pela quantidade de cabelos brancos. 

— Eu imagino. — Gargalhou Sara dentre a tristeza e preocupação por Natasha. — Eu posso ter essa personalidade infantil, quase adolescente e extremamente irritante, porém eu vivi mais tempo que muitos aqui, sei de muito mais que o imaginável. 

— Uma velha sábia, no entanto insuportável. — Zombou. Sara revirou os olhos, empurrando Ava com o seu ombro. 

— Por que está aqui, Ava? — Sara interpelou finalmente, ainda não compreendendo a razão de Ava estar ajudando-lhe. 

— Você pode ser chata, você pode me fazer querer de colocar numa sala e não te soltar nunca, mas você me ajudou desde a minha chegada. — Ava respondeu gentilmente. Sara franziu o cenho. 

— Não é necessário ter pena de mim ou querer retribuir isso como se fosse um favor, Ava. — Sara não tinha o intuito de ser grosseira, contudo soou um tanto rude perante os ouvidos da segurança francesa. 

— O quão pouco você pensa de mim, Sara? — O seu tom possuía uma entonação indignada. E Sara notara como suas palavras quase - ou com certeza - ofenderam Ava. — Eu nunca faria isso, eu nunca ajudaria alguém por causa de um favor, e nem por pena… Importo-me contigo.

— Ava Sharpe… — Um sorriso malicioso criou-se nos lábios finos da Lance. — Você tem sentimentos por mim? — Ava bufou, frustrada e arrependida por ter declarado interessar-se pela menor. Detestava o convencimento esbanjado na face de Sara. 

— Não! — Afirmou convicta.

— Eu acho que você tem… — Tentou arrancar a verdade de Ava. 

— Eu não tenho, Sara. — Brigou Ava. 

— Okay, okay. — Ergueu os braços em rendição. — O que te fizer dormir de noite, senhorita Sharpe. — Desafiou a loira maior. 

— Foi um erro ter vindo aqui. — Ava ameaçou levantar-se, porém Sara a impediu, segurando gentilmente o seu antebraço. A segurança virou-se, cara a cara com a mutante imortal. Quando pensou em resmungar, um par de braços calou-lhe incrivelmente, passando-se pela nuca de Ava coberta pelos longos cabelos dourados.

Ava arfou. A respiração presa na sua garganta. O gesto tão perto fez as borboletas amarelas do seu estômago voarem. 

Sim, Ava era uma amante de contatos fofos. 

Transar com Sara a fez conhecer lugares nunca conhecidos. Mas aquele abraço encontrava-se num nível diferenciado. Ava gostaria de mais daquilo. 

— Obrigada… — Murmurou Sara contra a sua orelha descoberta. — Eu passei a noite em claro, estou com medo de perder Natasha como fiz com os outros, as Lendas. Eu não posso, Ava. — Admitia ela, desabafando toda a dor interna. Ava a segurou. Forte. — Mas agradeço por ter vindo aqui, Ypérochos Ílios. — O apelido então foi dito pela primeira vez. E Ava nunca adorou tanto as palavras desconhecidas.

— Você pode contar comigo, idiota. — Sara riu dentre o abraço. Ava não aliviava mesmo naquele momento de fofura. — Mesmo quando insiste em não me dizer qual o significado desse apelido grego. — Completou a Sharpe. 

— Céus, a fofura não é o seu forte, certo? — Sara pronunciou, quebrando finalmente aquela aproximação. Ava teve a visão perfeita das orbes azuladas, brilhantes e livres, momentaneamente, da tensão e apreensão. 

— Nunca, senhorita Lance. — Piscou Ava. 

— Grande Sol… — A fala repentina da imortal tomou a repleta atenção de Ava Sharpe. Uma de suas finas sobrancelhas arquearam-se e Sara indagou-se sobre como uma mulher poderia ser tão bela mesmo confusa. — O significado de Ypérochos Ílios… 

— Jura? — Sara assentiu. — Por que Sol? 

