História Mon Crazy Love - Gastina(parada) - 7. Olhe nos meus olhos, Simonetti

Nina Simonetti 

Eu estava lendo um livro que Gastón havia me emprestado, obviamente, ninguém sabia. Ah não ser Anna, só confio nela para essas coisas.

Atualmente eu e o loiro estamos mais grudados um no outro. Desde aquele beijo que ele me deu, venho sentido coisas mais profundas, e olha que eu nunca senti isso, até comecei a escrever nas folhas que Anne me dava toda semana, me sentia inspirado com aquele garoto por perto.

Não sabia ao certo se ele viria hoje, Gastón me disse que estaria um pouco ocupado, mas que tentaria vir, e eu espero realmente que ele venha, estou viciada na presença do Perida.

Fechei o livro e olhei pra janela. Ele estava lá. Abri a janela e sorrir.

— Deveria ter vindo pela porta, seria mais rápido e fácil. 

— Pela janela é mais divertido anjinho, me lembra aqueles filmes que os caras entram pela janela da garota. — ele subiu na janela e entrou no quarto. — Falaram que não pode ir pro jardim hoje.

— Rodei de madrugada pela clínica. — ri e me sentei na minha cama. — Acham mais seguro que eu fique aqui dentro, e se você olhar pro céu lá fora, está nublado, então, nem vale a pena. — dei ombros.

— Realmente... — ele me olhou. — Mas se chover, vou colocar uma música no meu celular e vamos dançar aqui dentro do seu quarto com o som da música e chuva. 

— Combinado. — abri um sorriso imenso. — Então eu espero que chova logo, estou louca pra dançar com você, Perida.

— Se você quer tanto dançar comigo, por quê não dançamos sem a chuva? — ele pegou o celular e colocou uma música. 

— Então vamos dançar. — levanto e entrelaço minhas mãos na sua nuca, já as suas foram pra minha cintura. 

— Olhe nos meus olhos, Simonetti. — disse ele suavemente e eu o fiz, olhei nos seus olhos castanhos e brilhantes, eram tão belos. — Sorria pra mim, eu amo o seu sorriso. — dessa vez eu sorri e estava um pouco envergonhada naquela situação. — Lindo, é um sorriso de um anjo que eu estou vendo. — ele sorriu enquanto nossos copos se balançavam com música. — A letra da música é bonita, mas ao mesmo tempo se torna triste, só que eu gosto dela.

— Qual é o nome da música? — perguntei o olhando.

— Se chama Moments, é da One Direction. — ele apertou minha cintura levemente e deitei minha cabeça em seu ombro, dali podendo me embriagar com o seu perfume forte masculino.

O som da chuva invadiu meu quarto, o aroma gostoso de terra molhada, e a brisa gelada soprou pela janela me causando arrepios, me fazendo lembrar do Natal que passei com ele. Estava frio, e ele me segurava em seus braços fortes me esquentando por conta de nossa aproximação, e pra esquentar mais... O beijo... Ah, o beijo, bem que o loiro poderia me esquentar com um daqueles novamente, foi uma das melhores sensações da minha vida, e o bom disso tudo é que estamos mais próximos que nunca.

— É muito bonita essa música. — sorri enquanto dançava com ele.

— Só um pouco triste. — senti seu suspiro pesado.

— Bom... Isso não me importa, o que importa é que estamos dançando juntos, e estou feliz. — acariciei sua nuca.

— Que bom que está feliz. — suas mãos subiram até minhas costas e ele alisou a mesmo por cima do pano. — Sabe o Simón? Aquele meu amigo que você ainda não conheceu.

— Sim, o que tem ele? — indaguei enquanto sentia seus carinhos.

— Ele quer te conhecer, — sorri, eu tinha curiosidade em conhecer o amigo dele. — em uma festa que ele vai dar na casa dele.

— Festa!? — me separei dele rapidamente. — Gastón, isso está fora de cogitação! 

— Calma meu anjo... — ele se aproximou de mim novamente. — Nada que você não queira, sei que talvez seja meio perigoso, e que Anna nunca ia aceita uma barbaridade dessa, mas podemos tentar, peço pra Delfi te emprestar outra roupa, vai dá certo. — ele segurou minhas mãos e acariciou.

