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História Mitw-L'arte Di Amare - Imperdonabile...


Escrita por: C_Grimaldi31

Notas do Autor


Ciao amici!
Trazendo mais um cap dessa fic para fazer vocês dormirem chorando :)
Hoje até conheceremos um pouco do passado do Mike com seu irmão, Ignazzio!
Espero que gostem.
Buona Lettura!

Capítulo 8 - Imperdonabile...


Fanfic / Fanfiction Mitw-L'arte Di Amare - Imperdonabile...

"Imperdoável..."

-TARIK-

                Eu geralmente não sou um gato escaldado. Até tenho uma certa resistência com medo e tal, mas quando eu vi o Mike com aquele olhar pra cima de mim gelei até a ponta do pé... Ele parecia fora de si. Transtornado e modificado. Eu acho que ele estava bêbado, já que sua voz parecia meio arrastada...

                – Pac... Eu... Eu preciso falar com você. Já... – Definitivamente ele estava bêbado... Felps e Batista olharam pra mim apreensivos. Acho que eles estavam tentando entender o que havia acontecido. Felps, o mais forte do grupo, se levanta e se interpõe entre eu e Mike.

                – Escuta aqui, amigo. O Pac só vai falar com você se ele quiser... E pelo jeito como ele está assustado com você, eu diria que ele não quer... Então é melhor você voltar quando estiver mais sóbrio. – Felps o encarava sem tremer mesmo Mike tendo assumido um tom muito sombrio pra ele.

                – E o que você vai fazer se eu me recusar a sair, hum? Vai me bater, seu merdinha? – Eu vejo que isso ia dar uma merda se eu deixasse rolar, e como percebi que Felps não ia arredar frente às ameaças de Mike, eu decido intervir...

                – Ok, Felps. Obrigado, mas eu não quero que você brigue por minha causa... Pode deixar que eu lido com ele... – Eu digo me levantando e Felps parece um pouco surpreso e decepcionado.

                –Mas Pac... – Mike o interrompe.

                – Ele já deu o ultimato. Vamos... – Mike puxa a minha mão. Felps faz menção de me avançar, mas eu o impeço.

Mike e eu nos sentamos na quadra ao norte da escola. Ele junta as mãos enquanto tenta achar as palavras certas para começar. Eu estava muito incomodado com aquela situação. Só queria que ele falasse alguma coisa...

                – Você... Você está bonito... – Mike diz, desviando o olhar.

                – E você está bêbado... – Eu o acuso e vejo-o abaixar a cabeça.

                – Eu sei... Desculpa pela cena no refeitório... É legal que você esteja se enturmando... – Ele estava realmente a fim de enrolar e eu já estava de saco cheio. Eu me levanto rapidamente – ESPERA! – Ele grita segurando a minha mão – Por favor... Não vai embora... Deixa eu falar o que quero... – Eu olho para o rosto dele e suspiro, voltando a me sentar...

                – Seja breve... Tenho aula daqui a dez minutos... – Cruzo os braços e ouço-o respirar fundo.

                – Me desculpa... – Ele começa – Eu sei que você está com ódio de mim... Eu sei que você quer sair correndo daqui... Mas eu só queria me desculpar... – Ele fica em silêncio por alguns segundos. Provavelmente pensando na próxima sentença – A gente tinha começado a se dar bem e eu já piso na bola assim... – Ele ri sofrivelmente – Eu não... Eu não quis dizer tudo aquilo, tá? – Eu desvio o olhar e seco uma lágrima que queria cair – Eu não consegui dormir direito essa noite... – Eu olho para seu rosto e vejo que realmente havia algumas marcas de olheiras que estavam estragando a bela pele morena dele – Eu só... Eu só não conseguia dormir pensando que você me odiava... Eu não sei por que eu não consegui dormir... Por favor, me perdoa... – Eu olho para as minhas mãos que estavam juntas em cima do meu colo e olho para ele. Seu olhar realmente demonstrava arrependimento. Eu queria perdoá-lo! Porém a mesma frase martelava na minha cabeça toda vez que eu o olhava...

