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História Místicos - Quando Aquele Mundo Ficou Quase Vazio


Escrita por: MorganKylos06

Capítulo 21 - Quando Aquele Mundo Ficou Quase Vazio


O céu estava lindo atrás do castelo de fogo de Ariel, mas o terror estava dentro dele.

Gabriel corria com um bebê nos braços, ele estava se esforçando o máximo para fazer isso, suas pernas doíam. Suas asas tinham marcas por todos os lados, linhas escuras e outras quase que desaparecendo. Ele queria fugir daquele lugar.

Quando chegou perto da Cruz da Vida um sino alto tocou e árvores tomaram sua visão, ele tinha que correr daquele lugar. Ele conseguia ouvir os gritos de ódio de Ariel sendo expelido para fora do castelo, aquilo tinha sido culpa dele. O bebê tinha que ser salvo, ele não podia viver naquele lugar. A Zkan estava em seu braço direito para dizer-se seguro, um presente de um amor.

Por vezes não gostava muito de viver entre os Aliados, diziam ser a personificação de algo melhor. Ariel sempre esteve ao seu lado, mesmo que muitas vezes nunca tenha se sentido bem ao lado dela. Ariel, nos olhos dele, era uma personificação de algo ruim, os Antigos pareciam feras dóceis ao lado de Ariel.

Quando saiu da floresta, não faltava muito para chegar ao seu destino, o seu branco se tornou escuro e vermelho. Zkan, a espada, brilhou em seu cinto e esquentou como uma chama, a lâmina esquentou tanto que metade do uniforme de combate vermelho de Gabriel se desfez em parte. Aquilo era um mau sinal.

Ele tinha roubado essa espada de Caliban, para que pudesse fugir com bebê. Caliban era gentil e harmonioso com todos, dizem que os anos que passou com Ariel lhe fez re-pensar seus valores morais e sentimentais. Era melhor ter Caliban como líder do que Ariel.

Gabriel atravessou uma muita de espinhos, tomando cuidado para proteger o bebê que não chorou o caminho todo. Em frente ao portal estava ela, Amanda Spektrum, uma dos Aliados que pensava da mesma maneira que ele. Quando viu ela, Gabriel não pensou duas vezes, os lábios de ambos se tocaram num beijo lindo e quente.

- Você está com o bebê? – perguntou ela ao fim do beijo. Gabriel mostrou o bebê enrolado em vários panos. – Ele é lindo. Temos que ir, os fantasmas não irão segurar o portal por muito tempo, Maika está nos esperando do outro lado.

- Tudo bem. Vamos! – respondeu Gabriel com Amanda até o portal.

O portal era como ondas do mar num quadro. Quando suas mãos tocaram a água do portal sentiu uma dor corromper suas costas, entre as omoplatas, uma flecha tinha o atingido e o horror no rosto de Amanda se formou. Ele virou-se para ver de onde tinha vindo e viu Ariel vindo até eles com suas asas de ouro batendo fortemente. Amanda também tinha sido atingida.

- Não vão tirar meu bebê de mim! – exclamou Ariel do alto e logo atirou uma flecha que passou direto para o portal. Gabriel olhou para Amanda e passou o bebê para ela e lhe fez um sinal, sem pensar, Amanda já tinha passado pelo portal com o bebê. – NÃO! – ela se aproximou tão rapidamente, por sorte Gabriel pegou Zkan e uma explosão aconteceu quando uma das flechas de Ariel tocou a beira da espada.

Gabriel foi jogado para longe com a força da explosão, ao cair no chão não muito longe do portal – que já tinha sido destruído – a haste de madeira da flecha se partiu a ponta afiada entrou para a coluna de Gabriel. Ele sentiu suas pernas explodirem em dor. Quando abriu os olhos viu que espada estava ao seu lado, mas estava sem poder.

Ele se arrastou pelo chão e com peso da perna encolheu as asas para conseguir se mover melhor. Com um estrondo Ariel pousou a frente, eles estavam em circulo que explosão fez e deixou a árvores tombadas.

- Para onde mandou meu bebê? – perguntou com seriedade na voz.

- Ele está num lugar mais seguro do que este onde vivemos! – exclamou Caliban.

- Porque fez isso comigo, Gabriel? – perguntou Ariel com tristeza e raiva misturadas em sua voz. – Eu nunca lhe fiz nada para merecer tal castigo.

- Ariel, aquela criança merece um lugar melhor para viver – respondeu Gabriel e logo sentiu um dor cortar todo seu corpo.

Ariel olhou para ele com um sorriso.

- A ponta da flecha é feita de Veneno Kamjasj – explicou. - Quando não atingi o coração deixa sequelas no corpo, mas caso contrário leva a morte. Ela tem que ficar comigo e com o pai.

Veneno de Kamjasj era um dos mais poderosos e mortais dos venenos criados naquele mundo. As Alturas, onde Gabriel vivia com outros Aliados, e onde eles estavam naquele momento, continha flor necessária para que o veneno pudesse ser feito, quase todas as flechas dos Aliados eram compostas por esse veneno.

- Eu sei sobre isso – disse Gabriel com relutância à dor. – Me mate, se é o que quer, prefiro morrer do que sofrer com esse veneno em meu sangue! – Sentiu o gosto de sangue em sua boca, o sangue tinha saído como um chafariz em sua boca.

- Eu não vou matar você – disse Ariel com calma. –Eu o criei, posso curar você, nossas asas estão conectadas, ela abriu as asas.

Foi imediato. A dor foi embora. E Gabriel conseguiu se levantar junto pegou a espada do chão, ele olhou para Ariel.

- Não entendo esse ato de misericórdia – falou levantando uma das sobrancelhas.

- Eu não quero ver meus filhos sofrendo– disse ela se aproximando e fazendo carinho no rosto de Gabriel -, vocês estão interligados a mim, não posso perdê-los.

- Você disse que estamos suas asas são nossa ligação vital com você, certo?

- Sim, meu querido – disse ela com calma na voz.

Gabriel pensou no quanto Ariel era maluca; os tempos que ela passou no Verdadeiro Mundo não a fez bem. Gabriel para os olhos azuis dela e atrás de viu asas, estrategicamente abraçou Ariel e colocou a espada de lado.

- Prefiro morrer do que viver mais um dia ligado a sua vida – falou.

Com rapidez deu um rodopio sobre a cabeça de Ariel com o auxílio das asas. E a espada que já tinha ganhado seu poder cortou como papel asas de Ariel pelas omoplatas. Naquele momento Gabriel não sentiu nada, mas depois veio tudo de uma só vez.

A dor em seu corpo tomou forma, suas asas queimaram tão facilmente quase indolores, seus olhos claros ficaram escuros como a noite, ele desabou no chão de dor e viu que Ariel estava no chão com sangue escorrendo de suas costas, manchando suas vestes brancas.

Depois de muita dor, ela foi indo embora aos poucos. E logo não sentia nada.

Ele se levantou com um pouco de dificuldade, suas costas doíam muito. Ele sentia-se livre por dentro, como se tivesse se desprendido de algo, de alguma gaiola. Ele andou para longe dali, não tinha como voar, suas asas se queimaram.

Ele andou e nunca mais viu Ariel ou Amanda.

Gabriel Griffen ficaria solitário por um longo tempo.



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