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História Miss Mills - E assim que vai ser nossa relação?


Escrita por: GiSwan

Notas do Autor


Bom 😂 cora ainda vai causa ela ainda esta anilasando Emma

Capítulo 13 - E assim que vai ser nossa relação?


Ela puxa para fora de mim, de uma vez. Eu estremeço. Senta-se na cama, tira a camisinha usada e joga em um cesto de papéis.

- Vamos, temos que nos vestir... se quiser conhecer minha mãe. - Ela sorri, levanta-se da cama e veste o jeans, sem cuecas! Tento me levantar, mas continuo amarrada.

- Regina.. não posso me mover.

Seu sorriso se acentua, inclina-se e desamarra a gravata, que me deixou a marca do tecido nos pulsos. Isto é... sexy. Observa-me divertido, com olhos dançarinos. Beija-me rapidamente na testa e me sorri.

- Outra novidade -ela reconhece, mas não tenho ideia do que está falando.

- Eu não tenho roupa limpa. - De repente, estou cheia de pânico, considerando a experiência que acabo de viver, o pânico me parece insuportável. Sua mãe! Caramba. Não tenho roupa limpa e ela praticamente nos pegou em flagrante delito. 

-Talvez devesse ficar aqui.

- Oh, não, você não vai - Regina ameaça. 

- Pode vestir algo meu. - Ela veste uma camiseta branca e passa a mão pelo cabelos soltos os embaraçando. Embora esteja muito nervosa, fico embevecida. Será que vou me acostumar a olhar para esta mulher?

Sua beleza é desconcertante.

- Emma, você ficaria bonita até com um saco. Não se preocupe, por favor. Eu gostaria que conhecesse minha mãe. Vista-se. Vou acalmá-la um pouco. - Aperta os lábios. 

 -Espero você no salão, dentro de cinco minutos, caso contrário, eu virei e a arrastarei para fora daqui, com qualquer coisa que esteja vestindo. Minhas camisetas estão nessa gaveta. As camisas estão no closet. Sirva-se. - Olha-me um instante, inquisitivo e sai do quarto.

Caramba. A mãe de Regina . É muito mais do que esperava. Talvez conhecê-la me permita colocar algumas peças no quebra-cabeça. Poderia me ajudar a entender por que Regina é como é... De repente, quero conhecê-la. Recolho minha blusa do chão e me alegro por descobrir que sobreviveu a noite sem estar muito amassada. Encontro o sutiã azul debaixo da cama e me visto rapidamente. Mas se há algo que odeio é usar calcinhas sujas. Dirijo-me à cômoda de Regina e procuro uma de suas cuecas.

Ponho-me uma cueca cinza da Calvin Klein, o jeans e meu Converse.

Puxo a jaqueta, corro ao banheiro e observo meus olhos muito brilhantes, minha cara vermelha... e meu cabelo. Caramba... as tranças estão desfeitas. Procuro uma escova, mas só encontro um pente. Ela terá que servir. Um rabo de cavalo é a única resposta. Eu me desespero com minhas roupas. Talvez devesse aceitar a oferta de roupas de Regina.

Meu subconsciente franze os lábios e articula a palavra "vadia". Não faço conta. Ponho a jaqueta e me alegro de que os punhos cubram as marcas da gravata. Nervosa, me olho pela última vez no espelho. É o que posso fazer. Dirijo-me ao salão.

- Aqui está. - diz Regina levantando do sofá.

Olha-me com expressão cálida e apreciativa. A mulher morena que está ao seu lado se vira e me dedica um amplo sorriso. Levanta-se também. Está impecavelmente vestida, com um vestido estilo camisa, castanho claro, com sapatos combinando. Está arrumada, elegante, bonita, e me mortifico um pouco pensando como estou um desastre.

- Mamãe, apresento-lhe Emma Swan Steele. Emma, esta é Cora Trevelyan Mills Grey.

A doutora Trevelyan Grey me estende a mão. T... de Trevelyan?