                 – Eu não gosto de você, nunca gostei e nunca vou gostar... – Repito a frase que ele havia me dito e ele me olha com a boca entreaberta – Acha que foi o único que sofreu essa noite? Acha que eu consegui dormir?! – Eu deixo as lágrimas correrem no meu rosto e ele percebe – Está vendo? – Eu aponto pro meu rosto – Essas olheiras que eu carrego são culpa sua... – Eu havia pegado uma maquiagem no estojo da Sienna para esconder as olheiras, mas agora estava tudo visível – Eu não dormi hoje... Fiquei a noite toda chorando naquela cama... De manhã eu saí do quarto com tanto medo de te encontrar que eu nem desci pelas escadas. Tomei meu café na rua com o pouco de dinheiro que me sobrou... Eu vim a pé pra escola hoje e esperava te evitar pelo resto do dia. MAS VOCÊ TINHA QUE VIR! TINHA QUE ME FAZER PASSAR VERGONHA NA FRENTE DOS MEUS RECENTES AMIGOS! – Ele se assusta com a minha exaltação – Você... Você me feriu onde mais doeu... De todos os apelidos, de todas as confusões... Isso foi o que mais doeu... – Ele lutava contra as lágrimas fortemente. Eu me levanto e o olho com as lágrimas nos olhos – Por mais arrependido que você diga que está, eu não consigo esquecer o que você me fez... Não consigo me sentir bem perto de você... Isso aqui está me fazendo mal... Eu vim pra Itália pra fugir dos meus problemas... Mas você acabou se tornando a fonte de tudo de ruim que eu vivi aqui... Eu não consigo te perdoar... – Eu pude sentir a tristeza dele quando eu falei isso, mas não podia voltar atrás agora... Eu precisava ser firme na minha decisão – Esquece que eu existo, Mike... Se uma parte de você realmente está arrependida, me deixa quieto... – Eu saio andando e espero ele segurar a minha mão, o meu braço, qualquer coisa... Eu esperava que ele fosse me impedir, mas ele apenas... Ficou... Ficou lá...

Eu vou até o banheiro mais próximo e me olho no espelho... Eu estava acabado. Fisicamente, emocionalmente... Acabado... Me sento na privada do banheiro e começo a chorar... Choro, choro e choro até ficar desidratado... Soluçava baixinho no banheiro enquanto desistia da ideia de ir para a próxima aula...

                – C'è qualcuno lì? (Tem alguém aí?) – Uma voz atravessa o banheiro e me faz engolir o choro na hora. – Ciao... Va tutto bene? (Oi... Está tudo bem?) – A voz insistia e eu pude reconhecer a voz de quem me chamava.

                – Ra-Rafa...? – Eu o chamei e ele começou a entrar no banheiro.

                – Pac? Onde você está? – Eu abro a porta e saio por ela. Seu olhar se abala ao ver o estado em que eu estava – Ah meu Deus... O que aconteceu? O que o Mike fez com você?! – Ele vem até mim e me segura pelos braços. Eu não digo nada. Apenas choro e me jogo nos braços dele. Ele me abraça forte. Seus braços sustentam enquanto seu desabava em lágrimas no ombro dele. Ele fazia um carinho na minha cabeça enquanto beijava as minhas têmporas.

Após alguns minutos eu paro de chorar e me sento no chão do banheiro ao lado dele.

                – Quer me contar o que aconteceu? – Ele pergunta e eu nego com a cabeça – Quer que eu faça carinho em você? – Eu sorrio levemente e assinto – Deita a cabeça aqui... – Eu me deito no colo dele e sinto os dedos dele passarem pelo meu couro cabeludo numa massagem relaxante... – Se precisar de alguma coisa é só me falar... – Ele diz e eu abro os olhos.

                – Eu quero sair daqui... – Eu digo e ele para a massagem.

                – Como? – Eu me levanto do colo dele e o observo.

                – Eu quero sair daqui. Me leva pra qualquer lugar, só... Só me tira daqui... – Ele parece hesitar, mas assente e se levanta.

                – Ok... Vamos sair daqui... – Ele me estende a mão para levantar e ele me levanta. Nós nos olhamos e ele lança um sorriso doce pra mim. Eu sinto um calor no meu coração muito estranho. Involuntariamente acabo sorrindo... – Vamos... – Ele pega na minha mão e me leva pra fora do banheiro.

Nós escapamos do colégio por uma falha nos muros da escola. Ele me leva até a moto dele e pega um capacete de dentro da mala da moto e me entrega.

Eu me sento nas costas dele e me seguro de leve na cintura dele. Porém eu ouço alguns passos atrás de nós e me viro.

                – PAC! – Mike gritava correndo atrás de nós. Eu me aperto nas costas dele e ele me observa.

                – VAI! VAI! VAI! – Ele assente e acelera a moto, me fazendo sentir a fúria da inércia e fazendo os pneus cantarem por causa do contato com o asfalto. Mike tenta correr atrás de nós, mas logo ele se cansa e nós o despistamos...

 Suspiro pesadamente e pouso a minha cabeça nas costas largas de Rafael que focava os olhos na estrada.

-MIKE-

                – Se uma parte de você está arrependida, me deixa quieto... – Pac despedaça o meu coração. Tanto quanto eu devo ter feito com ele... Eu fico parado, vendo-o sair de perto de mim... Pra longe de mim... Eu não sei por que, mas eu sentia um aperto grande no meu coração, só a ideia de deixá-lo pra outra pessoa me fazia querer vomitar! Eu começo a chorar naquela quadra vazia. Ouvia o eco que meus gritos de lamentação faziam ao rebater nas paredes... Eu havia o ouvido... Eu estava muito arrependido e agora sabia o quão cruel eu havia sido com ele... O deixaria em paz... Ele merece alguém melhor que eu... Eu estou pronto pra deixá-lo ir...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas então me ocorre a memória...

