Quando Xue Yang abriu os olhos, depois de ter dormido pelo que parecia uma eternidade, ele não se encontrava mais naquela maldita e destruída Vila Yi que tanto odiava, mas sim em um quarto impecavelmente branco e vazio. Ele poderia até acreditar em milagres e achar que aquele lugar era o céu ou algo do gênero. Contudo, sabia que os deuses jamais o deixariam ascender assim tão facilmente, já que possuía uma enorme lista de atrocidades vinculadas à sua alma.
De fato, teve a devida confirmação de seus devaneios quando uma voz suave ecoou pelo quarto, chamando-lhe. Por um momento, essa voz lembrou a de Xiao XingChen, mas ele também duvidava que fosse justamente essa pessoa a chamar-lhe.
O Daozhang morreu o odiando e jamais se comunicaria consigo.
― Que merda de lugar é esse? ― questionou, erguendo-se do chão onde até então se encontrava deitado, levantando o olhar para encarar o teto, tentando se comunicar com aquela presença que insistia em chamar o seu nome. ― O que estou fazendo aqui, sendo julgado pelos meus crimes? Ou castigado pela eternidade a escutar a sua voz, Xiao XingChen?! ― rosnou, exigindo respostas.
E elas vieram, como uma melodia infernal sendo soprada aos seus ouvidos.
Aquilo não era o céu, tampouco estar ali seria o seu castigo.
A voz havia lhe dado uma missão, e Xue Yang por um momento desejou ser jogado de uma vez no inferno a ter que acatá-la. O problema era que não havia a oferta de uma segunda opção.
Dois mil anos haviam se passado desde a sua morte na Vila Yi e, agora, voltar ao mundo dos vivos como o anjo da guarda de Xiao XingChen, era a única forma de conseguir salvar a sua alma.
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