- Prazer em conhecê-la -  ela murmura. Se não estou enganada, há espanto e alivio, talvez atordoamento em sua voz e um brilho quente em seus olhos cor de avelã. Aperto-lhe a mão e não posso evitar de sorrir, retornando o seu calor ela me observou de cima a baixo. Com uma cara nao muito agradavel

- Doutora Trevelyan Grey -  eu murmuro.

- Chame-me de Cora - Sorri, e Regina franze o cenho. 

- Usualmente sou chamada de doutora Trevelyan, e a senhora Grey é minha sogra. - Ela pisca um dos olhos por que eu sentia falsidade 

- Então, como se conheceram? - pergunta olhando para Regina, incapaz de ocultar sua curiosidade.

- Emma me entrevistou para a revista da faculdade, porque esta semana vou entregar os diplomas de graduação.

Dupla merda. Tinha-o esquecido.

- Então, você vai se graduar esta semana? — Cora pergunta ela olha para Regina

- Sim.

Meu celular começa a tocar. Ruby, eu aposto.

- Desculpem-me. O telefone está na cozinha. Aproximo-me e o pego do balcão sem checar o número.

- Ruby

- Meu Deus! Emma! - Que merda, é Killian. Parece desesperado.

 - Onde está? Já liguei umas vinte vezes. Tenho que ver você. Quero te pedir perdão pelo que aconteceu na sexta-feira. Por que não me respondeu as ligações?

- Olhe, Killian, agora não é um bom momento.

Olho muito nervosa para Regina, que me observa atentamente, com rosto impassível, enquanto murmura algo para sua mãe. Dou-lhe as costas.

- Onde você está? Ruby está muito evasiva, - ele queixa-se.

- Estou em Seattle.

- O que você faz em Seattle? Está com ela?

- Killian, eu ligo para você mais tarde. Não posso falar agora.

E desligo.

Volto com toda tranquilidade para Regina e sua mãe. Cora está em pleno falatório.

- ... e Zelena me ligou para dizer que você estava por aqui... Faz duas semanas que não vejo você, querida.

- Zelena sabia? - Regina pergunta me olha com expressão indecifrável.

- Pensei que poderíamos comer juntos, mas já vejo que tem outros planos, assim não quero lhes interromper. - Ela agarra seu comprido casaco de cor creme, vira-se para ela, oferecendo o rosto para ela. Ela a beija rapidamente com suavidade. Ela não toca nela.

- Tenho que levar Emma para Portland.

- É claro, querida. Emma, foi um prazer lhe conhecer. Espero que voltemos a nos ver.

Ela estende-me a mão, com olhos brilhantes e nós sacudimos.

Taylor aparece procedente de... onde?

- Senhora Mills? - Ele pergunta.

- Obrigado, Taylor. - Ela a segue pelo salão e atravessam as portas duplas que vão para o vestíbulo. Taylor esteve aqui o tempo todo? Por quanto tempo esteve aqui? Onde esteve?

Regina me olha.

- Então o fotógrafo ligou para você?

Merda.

- Sim.

- O que queria?

- Só me pedir perdão, já sabe... por sexta-feira.

Regina aperta os olhos

- Eu vejo - ela diz simplesmente.

Taylor volta a aparecer.

- Senhorita Grey, há um problema com o envio de Darfur.

Regina acena bruscamente para ele com a cabeça.

- O Catherine Tango voltou para o Boeing Field?

- Sim, senhora.

Taylor sacode a cabeça para mim.

-  Senhorita Swan.

Eu sorrio timidamente para ela, que se vira e sai.

- Taylor vive aqui?

- Sim. - responde-me cortante. Qual o problema agora?

Regina vai à cozinha, pega o seu BlackBerry e dá uma olhada aos e-mails, suponho. Está muito sério. Ela faz uma ligação.

- Ros, qual é o problema? - pergunta bruscamente. Escuta sem deixar de me olhar com olhos interrogativos. Eu estou no meio do enorme salão me sentindo extraordinariamente auto-consciente e deslocada.

- Não vou pôr a tripulação em perigo. Não, cancele-o... Lançá-lo-emos do ar... Bom.