#Flashback On#

Eu devia ter uns nove anos nessa época... Ignazzio era sete anos mais velho que eu.

                – Ignazzio... O que é isso? – Eu vejo meu irmão com uma garota. Ele sorri pra mim e a garota sai da sala. Ignazzio me chama e eu me sento do lado dele.

                – Isso o que, Mike? – Ele sorri e passa a mão no meu cabelo. Eu faço bico e tiro a mão dele do meu cabelo.

                – Você... Beijando aquela garota... O papai e a mamãe fazem isso... O que é? – Ele desvia o olhar e cora.

                – Bem... Olha, isso é coisa que os nossos pais é que deveriam explicar... – Eu subo em cima dele e o pego pelos ombros.

                – Ah, por favor, irmão! Eles nunca me explicam nada! – Ele ri e me senta no sofá.

                – Ok, ok... Olha, Mike... Quando a gente ama alguém, a gente beija essa pessoa... – Ele tentava explicar, mas apenas me deixava mais confuso.

                – Você nunca me beijou... Isso quer dizer que você não me ama? – Ele bate no próprio rosto e ri.

                – Não, não, não, não, não, não, não... Você entendeu errado. Eu te amo, mas sou seu irmão. Irmãos não se beijam. – Ele ri me abraça – O amor que eu tenho por você é diferente do amor que eu sinto por aquela garota, entendeu? O amor que eu sinto por ela me faz querer beijá-la, o amor que eu sinto por você me faz querer te apertar num abraço até você explodir! – Ele começa a me fazer cócegas e eu rio tentando o afastar.

                – Mas como eu vou saber qual é esse amor? – Eu pergunto após ele parar de me fazer cócegas.

                – Ah, você vai saber... É algo que já nasce com a gente... Então não fique afobado quanto a isso. Criança tem que brincar, isso sim. É a melhor fase da vida... Aproveite enquanto pode... – Ele diz e eu franzo o cenho não entendendo – Mas Mike... – Eu o observo – Quando você encontrar esse amor, não o deixe ir... Amar alguém é uma das coisas mais difíceis, mas mais gratificantes que podemos fazer... Achar alguém que nos completa é... Divino... Então nunca deixe o amor ir embora, entendeu? – Eu assinto e o abraço.

                – Tá... Eu amo você. – Eu digo e ele me abraça me beijando na bochecha. Eu me afasto – EI! Irmão não pode beijar irmão! – Eu digo e ele ri de gargalhar.

                – Na bochecha pode... – Eu franzo o cenho e ele me abraça – Tá a fim de tomar sorvete? – Eu sorrio e assinto.

#Flashback Off#

Eu sinto um aperto ao me lembrar de Ignazzio... Ele era o melhor em dar conselhos que existia...

Eu seco as minhas lágrimas e me levanto. Eu não sei o que estou sentindo, mas sei que deixar o Pac ir embora não é uma opção. Vou provar a ele que eu mereço o perdão dele. Ah se eu vou...

Eu começo a procurá-lo por todos os lugares. Vou até a sala em que ele teria aula, mas ele não estava lá. Pergunto às pessoas que passavam, mas nada... Até que eu vejo a sombra de um casaco azul passando entre a falha do muro da escola. Todos os alunos conheciam aquele lugar. Era tipo um segredo entre os alunos. Aquela sombra era inconfundível. Era o Pac. Eu tinha certeza!

Eu começo a caminhar até o buraco e o atravesso. Começo a procurá-lo pelas redondezas e vejo-o onde menos queria... Subindo na Harley-Davidson de Cellbit...

Meu coração acelera! Meu peito queima ao sentir a mesma sensação que antes. A sensação de que eu havia perdido e de ele havia me vencido...

                – PAC! – Eu grito tentando chamar a atenção dele. Assim que ele me olha, se vira pra frente e fala com Cellbit. O mesmo me encara e... Sorri... O filho da puta sorri de orelha a orelha...

Eu tento correr, tento mesmo! Até as minhas pernas doerem de cansaço... Mas a velocidade implacável da moto me vence e eu paro de correr vendo Pac sumir por entre as vielas de Florença...

                – DROGA! – Eu soco o tronco de uma árvore próxima...

Pac... Você não sabe onde está se metendo! Você está entrando na toca do lobo...

E uma vez dentro, não tem escapatória...

 

 


Notas Finais


E foi isso, espero que tenham gostado!
Se gostaram, por favor, não saia sem comentar e favoritar a fic, não custa e ajuda no combate a diabetes :D
Eu gostaria que vocês me respondessem uma coisa: Vocês entendem o significado do título do cap? Eu coloco em italiano pela proposta da fic, mas se vocês não estiverem entendendo eu posso colocar no início do cap pra facilitar pra vocês ^-^

E o que acharam do cap? O que acharam do Ignazzio? Eu o coloquei bem como irmãozão mesmo kkkk Resolvi coloca-lo na história agora porque vou ser irmão em breve \o/
Fino al prossimo capitolo!
Arrivederci.


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