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História Mistérios de Frost Ville - II - Aproveitando o atalho.


Escrita por: IsaHolmes

Notas do Autor


Oi. Me descuuulpa mesmo o atraso, viu? Eu andei meio desanimada. É que como os comentários, visualizações e essas coisas não são muito em cima e fazem falta, eu meio que fico sem saber continuar. Sabe aquela falta de motivaçãozinha? (⌣́_⌣̀) Além de que andei muito ocupada ultimamente. Mas tá aí, mais um capítulo fresquinho.

Capítulo 9 - Aproveitando o atalho.


Fanfic / Fanfiction Mistérios de Frost Ville - II - Aproveitando o atalho.

a nossa professora — disse Wilbur, chutando uma pedra.

Na reserva, o clima estava absurdamente quente, queixando pago que noticiário do canal seis havia errado a previsão pela terceira vez seguida quando garantiu que estaria a ponto de nevar.

Depois que Jack, Merida e Soluço encontraram uma mina de documentos raros nas paredes do quarto de John Brown, os três pegaram tudo o que podiam carregar, dividiram entre si e levaram tudo para a reserva no dia seguinte. Marcaram de se encontrar com os outros as dez da manhã e, como de costume, Soluço chegou primeiro e Wilbur por último.

— Eu tenho certeza — balbuciou Merida, apontando para a foto que Wil segurava — É ela. E, olha — ela virou a foto — Aqui tem o nome dela. Tem o nome de várias pessoas e o dela junto.

Wilbur aproximou a foto para perto do rosto. Todos se aproximaram mais.

— Então eles namoravam? — Violeta perguntou.

Merida concordou e sentou no tronco caído.

— Eu acho que ela tem alguma coisa haver com tudo isso. Não lemos nada dos papéis ainda. Mas ela estava lá quando eu tentei entrar na sala. Ela me barrou com muita preocupação.

Soluço sentou ao lado de Merida. E Jack, ao lado de Soluço. Os três espalharam todas as pastas, fotos e papéis no chão e a tarde dos sete adolescentes foi rodeada da vida de sucessos do antigo professor. Em meio aos diários, leram sobre expedições no Egito e na África e descobertas de fósseis e múmias, histórias sobrenaturais e muita bebedeira. Descobriram a verdade mais nojenta de todas: a de que John Brown realmente havia namorado a professora de artes, Odete, por quase mais de vinte anos. E que em todos os relatos de John, Odete estava lá.

Viram fotos de escavações, artefatos, pergaminhos e museus. Leram sobre viagens de doze horas, sobre o calor infernal do norte da África e sobre a fartura de comidas deliciosas nas comemorações e festas de inaugurações de novos artefatos. Wilbur fora o que se cansara primeiro, despedindo-se e dizendo que teria que ajudar o pai a concertar o carro. A segunda a dar no pé fora Violeta e Rapunzel aproveitou a deixa. Logo foi o sol e o calor e só ficaram Merida, Soluço e Jack.

— Vamos dividir esses papéis. Um só não vai dar conta. — disse Merida, pegando alguns diários, papéis e fotos e colocando na mochila —Se acharmos algo importante, é só ligarmos um para o outro.

Jack e Soluço concordaram e, enquanto Merida se afastava, eles dividiam o resto entre si.

xxx

Com preguiça e aproveitando o atalho, Merida seguiu a trilha e subiu a rua Crowe. Sentia-se vidrada nos relados do professor, evitando tirar os olhos de um de seus diários, não olhando para aonde deveria ou estava a pisar. Lia sobre relatos de um certo cofre de madeira que John Brown havia encontrado enterrado em uma expedição na Austrália enquanto chutava uma pedra ou fingia não tropeçar em uma ou outra guia. Quando se deu uma pausa, Merida olhou para frente e de seu conta que estava mais perto do colégio do que da própria casa.

Por que não? — sussurrou.

E mudou o rumo, começando a subir as escadas principais do prédio escolar. Olhou para um lado, para o outro, empurrou a porta e entrou, mergulhando num total breu.

Os corredores tinham um cheiro acentuado de suor e mofo. Merida acendeu a lanterna do celular e subiu as escadas que davam para a sala de John Brown. Tentou abrir a porta, mas ainda estava trancada. Parou, pensou e seguiu até a salinha do zelador. Fuçou os armários, os bolsos das calças suadas penduradas nos cabides e num pote de tinta velho e enferrujado que estava pendurado atrás da porta. Merida balançou a cabeça e suspirou profundamente. Desceu as escadas, seguiu para os corredores leste e procurou a sala da professora Odete. Quando chegou perto da porta, o coração palpitou forte e o nervoso subiu como arrepio na nuca, mas, antes que pudesse encostar as mãos na fechadura gélida, Merida ouviu um es(boom!)trondo e recuou.

