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História Miss Nothing. - Kill Him.


Escrita por: PequenaDoLuke

Notas do Autor


Ta, eu AMO esse capítulo kkkk

Capítulo 5 - Kill Him.


Fanfic / Fanfiction Miss Nothing. - Kill Him.

 

Taylor On... 

Porra. Porra. PORRA. Eu sou burra como o caralho, por que diabos fui fazer aquela droga de aposta? Qual é a droga do meu problema, inferno?  

Eu ainda estava com o carro parado em frente à casa de Luke, e dou um grito abafado, encostando a cabeça no volante. Acho que ele nem precisa mais me conhecer, para ter certeza que me odeia a partir de agora. Mas o que eu posso fazer? Eu estava drogada, mal me lembrava de como fiz aquela aposta, só me lembro que Kaya comentou algo de Luke e alguma garota de lá disse que o conhecia, e então estavam fazendo apostas para ver se eu conseguiria trazer o maior good boy da cidade para uma festa “da galera”. 

Dirigindo para minha casa, me lembro da forma como ele saiu do carro e disse que não queria mais me ver. Parecia tão decidido. Eu não podia fazer mais nada agora, a não ser ficar longe dele, como ele mesmo me pediu, não sei se era aquilo que eu queria, mas como ele mesmo disse, eu não tenho nada para oferecer à ele, e ele tinha tudo para que eu pudesse tirar dele.  

Chego em casa e verifico se Kaya já estava lá, e quando subo para o quarto dela, vejo a mesma dormindo com as roupas que estava na festa. Dou um suspiro e desço as escadas novamente, vou para a cozinha e me sento na bancada, pegando uma garrafa de tequila que estava no pequeno bar que tínhamos ali. Abro a garrafa, mas quando vou levá-la a boca, uma mão me interrompe.  

 - Acho que encher a cara já te deu muitas consequências hoje – Kaya aparece, tirando a garrafa da minha mão. Ela tinha o sono muito leve, e deve ter acordado quando entrei no quarto, merda.  

  - Tanto faz – respondo e desço da bancada.  

  - Ei, o que aconteceu? - Ela pergunta, se aproximando de mim. Kaya estava com a maquiagem borrada, e as sardas de seu rosto estavam visíveis.  

   - Só é melhor eu nunca mais chegar perto daquele garoto de novo – respondo, sem mais delongas, querendo evitar aquele papo.  

    Quando entro no banho, depois de fugir de Kaya, percebo que minha decisão estava tomada, não havia porque querer me aproximar de um cara como Luke, afinal, eu era uma assassina e ele era só... Luke, o bonzinho e querido Luke. Se eu me aproximar dele, seria o rumo para sua destruição.  

            Luke On...  

           Um mês depois...

Um mês havia se passado, eu não havia visto Taylor novamente, desde aquela noite. Minha vida seguia normal, e era como se aqueles dias nem tivessem existido, como se ela nunca tivesse pronunciado meu nome, ou aparecido no meu quarto no meio da noite, me colocado em uma aposta ou apontado uma faca para mim. No começo da semana, tive impressão que havia visto a Lamborghini dela passar por mim, mas não tenho certeza se era ela quem dirigia. Afinal, eu resolvi ignorar também o fato daquela noite ter acontecido, ninguém sabe, nem mesmo meus amigos, e pedi pra eles ignorarem também o fato dela ter aparecido na faculdade aquele dia.  

Dessa forma, minha vida seguia na mesma rotina entediante de sempre. Ia para a igreja e lia muito. Eu estudava de manhã, e a tarde, agora já havia recuperado os 2 dias que de aula que perdi na parte da tarde depois que ela apareceu. Não é como se eu não pensasse mais nela, acho que na primeira semana eu meio que esperava que ela aparecesse, pela minha sorte, não apareceu.  

Agora eu estava tomando um banho, era domingo e eu estava me arrumando para ir para a igreja. Saio do banho, com uma toalha enrolada na cintura e vou até meu guarda roupa. Nas últimas vezes que fui a igreja, decidi não usar minhas calças pretas típicas, e estava aderindo o uso de calças cáqui, não sei o que deu em mim para usar aquelas calças justas para ir para lá. Assim, visto uma calça cáqui marrom e coloco uma camisa branca

   - Filho, já está pronto? - Meu pai grita lá de baixo para mim.  

