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História Mixed Feelings - Clear your mind


Escrita por: Liliyth

Notas do Autor


Peço desculpa pela demora! Espero que goste!

Capítulo 2 - Clear your mind


A comunidade brasileira sempre me pareceu a melhor de todas! Não posso negar que sempre vibro dos pés à cabeça quando entro no clima do povo aqui do Rio. Mesmo a Overwatch tendo cancelado e terminado todas as operações, nunca deixei de lutar pelo que penso ser certo, e na real, nem quero deixar de fazer o que eu faço, porque isso me anima! 

Falando em Overwatch, recebi uma chamada ontem do Winston. Ele me disse algo sobre a Widowmaker, alguma coisa que envolvia ela, não me lembro direito. Ele só me pediu pra ter cuidado, mas também disse que de um jeito ou de outro eu receberia ajuda de outra agente, caso uma coisa ruim fosse acontecer. Mas como isso faz parte da minha rotina de vida, sempre prefiro pensar positivo. Se algo for acontecer, que seja para o melhor.

O que eu to fazendo no momento? Bom... Digamos que eu to dando um rolé pelos telhados. To curtindo aquele batidão, o dia não poderia começar melhor.

[...]

Lúcio sempre foi um agente animado, desde o primeiro momento em que se iniciou as operações da Overwatch, todos sabiam que ele era brasileiro, ou pelo menos pertencia ao povo do Brasil. Na maioria dos casos, ele não tinha problemas. Sempre resolvia tudo de bom humor, quase nunca saía machucado, e quase sempre estava dando risada ou pelo menos sorrindo. Era assim que todos viam Lúcio, por isso ele é tão querido por todos, ou pela maioria.

[...]

2 dias depois.

- Atira! Atira! Do que você tem medo? - Tracer fitava seus trêmulos olhos amarelos.

Infelizmente para a morena, Widowmaker conseguira abater o alvo, Lúcio não passava bem depois de um confronto direto com a assassina de pele azulada. Ele estava sob os cuidados de Mercy, mas ainda sim corria os riscos de ter lutado contra uma agente especialmente treinada. 

Widowmaker lhe encarava, o rifle apontado na testa da inimiga, o dedo tremendo perto do gatilho, pequenas gotas de medo respingavam dentro de seu ser. Seu cérebro agia rapidamente, os pensamentos calculistas tentavam superar os emotivos, a frieza tentava esfriar o fogo crescente em sua alma, mas nada funcionaria. Estava completamente domada por um sentimento estranho, mas que de certa forma lhe parecia como um deja vu.

Tracer se aproximou do cano da arma e encostou-a em sua testa, num ato de insana coragem.

- Vamos. Atira em mim. - ela disse pausadamente.

Widwomaker forçou levemente o gatilho, fitando Tracer, que tinha o olhar assustado, mas parecia estar segura quanto suas ações. Sabia que não podia fazer aquilo. Não podia se dar ao luxo de fazer aquilo. Não sem antes descobrir o que lhe atormentava. Não sem antes descobrir a cura, mesmo que essa cura lhe custasse a vida perante Talon. Mesmo se ela soubesse o quão errado seria provar da cura. Sabia que Tracer era o que lhe ajudaria. Tinha plena consciência disso, mas não queria admitir para si. Não. Isso jamais.

Ela baixou o rifle e permaneceu encarando Tracer. Encostou as costas contra a parede da estreita viela formada por dois edificios, deixou todas as gotas de chuva repousarem sobre seu rosto. Sentia uma ardência no rosto, se estava corada, não dava a mínima, queria apenas deixar as lágrimas saírem. Mas após tanto tempo, não conseguia sequer fazer isso. Já era incapaz de deixar seus sentimentos saírem, afinal, após tanto tempo sem sentir nada, não seria fácil retornar aos sentimentos e emoções.

O rifle escorregou de sua mão, chocou-se contra o chão e levou um pouco de água pra cima.

Tracer já não se sentia confusa, pelo menos ali, algo havia se tornado mais claro para ela. A confusão gerada por seu cérebro ia se organizando, dando-lhe uma boa visão de tudo o que estava acontecendo. Já sabia o que se passava, entendia quase que perfeitamente a situação. Sabia que sentia algo muito forte por Widowmaker, algo proibido.

Um pequeno, quase invisível sorriso se fez no rosto de Tracer. Ela deu passos tímidos em direção à Widowmaker, que permanecia acuada contra a parede. Seus olhares se chocaram, suas respirações pareciam sincronizadas e ambas compartilhavam do mesmo medo, das mesmas incertezas e inseguranças.

Tracer estava a poucos milímetros de distância, fitava intensamente a mulher em sua frente, que parecia assustada, mas a fitava de volta. Os olhos amarelos de Widowmaker buscaram abrigo nos de Tracer. Pequenas gotas de suor frio escorriam de ambas as garotas, essas pequenas e irritantes gotas se misturavam às gotas da chuva, e logo se tornavam apenas um corpo.

Num movimento lento, Tracer tirou seus óculos e os deixou cair contra o chão, que estava ofuscado pelas diversas poças de água. Bastou apenas aquele momento de queda do óculos de Tracer, para que Widowmaker também compreendesse o que precisava, confessara a si mesma que precisava da rival. Talvez não fosse ter outra oportunidade como essa, não estava disposta a perder aquilo, precisava tentar confessar aquilo à Tracer.

Um passo suave, um ruído do respingar da chuva, uma batida de ambos os corações. Apenas isso. Três simples coisas, que foram extremamente importantes e necessárias. Tracer avançou suavemente contra ela, sutil como a gota da chuva e sagaz como uma batida do coração. Uniu seus lábios ao de Widowmaker, criou algo proibido nesse exato momento.

Levou suas mãos a ambos os lados da face azulada de Widowmaker, pressionou suavemente seus lábios contra os dela, esquecera do mundo à sua volta. Em contrapartida, Widowmaker envolveu o pescoço de Tracer e a puxou ainda mais pra perto, precisava senti-la, queria senti-la. Não poderia deixar aquele momento passar.

Suas costas foram pressionadas com mais força contra a parede, Tracer buscava mais contato com ela, falando com toda a sinceridade do mundo, ela não era experiente nesse tipo de coisa, jamais chegara tão próxima a alguém dessa forma, mas tentava agir com naturalidade, seguia o que seu corpo mandava.

A assassina esqueceu de seus problemas, deixou que uma estranha paz preenchesse seu corpo, preferiu sentir felicidade à sentir medo, pelo menos agora. Os lábios de Tracer tinham um gosto estranhamente doce, que tomou conta dela, não queria parar aquele momento, não queria quebrar aquele momento tão precioso, queria sentir aquilo pra sempre. Mas não era possível.

A morena pouco a pouco voltava a si, procurava deixar aquilo como uma mensagem à Widowmaker. Não queria ter que continuar lutando, queria ter uma chance para se explicar à ela, queria tê-la conhecido em outras circunstâncias, talvez em um momento em que elas pudessem ter paz. A mulher de pele azulada pensava da mesma forma.

Tracer separou aquela conexão que as unia suavemente, uniu sua testa à dela e permaneceu em silêncio, com os olhos fechados. Não eram necessárias palavras, queriam apenas aproveitar os últimos minutos que tinham juntas naquela noite. Queriam esquecer os problemas, nada mais importava. Não naquele momento.



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