História Missing - Camouflage

Acordei com as duas mulheres na cama, me senti como o mais foda do planeta, Esmeralda com certeza era melhor esposa do mundo. A loira saiu da cama, pegou sua bolsa, Esmeralda levantou em seguida, abriu sua bolsa e lhe pagou. A loira deixou o seu cartão com Esmeralda, pediu para que a morena a ligasse, Esmeralda riu. A loira pegou suas coisas, foi ao banheiro e tomou um banho rápido, depois saiu do quarto.

- E aí?

- E aí, o que? – Rebati a pergunta.

- Quero saber se gostou, com tanta agitação nem deu tempo de perguntar. – Deu um sorriso.

- Foi incrível, foi a minha primeira vez. – Eu puxei Esmeralda para cama, deitei por cima dela. – Eu te amo, mas fiquei cansado de ontem.

- Eu te perdoo por isso. – Demos um selinho longo. – Se quiser pode contar para todos os seus amigos sobre o que fizemos ontem, eu não ligo.

- Foi pessoal demais, ninguém precisa saber da nossa vida intima. – Ela revirou os olhos.

- Não quer se gabar pela sua mulher topar um ménage? – Balancei a cabeça negativamente. – Você que sabe.

XXXXXX

            Duas semanas se passaram, tudo voltou a rotina, mesmo com Meaghan por perto. Ela decidiu não se aproximar de nós, mas quando Meaghan estava aparentemente calma, isso não quer dizer que ela estava sossegada. Tennessee ficou chateado por não ver a mãe, mas como ele já estava há dois anos sem vê-la regularmente, a falta foi um pouco amenizada.

Uma tarde, terminei meu serviço na Vengeance University mais cedo, fui até o estúdio onde Esme gravava seus programas de podcast. Leve uma caixa de chocolates para minha morena. Chegando lá, ela estava com Jimmy e Brian, Brian estava com a mão em cima da mão dela, mas ela nem se importava.

            Senti ciúmes, contudo me controlei. Esmeralda tirou a mão, assim que percebeu que ficou estranho. Ela desligou os aparelhos de mixagem, assim que ela me viu, deu um sorriso enorme, correu até a minha direção e me deu um beijo na boca. Eu a apertei entre meus braços, senti seu cheiro de jasmim que emanava de sua pele.

- Amor, que surpresa boa! – Entreguei chocolates a ela. – Obrigada.

- Vamos para casa, os meninos já estão esperando. – Ficamos abraçados.

- Desculpe, Zacky. Eu e Jimmy tínhamos chamado a Esme para tomar umas cervas no Johnny’s. – Esme desviou o olhar quando Brian falou. – Todo mundo precisa de férias, ela só fica com você e os meninos, ela tem que tirar uma noite só dela.

- Mas, Esme não pode ficar saindo com vocês, ela é minha esposa. – Brian revirou os olhos.

- Não decidam por mim, meninos. Eu saio com vocês outro dia, agora vou para casa com meu marido. – Ela me olhou ternamente.

- Não seja controlador. – O telefone de Jimmy tocou. – Opa, patroa chamando. Sou eu que tenho que ir, Brian aproveita e leva a SUA ESPOSA para sair, ela merece por te aturar por tantos anos.

            Eles foram embora, Esme deu de ombros para Brian que não ficou totalmente satisfeito com o fora que tinha levado. Ele estava agindo esquisito com a minha mulher, depois teríamos uma conversa séria. Esmeralda e eu fomos para nossa casa, durante o trajeto não trocamos muitas palavras, afinal eu acabaria me irritando e brigando com Esme a toa.

            Chegando em casa, Esmeralda saiu do carro rapidamente, eu fui estacionar meu carro na garagem quando comecei ouvir gritos e confusões. Corri em desespero, Leon estava chorando, Tennessee perdido, Esmeralda deu um tapa no rosto de Meaghan. Aquele inferno nunca acabaria!

- Se você se aproximar dos meninos novamente, eu juro que eu mato você! – Esmeralda estava furiosa. – Cansei de você, cansei das suas loucuras! Você tem que aceitar que eu sou a esposa do Zacky e não você!

- Eu vou provar que você não presta! E você vai pagar pelo tapa! – Meaghan tocou o rosto.