   - Já estou indo pai – termino de me arrumar, pego a bíblia e desço as escadas rapidamente. 

      - Podia usar pelo menos uma gravata, não é, Luke? - Meu pai pergunta e minha mãe olha repreensiva para ele.  

    - Não exagere né, querido – ela diz.  

     - Claro, pelo menos ele parou de usar aquelas calças pretas tão justas – ele concorda.  

      - Acho que a fase rebelde dele já passou – minha mãe sorri e saímos da casa.  

      Enquanto íamos para a igreja, observo a bela paisagem, cantarolando alguma música do Spleeping With Sirens bem baixinho, para que meu pai não percebesse. Ele tolerava os pôsteres do meu quarto de alguma forma, contando que ele nunca me pegasse ouvindo esse tipo de música ou idolatrando esse tipo de coisa, ou ele me trancaria no O Quarto.  

    Chegando lá, vejo que hoje todos os meus amigos estavam ali, Ashton, Michael, Calum, Emma e até Kate, que dificilmente ia.  

    - Está atrasado, não chegou 15 minutos antes, chegou 13 – Kate zomba de mim, quando me vê chegando e eu reviro os olhos, rindo.  

    - Ainda não sei como a igreja não está toda em chamas desde que você colocou os pés dentro dela – me sento ao lado de Calum.  

    - Não tire conclusões precipitas, se fosse você, verificaria a cozinha – ela rebate e Michael dá uma risada alta, recebendo olhares críticos de algumas senhoras beatas. 

     - Vocês dois ainda vão se matar – Ashton diz.  

      - Infelizmente não será possível, afinal, somos irmãos, mas é assim que descobrimos o porquê Caim matou Abeu – Kate da uma risada alta também. Escutamos um “shiu” mesmo que a missa nem tenha começado ainda.  

   - Deus, o padre Josh devia dar uma lição em vocês - Emma sorri, balançando a cabeça. Ela tinha um bíblia no colo, e Ashton e Calum liam junto com ela.  

     - Era capaz dele jogar todos nós no O Quarto dos Hemmings – Michael diz e todos param, fingindo um calafrio.  

     A missa já iria começar, então eu pego minha bíblia e agora Calum olha para a minha, ao invés de olhar para a de Emma, ele sempre esquecia a dele. Eu prestava atenção no sermão daquele dia, mas talvez nem tanto quanto deveria, já que minha mente divagava a todo instante.  

     Não vou negar, todos os domingos eu realmente esperava que talvez, só talvez, a garota que apostou me levar para uma festa no meio da noite e me beijar, fosse aparecer. Ela nunca aparecia.  

           Taylor On... 

      Um mês desde aquela noite havia se passado, eu cumpri a promessa que fiz para mim mesma de não me aproximar mais de Luke. Mas na última semana as circunstâncias mudaram. 

        Uma semana antes... 

   Agora, eu estou indo saindo de casa e indo para A Máfia, precisa falar com o pessoal de lá. Alguns dos meus inimigos estavam querendo me atingir, Kaya também trabalhava para eles, mas não sei se posso confiar neles para cuidar dela, só o que eu sabia era que não iria conseguir fazer isso sozinha. Ela era a única com quem eu me importava, e sempre foi meu único ponto fraco, então era para ela que as armas dos meus inimigos sempre miravam, e no final eu era quem tinha que matar um tanto de gente inútil.  

    Chego na A Máfia, fumando um cigarro. Falo o código de segurança na porta de entrada, e mostro minha moeda de ouro, como se eu ainda precisasse de código para entrar. Todos ali me conhecem e sentem medo de mim, afinal, eu sou a única serial killer mulher que tem nessa gangue de merda. 

     Passo pelos corredores enormes do lugar, todos cheios de pessoas vestidas de preto, fumando um cigarro normal, um de maconha, cheirando cocaína, tomando ecstasy; eu já estou acostumada com tudo isso, esse sim é o meu mundo. Jogo o cigarro no chão, vendo a sujeira que se encontra ali exatamente por isso, apagando o mesmo. 

