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História Mister Cosmus Manipulates - Provocação


Escrita por: RaiinExe

Notas do Autor


🎶 We're complicated, but we're as simple as we wanted to be
I'll sell you a feeling, ah ah ah, oh, whoa
I'll sell you a meaning, ah ah ah, oh, whoa 🎶

.

Capítulo 53 - Provocação



Ignorar. Uma boa tática para se livrar de pessoas chatas e indesejadas. Ignorar. Uma tática furada se tratando de Saiko. 

Fazer pouco caso, fechar os olhos, cobrir a cabeça, fingir que não existe; nada disso adiantava, nada disso adiantaria. Mesmo ali de baixo, teoricamente longe dos olhos dele, ainda assim conseguia sentir o olhar, conseguia sentir a presença, a presença que atordoava seus sentidos, que lhe deixava inquieto. No fundo sabia que não havia muito o que fazer, ignorá-lo era pior do que enfrentá-lo, no entanto se ainda havia uma chance, por menor que fosse de deixá-lo no vácuo e não ter que encará-lo naquele exato momento, então apostaria suas fichas nela e continuaria com sua tática.

Sentado na cadeira que ficava de frente para a mesa do computador, Saiko apenas observava de braços cruzados a tentativa fracassada do loiro de lhe dar o gelo. 

De repente, Ycaro sentiu o edredom escapar de suas mãos e flutuar, flutuar sobre a sua cabeça ganhando altura, ergueu-se na tentativa de puxá-lo, porém ele subiu até chegar ao teto. Seus olhos então, imediatamente cravaram em Saiko, com uma raiva que pouco fazia questão de disfarçar. 

Saiko: Vai continuar me ignorando Ycaro?

Ycaro: O quê que tu quer Saiko?

Saiko: Quero conversar contigo... Amigavelmente. Podemos? 

Ycaro: Não.

Respondeu ele, seco.

Saiko: Sim. Foi o que tu quis dizer né Ycaro?

Ycaro respirou fundo apertando as têmporas. 

Ycaro: Tu já viu que horas são? Não deve ter visto né? Não viu que são quatro horas da manhã e que não é horário de ficar importunando os outros!

Disse o loiro irritado, tentando fazer Saiko acreditar que aquele era o único motivo pelo qual não queria ele ali.

Saiko: Por quê que tu tá puto Ycaro? Essa é a segunda vez que tu me dá patada pra machucar... 

Ycaro: ...

Saiko: Pro teu governo, aquele café que tu derrubou em mim tava quente pra caralho... Tô todo vermelho e...

Ycaro: Foda-se.

Interrompeu ele, fazendo pouco caso do ocorrido.

Ycaro: Eu quero dormir Saiko. Me deixa em paz.

Saiko: Sei que tá difícil pra você se acostumar com a ideia de que agora a gente se conhece mais intimamente...

Ycaro: Cala boca seu filho de uma...

Saiko sorriu. O sorriso que tirava o loiro do sério.

Saiko: Mas eu pensei que tu tivesse gostado...

Sem hesitar, Ycaro puxou o travesseiro e arremessou na direção dele, que sem esforço algum o fez parar antes mesmo que pudesse ser atingido.

Saiko: E todos aqueles gemidos?

Abajur. Era a segunda coisa que estava na sua frente e foi a que arremessou em seguida. Isso também era furada. Podia jogar o que fosse na direção do mago, que ele simplesmente faria parar até de olhos fechados. Lutar contra ele não era das tarefas mais fáceis, talvez teria uma chance de atingi-lo se estivesse encima do telhado de novo ameaçando atingir a si próprio, que era uma tática um pouco mais eficaz, no entanto duvidava muito que conseguiria se aproximar da janela sem que antes ele pudesse intervir. 

A mais pura verdade era que ele estava certo. Ainda estava tentando assimilar tudo aquilo, ainda estava tentando entender como deveria encarar o que acontecera. Há meses atrás mal o conhecia, há um mês atrás dizia que o odiava e então, há pouco tempo atrás se deu conta de que na verdade o queria, o queria tanto que se rendeu a ele. Sentiu ódio, sentiu raiva, sentiu que iria perdê-lo, sentiu que o amava. Tudo de uma vez, de uma única vez. E o pior de tudo era que ele sabia, sabia dos sentimentos, das sensações confusas, sabia dos medos, do calor, dos desejos, ele sabia o que se passava com seu sentido e o seu sentido que era a junção dos seus sentimentos, instintos, sensações e percepções, a sua natureza, como em um feitiço, seduzia-se diante dele, sabia que no íntimo de seu ser desde o primeiro momento em que se viram se apaixonara inteiramente por ele. 

E quanto a isso, sabia que não havia o que fazer, por mais que suprimisse todas essas verdades, por mais que negasse, tudo isso ainda seria um fato, e era sua grande dificuldade aceitar esse fato, porque também no fundo era um pouco orgulhoso, um pouco rabugento, não queria dar o braço a torcer, não queria perder pra ele, não queria se render ao fator disso tudo, mas ao mesmo tempo queria ele rendido, queria ele em suas mãos.

Ia pegar um livro que estava encima da mesa de canto para arremessar contra ele também e depois já estava pensando no que ia pegar em seguida, porém sabia que nesse ato de impulsividade destruiria o quarto inteiro, mas não conseguiria causar um arranhão nele. Então, respirou fundo e colocou o livro novamente em seu lugar.

Saiko: Já desistiu? Pensei que eu fosse me divertir mais um pouco...

Ycaro: Não vai. E eu também não vou falar mais com você, pode continuar falando sozinho Saiko, eu não ligo...

Saiko: Tá, entendi Ycaro. Tu tá muito puto pra falar sobre a nossa noite...

Ycaro: E pode ficar aqui também, eu vou pra sala.

Disse o loiro arrastando-se para a beirada da cama. No entanto, antes que pudesse por o pé para fora, sentiu o edredom despencar sobre a sua cabeça, então o puxou rapidamente, livrando-se dele e observou Saiko levantar-se da cadeira.

Saiko: Sabe porque eu tô aqui na verdade? Por que estou sem dormir a sabe lá quanto tempo...

Ycaro: ....

Seus olhos o seguiram enquanto ele dava a volta pela cama e chegava ao outro lado.

Saiko: Hoje eu vou dormir contigo Ycaro.

  
 



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