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História Miss Nothing. - The Plan.


Escrita por: PequenaDoLuke

Notas do Autor


Hey! E aí, tudo bem com vcs? Bem, eu estou aqui para pedir a ajuda de vocês, para me ajudarem a divulgar a fanfic, por favor?

Capítulo 6 - The Plan.


Fanfic / Fanfiction Miss Nothing. - The Plan.

Luke On...

  - Momsen? - Pergunto, já tremendo de medo.  

 - Sentiu saudades, Hemmings? - Ela pergunta, dando um sorriso maldoso. O jeito como ela pronunciou meu nome me deu calafrios.  

 - O que está fazendo? - Eu já estava com o coração disparado, e ainda com as mãos para cima, olho ao redor. Ninguém podia nos ver.  

  - Sinto muito por isso, Luke – ela dá um suspiro e eu franzo as sobrancelhas.  

  - O que está acontecendo, Momsen? Por que está tentando me matar? - Não me importava se o fato de eu ter começado a chorar fazia de mim um fraco, mas eu já estava desesperado.  

  - Sinto muito por isso, Luke - é só o que ela diz, de novo.  

  - Momsen? - A chamo. Ela olha para mim, com os olhos azuis pintados de  vermelho. - Você está drogada de novo? - Agora já não podia acreditar.  

  - Não estou – ela afirma, com a arma ainda apontada para minha testa, tinha um silenciador na ponta da arma cromada.  

   - Então abaixa a arma – minhas lágrimas ainda rolavam, mas eu precisava aproveitar que ela estava hesitando. Acho que era a primeira vez na vida em que ela fazia isso.  

  - Preciso fazer isso, Luke – Taylor tenta dizer com firmeza, mas percebo que sua voz falha quando diz meu nome.  

  - Não precisa – tento respirar fundo, tentando fazer as lágrimas pararem.  

  - Porra! - Ela grita, e então abaixa a arma.  

Finalmente consigo respirar, abaixo as mãos. Penso em correr, para aproveitar a súbita distração dela, mas ela tinha uma arma com um silenciador, isso não seria muito sensato.  

  - Agora vai me dizer o que está acontecendo? - Pergunto, engolindo em seco. Ela olha em meus olhos.  

  - Me mandaram aqui para matar você - ela ainda segurava a arma, e passava a mão pelos cabelos descontroladamente.  

  - Por quê? Quem iria querer me matar? - Franzo as sobrancelhas. Como assim tinham mandado ela para me matar? Isso não fazia sentido algum para mim.  

  - Porque você ser tudo que é, fez as pessoas odiarem você, Luke – Taylor começa a olhar para os dois lados, ela parecia tão desesperada quanto eu alguns segundos atrás. - Não podem ver que não matei você - ela guarda a arma na cintura, provavelmente presa na legging preta toda rasgada que ela usava.  

  - Quem mandou me matar, Momsen? - Vê-la daquele jeito estava me deixando mais aflito do que antes.  

  - Dylan O’Brien. 

  - E quem é esse? - Que não seja o chefe da Máfia. Que não seja o chefe da Máfia. Era só em que eu pensava. 

  - O chefe da A Máfia, eu sinto muito – ela diz, ainda olhando em meus olhos. - Para onde você estava indo? 

  - Para casa. 

  - Eu vou com você. Se aparecer alguém, não diga nada, e não faça nada – Taylor começa a andar na minha frente, e eu vou atrás dela.  

  - Não vou entrar no seu carro com você - digo, quando a vejo indo em direção a um estacionamento.  

 Ninguém parecia ter nos visto antes, e ninguém parece notar a garota com legging rasgada, um moletom cinza com uma jaqueta gigante preta por cima e botas também pretas, ali, na praia, comigo que vestia só uma camiseta, moletom, bermuda e chinelos. As pessoas de Byron Bay nem podiam imaginar que eu estive prestes a ser morto minutos antes, e que provavelmente ainda corro risco de isso acontecer nos próximos 20 minutos.  

  - Tá legal, vamos andando então, inferno – ela revira os enormes olhos azuis, cheios de maquiagem preta.  

  Depois de um tempo caminhando, já havíamos saído da avenida e estávamos perto do meu bairro. Taylor não disse nada nos últimos 10 minutos e eu não aguentava mais aquele silêncio, sem entender nada do que tinha acontecido.  

   - Você não vai me explicar nada? - Finalmente pergunto.  

  - Eu já te disse, Dylan O’Brien, o chefe da A Máfia, quer você morto. Então, como eu precisa da droga das armas dele e da porcaria dos homens dele, eu tive que dar algo em troca – ela solta tudo de uma vez, sem nem olhar para mim ou diminuir o passo.  