- Eu sou muito legal, mas não mexe com meu filho que eu viro uma verdadeira leoa. SAI DAQUI, MEAGHAN! – Meaghan saiu correndo.

- O que aconteceu? – Eu me aproximei de Esmeralda que pegou o filho no colo.

- Ela me deu um pirulito azedo e depois tirou da minha boca, ela fez dodói na minha cabeça. – Leon contou chorando.

- Zacky, ela machucou o meu filho, isso é intolerável. – Esmeralda deitou a cabeça de Leon no seu ombro. – Pede uma ordem de restrição, ou interna ela. Senão você não fizer isso, eu peço o divórcio!

             Eu nunca vi Esmeralda daquele jeito, só que Meaghan havia passado totalmente dos limites. Eu não poderia deixar Esme ir, eu a amava demais. Acabaria nas drogas novamente, a mercê de tudo e até mesmo da Meaghan. Então eu mandei uma mensagem para o meu advogado, exigindo que ele me arrumasse uma ordem de restrição para Meaghan. Só que ele me respondeu que levaria uns dois dias para isso, fiquei com medo de mais uma confusão acontecesse novamente.

            No quinta-feira seguinte, acordei primeiro do que Esmeralda, ela dormia como um anjo ao meu lado. Toquei seu rosto, depois seus belos cabelos cacheados, ela era tão linda e jovem, me peguei pensando no que ela tinha visto em mim, além do status e da grana. Lembrei de todo o amor que ela sentia por mim, dei um beijo no alto de testa e ela acordou.

- Bom dia, amor. – Esme sorriu e eu sorri de volta.

- Bom dia, minha deusa. Precisamos conversar. – Toquei o braço dela e ela não entendeu. – Esme, eu falei com advogado e ele vai conseguir uma ordem de restrição para Meaghan. – Esmeralda ficou mais aliviada. – O que aconteceu anteontem, não vai mais se repetir.

- Obrigada, eu fiquei nervosa, eu nunca me divorciaria de você, fiquei com medo dela machucar meu filho. – Esmeralda tocou meu rosto. – Eu te amo, você é tudo para mim.

- Você também é tudo para mim. – Toquei seu rosto. – Sabe, acho que quero apresar as coisas. – Esme não entendeu. – Quero muito ter um filho com você, meu e seu. – Esme ficou empolgada e sorriu.

- Sério? Seria para quando?

- O mais rápido possível, quero que você e eu tenhamos nosso filho até o final do ano. Trate de procurar uma clínica e congele seus óvulos, semana que vem vamos entrevistar as possíveis barrigas de aluguel para chocar nosso filhote. – Esmeralda deitou por cima de mim e me encheu de beijos.

- Eu te amo, amo, amo e amo. – Ela me abraçou com força.

            Eu não queria ser pai novamente, mas queria agradar a Esmeralda, se ter mais um filho a faria feliz, eu não iria contra a minha esposa linda. Com todas as loucuras de Meaghan, não poderia arriscar perder a minha Esmeralda. Eu levantei da cama, contra vontade de Esme, fui tomar um banho rápido.

            Depois do banho, eu fui enrolado na toalha até o quarto, Esmeralda estava nua na cama me chamando, fingi que não a vi para perder tempo, mais tarde eu satisfaria a minha mulher. Abri o armário, peguei uma calça jeans, uma camiseta preta. Abri minha gaveta e peguei minha cueca vermelha, comecei a me vestir, Esmeralda se levantou da cama, começando a me seduzir. Passou a mão no meu peito, respirei fundo e a afastei.

- Esme, Esme. Mais tarde, eu te satisfaço, eu preciso fazer algumas coisas na rua, buscar os meninos na escola, além de tudo tenho show, mais tarde em LA. – Esme fez beicinho.

- Tudo bem, amor. Eu vou fazer um jantar especial para nós. – Dei um selinho nos lábios dela. – Hoje, eu vou ao show junto com você, vou contratar uma babá para ficar com os meninos.

- Eu ia sugerir isso, pelo visto a ideia do bebê te deixou bem animada. – Ela tocou meus ombros.

- Você nem faz ideia, amor. – Ela colocou uma das mãos na minha calça e começou a me masturbar. – Você não quer que eu te chupe?

