ANTERIORMENTE:
[...]
— Pode ser que eles vieram te tirar dessa prisão, como você diz. — ele disse e segurou minha mão.
— Talvez, mas tenho um pouco de medo.
— Vai ficar tudo bem, aliás, são seus pais, só querem o seu bem, meu anjo.
— Você é um fofo, agradeço por te ter. — abracei ele, gostaria de nunca mais soltá-lo.
[...]
CONTINUA...
Autora(Eu Mandy)
Terça-feira 13h 35min
Simonetti estava mais nervosa que nunca, na mão segurava seu pingente de livro e recebia o apoio do melhor amigo, aliás, Gastón sempre estaria ali para dar coragem à sua Nina. O loiro tentava de alguma forma acalma-lá com palavras amigas, essa motivação que ajudava a morena a se encorajar.
— Será que vão ser frios como antigamente? Eu tenho medo, foi tão de repente. — disse Nina temendo do encontro.
— Aposto que não, eles querem te ver novamente meu anjo, sempre quis sair daqui, pode ser uma chance. — ele acariciava a bochecha macia da Simonetti com o polegar.
— Isso que é o pior, se quiserem me levar desse lugar, e a relação em casa ficar estranha, me preocupa um pouco.
— Bom... Eu diria que você não deveria se preocupar, aliás, você tem o melhor amigo de todos, que te adora e sempre vai estar com você, nos melhores ou nos piores momentos, assim como você acompanhou e acompanha minha mãe. — ele sorriu convencido, fazendo a Simonetti rir.
— Então, é bom saber disso, amigo Perida, você fica com sua mãe e eu espero aqui, já devem estar chegando.
— Te desejo toda sorte. — o loiro deu uma piscadinha e saiu do quarto.
Aquele Perida, tão meigo, amoroso, e uma grande confidente, deixava aquela Simonetti totalmente bobinha, por mais que o reino da amizade habitasse entre os dois, às vezes os hormônios estrapolam de um jeito inexplicável.
Anna entrou no quarto de Nina, acompanhada por uma ruiva e moreno, ambos de meia idade. Para a Simonetti era estranho rever os pais, depois tanto tempo, mas confiava no amigo. A morena de colete branca saiu do quarto, deixando apenas a família lá.
— Olá. — Nina sorriu como nunca, mas não recebeu outro de volta. — Quanto tempo, né? — ela se aproximou dos pais com um certo nervosismo. — Eu... bom, eu... eu senti a falta de vocês...
Ana deu um passo à frente e acariciou a bochecha da filha.
— V-v-você está tão mais madura... — a ruiva falou um pouco envergonhada de encontrar a filha já assim.
— Vocês, vocês, vão me tirar daqui? Me deixar viver como uma jovem normal? — Nina perguntou rapidamente sorrindo e uma lágrima caiu.
— Éeeer... — Ana olhou apreensiva para o marido. — Querida... nós viemos apenas te ver, ver como está indo aqui, ainda estamos vendo quando sairá daqui, mas será em breve, não se preocupe. — ela sorriu para filha, mas a Simonetti mais jovem desfez o sorriso emocional que continha.
— Aaaan... Eu tenho um novo amigo. — ela limpou a gota de lágrima que estava em sua bochecha.
— Isso é ótimo, filha. — o pai da garota de pronunciou. — É ótimo estar se comunicando mais com as pessoas.
— Ele é o Gastón, está me apoiando muito com a ausência de vocês. A verdade é que o Perida sempre está comigo, é minha companhia perfeita, já que não tenho meu pais por perto. — ela olhou para baixo e bem lá no fundo, Ana e Ricardo sentiram a dor da filha. — Clarisse, a moça que está internada aqui, é uma pessoa incrível, por mais que não consiga se comunicar diretamente, adoro ela, inclusive, ela é mãe do Gastón, então ele sempre vem nos visitar, todos os dias.
— Não sabe o quanto ficamos feliz em ver você falar assim tão alegre. — Ricardo disse. — Pelo jeito o rapaz é bem falado.
— Sim, eu gosto muito dele. — Nina falou com com a bochecha enrubescida. — Ele cuida de mim como se fosse uma irmã mais nova. — disse ela com sua inocência, o amigo não ver bem assim.
— Tudo isso é incrível filha... É bom que mesmo estando aqui, esteja com a auto-estima lá em cima. — Ana disse sorridente.
— Bom, Gastón que me deixou assim, ele que deu vida à Nina, pois ela já estava querendo tirar a própria vida. — olhou para baixo lembrando de seus pensamentos antes de Gastón aparecer.
— Então nunca mais pense nisso, te colocamos aqui pro seu bem... — o pai da garota a envolveu em um abraço apertado e quente.
— Para o meu bem?! — Nina se separou do pai rapidamente. — Acho que vocês não entendem o significado da palavra 'bem', porquê foi tudo o que não fizeram para mim! — a garota disse alterada com as palavras de Ricardo e respirou fundo tentando se acalmar. — Eu não irei me estressar por conta de vocês. — ela aninhou os dedos em seus fios de cabelo e puxou levemente.
A porta do quarto abriu revelando a enfermeira que Nina mais queria naquele momento.
— Está tudo bem por aqui? — perguntou ela calmamente.