   - Por que ele me quer morto? E por que você precisa da ajuda dele? Achei que trabalhando com ele você já teria automaticamente toda ajuda que precisasse – chego mais perto dela.  

  - Você é curioso como o caralho, puta que pariu – ela resmunga.  

  - Não vai me dizer nada? - Coloco as mãos nos bolsos do moletom. Ela para de caminhar.  

  - Eu acabei de não tirar a sua vida, você não podia pelo menos me agradecer? Porra, para de ser um pé no saco! - Ela grita, me assustando com sua súbita explosão.  

  - E-eu – gaguejo.  

  - Eu vou te falar o que aconteceu – Momsen leva as mãos ao cabelo novamente. - Acontece que a gangue que quer a minha tortura, JBC, está atrás de mim de novo, aliás estou correndo um perigo do caralho andando por essas ruas com você agora. Eles querem eu ou a Kaya, qualquer coisa que leve ao meu sofrimento. E pra te dizer, trabalhar para Dylan não me torna uma privilegiada, no meu ramo é tudo uma troca de favores, eu mato quem ele precisa que eu mate, e em troca ele me oferece proteção quando necessário. Eu não preciso da droga das babás dele atrás de mim o tempo todo.  

  Eu não sabia como reagir as palavras de Taylor, mas ela parecia desesperada ao ponto de me contar tudo isso, mesmo que mal me conhecesse.  

  - Então por que ainda estou aqui? Se o que precisa pra não ser capturada e pra proteger Kaya é me matar, por que ainda não me matou? - Sei que essa não era uma pergunta muito apropriada, mas duvidava que ela fosse me matar a essa altura. Já perdera sua oportunidade. 

  - Porque eu não mato gente inocente, Hemmings – ela diz, como se fosse óbvio, e se vira, voltando a andar pela rua parcialmente escura e vazia.  

  - Sinto muito – digo, andando ao lado dela.  

  Vejo Taylor levar a mão ao bolso do casaco e tremo subitamente, até vê-la levar um cigarro até a boca, acendendo o mesmo.  

  - Eu não vou matar você - ela coloca o isqueiro de volta no bolso, colocando o cigarro entre os dedos. - Não por um capricho do Dylan. 

  - Como assim capricho? - Franzo as sobrancelhas.  

  - Luke – mais uma tragada no cigarro. - Você conhece Scott Brien?  

  - Sim, ele é o segundo da minha turma, competimos desde que começamos a faculdade. Ele sempre tenta fazer tudo melhor do que eu, isso me irrita – enquanto falava, percebo a semelhança do sobrenome. - Não me diga que... 

  - Scott é irmão de Dylan, ele fez essa pequena mudança no sobrenome para não ligarem o irmão dele a ele – ela começa a dar chutinhos em algumas pedras soltas.  

  - Ainda não entendi, o que isso tem a ver comigo? - Me sentia perdido naquele papo todo. 

  - O fato de vocês competirem, faz com que Scott seja o segundo melhor em tudo. Segundo melhor da sala, da faculdade, na cidade toda. Dylan não vai permitir que ninguém fique na frente dos planos dele para o irmão, eles têm todo um plano, e irão matar qualquer um que interfira isso – a vejo engolir em seco, parecia ser contra isso. Momsen joga o cigarro no chão, pisando em cima para o apagar.  

   - Você não parece concordar com isso – digo, segurando a respiração. Ela para de caminhar novamente.  

   - Não concordo em matar gente inocente por capricho de um filho da puta, que fica atrás da mesa com o cu na mão o dia todo – Taylor diz, de forma tão firme que eu fico sem palavras por um instante. Ela volta a caminhar.  

  - Então... o que eu faço agora, Momsen? O que você vai fazer agora? - Pergunto, exasperado ao lado dela.  

  - Eu vou ficar bem, mas vou ter que dizer para ele mandar outra pessoa atrás de você - diz, como se não fosse nada. Ela leva a mão ao bolso de novo, acende outro cigarro.  

  - O quê? Isso só pode ser sacanagem – agora eu paro de caminhar, e sinto meu coração acelerando enquanto passo a mão pelos cabelos.  

  - Sinto muito, mas Dylan não pode achar que eu hesitei, vou dizer que você conseguiu fugir – Taylor fica com os cigarro entre os dedos, quando diz: - E você, Hemmings, vai dar um jeito de achar um lugar para se esconder por uns dias, até que eu consiga fazer as armas de Dylan desviarem de você - ela volta a caminhar, fico sem palavras novamente.  