Desliga. A suavidade em seus olhos desapareceu. Parece hostil. Lança-me um rápido olhar, dirige-se para seu escritório e volta um momento mais tarde.

- Este é o contrato. Leia e o comentaremos no fim de semana que vem. Sugiro que pesquise um pouco, para que saiba do que estamos falando. - Para por um momento.

 -Bom, se aceitar e espero realmente que aceite. - acrescenta em tom mais suave, nervoso.

- Pesquisar?

- Você pode ficar surpresa com o que pode encontrar na internet - ela murmura.

Internet! Não tenho computador, só o notebook de Ruby, e, é obvio, não posso utilizar o do Clayton's para este tipo de "pesquisa", certo?

-O que acontece? - pergunta-me inclinando a cabeça.

- Não tenho computador. Estou acostumada a utilizar os da faculdade. Verei se posso utilizar o notebook de Ruby

Ela me entregou um envelope pardo.

- Estou certo que posso... err, lhe emprestar um. Recolha suas coisas. Voltaremos para Portland de carro e comeremos algo pelo caminho. Vou vestir-me.

- Tenho que fazer uma ligação, - eu murmuro. Só quero ouvir a voz de Ruby. Ela franze o cenho.

- Para o fotógrafo? - Suas mandíbulas se apertam e os olhos ardem. Eu pisco para ela. 

- Eu não gosto de compartilhar, senhorita Swan. Lembre-se disso. - Seu tom de voz calmo, é um arrepiante aviso e dando um olhar muito frio para mim, ela volta para o quarto.

Caramba. Eu só queria ligar para a Ruby. Quero ligar diante dela, mas sua repentina atitude distante me deixou paralisada. O que aconteceu com a mulher generosa, depravada e sorridente que me fazia amor faz apenas meia hora?

***

- Pronta? - Regina me pergunta junto à porta dupla do vestíbulo.

Eu concordo, incerta. Ela recuperou seu tom distante, educado e convencional. Voltou a colocar a máscara. Leva uma bolsa de couro sobre o ombro. Para que a necessita? Talvez ela fique em Portland. Então recordo a entrega dos diplomas. Sim, claro... Estará em Portland na quinta-feira.

Está vestindo uma jaqueta negra de couro. Vestido assim, sem dúvida não parece um multimilionária. Parece uma menina extravazada, possivelmente uma rebelde estrela de rock ou uma modelo de passarela. Suspiro por dentro, desejando ter uma décima parte de sua elegância. É tão tranquila e controlada... Franzo o cenho ao recordar seu arrebatamento com a ligação de Killian.. Bom, ao menos parece que o é.

Taylor está esperando ao fundo.

- Amanhã, então - ela diz para Taylor, que concorda.

- Sim, senhorita. Que carro vai levar, senhorita?

Lança-me um rápido olhar.

- O R8.

- Boa viagem, senhorita Mills Senhorita Swan. - Taylor me olha com simpatia, embora possivelmente no mais profundo de seus olhos esconda um pingo de lástima.

Sem dúvida acredita que sucumbi aos dúbios hábitos sexuais do Regina. Bom, aos seus excepcionais hábitos sexuais, ou possivelmente, o sexo seja assim para todo mundo? Franzo o cenho ao pensar nisso. Não tenho nada com o que compará-lo e pelo visto, não posso perguntar a Ruby. Assim terei que falar do tema com Regina. Seria perfeitamente natural poder falar com alguém... mas não posso falar com Regina se ela se mostrar tão aberta num minuto e tão retraída no seguinte.

Taylor nos segura a porta para que saiamos.Regina chama o elevador.

- O que foi, Emma? - pergunta-me. Como sabe que estou remoendo algo em minha

Como sabe que estou remoendo algo em minha mente? Ela chega mais perto e levanta o meu queixo.

- Pare de morder o lábio ou a foderei no elevador, e não vou me importar se entrar alguém ou não.

Ruborizo-me, mas seus lábios esboçam um ligeiro sorriso. Ao final parece que está recuperando o senso de humor.