     Entro na sala de Dylan o chefe da A Máfia, ele é moreno, alto, olhos castanhos e confesso, já dormi com ele algumas vezes, ele é gostoso. Dylan está sentado atrás de sua mesa de madeira rústica, como sempre, muito sexy. Ele mordia os lábios e suas sobrancelhas estavam franzidas, com um vinco entre elas, que aparecia quando ele estava pensando em algo importante. 

- Hey - ele me olha de cima abaixo e sorri para mim. - Taylor, já faz alguns dias que você não vem aqui, não é mesmo? - Ele se levanta da cadeira e saí de trás da mesa, se escorando na minha frente.  

Ele vestia uma calça preta apertada, camiseta preta e coturnos pretos, ele cruzou os braços, escorado na mesa, como ele ficava sexy assim. 

- É, você não me ligou para matar mais nenhum filho puta - me sento na cadeira, em frente a ele. - Mas agora, eu estou aqui porque Dylan, eu estou precisando da ajuda da Máfia - bufo ao revelar isso. 

- Claro que está - ele revira os olhos e dá um sorriso cínico. - O que a JBC fez agora? - Ele pergunta se referindo a nossa gangue rival da cidade.  

A Máfia é a maior gangue da cidade, e a JBC a segunda maior, por isso a rivalidade. As siglas significavam: Justin Bieber Chad. Justin Bieber é o nome do meu maior inimigo e Chad é o nome do seu associado. Justin havia jurado minha morte, já que em uma das brigas entre Máfia e JBC, eu acabei deixando um enorme corte em seu rosto. Hoje em dia a cicatriz era horrível. 

- Eles estão me seguindo há alguns dias - digo, bufando de raiva. 

- Espera, você está pedindo para que A Máfia te ajude? E aquele papo de que você se cuida sozinha, em Momsen? - Ele pergunta em tom de deboche e eu reviro os olhos, odeio quando falam assim comigo. Mostro o dedo do meio para ele. 

- Eu cuido de mim mesma sozinha sim, Dylan, mas acontece, que eu não consigo me cuidar e cuidar de Kaya ao mesmo tempo, ela não fica grudada em mim o tempo todo. Agora a JBC não é mais como era antes, agora eles querem a minha tortura, não só a minha morte, eles querem me torturar, para depois matar, e vão fazer de tudo para conseguir isso, sem contar que conseguiram mais gente para trabalhar para eles - cruzo os braços e Dylan respira fundo, se sentando novamente em sua cadeira. - Se não tomar cuidado, com toda essa gente que ele anda recrutando, logo vai perder o posto de dono dessa cidade – sabia que isso ia deixa-lo furioso.  

- Não ouse dizer isso novamente – ele me lança um olhar, tentando me assustar. Isso não acontece. - Você precisa do que para te ajudar?  

  - Preciso de pelo menos 3 homens cuidando da minha casa 24 horas por dia, e preciso também, de armas, armamento pesado.  

   - Tudo bem, mas você sabe que precisará fazer algo em troca disso, não sabe? - Ele não parece nem pensar na resposta, acho bom.  

- Claro que sei, Dylan, e eu faço parte da Máfia, sei tudo daqui - digo, como se fosse óbvio, já cansada daquela conversa. 

- Então, você terá que matar uma pessoa - respiro fundo, sabia que essa seria a proposta. - E vai ter que seguir todas as regras, sem pestanejar.  

- Pode começar - digo, cruzando as pernas, ele não para de olha-las.  

- Você irá matar uma pessoa por semana, não estou nem aí se vai ser alguém que você conhece, você irá matá-la sem encher a porra do meu saco. Por favor, não se esqueça da marca de sempre. E essa é a condição. Nós cuidaremos de tudo que você precisar, se você matar, nossos inimigos, eu prometo que te daremos todo o apoio - ele diz, e se escora em sua cadeira, coçando o queixo. 

- Okay - respiro fundo, sabendo que aquilo iria dar um trabalho do cacete. - E pode deixar que não irei me esquecer da marca, eu já fiz isso milhões de vezes - me levanto da cadeira, ele me acompanha com seu olhar. - Quem é o primeiro sortudo? - Pergunto, irônica. 