    - Por que faria isso por mim?  

   - Luke, você é uma pessoa boa, não merece morrer por causa dessa merda – ela fumava o cigarro e falava de forma tão vazia, que eu poderia dizer que fiquei preocupado com ela.  

  - Obrigado – digo, quando percebo que já estava na esquina da minha casa.  

  - Você não precisa agradecer, tá na hora do Dylan parar de ser um tremendo babaca. Mas isso pode demorar um pouco, tenho um trabalho a fazer na JBC – ela apaga o cigarro, olhando para longe.  

  - Não quero atrapalhar seus planos – eu olhava em seus olhos, mas ela nunca olhava nos meus.

  - Só... ache um lugar para se esconder, eu vou dar um jeito nessa merda. Preciso.  

Taylor se vira e eu sinto meu coração se apertar.  

  - Momsen – chamo-a.  

Ela se vira, mas sem olhar em meus olhos. 

  - Por que não olha pra mim?  

  - Porque não posso, preciso ir embora – ela diz, mas vejo seu olhar quase falhar. Me aproximo dela antes que ela possa se virar novamente.  

  - Como posso entrar em contato com você? - Pergunto, quase a tocando, mas mudo de ideia.   

  - Não pode. Eu entro em contato com você - ela apenas diz, se virando e saindo caminhando rapidamente.  

   O que eu faria agora? Desde quando chefes de gangues se interessavam no que eu fazia da minha vida? Desde quando pessoas apareciam para me matar e apontavam armas e facas para mim? Parece que minha vida virou de cabeça para baixo em alguns minutos. 

   Quando entro em casa, percebo que estava quase 10 minutos atrasado. Além de ter sido quase morto e de saber que a maior gangue da cidade estava atrás de mim, ainda teria que lidar com um pai furioso.  

  - Finalmente, filho! - Minha mãe exclama, me dando um abraço forte assim que passo pela porta.  

  - Como assim, mãe? - Franzo as sobrancelhas, sem entender.  

  - Tem ideia de como sua mãe já estava ficando preocupada? - Meu pai aparece, e minha mãe me solta.  

  - Michael nos ligou perguntando se você já tinha chegado, quando dissemos que não, ele disse que você já tinha saído há 30 minutos – minha mãe diz, seu rosto parecia aliviado.  

  - Posso saber o por que do atraso de 10 minutos? - Meu pai pergunta, cruzando os braços. - Eu disse 20:30, Luke, e você sabe que não tolero atrasos, onde estava?  

 Tento fazer minha mente funcionar e uma ideia incrível me vem na cabeça. Era a desculpa perfeita para fugir por uns dias e escapar de levar uma bronca do meu pai.  

   - Eu passei na casa da mãe do Ash, Anne Marie, pra pegar os papéis do retiro dessa semana – respondo, tentando não mostrar o nervosismo.  

  - Você decidiu ir, filho? - Minha mãe pergunta, sorrindo. 

  Eles estavam me incomodando há dias para eu ir nesse retiro, mas como era no meio da semana, eu disse que não queria ir por causa das aulas. Na verdade, era porque eu era obrigado a ir todo ano desde criança, e eu sabia absolutamente tudo que faríamos, é a mesma coisa todas as vezes.  

  - Eu ligarei para Anne Marie após o jantar, para confirmar sua história - meu pai diz, ainda apreensivo e parecendo irritado.  

  - Venha querido, eu fiz lasanha, como você gosta – diz a mulher baixinha e loira ao meu lado, com seu sorriso gigante.  

Taylor On... 

Eu chegava na boate Covil, que pertencia a Máfia, entro dando a moeda de ouro como entrada. Eu sabia que pelo menos ali, ninguém tentaria me matar se soubessem que Luke ainda está vivo, afinal, eu ainda era uma integrante oficial da A Máfia, e me matar dentro da Covil era contra todas as regras. Aquele era um lugar seguro para todos.  

Me sento no bar, olhando para a bela mulher que servia as bebidas. Ela tinha longos cabelos escuros, muitas tatuagens e piercings no rosto. Tão óbvia.  

  - Olha só, quem está aqui – a morena sorri para mim.  

  - Por um acaso eu conheço você? - Olho para ela de forma cínica, enquanto acendia um cigarro.  

  - Provavelmente não, mas eu sei quem você é, Taylor Momsen – reviro os olhos, enquanto ela mordia o lábio, olhando para mim maliciosamente.  

  - Novidade, agora me traz uma garrafa de Whisky – digo a ela, colocando a moeda de ouro em cima da bancada.  

  - Claro – a garota chata pega a moeda e se afasta.  