— Eu não sei… Talvez… Meu Deus, é completamente bobo e idiota. — Sara corou. Uma surpresa. Ava nunca a vira ficar avermelhada. — Mas o brilho em suas madeixas foi a primeira coisa a qual tomou minha concentração quando sequestramos vocês. Fiquei com isso na minha cabeça. — Explicava, ainda envergonhada, desejando enterrar o seu rosto no buraco mais próximo. Felizmente, para Sara, um chamado no andar de baixo cortou a futura fala de Ava.

Ambas levantaram-se, preocupadas, e trocaram olhares. Sara acelerou o passo, movendo-se à porta de seu quarto, tendo Ava acompanhando-lhe. Empurrando a porta, Wanda Maximoff penetrou o ponto de vista das duas loiras.

— Sara… — Wanda respirou fundo. — Natasha está aqui. Ela chegou, mas está completamente ferida e Kara precisa de sua ajuda.

Kara Zor-EL

— Você é uma estúpida do caramba, Natasha. — Kara resmungava com a amiga em seu colo, repousando-lhe no seu colchão. Ela respirava com dificuldade, a dor no seu braço era insuportável. — O que diabos aconteceu? — Perguntou a Zor-El atentamente.

— Tiro… Fui baleada em meu braço. — Tirando a sua mão na região, Natasha mostrou o machucado a Kara. E a loira sentiu a ânsia de vômito aproximar-se. No entanto, ela conteve o nojo e nervosismo, e usou a visão raio x para analisá-la. Felizmente, era uma ferida superficial e não havia nenhuma bala ali. 

— Lena? — Kara chamou por Lena, que subira com Kara quando a kryptoniana envolveu a melhor amiga. — Desça na cozinha e traga panos secos, por favor? Eles estão na segunda gaveta da pia. E um balde de água também ajudaria. — Lena assentiu, não hesitando em sair do cômodo de Natasha. — Tasha, onde estão os curativos? — Mesmo silabando o apelido, a sua voz foi séria. E a Romanoff estremeceu perante o tom da alienígena, apontando a sua cabeça ao baú no canto do cômodo. Kara rapidamente buscou os curativos.

E aquilo foi o tempo de Sara, Wanda e Ava adentrarem.

— Natasha Alianovna Romanoff! — Esbravejou Sara exasperada, sua respiração fugindo numa lufada. Natasha fechou as pálpebras, ela realmente detestava o seu segundo nome. 

— Sem gritos, por favor. — Implorou Natasha, lutando para manter-se acordada. Ela se debateu e Sara enfim notara o estado da amiga, assim como Wanda. A caçula das seis mulheres cobriu os lábios, incrédula e estupefata. Por alguma razão, uma Natasha machucada foi como um soco na sua barriga. 

— Natasha, como isso aconteceu?! — O grito de Sara foi quase agradecido pela Maximoff. Ela também queria saber. 

— Sério que quer saber? Eu estou morrendo aos poucos… — Fez uma falsa dramatização. Kara bateu em sua testa, não muito forte. — Kara! 

— Você tem um ferimento no braço e não uma facada no peito, Kuva. Pare de ser dramática e responda Sara. — Ela arrumou os curativos sobre a cama e esperou por Lena. Felizmente, a morena apareceu em segundos. 

— E nem assim eu sou valorizada neste grupo. — Sussurrou. — Não conta ser a mais nova? — Arqueou as sobrancelhas. Mas a fúria em Sara a fez parar. Ela sabia que a loira menor não era adorável quando tinha raiva. — Lex quem fez. Fui matá-lo, ele antecipou os meus movimentos e tomei um tiro. — Natasha perguntou-se caso deveria ocultar Yelena ou não. 

— Você não deveria ter sido tão idiota, Natasha… Obrigada, Lena. — Agradeceu Kara ao apanhar os panos limpos. Estancar o ferimento era a melhor opção. E ela usou da água e do álcool pegado próximo dos curativos para limpá-lo. 