- Luke Hemmings- espero que ele não tenha percebido, pois meus olhos se arregalam na mesma hora. - Ele é o maior good boy da cidade, e você sabe muito bem que esse posto deve pertencer ao meu irmão, e se esse tal de Luke é o único obstáculo dele. Sendo assim, você vai dar um jeito nisso pra mim - ele diz e encara os papéis em sua mesa.  

Eu fico paralisada, sem saber o que fazer. Por que diabos, Dylan quer ir atrás de Luke? Por um motivo tão fútil como esse? Já não basta a JBC, atrás de mim e de Kaya, agora eles querem começar a matar gente inocente por puro capricho?  

   - Dylan, até onde eu sei, esse tal de Luke é um inocente – me sento novamente. - Eu não vou matar gente inocente por conta de um capricho seu, que coisa mais ridícula - tento manter a voz passiva.  

   - Não dou a mínima para o fato dele ser inocente ou não, eu não vou deixar ninguém saber que meu irmão pertence a esse mundo, você sabe que ele tem que parecer perfeito aos olhos de todo mundo nessa cidade – ele dá de ombros, mas então me encara. - E posso saber por que Taylor Momsen está hesitando para matar alguém? Conhece o menino bonzinho, Momsen?  

  - Não, tanto faz – levanto, fingindo que realmente não sei a quem ele se refere. - Esse é mesmo o único jeito?  

  - Sim, eu passo o resto dos nomes quando você tiver matado esse metido a besta – Dylan volta sua atenção para os papéis. - Ah, e Momsen, se precisar de abrigo fixo, a El Diablo está de portas abertas para você - ele diz, se referindo a maior boate que a Máfia possuía, ela era no subsolo e era o lugar mais protegido da gangue. 

     - Considere feito – respondo, saindo de sua sala.  

      Quando passo novamente pelos corredores da Máfia, minha consciência estava pesada pela primeira vez na vida. Eu nunca matei gente inocente antes, Dylan só me dava nomes de traidores da gangue, ou de rivais que precisavam ser mortos. Que porra de situação.. 

     Algumas pessoas me cumprimentam enquanto caminho naquele lugar gigantesco, me lembro da minha primeira vez ali, quando eu tinha 16 anos. Eu fugi do orfanato para ver Kaya, ela iria para uma festa e eu também queria ir, mas acabei me metendo com uns caras da pesada, e acabei vindo parar aqui. Quase me mataram naquele dia, mas por sorte, Dylan viu algo em mim e disse que se trabalhasse com eles, poderia sair dali viva. Foi aí que eu entrei pra maior gangue da cidade, e fugia do orfanato todos os dias, para ir até ali. 

       Desço o elevador, chegando ao subsolo, onde fica os maiores tesouros da A Máfia. Chego até a sala dos armamentos, e encontro Andrew, o garoto de 19 anos recém chegado, mas que já cuidava da limpeza das armas da nossa gangue. Eu gostava dele, era mais novo, tinha olhos cor de mel e cabelo cacheado, tinha cara de bonzinho, mas já vi ele atirando.  

  - Olá, Momsen – ele dá um sorriso amigável para mim. Andrew era, provavelmente, a pessoa mais amigável daquele lugar. 

  - Oi, Andrew – respondo, olhando algumas armas que ele estava limpando.  

  Eu reconheci algumas, mas minha preferida era a AK-47. 

  - O que precisa para hoje? - Ele pergunta, largando a pistola que limpava cuidadosamente na bancada.  

  - Dylan me disse que eu podia pegar o que precisasse do arsenal – respondo, olhando cada uma das armas, vendo qual levaria.  

   - Voltou à ativa? - Ele tinha um jeito animado.  

    - Nunca saí – respondo, com um sorriso sacana.  

   - Quer um armamento pesado, ou algo mais “posso carregar isso na minha bolsa”? - Andrew me zoa. Que abusado.  

   - Até parece que eu sou do tipo que usa bolsa, Andrew – reviro os olhos.  

   - Aqui temos algumas das melhores.  

     Na bancada, Andrew coloca uma Micro Uzi, que era uma pistola metralhadora compacta. Junto com uma Heckler & Koch MP5 que é uma submetralhadora 9mm. Além disso, uma Heckler & Koch UMP também estava em minha frente.   

