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História Missão Rank S(edução) - Nosso Quase-Relacionamento


Escrita por: Lyue

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 11 - Nosso Quase-Relacionamento


Fanfic / Fanfiction Missão Rank S(edução) - Nosso Quase-Relacionamento

Sasuke Pov On

Sakura soluçava baixinho com o rosto enfiado em meu pescoço. Eu, confuso e aborrecido, tinha os braços envoltos nela. Qual era a razão daquilo?

-Sakura... O que foi? - Nenhuma resposta. Ela respirava entrecortada. Perdi rapidamente a paciência.

 -Sakura! - Peguei seus braços, forçando-a a me encarar.  -O que foi?

Ela mantinha os olhos baixos, desviando os meus enquanto deixava em silêncio cair as lágrimas. Estava ficando tão irritado com aquela cena que pensei em virar as costas e sair andando, no entanto, apertando com força seu pulso, disse aumentando um pouco meu tom.
-Fala!
Ela parecia assustada com a minha reação.
-N-não é nada. - Falou, tentando recuperar a voz - E-eu só estava me perguntando o que seria de nós daqui pra frente.
 Virei os olhos, bufando discretamente.
-E tinha necessidade disso?
-Gomen, Sasuke-kun.
Lembrei-me de como Sakura costumava chorar por qualquer motivo no passado, e me recordei também de como odiava aquilo. 

Fiquei parado sem a tocar enquanto ela recuperava o controle pouco a pouco. Por fim, levantou para mim seus olhos vermelhos e inchados.
Minha cara devia ser muito feia pois Sakura parecia de certa forma amedrontada.
-Gomenassai. - Repetiu - Isso não vai mais acontecer.
-Hm.

Comentei então, um pouco mais descontraído ao lembrar de uma situação parecida que acontecera há tempos.
-Você tem mesmo o dom de ser irritante.
Sakura sorriu timidamente, encabulada.

                                                                                                   ~*~

Os dias que se seguiram foram os mais incomuns que já vivera. Passávamos boa parte do tempo juntos, hora com Sakura tagarelando coisas que eu mal prestava atenção, hora fazendo os tratamentos que quase sempre acabavam em uma tremenda pegação. Até que eu estava gostando daquilo.

Uma dessas noites, enquanto ela dormia, eu a observara - assim como ela fizera comigo antes. Pude perceber seu ressonar suave, seus cabelos rosados e lisos, suas pálpebras tremendo levemente. Jamais pensara que dormir com alguém fosse algo tão agradável. Quem diria que após tanto tempo eu encontraria aquele refúgio, aquele esconderijo dos meus problemas.
Ao mergulhar naqueles olhos verdes d'água, acendia em meu coração uma tênue luz, pequena, que não era nem de longe capaz de ofuscar a escuridão do ódio e amargura que havia em mim, mas que amainava e anestesiava.
Sakura abrira uma porta há muito tempo fechada, e naqueles dias ela conheceu um lado meu pertencente somente à ela. Um lado que nem eu mesmo conhecia.

Pensando nisso cogitava que a possibilidade de restaurar meu clã após completar minha vingança era algo bem possível e até palpável... Mesmo apesar de tudo o que acontecera.

Não saberia dizer ao certo, mas em algum ponto entre nossas conversas sobre a vida (que na maioria das vezes se resumiam a Sakura falando e eu analisando o que ela dizia respondendo mentalmente), a risada que ela dava quando eu tocava suas costas com minhas mãos geladas, as diversas vezes que eu a ignorava ou mandava calar a boca e era respondido com uma virada de olhos sarcástica e entre o dia que descobri uma pequena marca de nascença no lóbulo de sua orelha esquerda, algum ponto ali que não saberia definir, eu havia me apegado gravemente àquela garota.