— Não, não, eu quero ficar sozinha. — Simonetti se sentou na cama e olhou para a janela.
— Senhor e senhorita Simonetti, poderiam deixar Nina sozinha? Acho que agora não é um bom momento para vocês conversarem.
— Claro. — confirmou senhorita Simonetti e saiu com marido.
— Nina querida, o que aconteceu pra você estar tão agitada?
— Acontece que eles não me entendem Anna, é difícil sabe? E é como se eles não fizessem parte da minha vida, e isso dói, acima de tudo são meus pais e deveriam estar comigo sempre...
— Own meu anjo... Vai ficar tudo bem, você tem à mim e tem o Gastón, que sempre está contigo. — a enfermeira tão amiga da Simonetti a abraçou com carinho, uma abraço correspondido pela pequena.
A calmaria dominou o ambiente. Nina lembra que só tinha esses momentos com Gastón, mas na verdade tinha Anna também, que ela enxergava como o melhor que tinha naquele lugar.
A janela abriu bruscamente fazendo com que o abraço acabasse. Um Gastón vermelho e envergonhado entrou no quarto para a alegria da Simonetti, que adorava a presença do melhor amigo.
— Que bom que ainda está aqui... — Nina sorriu para o garoto parado perto de sua janela.
— Eu não ia te deixar sozinha, né anjo?
— Vou deixar vocês conversarem. — Anna saiu do quarto com um sorriso.
— Me conta anjo, como foi com seus pais? — ele se sentiu ao lado da morena. — Vi eles saindo e corri para cá.
— Não foi muito bom... Eles até que mudaram um pouco, mas nada demais, o mesmo pensamento de que me colocar aqui me faria bem, mas na verdade só piorou.
— É ridículo que seus pais não percebam o quão especial você é e quão bem que você faz para as pessoas ao seu redor. — Nina deitou a cabeça no ombro do Perida, feliz por ele estar tão perto.
— Você é uma grande amigo, Gas.
— Queria ser algo além disso... — sussurrou o garoto.
— O que disse?
— Nada não.
— Hm... Sei esse nada não. — disse a Simonetti num tom de brincadeira.
— Te adoro demais...
— Você é bem aleatório, sabia? — ela olhou pra ele sorrindo com doçura.
— Poxa, que sorriso bonito que apareceu em você.
— Você não fala essas coisas que eu fico totalmente sem graça na sua frente. — ela empurrou de leve o ombro dele.
— Só falo a verdade meu anjo. — ele sorriu também. — Ah! Me lembrei que trouxe algo para você. — o loiro remexeu o bolso da calça e tirou um embrulho vermelho e pequeno.
— Um bombom? — ela o olhou de lado e pegou o embrulho da mão dele.
— Sim, um bombom de algo que você vai adorar! Não deu pra trazer esse algo pois iria ficar mole e grudento.
Nina abriu o bombom e deu uma mordida grande para chegar no recheio.
— Ai meu Deus! — Simonetti disse de boca cheia. — Brigadeiro! — ela terminou de engolir. — Fazia tempo que eu não comia isso. Você quer?
— Não, obrigada, pode comer.
— Ah não! Assim eu me sinto gulosa! Vai come, aposto que você quer!
— Não, pode comer. Tô achando que você não gostou.
— Claro que não, está muito bom, mas você vai comer também! — a morena enfiou todo o resto do bombom na boca do amigo, deixando ela toda lambuzada. — Você está tão engraçado! — Nina gargalhou do amigo, que estava todo sujo de chocolate. — Mas ficou lindo também.
— Como você é engraçada Simonetti. — o Perida fingiu rir. — Também não te levo mais para a minha casa e nem deixo você ler meus livros.
— O que?! — a expressão da garota mudou totalmente. — Me diz que você está brincando por favor, Gastón. Você sabe que amo ler! — Nina estava preocupada com as palavras do amigo, que apenas caiu na gargalhada.
— Você tinha que ver sua cara! — ele falou Ainda rindo.
— Nem teve graça. — Simonetti cruzou os braços e fez uma cara de brava, mas que de brava não tinha nada.
— Own, você ficar muito fofa assim. — ele apertou as bochechas da amiga.
— Isso dói seu chato!
— O chato que você ama, não é mesmo? — o moreno disse com um certo tom de malícia.
— Af, nem tem como ficar de mal contigo. — ela revirou os olhos e o Perida deu um beijão na bochecha dela.
— Eu sei disso.
—Iiiih, olha só o convencido! — eles riram.
— Você quer ir lá em casa hoje?
— Adoraria, saindo daqui já está ótimo.
— Então hoje à noite nos vemos. — Gastón se levantou, deixou um beijo na testa de Nina e saiu sorrindo.
O Perida tinha caído em uma enrascada grande. Se apaixonar pela Simonetti foi um de seus erros, a amizade que eles tinham era tão forte, e a paixão que Gastón tinha pela a amiga era mais forte ainda.
[...]
"Quando se trata de você, não há nenhum crime
Peguemos nossas almas e nos entrelacemos
Quando se trata de você, não seja cega
Veja-me falar do fundo do meu coração
Quando se trata de você, quando se trata de você"
U2 -Justin Bieber (feat. David Guetta)
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.