    - Eu quero aquela – aponto para a pistola Beretta 93R.  

   - Okay – ele pega a mesma, e coloca em cima da bancada junto com as outras. - Eu sei que não pode deixar de faltar a sua preferida – Andrew se vira e coloca a AK- 47 na minha frente. Eu sorrio.  

    - Pega mais duas dessa – digo para ele, colocando a minha Pistola 45 cromada, que sempre estava comigo, na bancada. - E limpa a minha também. - Estava com pressentimento que estava esquecendo alguma... - Pega a Glock 19, mais duas também.  

   - A JBC está te atormentando de novo, não está? - O garoto pergunta. 

   - Sim, mas pode ter certeza que não perdem por esperar.  

   Enquanto esperava Andrew limpar a minha arma e arrumar o meu armamento necessário, eu acendi outro cigarro, observando o enorme arsenal da A Máfia. Passo a mão delicadamente pelo lança míssel, que usei só uma vez.  

     - Ninguém nunca usou esse desde que cheguei aqui – Andrew diz, quando me vê tocando a arma.  

     - Eu já usei, acho que fui uma das únicas daqui a usá-lo, mas realmente, você não tinha chegado aqui ainda – respondo, me lembrando daquele dia. O dia em que eu quase coloquei Kaya em perigo, e que quase metade da Máfia morreu.  

    - Você é a garota que chamam de “cavalaria”? - A expressão de Andrew era de uma surpresa que ele não podia conter. Droga, não sabia que essa história ainda rolava pelos corredores daqui.  - Todo mundo fala desse dia, o dia em que você salvou metade de todo mundo daqui, dizem que a luta estava perdida contra uma gangue pequena que tinha chegado na cidade, mas que eles eram fortes o bastante para acabar com toda a Máfia, até que no final, você apareceu e jogou um míssel contra os filhos da puta.  

    - Na verdade, não é essa a história toda - lembranças horríveis daquela noite passam pela minha cabeça, mas então me viro, vendo Andrew terminar de colocar as armas em duas bolsas gigantes. Apago meu cigarro. - Mas isso não é história para iniciantes – vejo o garoto engolir em seco e então, pego a bolsa pesada. - Obrigada pelas armas, Andrew.  

    - Claro, quando precisar, Momsen – ele abaixa a cabeça, parece que assustei o garoto.  

   - Tchau – digo, colocando o pagamento pelas armas em cima da bancada, que era a moeda de ouro.  

 Em Byron Bay, poucos sabiam, mas as moedas de ouro eram tudo para a Máfia, era o pagamento, o que circulava entre a gente. Na Covil, na El Diablo, e aqui na sede, era tudo com moedas de ouro da Máfia. Dylan tinha gente espalhada em toda a Austrália, para a proteção de seus matadores, era só mostrar a moeda de ouro a algum de seus homens, e você tinha apoio no mesmo instante.  

     - Precisa de ajuda, gatinha? - Meu colega, Ben aparece, oferecendo ajuda.   

     - Valeu, mas não preciso não - respondo. - Só abre a porra da porta aí - peço a ele, já que minhas duas mãos seguravam as bolsas penduradas em meus ombros.  

     - Até mais, Momsen – Ben diz, abrindo a porta para mim.  

       Coloco as armas no porta malas do carro, soltando um suspiro pesado, que merda eu vou fazer agora? Porra, desde quando Taylor Momsen mata gente inocente? A ideia passa pela minha cabeça quase me fazendo ter náuseas. Me lembro de quando tive que cumprir a outra lista de Dylan, foram 20 pessoas, todas elas eram assassinas, traficantes ou ladrões, e mesmo sendo pessoas assim, a polícia da cidade chamou o FBI para tentar me pegar, e os filhos da puta saíram lá da porra da América só para tentarem chegar até mim. Mas aqui estou. E agora que provavelmente terei que matar gente inocente, eu não quero nem pensar quem a polícia vai chamar para mim. 

 Entro em minha Lamborghini e dirijo a 200 km por hora, essa merda tem que ir mais rápida, chego ao 300 km, sei que é a velocidade máxima. Droga. Eu estava puta. Puta por Dylan ser um filha da puta caprichoso, que só pensava nele mesmo e na droga da aparência do irmão dele, que também era um babaca. Pelo pouco que eu conhecia Luke, já podia saber que ele era mil vezes melhor do que Scott sonharia em ser um dia.  