- Regina, tenho um problema.

- Oh, sim? - pergunta-me me observando com atenção.

Chega o elevador. Entramos e Regina aperta o botão marcado com um G.

- Bem - eu ruborizo. Como posso dizer-lhe isso? 

- Preciso falar com Ruby. Tenho muitas perguntas sobre sexo, e você está muito comprometida. Se quiser que faça todas essas coisas, como vou saber...?  - interrompo-me e tento encontrar as palavras adequadas.

- É que não tenho pontos de referência.

Ela rola os olhos.

- Fale com ela se for preciso. - responde-me zangada 

- Mas se assegure de que não comente nada com Zelena

Não concordo com sua insinuação. Ruby não é assim.

- Ruby não faria algo assim, como eu não diria a você nada do que ela me conta sobre Zelena... se me contasse algo - acrescento rapidamente.

-  Bom, a diferença é que não me interessa sua vida sexual - murmura Regina em tom seco. 

- Zelena é uma bastarda curiosa. Mas lhe fale só do que temos feito até agora- ela adverte.

- Ela, provavelmente, me cortaria as bolas se soubesse o que quero fazer contigo - ela acrescenta em voz tão baixa, que não estou segura de se pretendia que o ouvisse.

- Ok -  concordo prontamente, sorrindo para ela, aliviada. Não quero nem pensar em Ruby cortando as bolas de Regina.

Ela franze os lábios e sacode a cabeça.

- Quanto antes se submeta para mim melhor, assim acabamos com tudo isto -  ela murmura.

- Acabamos com o que?

- Com seus desafios. - Passa-me uma mão pelo meu queixo e me beija rapidamente nos lábios. As portas do elevador se abrem. Agarra-me pela mão e me leva para a garagem no subsolo.

Eu a desafio... como?

Perto do elevador vejo o Audi 4x4 negro, mas quando aperta o comando para que se abram as portas, acendem-se as luzes de um esportivo negro reluzente. É um desses carros que deveria ter uma loira de pernas longas, deitada no capô, vestida apenas com uma faixa.-

- Bonito carro - eu murmuro secamente.

Ela levanta o olhar e sorri.

- Eu sei - responde-me, e por um segundo volta a ser o doce, jovem e despreocupada Regina. Inspira-me ternura. Está entusiasmado.A menina e seus brinquedos. Rolo os olhos, mas não posso ocultar meu sorriso. Abre-me a porta e entro. Uau... é muito baixo. Ela se move em volta do carro com graça fácil e dobra seu corpo longo elegantemente ao meu lado. Como ela faz isso?

- Então, que tipo de carro é esse?

- Um Audi R8 Spyder. Como faz um dia lindo, podemos baixar a capota. Há um boné de beisebol aí. Na verdade, deve haver dois. Ela aponta para uma caixa. - E óculos de sol se você quiser.

Ela dá partida na ignição, e o motor ruge a nossas costas. Deixa a bolsa entre os dois assentos, aperta um botão e a capota retrocede lentamente. Aperta outro, e a voz do Bruce Springsteen nos envolve.

-  Vai ter que gostar do Bruce - Sorri-me, e tira o carro do estacionamento e sobe a rampa, onde nos detemos, esperando que a porta levante.

E saímos para a ensolarada manhã de maio em Seattle. Abro a caixa e pego os bonés de beisebol. São da equipe dos Mariners. Ela gosta de beisebol? Passo-lhe um boné e ponho o outro. Eu passo o rabo de cavalo pela parte de trás do meu boné e puxo a viseira para baixo.

Pessoas nos olham quando nos dirigimos pelas ruas. Por um momento penso que olham para ela... e logo tenho um paranóico pensando que me olham porque sabem o que estive fazendo nas últimas doze horas, mas ao final, me dou conta de que o que olham é o carro. 