Observo o lugar lotado de gente, pessoas que estavam me dando nojo naquele momento. Aquela merda já era demais pra mim. A música alta que tocava me deixava irritada, e quando a garota chega com minha garrafa, me pergunto se deixar ela me chupar no banheiro seria uma boa opção pra me distrair.  

  - O que Taylor Momsen faz aqui? - Ela pergunta. Eu abri minha garrafa, afastando o cigarro dos lábios para virá-la na boca.  

  - Eu sou da Máfia, posso vir nessa porra quando eu quiser – digo para ela, bufando de raiva. 

  - Sim, mas desde que eu comecei a trabalhar aqui, você ainda não tinha aparecido, eu estava esperando que uma hora isso acontecesse – a morena tenta me dar um sorriso atraente, mas ela me deixava enjoada.  

  - Que azar o seu – digo, saindo rapidamente dali, levando minha garrafa comigo.  

Entro no elevador da boate e desço até o subsolo, onde ficavam alguns quartos que podíamos utilizar sempre que quiséssemos. Kaya me esperava em um deles, e quando abro a porta do que tinha o número que ela me passou, ela estava deitada na cama, usando uma calça jeans e um moletom pretos, sua maquiagem estava um pouco borrada.  

Eu tinha mandado mensagem para ela ir para a Covil quando eu não consegui matar Luke. Sabia que precisava que ela ficasse a salvo.  

  - Finalmente, Tay – ela se levanta rapidamente, e me abraça.  

  - Eu não consegui, Kay, me desculpa, eu não consegui – desabo com os braços dela ao meu redor. Começo a chorar imediatamente.  

  - Claro que não conseguiu, Taylor Momsen, você não mata gente inocente – ela se afasta, limpando minhas lágrimas. Levo meu whisky até minha boca.  

  - Ei, ei, me dá isso – ela pega a garrafa das minhas mãos.  

  - Não acredito, eu não consegui, Kay, simplesmente não deu, e eu não sei que caralhos vou fazer agora. Porra! - Grito, socando a parede do quarto, deixando um grande rachado.  

  - Calma, Tay, calma, eu estou aqui – ela me abraça por trás. Eu chorava de forma descontrolada. - Senta aqui, comigo.  

Me sento na cama com ela, não tinha ideia do que faria agora, mas provavelmente desabar não me ajudaria em nada. Porém, se eu não fizesse isso, se não deixasse isso sair, eu provavelmente continuaria sem conseguir pensar em nada.  

  - Sh, sh, sh – Kay fazia, me embalando, enquanto me abraçava de lado.  

  - Não tenho ideia do que fazer agora, K – digo, com as mãos no rosto.  

  - Agora você não precisa fazer nada, só descansar – ela passa a mão pelos meus cabelos, me dando um beijo na testa.  

Acordo no outro dia me sentindo mais exausta do que quando fui deitar. A noite foi longa, comigo tendo pesadelos e Kaya tendo que acordar toda hora para me acalmar. Olho para o lado, e vejo que ela não está mais na cama em que dormimos.

  - Bom dia, Tay – ela abre a porta do banheiro do quarto, dando um pequeno sorriso.  

  - Argh, bom dia – sento na cama. - Que dor de cabeça dos infernos, puta que pariu – levo a mão a minha testa, me lembrando da garrafa de whisky que terminei de tomar quando Kaya pegou no sono.  

  - Trouxe um remédio na bolsa pra você - a morena vai até a mochila que tinha trazido para passarmos a noite. - Toma.  

Tomo o remédio sem nem tomar água. O gosto é péssimo, mas eu precisava estar com a mente totalmente sã para pensar no que faria hoje.  

  - Você pegou minha escova de dentes? - Pergunto para minha amiga. Eu podia não gostar muito de tomar banho, mas odiava não escovar os dentes.  

  - Claro que sim, acha que sou alguma iniciante? - Kaya diz, me entregando a escova.  

 Quando saio do banheiro, encontro a minha querida amiga passando uma maquiagem preta nos olhos, em frente ao espelho do quarto. Vestia roupas totalmente pretas. Enquanto eu me trocava também, não parava de pensar em que diabos eu iria fazer com essa situação de merda que eu me meti. 

  - Se eu te contar a ideia incrível que tive, você não vai acreditar – Kaya se vira para mim, me entregando a pequena paleta de sombras escuras que ela usava instantes antes.  

  - O que? - Pergunto, as ideias de Kay sempre apareciam enquanto ela se maquiava. Incrível.  

Começo a passar sombra em meus olhos. 