      Atualmente... 

   Depois de uma semana perseguindo Luke, para cuidar de toda a sua rotina e saber absolutamente tudo que ele fazia, e em que horário ele fazia, eu decidi que tinha chegado a hora que teria que matá-lo. Eu espero que ele não tenha notado eu o perseguindo, porque se chegar a contar para alguém, isso levaria ao meu fim.  

    Luke tinha uma vida entediante como o caralho, ele estava sempre estudando, indo para a igreja, lendo, jantando com os pais. Não fazia nada de diferente, nem nada que me parecesse divertido. E todos esses dias o perseguindo, eu só pude ver como ele é uma pessoa extremamente boa, ele sempre ia de pé no ônibus, para deixar as pessoas mais velhas sentarem, sempre ajudava a mãe em casa e sempre falava com os outros sorrindo. Ter notado todas essas coisas só deixava a minha função de matá-lo ainda pior.  

       Dylan já estava furioso comigo, por eu ainda não ter matado o loiro, mas eu estou dizendo para ele que preciso saber mesmo da rotina de Luke para que consiga me aproximar, já que ele nunca está sozinho. Acho que eu só estava usando isso como desculpa, enquanto tentava me decidir se mataria um cara inocente, ou se faria Dylan se virar contra mim.  

       Era um domingo a noite, Luke tinha voltado da igreja e agora já estava dormindo. Eram 23:30 da noite, e eu tinha deixado 4 sicários da Máfia cuidando da minha casa antes de vir ali. Eu gostava de vê-lo dormindo, era como se pelo menos assim, eu pudesse esquecer que em breve, teria que tirar sua bela e doce vida. Precisava esquecer que teria que matá-lo urgentemente, e quando eu o via desse jeito, me trazia uma paz imensa.  

       - Que droga, seu garotinho bonzinho do caralho, você não podia ter feito pelo menos uma coisa ruim na vida, para que eu não hesitasse em te matar? - Digo bem baixinho, dando um suspiro baixo também. Se ele acordasse agora seria o fim.  

         Luke dormia sem camisa, apenas com uma calça de moletom cinza e o cabelo estava desarrumado, ele tinha uma respiração alta e pesada, seu perfume estava por todo lugar no quarto. Não consigo não me aproximar dele. Estou indo em seu quarto já faz 3 noites, e em nenhuma delas eu tinha chegado perto  de tocá-lo, mas aquela noite, seria a última. Chego perto de sua cama e toco bem de leve em seus cabelos loiros, aquela seria a última noite em que eu o veria, pois na próxima, eu terei que matá-lo.  

          Luke On... 

       Acordo no meio da noite, com um vento frio entrando pela fresta da porta da sacada. Estava com uma sensação ruim, como se alguém estivesse aqui, levo a mão aos cabelos, soltando um suspiro, eu devo estar pirando mesmo. Volto para a cama, e consigo dormir rapidamente.  

           Taylor On... 

     Quando chego em casa no meio da noite, encontro Kaya sentada na bancada da cozinha, me esperando com uma dose de whisky do bar.  

      - Como ele estava? - Ela pergunta, me oferecendo o copo.  

      - Como um anjo prestes a ser morto – respondo, bebendo todo o líquido do copo, me sentando na banqueta.

Acendo um cigarro.  

   - Tem certeza disso, Taylor? - Kay me serve mais uma dose. 

  - Não tenho outra escolha, aqueles caras lá fora servem pra nos proteger, pra te proteger Kay, e isso é o que importa – digo, suspirando.

Tomo mais aquela dose e continuo fumando o cigarro, a mistura dos sabores me deixa mais relaxada.  

  - Sempre tem outra opção - ela rebate. - Você pode ser a assassina mais temida dessa cidade, Taylor Momsen, mas não mata gente inocente, e ainda mais gente tão boa quanto aquele garoto.  

   - Eu sei, Kaya, eu sei, mas eu não vejo outra saída, eu sou com uma senhorita nada, sem nada para oferecer à ele, a não ser a morte.  