Regina parece alheia a tudo, perdida em seus pensamentos. Há pouco tráfico, assim não demoramos para chegar a interestadual 5 em direção ao sul, com o vento soprando por cima de nossas cabeças. Bruce canta que arde de desejo. Muito oportuno. Ruborizo-me escutando a letra. Regina me olha. Com seus óculos Ray-Ban, não vejo sua expressão. Franze os lábios, apóia uma mão em meu joelho e me aperta suavemente. Minha respiração fica difícil.

- Tem fome? - pergunta-me.

Não de comida.

- Não especialmente. -Seus lábios voltam a apertar-se em uma linha firme.

- Você tem que comer, Emma -  ela repreende-me.

 - Conheço um lugar fantástico perto de Olympia. Pararemos ali. - Aperta-me o joelho de novo, sua mão volta a pegar no volante e pisa no acelerador. Vejo-me impulsionada contra o respaldo do assento. Caramba, como corre este carro raparo em seus cabelos negros que batiam no ombro voando ela deu um sorriso olhando para estrada como não apaixonar?

 O restaurante é pequeno e íntimo, um chalé de madeira em meio de um bosque. A decoração é rústica: cadeiras diferentes, mesas com toalhas em xadrez e flores silvestres em pequenos vasos. Cuisine Sauvage, alardeia um pôster por cima da porta.

- Fazia tempo que não vinha aqui. Não se pode escolher... Preparam o que caçaram ou recolheram. - Levanto as sobrancelhas fingindo horrorizar-se e não posso evitar de rir. A garçonete nos pergunta o que vamos beber. Ruboriza-se ao ver Regina e se esconde debaixo de sua comprida franja Morena para evitar olhá-la nos olhos. Ela gosta dela! Não acontece só comigo!

- Dois copos do Pinot Grigio -  diz Regina em tom autoritário. Eu aperto meus lábios, aborrecida. 

- O que? - pergunta-me bruscamente.

- Eu queria uma Coca-cola light - eu sussurro.

Seus olhos castanhos se apertam e ela sacode sua cabeça.

- O Pinot Grigio daqui é um vinho decente. Irá bem com a comida, tragam o que nos trouxerem-  diz-me em tom paciente.

- Tragam o que trouxerem?

-  Sim.

Esboça seu deslumbrante sorriso inclinando a cabeça e faz um nó no meu estômago. Eu não posso deixar de devolver-lhe seu sorriso glorioso.

- Minha mãe gostou de você - diz-me de repente.

- Sério? - Suas palavras me fazem ruborizar de alegria.

- Oh sim. Sempre pensou que eu fosse uma maniaca sem sexo

Abro a boca ao me lembrar daquela cena que cause nos pegou no sexo.

- Por que ela pensava isso? - pergunto-lhe em voz baixa.

- Porque nunca me viu com uma garota ou garoto

- Oh... com nenhuma das quinze?

Ela sorri.

- Tem boa memória. Não, com nenhuma das quinze.

- Oh.

- Olhe, Emma, para mim também foi um fim de semana de novidades -  diz-me em voz baixa.

- Foi?

- Nunca tinha dormido com ninguém, nunca tinha tido relações sexuais em minha cama, nunca tinha levado uma garota na catherine Tango e nunca tinha apresentado uma mulher para minha mãe. O que você está fazendo comigo? -  A intensidade de seus olhos ardentes me corta a respiração.

A garçonete chega com nossos copos de vinho, e imediatamente dou um pequeno gole. Está sendo franca ou se trata de um simples comentário fortuito?

- Eu gostei muito deste fim de semana - digo em voz baixa. Ela aperta os olhos para mim novamente.

- Pare de morder o lábio- ela grunhe.

 -  Eu também - ela acrescenta.

- O que é sexo baunilha? - pergunto-lhe, embora só para me distrair do intenso olhar ardente e sexy que ela está me dando. Ela ri.

- Sexo convencional, Eminha. Sem brinquedos, nem acessórios. - ela encolhe os ombros. 

- Você sabe... bom, a verdade é que não sabe, mas isso é o que significa.

- Oh. - Eu pensei que era sexo bolo de chocolate com uma cereja no topo, o que tivemos uma pausa "Eminha". Mas então, o que eu sei?