  - Pensei no que você pode fazer para tentar manter Luke vivo, se livrar do Dylan e do Justin do seu pé, tudo junto – ela diz, se sentando na cama, toda empolgada. Me viro para ela.  

  - E posso saber como?  

  - Continua se maquiando – ela aponta. Eu volto para o espelho. - Você vai até a Máfia hoje, e vai dizer pro Dylan que não tem necessidade dele matar o Luke, que você vai falar com ele e o Scott pode ser a merda perfeita que quiser. Então, claro que o Dylan vai pedir algo em troca, e é aí que vem. Taylor, você pode oferecer matar todo o pessoal da JBC pro Dylan, pede só os recursos pra ele, assim você faz ele ser eternamente grato por você se livrar do grande rival dele e você ainda vai se livrar de Justin querendo te matar.  

Quando ela para de falar, eu estava de boca aberta. Kaya sempre formulava ótimos planos, mas aquele me parecia perfeito no momento. Se eu pudesse usar todos os recursos da Máfia, eu provavelmente conseguiria mesmo matar todo mundo da JBC, eu só precisava de alguma boa estratégia, e provavelmente chegaria em Justin logo.  

  - Kaya Scodelario, eu te amo, mulher! - Grito, me aproximando dela e dando um beijo em sua bochecha, quase a fazendo cair para trás.  

  - Eu sei, eu sei, você não seria nada sem mim – ela se gaba, rindo.  

  - Eu só preciso convencer o Dylan de que matar Luke não é necessário, e que matarei todo mundo da JBC pra ele – suspiro. Espero que aquilo de certo.  

Antes de sair do quarto, me olho no espelho. Naquele dia, vestia uma camiseta longa, com uma jaqueta enorme por cima, meias até a metade da coxa e uma pequena liga na perna esquerda, onde coloquei uma faca. Calcei as botas de plataforma pretas que estava ontem a noite e peguei um colar preto de Kaya, que ela usava ontem.

  - Lindíssima para matar – ela me diz, quando me vê pronta.  

Guardo a pistola 45 cromada na barra da minha calcinha, e a Glock 19 dentro do bolso.  

  - Agora sim, pronta – digo para ela.  

Saímos da Covil sem problemas, mesmo sendo dia, lá dentro parecia sempre noite. Com música alta, bebidas e mulheres. A garota do bar, de ontem, ainda estava lá, e ela sorri para mim quando passo, eu só ignoro. Não sei porque algumas pessoas tem essa obsessão de querer transar com gente que todo mundo considera perigosa, eu odiava quando coisas assim aconteciam.  

Eu e Kaya trocamos de carro, ela ia para casa com a Lamborghini e eu ia para a Máfia com a Suburban preta que ela usou para vir até aqui ontem. Ela estaria protegida lá, já que os homens de Dylan provavelmente ainda estavam cuidando de tudo.  

Quando chego lá, mostro a moeda de ouro de sempre na porta, e o gigantesco Rock, que cuidava da porta, me deixa entrar sem problemas. Passo por todo aquele lugar fedorento e cheio de gente, indo na direção da sala de Dylan, acendo um cigarro.  

  - Me diga que aquele Hemmings nojento já está morto - é a primeira coisa que ele diz assim que abro a porta.  

  - Não, não está - digo a ele, soltando a fumaça do cigarro.  

  - Mais que porra, Momsen! Que diabos está acontecendo com você, caralho?! - Ele grita comigo, e se levanta da cadeira. Chego mais perto da mesa dele.  

  - Tenho uma proposta melhor do que matar gente inocente, pra oferecer a você - digo, me mantendo o mais calma possível. Esse babaca tinha mesmo gritado comigo?  

  - Estou cansado das suas desculpas, Momsen, ou você mata aquele loiro, ou você pode sumir daqui e nunca mais contar com a Máfia de novo – Dylan tenta se controlar, se sentando de volta.  

  - O que tenho pra te dar em troca pode ser muito melhor do que matar um garoto – me sento na cadeira em frente dele, que me olha com atenção.  

  - Você por acaso conhece esse garoto, Momsen? - Pergunta para mim.  

  - Não, estou pouco me fodendo pra ele, mas eu que não vou matar gente inocente por capricho seu, O’Brien, manda outro se quiser tanto assim, mas aposto que depois da minha proposta, não vai se importar tanto assim com um garoto que pode muito bem deixar de ser o melhor, sabe disso – decido não deixar que ele saiba que na verdade eu conhecia mesmo Luke, esperava que minha proposta fosse tentadora o suficiente para suas armas desviarem dele.  

  - Okay, e que proposta é essa? - Dylan coloca os cotovelos na mesa, fazendo seus músculos saltarem da camiseta.  