— Ainda há mais nisso… — Sara adivinhou, seus braços cruzados num semblante fechado. Natasha praguejou, a Lance a conhecia melhor que qualquer um. — O que houve? Por que demorou pra vim? — Segundos de silêncio. — Abra a porra da boca e fale, Natasha. 

— Yelena trabalha com Lex, okay? A minha irmã quis me matar ontem. — A falta de descrença. Falta de descrença vinda de Sara, Kara e Lena, que lembrou-se da história dita pela Zor-El. Wanda e Ava sentiram-se distantes do diálogo. — Eu quase morri por Yelena, tudo bem? Você gostou de ouvir? Pode me deixar em paz agora? 

— Natasha… — Sara preparou-se para rebater, mas Kara apressou-se. 

Ghim Krigh, querida, eu cuido de Natasha. — Pediu a Zor-El. — Deixem-nos a sós… Ela não precisa de estresse agora, e sim descanso. 

— Kara, mas…

— Sara, por favor. — Kara agora implorava. E Sara sabia que encontrava-se de cabeça quente o bastante para ficar. Então, respirando fundo, ela saiu em passos firmes. Em seguida, Wanda e Ava deixaram o recinto, Lena sendo a última. 

Quando a porta fechou-se, Kara virou-se à ruiva russa, tratando de curar os seus sentimentos e ignorando o agradecimento e pedido de perdão da ex-espiã. Ainda estava brava, inteiramente irritada pelas ações inconsequentes da amiga.

Foi um processo lento, mas Kara finalmente enfaixou o local do tiro depois de alguns minutos. Ela então ajudou Natasha no banho, sabendo que a outra teria dificuldades. Auxiliando-lhe a pôr as vestimentas, Kara a deitou no seu colchão novamente. 

— Durma um pouco, Natasha. Depois conversamos melhor. Sobre os seus atos e sobre Yelena. — Avisou Kara, mantendo a seriedade. Natasha limitou-se em consentir. — Não nos mate de susto assim uma segunda vez, está bem? 

— Eu não prometo nada. — Brincou, completando numa quase gargalhada. Kara balançou a cabeça. Não sabia como ter raiva da melhor amiga por muito tempo. — Obrigada por me livrar da ira de Sara e por me salvar. 

— Não agradeça. — Inclinou-se Kara, capturando a sua testa num beijo gentil. — Eu te amo, Romanoff.

— Eu também te amo, Chuzhoy… — Resmungou Natasha, enrolando-se nas suas cobertas. Kara, reunindo as coisas utilizadas, distanciou-se e abandonou o recinto. A presença de Lena no corredor verdadeiramente a surpreendeu. 

— Ei, Miss Americana. — Cumprimentou Kara ao vê-la. 

— Ela está bem? — Referiu-se a Natasha.

— Ela sempre está. — Riu entredentes. 

— É bom saber disso. — Disse sinceramente. — Principalmente quando o culpado é meu irmão. Não posso evitar um pesar no meu peito. — Kara fez uma careta em repreensão.

— Pare, Lena. — Interferiu-lhe. — Isso tudo não tem um dedo seu envolvido, certo? Natasha desobedeceu às minhas ordens e Lex quem a machucou. Você não enfiou uma bala em seu braço, não necessita se preocupar. — A tranquilizou. Lena abaixou a cabeça, o piso do corredor mostrando-se adorável. Ela não acreditava na kryptoniana. 

— Mudando de assunto; estive conversando com Ava e há algo que quero falar contigo… — Proferiu Lena, ignorando as emoções acumuladas. Kara mordeu os lábios. 

— Claro. — Kara falou. — Apenas deixe-me colocar essas coisas lá embaixo. 

— Eu irei te esperar, Kara… 


Notas Finais


YELENAAAAAAAA DEU AS CARAS

E o Lex? Bem, o Lex é o Lex heheheheheeh enfim, macho superior

O que vocês acharam? Digam-nos, a gente ama quando vocês comentam 🤭


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...