A garçonete nos traz sopa, que ambos olhamos com certo receio.

- Sopa de urtigas -  informa-nos a garçonete, dando meia volta e retornando zangada à cozinha. Não acredito que goste que Regina não lhe faça nem caso. Provo a sopa, que está deliciosa.

Regina e eu olhamos um para a outra, aliviadas. Dou uma risada e ela inclina a cabeça.

-  Que som adorável  - murmura.

- Por que você nunca fez sexo baunilha antes? Você sempre fez... err, o que faz? - pergunto-lhe intrigada.

Ela concorda lentamente.

- Mais ou menos. - Ela responde-me com cautela. Por um momento franze o cenho e parece liberar uma espécie de batalha interna. Logo levanta os olhos, como se tivesse tomado uma decisão. 

- Uma amiga de minha mãe me seduziu quando eu tinha quinze anos.

-  Oh. Meu deus, tão jovem!

- Seus gostos eram muito especiais. Fui sua submissa durante seis anos. - Ela encolhe os ombros.

- Oh. - Meu cérebro congelou, atordoado por essa confissão.

- Então, eu sei o que isso implica, Emma. - Seus olhos brilham com a introspecção.

Observo-o fixamente, incapaz de articular uma palavra... Até meu subconsciente está em silêncio.

- A verdade é que não tive uma introdução ao sexo muito corrente.

A curiosidade entra em ação.

- E alguma vez saiu com alguém na faculdade?

- Não. - responde-me, negando com a cabeça, para enfatizar sua resposta.

A garçonete chega para retirar nossos pratos e nos interrompe um por momento.

- Por quê? -  pergunto-lha, quando ela se vai.

Ela sorri sardonicamente.

-  Você, realmente, quer saber?

-  Sim.

-  Porque não quis. Ela era tudo o que queria ou necessitava. Além disso, ela iria me castigar. - Ela sorri com carinho ao recordar.

Oh, isso era muita informação... mas queria mais.

- Então, ela era uma amiga de sua mãe, quantos anos ela tinha?

Ela sorri.

- Tinha idade suficiente para saber o que fazia.

- Você ainda a vê?

-  Sim.

- Ainda... bem...? — Ruborizo-me.

- Não. - Ela sacode a cabeça e com um sorriso indulgente. 

-  Ela é uma boa amiga.

- Oh. Sua mãe sabe? - Ela me olha, como se dissesse para não ser idiota.

-  Claro que não.

A garçonete retorna com carne de veado, mas meu apetite sumiu. Que revelação.

Regina, uma submissa.. caramba. Eu dou um comprido gole no Pinot Grigio... Regina tinha razão, é obvio, está delicioso. Deus, tenho que pensar em tudo o que me contou. Necessito tempo para processá-lo quando estiver sozinha, porque agora sua presença me distrai. É tão irresistível, tão  alfa, e de repente, lança esta bomba. Ela sabe o que é ser submissa.

-  Mas não pode ter sido em tempo integral? - Estou confusa.

- Bem, era, apesar de não vê-la o tempo todo. Era... difícil. Afinal, eu ainda estava na escola e mais tarde, na faculdade. Coma, Emma.

- Não tenho fome,Regina, de verdade. Eu estou me recuperando da revelação.

Sua expressão se endurece.

- Coma -  diz-me em tom tranquila, muito tranquila.

Eu olho para ela. Esta mulher..... abusaram sexualmente dela quando era adolescente... seu tom é ameaçador.

- Espere um momento  - eu murmuro. Ela pisca um par de vezes.

- Ok -  ela murmura e segue comendo.

Assim será a coisa se assinar. Terei que cumprir suas ordens. Franzo o cenho. É isso o que quero?

Pego o garfo e a faca, e começo a cortar o veado. Está delicioso.

- Assim será a nossa... nossa relação? - Eu sussurro. 

-  Estará me dando ordens todo o momento? - pergunto-lhe em um sussurro, sem me atrever a olhá-la


Notas Finais


Eai oque tão achando?


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