  - Eu me ofereço, para acabar com toda a JBC sozinha, você só precisa me dar todos os recursos que a Máfia tem, e eu darei um jeito de fazer o resto – respondo, jogando o cigarro no chão e o apagando. 

  - E posso saber como faria isso? - Ele tinha um sorriso cínico no rosto, eu reviro os olhos.  

  - Vou fazer uma lista, com os nomes de todo mundo que sei que pertence a JBC, e vou programar todas as mortes, até chegar em Justin – me inclino para frente. - Você sabe que eu tenho o potencial necessário para fazer isso, sabe que dou conta dessa merda.  

  - Não duvido de você, Momsen, mas não quero que você morra, sabe que é a melhor sicária que tenho aqui, não quero apostar sua vida – ele dá um suspiro. 

  - Eu sei disso, mas Dylan, eu não quero mais viver presa nesse inferno, toda porra de dia ter que andar com medo desses filhos da puta trás de mim e de Kaya, quero acabar com isso de uma vez por todas – dou um grunhido, irritada só de pensar.  

  - Tudo bem, eu te dou todos os recursos necessários. Se você fizer mesmo isso, terá a proteção da Máfia para sempre, sem precisar dos favores, acho que isso é o que posso oferecer a você - Dylan diz, falando muito sério. Acho que minha cara era mais de surpresa agora.  

  - Acho que é uma troca justa – dou um pequeno sorriso para ele, ficando em pé. 

  - Mas, ainda terá que matar as pessoas daquela lista que eu disse antes, a qual Luke está incluso – ele se levanta, sem nenhuma expressão no rosto, passa pela mesa e fica de frente para mim.  

  - Se não tiver mais ninguém inocente nela – dou de ombros.  

  - Não, e falando nisso, se você convencer esse cara a parar de ser um obstáculo na vida do meu irmão, então eu o deixarei livre. Nunca foi muito o perfil da Máfia matar gente inocente mesmo, acho que pode estar certa quanto a isso – diz tudo olhando em meus olhos.  

  - Ótimo - tento não mostrar o quanto estava aliviada pela conversa ter ido bem.  

Me viro, para ir embora, mas a mão de Dylan me segura pelos pulsos.  

  - Ei – me chama.  

Eu me viro, e antes que eu possa fazer algo, ele me beija. Eu já o havia beijado um milhão de vezes, ele tinha gostado de mim desde a primeira vez em que me viu, e já transamos mais vezes que posso contar, mas daquela vez, eu não conseguia sentir atração nenhuma por ele. Retribuo o beijo, só por hábito, mas quando ele tenta descer suas mãos, eu o paro.  

  - Preciso arquitetar meu plano agora – digo a ele, mantendo o olhar firme.  

  - Tudo bem – ele diz, acenando com a cabeça.  

Eu me afasto, e quando abro a porta, o escuto de novo.  

  - Momsen? - Olho para ele. - Por favor, não morra – diz, apenas.  

Eu não digo nada a ele e vou até o subsolo para pegar mais armas, as que eu tinha em casa não seriam o suficiente.  

Luke On... 

Eu estava arrumando minhas malas para ir para o retiro. Por sorte, minha desculpa de ontem colou mesmo, porque liguei para Ashton, pedindo para avisar a mãe dele para me encobrir e ele me trouxe os papéis escondido aqui a noite.  

Taylor não havia entrado em contato ainda, mas eu sabia que precisava ir igual, não ficaria ali correndo o risco de alguém poder vir atrás de mim. O retiro era o lugar perfeito para mim, é no meio da floresta, sem nenhum aparelho tecnológico, nada. Agradeço por isso, assim poderei pensar em tudo isso, e em segurança. Espero que em uma semana ela ajeite tudo por aqui, ainda que eu pensasse que ela não me suportava, foi muito legal da parte dela...bom, não me matar.  

Quando eu estava no banho, escuto o meu celular tocando, eu o levei para o banheiro, esperando que ela ligasse. Desligo o chuveiro rapidamente, seco a mão na toalha e atendo.  

    - Alô?  

  - Luke, sou eu, a Momsen – ela diz, com a voz grave. Escuto um barulho de porta de carro se fechando.  

  - Finalmente – enrolo a toalha na cintura e saio do banheiro.   

  - Eu disse que entraria em contato - há um silêncio meio constrangedor. - Mas tenho novidades. 

  - Quais? - Pergunto, balançando a perna, ansioso.  

  - Será que você pode sair daqui há 15 minutos?   