— Anna pode ser legal e tudo mais, só que isso põe o emprego dela em risco, e ela é a única que tenho aqui. — olho pra ele com um olhar tristonho.

— Nada vai acontecer, não iremos ficar por muito tempo, e pensa como vai ser legal você se divertir um pouco, Nina. — ele moveu sua mão até minha bochecha e acariciou com o polegar.

— Eu acho muito perigoso, e nunca fui a uma "festa" desse tipo, eu não vou gostar.

— Aposto que vai, te prometo até que não vou ingerir nada com álcool.

— Você bebe bebidas alcoólicas Gastón? — meu olhar mudou pra algo mais assustado.

— Só às vezes quando estou com a cabeça meio esquentada, não é sempre. — ele me olhava com serenidade.

— Isso me assusta um pouco... 

— Calma Nina... Vai ficar tudo bem, te prometo, talvez Anna suporte umas mentirinhas, falar que vai na minha casa, talvez ela acredite e ceda.

— Gastón, não gosto de mentir, ainda mais para a Anna... Ela sempre fez de tudo por mim, acho que isso não vai colar, pede pro seu amigo vir aqui se quiser me ver... 

— Meu anjinho... Vai ser legal, te prometo, não quero que fique assustada comigo, ok? Se possível chamamos sua amiga, a Luna, aposto que ela vai amar.

Não sei se devia concordar com isso do Gastón. Ele falando assim não parece ele, sei lá... Por exemplo: Ele ingere bebidas alcoólicas. Nunca imaginei vindo isso dele, logo ele... Mas também, poderia ser uma oportunidade para eu conhecer pessoas novas, ver algo novo, e fica um pouco com meu Perida. 

Por quê é tão difícil?!?!?

— Não sei Gas... Eu acho isso tão arriscado.

— Não é, fazemos do mesmo jeito que fizemos no natal, vai dá tudo certo, sem medo. — ele sorriu.

Aquele sorriso dificultava mais as coisas.

— Poxa... — senti um pouco de preocupação. — Tudo bem, tudo bem, eu vou, mas quando seria a tal festa do seu amigo Simón? — o loiro se animou.

— Sábado, é o melhor dia pra se fazer festas.

— Olha, só não concordo com isso de mentirmos para a Anna.

— Se não quiser mentir, não iremos... Falamos a verdade pra ela, confio nela. 

* * * 

Ela tinha os olhos arregalados e parecia estar incrédula contudo.

Eu sabia.

— O quê?! Gente, isso já passou dos limites. Sabem que eu corro o risco de perder meu emprego se eu encobrir vocês dois?! Uma festa?! Isso é loucura Nina. — ele disse um pouco desesperada.

— Olha, eu sei, eu sei. — cruzei os braços e bufei.

— Será que não consegue Anna? — Gastón a olha com esperanças.

— Eu sinceramente não sei. É muito para mim, mas juro que prometo pensar no caso. Sei o quanto Nina sofre estando presa aqui, mas uma festa é um pouco perigoso.

— Pois é, eu sei disso, mas esse ser humano não entende isso. — revirei os olhos.

— Anna... Só quero que ela se divirta um pouco, saia dessa vida entediante, conheça pessoas novas, amigos. — disse o Perida.

— Eu entendo o caso, Gastón, mas não sei se isso vai ao meu alcance, podemos até tentar, mas não sei se vai dá muito certo. — falou Anna pressionando os lábios um no outro.

— Se ocorrer algo de errado, assumo toda a culpa, seu nome não será nem metido no meio. 

A morena suspirou demoradamente:

— Tudo bem, vamos ver no que isso dá.

O sorriso do loiro se expandiu completamente e Anna balançou a cabeça negativamente. 

Poderia ser muito errado isso, mas eu estou pensando um pouco no que o loiro disse. Preciso apenas me divertir, nada mais que isso.

Anna saiu do meu quarto e eu olhei para o Gastón, que ainda mantinha o sorriso no rosto.

— Você vai curtir muito sua primeira festa, gatinha, pode apostar. — ele deu uma piscadinha para mim, que pode ter certeza que me derreti toda.

Sabemos que o Perida é sexy.

Isso não foi a verdadeira Nina que disse.

— Se dê tudo certo. 

— Sem essa de "se", Nina, vamos pra essa festa e não vai dar nenhum problema.

[...]