 Luke On... 

   Era manhã de uma bela segunda feira, abro a cortina da sacada e vejo que o dia estava realmente muito bonito hoje, e também estava quente.  

   Logo que saio do banheiro, depois de tomar banho, vejo que meu celular não parava de apitar nem por um segundo. Hoje era aniversário de Ashton, e depois da aula tínhamos combinado de irmos todos para a praia. Olho o celular e dou feliz aniversário para meu melhor amigo, quando eu o largo e vou terminar de me vestir, o telefone toca. Era uma chamada em grupo.  

   - Qual foi galera, eu nem me troque ainda – atendo, colocando no viva-voz.   

    - Luke, não é todo dia que um de nós faz 21 anos! – Michael grita, animado. Eu dou risada.  

    - Agora a gente vai poder FESTEJAR pra valer! - Kate grita ainda mais alto e eu tenho que abaixar um pouco o volume.  

     - Quem vê assim pensa que você é toda baladeira – brinco com ela.  

   - Vai saber, agora que posso entrar em qualquer lugar sem ser barrado – Ashton fala, zoando.  

   - Se o padre Josh escuta você falando isso, acho que ele te coloca pra rezar de joelho em cima do milho – dou uma gargalhada alta, fazendo todos rirem na ligação também.  

    - Só você para acreditar nessas histórias, Hemmings – Emma diz, tirando da minha cara.  

   - Eu que não vou querer descobrir se isso é verdade – rebato para ela.  

    - Gente, sem querer estragar toda essa alegria matinal de vocês, mas se a gente não se arrumar, vamos nos atrasar para a aula – Calum finalmente fala, tinha a voz de sono e eu apostava que ele ainda estava na cama.  

   - Você só tá dizendo isso só porque quer dormir mais 5 minutos, levanta dessa cama, Hood – Ashton briga com ele. - É o meu aniversário, cara.  

 Depois de desligarmos a ligação, eu termino de me arrumar e desço as escadas. Encontro minha mãe fazendo panquecas na cozinha, e meu pai estava sentado na mesa, comendo a dele.  

   - Bom dia, arruaceiro – meu pai diz. Aquilo pareceu meio irônico, mas meu pai não sabia falar essa língua direito.  

   - Bom dia, pai, mas não entendi – respondo, me sentando ao lado dele.  

   - A bagunça lá em cima – ele fala e finalmente olha para mim, com um pequeno sorriso.  

  - Ah, desculpe, é aniversário do Ashton e resolveram fazer uma ligação - dou um beijo no rosto da minha mãe quando ela chega perto e coloca uma panqueca em meu prato.  

  - Que ótimo querido, vão fazer algo hoje para comemorar? - Ela pergunta, se sentando na minha frente com uma xícara de café.  

  - Na verdade sim – meu pai olha repreensivo para mim na hora, mas continuo. - Vamos para a praia hoje à tarde, depois da aula, se não tiver problema – olho para os dois, vendo o olhar do meu pai suavizar, mas eu estava esperando uma resposta.  

      - Claro, você vai com os meninos e as namoradas? - Minha mãe pergunta, dando um sorriso.  

       - Sim, seremos só nós - digo, mas então olho para meu pai.  

      - Tudo bem, mas tome cuidado, fiquei sabendo que aqueles maconheiros das gangues estão andando por lá de novo, e não chegue depois das 20:30, quero você em casa para o jantar – ele finalmente diz, me olhando sério, e eu me sinto aliviado.  

         [...] 

   Eram 16:30 da tarde e tínhamos acabado de chegar na praia, Michael me levou em casa para trocar de roupa e agora estávamos aproveitando o pouco do sol que ainda tinha.

    - Eu disse que a gente devia ter matado a última aula, agora o sol já está quase se pondo – Kate reclama e vejo Emma revirando os olhos.  

  - Ninguém ia matar aula nenhuma, credo menina, para com esses pensamentos rebeldes – Calum diz, brincando com ela.  

   - Você nem precisa de bronzeado, meu amor – Michael a abraça por trás e eu afasto o olhar, voltando a arrumar nossas coisas.  