  - Eu tenho que ir para a igreja daqui a 2 horas, mas acho que consigo convencer minha mãe de algo, meu pai não está em casa então fica mais fácil - respondo, já abrindo o guarda roupa para procurar algo.  

  - Tanto faz, só me encontra no beco, três ruas depois da sua, esteja lá daqui há 20 minutos - é só o que ela diz, antes de desligar sem nem me deixar responder.  

Chego ao beco onde era o combinado e ela já estava lá, encostada no muro daquele lugar com cheiro de lixo, um pé encostado na parede e outro apoiado no chão, os braços magros soltos ao lado, um cigarro na boca. Botas altas e meias até a coxa.  

- Hey - dou um pequeno sorriso para ela.  

- E aí - ela acena com a cabeça para mim.  

  - É, eu arrumei um lugar seguro, por uns dias – digo, ela dá mais uma tragada no cigarro e em seguida, o joga no chão, pisando em cima. 

  - E você vai hoje? - Ela pergunta, parecendo meio... nervosa?  

- Sim, daqui a três horas - respondo e me escoro ao lado dela, perto o suficiente para sentir seu cheiro de cigarro misturado com algo doce, era inebriante.  

- Por que quis me encontrar? - Eu pergunto e ela vira a cabeça para mim, olho em seus olhos azuis, ela não olha nos meus.  

- Queria te dizer que Dylan não está mais atrás de você, consegui oferecer algo irrecusável a ele, e as armas não estão mais miradas na sua direção. Porém, você vai ter que baixar um pouco a bola e deixar o Scott ganhar de você em algumas coisas – ela diz, dando um sorriso mínimo de lado. Eu a olho incrédulo.  

  - Isso é mesmo sério?  

  - Claro, eu dou um jeito em tudo, eu disse – ela volta para a cara de sempre, que é extremamente séria.  

  - E como? - Pergunto, curioso para saber o que foi que ela ofereceu que alguém como o chefe da maior gangue da cidade não poderia recusar.  

  Ela vira a cabeça para mim, faz algo que indica uma arma com as mãos e aponta para frente, simulando atirar. Conheço Taylor o suficiente para entender. 

  - Pelo menos, com você longe vou saber que ele não vai ter como fazer algo contra você, mesmo tendo me dito que não faria. É melhor você tomar cuidado – ela me alerta.  

  - Posso perguntar o que você ofereceu para ele?  

- Ofereci morte. Mortes e mais mortes, para poder me livrar da JBC e de ser a porra da matadora da Máfia, pelo menos por enquanto.  Relaxa, eu já matei milhares de pessoas, nada disso é novidade – Taylor dá de ombros. Vejo seu olhar vagar, enquanto ela olha para frente, sem olhar para mim.  

  - Por que você não olha diretamente para mim? - Engulo em seco.  

- Nunca achei que diria isso, mas acho que sinto muito, pelo que aconteceu a você ontem, eu não devia ter apontado uma arma para você - ela finalmente revela, mas ainda não me olha. - Acho que me sinto meio culpada, eu nem cheguei perto de você mas ainda consigo ver suas pernas tremerem só por estar perto de mim agora.  

- Não, você não é a culpada de nada disso, não tem culpa do Dylan querer me matar, não faz sentido isso – franzo o cenho, sendo sincero com ela.  

  - Para onde você vai mesmo? - Momsen pergunta, finalmente olhando para mim, seu olhar passa rapidamente pelos meus olhos.  

  - Um retiro da igreja, vou ficar uma semana lá - mordo o lábio.  

- Que ótimo para você, fiquei sabendo a Ashley Benson está de volta. Todo mundo não diz que a maior good girl da cidade é o par perfeito para você? Seriam um belíssimo casal loiro, dos olhos azuis e com covinhas, tão perfeitos que me daria náuseas - ela diz, com sarcasmo. Reviro os olhos. 

- Sabe, até eu ficaria com náuseas se visse um casal tão perfeito assim – rio baixo. - Aliás, minha mãe está eufórica para eu ir logo, agora que Ashley voltou do intercâmbio nos Estados Unidos, ela vai para o retiro também e voltará a frequentar a igreja e a faculdade, vai ser um inferno, a cidade toda me empurrando pra ela – acabo divagando e Taylor se meche, desconfortável (provavelmente pelo assunto).  

- Não sabia que ela iria para o retiro - Taylor acaba tossindo um pouco. - Espero que dê tudo certo para os dois lá - ela olha para o céu.  

  - Eu não - olho para cima, vendo o céu tão azul quanto os olhos dela.  