 

Sakura Pov On

 Quase todos os sonhos que tinha em relação a Sasuke quando eu era mais nova se realizaram na semana que se passou.
Claro que sua personalidade continuava a mesma, afinal ele sempre fora fechado, taciturno e monossilábico. Muitas vezes quando eu começava a falar ele aparentava estar entediado, e cultivava aquele mau-humor e deboche típicos.
Agora porém, eu podia me achegar a ele.
Apesar de não demonstrar carinho com palavras, demonstrava com seu corpo: A coisa dele era física.

Se eu me aproximava, sem jeito, ele sempre correspondia e às vezes sorria relaxando um pouco o cenho. Eu até podia decifrar suas carrancas agora. Com certeza minha inner de treze anos enlouqueceria com esse Sasuke.
Entretanto, não havia época mais inconveniente para ele aparecer. Aquele Sasuke com um coração humano ao invés de pedra me fazia esquecer quase completamente o nukenin que viera capturar. Ao pensar nisso minhas mãos ficavam cheias de um suor gelado e pegajoso.

Consternada, continuava a dar os chás em doses cada vez mais fortes, travando uma verdadeira batalha comigo mesma. Meu lado romântico defendia Sasuke, me mandando largar tudo e o seguir sinceramente. Mas meu lado racional me mostrava as maldades que ele faria, o monstro que ele era capaz de ser...
Racionalmente, eu estava convencida de que minha fidelidade era acima de tudo à minha vila, família, amigos. Estes eu não podia trair. Nunca, jamais viraria as costas para eles. Minha mente se deslocou até Naruto e quase pude ouvir o seu "Sakura-chan!" a me chamar, sempre escandaloso... Mas sempre com um caráter inabalável, mesmo com tanto sofrimento. Ele podia compreender Sasuke muito melhor que eu, pois presenciara o sofrimento tanto quanto o outro.
E Naruto nunca odiou, nunca quis matar inocentes. Dizia que traria Sasuke de volta à vila nem que para isso precisasse socá-lo até deixá-lo inconsciente, tudo para o salvar.
Naruto não estava ali... Mas eu estava.
Completando minha missão, eu salvaria Sasuke de si mesmo tirando-o daquele ciclo de vinganças maldito.
Claro, ele não entenderia. Iria me odiar e se tivesse oportunidade até mesmo me matar da forma mais cruel possível.

Isso não importava mais. Se sacrificar aquele relacionamento recém-criado era o preço a ser pago para salvar Sasuke, eu pagaria.

Toda essa convicção por meu dever, no entanto, não me impedia de sofrer. Quando Sasuke me abraçava à noite, a certeza de que tudo aquilo me laceraria só aumentava. Cada vez que Sasuke tomava o chá, agradecido pelo efeito anestésico que provocava, eu sangrava um pouco mais interiormente, assim como sangraria se uma katana enfiada em minhas entranhas fosse empurrada mais para dentro.

Nem me importava mais com as grosserias ocasionais de Sasuke pois a única opção que eu tinha era me agarrar àqueles momentos únicos que estávamos vivendo, extraindo deles o máximo. 

-Sabe - disse Sasuke certa noite, enquanto estávamos nus no tapete - Antes, a ideia de dormir ao lado de alguém a noite toda me parecia repulsiva. Jamais entendi como as pessoas conseguiam fazer isso.
Ele olhava fixamente para o teto com um semblante sério e pensativo, como se falasse para si mesmo. Enquanto falava, eu que estava com o queixo em seu peito encarando-o, passava meus dedos por sua sobrancelha, pálpebras e nariz em uma tentativa de memorizar suas formas.
-E...?- Perguntei, baixinho.
-Agora me parece uma das melhores idéias que alguém já teve.

                                                                 ~*~


Notas Finais


E agora, Sakura?

Como vocês com certeza perceberam que meu estilo de escrita é bem focado nos sentimentos e pensamentos, gosto de desenvolver essa parte. Mas o próximo terá mais ação! Espero que gostem e comentários/ sugestões são sempre bem-vindos!


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