 - Eu vou levar a minha gata para a água, enquanto ela não está fria como gelo – Ashton diz, pegando Emma pela mão. Eu os vejo correndo até a água, eles eram um lindo casal, e já namoravam havia anos. Gostaria de conhecer alguma garota como Emma, com quem eu também ficaria por anos.  

 - Agora é a hora em que a gente só fica de vela – Calum resmunga, se sentando ao eu lado na areia.  

 - É por isso que a gente devia ir para a água também - digo para ele e me levanto. Rindo, jogo areia nele, para o irritar ainda mais.  

 - Caramba, Lucas, você parece que tem 10 anos! - Ele grita e fecha a cara, me fazendo rir ainda mais enquanto o seguia para a água.  

 - Ele não vem pra água né? - Emma pergunta para mim, quando chego perto do mar.  

  - Daqui a pouco ele vem, quando o Michael e o Ashton arrastarem ele – e assim que digo isso, vejo os dois saírem correndo, para ir pegar Calum e como eu disse, arrastá-lo para a água. - Para de ser fresco, Calum! - Grito, dando gargalhadas altas.  

    Eram quase 19:00, eu estava muito cansado, já tinha nadado tanto que meu corpo estava doendo, como eu amava a praia, e o mar. O sol já havia se posto, e ficamos sentados na areia vendo o céu ficar todo laranja, e em seguida o breu se instalar.  

        Levamos coisas para fazer uma fogueira, e foi isso que fizemos. Enquanto assávamos marshmallows, cantamos parabéns para o Ashton, que tinha um sorriso no rosto que não saia por nada. Bebíamos refrigerante e ríamos ao redor da fogueira, por dias como esse que eu adoro esses caras, e as meninas, claro, nós já éramos amigos ha tantos anos, que nada mais se tornava diferente, mas ir para a praia era sempre uma aventura.  

  Já era 20:00 quando decidi que era hora de ir para casa, ou eu provavelmente teria problemas com meu pai.  

   - Ai, Luke, o seu pai tem que parar de te colocar nessa forminha de sempre e te deixar ser feliz, cara – Michael diz, quando peço para ele me levar pra casa. Ele queria ficar. 

   - Eu não vou arrumar essa briga agora, Mike, não tem nada de errado em obedecer meu pai – reviro os olhos, já irritado.  

   - Mas tem em ele querer te controlar o tempo todo – Calum rebate.  

Ninguém estava do meu lado mesmo? Olho para Ashton, em busca de apoio.  

   - Foi mal cara, é meu aniversário, e o pessoal não quer ir embora – ele olha para mim de forma compreensiva.  

   - Tudo bem – me levanto da areia. - Acho que vou andando mesmo, não creio que terá problemas, minha casa fica há uns 20 minutos daqui – olho para o caminho escuro que teria que fazer até chegar na avenida, estávamos em um lugar um pouco mais afastado da praia.  

   - Toma cuidado, cara – Ashton diz para mim, dando um de seus sorrisos contagiantes.  

  - Liga quando chegar, Luke – Emma diz para mim.  

  - Tente não ser morto – diz Kate, entregando a minha blusa de moletom que ela estava usando por conta do frio que começou a fazer.  

  - Okay, pode deixar gente – digo para meus amigos, me afastando dali, acenando para eles.  

 Eu caminhava em direção à avenida beira mar, passando por um beco escuro para chegar até lá. Por que diabos fomos ir logo para aquele lado afastado da praia? Michael e Calum não tinham cérebro mesmo.  

   Estava frio e eu caminhava lentamente, por estar na areia. Olho ao meu redor e não vejo ninguém, só umas poucas pessoas ao lado direito da praia, ao meu lado havia apenas uma rocha enorme. Decido que caminhar mais rápido era a única opção para não correr nenhum risco. Uma pena eu não ter pensado nisso antes.  

   Sinto algo encostando em minha nuca, era gelado, e eu nem precisava olhar para saber o que era. Eu estava ferrado.  

  - Levanta os braços - escuto a voz da pessoa que apontava a arma para mim. Eu conhecia aquela voz?  

 Faço o que ela diz.  

  - Vira – ela pede e eu o faço lentamente, tendo certeza de quem era.  

  - Momsen?  


Notas Finais


Ai o meu coraçãozinhoooo


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