- Sim, eu quero, mas agora não é hora. – Fechei meus olhos e ela parou.

- Você que sabe, deixa para mais tarde. – Esmeralda foi para o banheiro.

            Dei um sorriso, peguei a minha carteira e saí de casa rapidamente, precisava resolver uma coisa antes que fosse começar meu dia. Fui de moto para poder ir mais rápido. Parei em uma cafeteria, tomei um café expresso para poder acordar, encarar as roubadas. Dirigi o mais rápido que pude até a casa de Meaghan, mas não sabia ao certo se ela estava na casa de Laguna.

            Cheguei até a entrada, estacionei a moto, apertei a campainha, coloquei as mãos nos bolsos. Toquei a campainha mais uma vez, abriram a porta e era Meaghan, ela não parecia doida. Pediu para que eu entrasse, assim eu o fiz. Estava meio incomodado de estar ali, mas precisava ter conversa séria com ela e esperava que daquela vez ela me ouvisse.

- Meaghan, não sei se está pronto, mas…

- Eu recebi uma ordem de restrição que não posso me aproximar de vocês a cem metros. – Revirou os olhos. – Como essa mulherzinha te dominou?

- Chega! Eu não aguento mais brigas, isso só te faz ficar longe do Tennessee que é nosso único filho.

 - Mas…

- Mas nada… - Eu a interrompi. – Porra, o Ozzy se foi. Dói para caralho, só que temos que aceitar que não veremos mais nosso bebê, já faz quase cinco anos. – Quase chorei. – Refaça sua vida, me deixe em paz.

- Aquele menininho é nosso filho. – Não estava acreditando naquilo, Meaghan pegou uns papeis e colocou na minha mão. – Eu usei a saliva dele e os cabelos fiz exame de DNA, olha deu positivo.

- Isso é mentira. – Olhei para o resultado do exame. – Você deve ter falsificado ou pegado o resultado na internet. Você é muito suja, Meaghan!

- Ah é? Se você não acredita em mim, faça você mesmo o exame de sangue e vai dar positivo. – Revirei meus olhos e joguei o exame no chão.

- Eu e ele temos o mesmo tipo sanguíneo, AB negativo. – Ela comemorou. – Não quer dizer que sou o pai dele, afinal Esmeralda é B negativo, o pai dele deve ser tipo A. – Cruzei meus braços. – Queria conversar com você, mas você enlouqueceu.

            Obvio que as palavras dela não surtiram efeito em mim, só que eu precisava provar que ela estava errada. Admito que fiquei com pena dela, afinal perdemos um filho e isso a deixou fora de si, eu caí nas drogas e ela teve que se manter forte, isso deixaria qualquer mulher fora de si.

            Fui até o estúdio ensaiar com meus amigos de banda, tentei me concentrar, contudo estava errando demais, pedi desculpas e joguei a culpa em Meaghan. Eles reviraram os olhos, dei de ombros e continuei em frente, mesmo errando os acordes.

            Depois do ensaio, fui até a escolinha de Leon, resolvi buscar mais cedo o meu menino. Queria provar a Meaghan que ela estava errada, coloquei o menino na moto, ele amava andar de moto. Eu levei até uma clínica para fazer o exame de DNA. Chegando lá, o menino não entendeu nada, eu o abracei e paguei para fazer um exame de paternidade.

- É um exame de sangue rapidinho. Depois eu vou comprar um enorme sorvete de chocolate com calda quente com você gosta. – Pisquei para ele.

- Então tá, papai.

            Então fomos fazer o exame de paternidade, estávamos tranquilos, fui com ele. Tiraram o sangue do menino, ele não gostou muito, mas não chorou, porque era um menino grande. Depois eu tirei sangue, respirei fundo, peguei o menino no colo e esperei na recepção.

            Eu entreguei meu celular para Leon brincar, ficamos esperando na clínica para pegar o resultado e esfregar na cara de Meaghan. Alguns minutos depois, chamaram meu nome, eu fui até a recepção, peguei o envelope com o exame e o resultado. Abri rapidamente apenas pela curiosidade, olhei para Leon mexendo no celular. Li o resultado, cocei a cabeça, olhei para Leon novamente e ele acenou para mim.