Sempre foi assim, todo o pessoal que me conhecia na cidade, ficava me empurrando para Ashley, sempre que íamos para uma festa, alguém sempre ficava ''Luke, olha lá, Ashley Benson chegou, chame ela para dançar! Seja um garoto de atitude!'' Todos sempre quiseram que eu e ela ficássemos juntos, mas isso nunca aconteceu, eu nunca tive nenhum interesse nela. Ela sempre me mandou olhares significativos todas as vezes que nos encontrávamos, porém eu nunca retribui. Resolvo mudar de assunto com Taylor, ficar falando sobre Ashley é desconfortável, a menina de olhos azuis, cabelos loiros ondulados e covinhas profundas nas bochechas, é muito legal, mas não passava disso para mim. 

  - Você me surpreende com algumas coisas, Hemmings.  

[...] 

Em casa, terminando de arrumar tudo, mando uma mensagem para Taylor avisando que estava saindo em dez minutos, como ela pediu para fazer. Minha mãe estava completamente animada, sem aguentar de tanta animação, acho que ela pensa que talvez, possa acontecer algo entre eu e a Ashley lá, mas ela está muito enganada, eu odiava que ela ficasse me empurrando para cima da garota o tempo todo.  

Taylor On... 

Vejo a mensagem de Luke, avisando que já estava saindo. Ótimo, o garoto estava em segurança. Uma pena não poder dizer o mesmo da JBC.  

Em casa, com Kaya, nós arquitetávamos o plano todo para acabar com a gangue rival. Olhamos a lista de alguns nomes que temos, e achamos quem será o primeiro ''sortudo'', hoje será o primeiro dia da matança, minha vida de serial killer agora está de volta. Não que eu tivesse saído da ativa, mas já fazia um bom tempo que eu não matava seguidamente.  

Dylan me disse para não deixar a assinatura de M de Máfia, como sempre usava, para que assim, a JBC pense que eu não trabalho mais para eles, e que meus recursos são limitados agora, para que pensem que estou fraca. Coitados.  

Agora, deixaria a assinatura como ''Blood.T'' com o próprio sangue da vítima, em seu próprio corpo, como uma assinatura pessoal minha.  Sei que o pessoal do FBI vai sair lá da porra do EUA para tentar me pegar novamente, eles podem vir para cá para trabalhar no meu caso, já que eu matei um americano uma vez, e a polícia chamou a Unidade de Análise Comportamental para ajudar com os crimes aqui na Austrália. Eles já tentaram me pegar antes, não conseguiram, e não vai ser agora que vão conseguir. 

  - Ótimo, o plano está perfeitamente pronto – Kaya diz, levando a caneta até a boca, com um sorriso para mim.  

Estávamos sentadas no tapete da sala, com listas e mapas. Kaya gostava muito de planejar tudo perfeitamente.  

  - Ainda não acredito que Dylan ofereceu o apoio da Máfia sem a gente precisar trabalhar para eles, depois que tudo isso acabar – ela suspira, deitando no tapete, ainda sorrindo.  

  - E a ideia foi de quem, em? - Sorrio de volta para ela. - Saímos como sortudas nessa história, eu pela primeira vez na vida.  

  - Taylor, você tem a maior sorte da sua vida, que é ter a mim – Kaya dá uma piscada para mim.  

  - Okay, eu também te amo, mas acho que preciso ir agora – me levanto, com um suspiro.  

  - Certo. Não esqueça de nada – ela se senta, agora séria. 

Subo as escadas, indo pegar tudo que precisava no meu quarto. Vou até o guarda-roupa e abro o fundo falso que há nele, acho meus poucos equipamentos de tortura ali. Enquanto arrumo minhas coisas, olho para mim mesma no espelho, parando por um segundo. Me lembro que Luke está Ashley Benson no meio da floresta, e a ideia realmente me deixa enjoada, certamente por conter tanta “perfeição” em um casal só. Imagino o que as pessoas daquela cidade diriam se me vissem perto de alguém como Luke.  

  Com tudo que eu precisava preso a um coldre ao redor da minha cintura, desço as escadas. Kaya ainda estava na sala.  

  - Pegou o martelo também? - Ela confere se está tudo no coldre mesmo.  

  - Sim, Kay, fica tranquila – tento tranquiliza-la.  

Caminho em direção a porta, mas escuto a voz dela.  

  - Por favor, não morra. Eu te amo – Kaya diz.  

  - Também te amo, mana – dou um sorriso para ela, antes de sair.  

Enquanto eu dirigia em direção a casa de Austin, um dos integrantes mais fracos da JBC, eu pensava em qual recado vou deixar, para eles saberem, que estou indo atrás deles, de todos eles.  



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