Vinha de perto da sala de John Brown.

Merida deu meia volta e, cautelosamente, voltou para o lado oeste e subiu as escadas para a sala do professor de arqueologia.

A porta estava aberta. Mas a sala, vazia.

Merida aproximou-se devagar, empurrando a porta, e entrou no cômodo. Deu quatro passos e meio para dentro e ouviu um grito. Quando ela olhou para trás, primeiro viu o cano de uma arma, depois uma mão suada e logo o rosto melado, nojento e repugnante de Mike Butcher. Em segundos, o de dão de Mike destravou a trava de segurança da arma e Merida deslizou como gelo para debaixo da mesa.

Por ali debaixo Merida conseguia ver os tênis de Butcher todo enlameado, a calça rasgada e suja e o molho de chaves da sala de John pendendo na sua mão esquerda.

— Sua piranha desgraçada, não cansa de me dar trabalho não!? — Mike gritou, chutando o pé da mesa com força.

Mike jogou a chave de lado e enfiou a mão por debaixo da mesa no objetivo de agarrar Merida, sem sucesso. Tentando de outro jeito, Mike enfiou a arma então por debaixo da mesa e Merida recuou pelo outro lado, levantando abruptamente. Com a sorte de folga e o azar no turno da noite, Butcher ergueu a arma em questões de segundos e apertou o gatilho, atingindo o braço direito de Merida, que gritou e tombou para o lado.

— Não acreditou quando eu disse que vou te matar!

— O que você tem haver com isso, Mike? — ela sibilou de volta, arfando.

Ele sorriu e abaixou a arma.

— Graninha. Verdinhos. Minha parte do tesouro.

— Tesouro?

O sorriso de Mike Butcher foi substituído por repugnância em segundos.

— Não se faça de burra não, sua putinha. Você sabe muito bem do que eu estou falando. O tesouro que o velho morto esconde aqui nesse prédio. Essa merda toda que você também tá procurando. A gente tá te vigiando, Merida. É melhor tomar cuidado. Ninguém vai ficar no nosso caminho não. Ela me chamou pra tomar conta de vocês sete e eu consigo tomar conta de vocês um por um se precisar. Pra você eu dou até um tratamento especial.

Merida continuou quieta.

— Já que você tá aqui, vai ser mais fácil pra mim — Mike continuou, agora começando a se aproximar devagarinho dela — Aonde tá a entrada secreta?

— Entrada secreta?

Impaciente, Mike aumentou o passo e com facilidade conseguiu agarrar o braço de Merida, que doeu mais absurdamente com a pressão de seus dedos.

— É, porra — Mike cuspiu — Cadê merda da entrada secreta. Cadê a Merda do mapa?

Merida começou a se debater e Butcher a jogou contra o chão, chutando seu corpo várias vezes seguidas e perguntando se

(você gosta disso? gosta? tá vendo como é bom, sua pu-tá)

ela estava com o mapa.

Merida negou, gritando para que Mike parasse, mas ele estava alucinado da mesma forma de quando havia posto um coelho vivo dentro do congelador no verão passado, esperando ele morrer. Com certeza, se Kalel Everdeen estivesse junto, ele começaria a rezar baixinho pedindo para que Mike se recompusesse. Mas ele não estava. E Mike não iria.

Depois da terceira tentativa, Merida conseguiu chutar as bolas de Butcher, fazendo-o soltar a arma, que escorregou, e ficar de joelhos. Merida, desajeitadamente, segurou Mike subiu em cima dele e o socou na cara. Ela pegou a arma, a virou e deu uma coronhada na cabeça de Mike, que o fez ver estrelas girarem. Ele gritou de forma ardida e Merida levantou, jogou a arma, pegou a mochila e correu para fora da sala, ouvindo:

 — Se contar disso, do tiro ou de qualquer merda sobre mim pra alguém, eu juro que eu mato um dos seus amigos, Merida! Depois te como, mato você e enterro numa cova funda e cagada que ninguém vai encontrar!

A última frase estava longe quando ela chegou na saída, tropeçando na grama. O braço esquerdo estava sensível e a brisa fria da madrugada o fazia doer absurdamente. Desesperada, ela correu para trás da escola e, antes que pudesse conseguir deixar o terreno, tudo começou a ficar escuro, leve e sem dor alguma. 


Notas Finais


E então, saudade?


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