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História Mon Petit Chat - One Step Forward. Two Steps Back.


Escrita por: MissMichie

Notas do Autor


VOLTEI PRA ESSA BAGAÇA!
SERÁ QUE ESTOU OUVINDO O SOM DE ANJOS CANTANDO COM UMA LUZ CELESTIAL E UM GRITO DE ALELUIA DOS MEUS LEITORES?!
MEOW OW! HELLOW!
Tudo bem com vocês, gente?
Acabei de me tocar que eu demorei tanto pra postar capítulo que literalmente, eu comemorei 850, comemorei 900, comemorei 1000, favoritos e postei literalmente um capítulo pra cada.
Logo avisando que isso não significa que só vou postar capítulo nessas "datas comemorativas", ou no caso pra quem é lerdo que nem minhas amiguinhas, não vou postar capítulo usando o pretexto de "quando chegar em 1.100 posto outro".
Eu sei que demorei quase dois meses pra postar capítulo, mas para os que leêm as notas sabem que eu tinha umas notas pra recuperar e não ia pegar no PC enquanto não recuperasse. Agora que recuperei - E ESTOU DE FÉRIAS BABY - voltamos a todo vapor.
Ou ao menos o resto de carvão que ainda tem pra queimar pra essa locomotiva se mover até chegar na estação - entendam essa metáfora.
Pois é, lembram que eu disse que o forninho tava esfriando?
BOOM!
ACENDEU DE NOVO, VIADO!
ACENDEU COM FORÇA, PORQUE JÁ TO VENDO O FOGO NO RABO DE VOCÊS DURANTE ESSE CAPÍTULO!
Ou seja...
Peguem suas luvinhas cor de rosa, seus aventais e seus óculos de proteção.
Porque esse forninho tá voltando a esquentar!

Capítulo 45 - One Step Forward. Two Steps Back.


Marinette estava mais vermelha que um pimate - uma palavra que acabara de criar, da junção de pimentão e tomate -, a Live do Ladyblog tinha acabado de encerrar, aproximadamente trinta minutos de duração, de um Chat Noir apaixonado falando de sua Namorada Misteriosa - sim, ele tinha chamado Marinette de sua namorada para toda a Paris ouvir.

Sentada na mesa, ao lado do computador, uma Tikki risonha, feliz e saudável batia palminhas enquanto observava a tela preta. A azulada só conseguia pensar no fato de que Chat tinha falado a todos que estavam juntos.

Todos…

Em Paris, e até mesmo no mundo…

A menina caiu da cadeira com um barulho alto.

- Marinette! - ouviu uma voz em sua janela, ao erguer os olhos, encontrou as íris verdes de Chat Noir, seu rosto estava preocupado e rapidamente ele entrou no quarto. - Princesa, tudo bem, o que houve, por que caiu da cadeira?

- V-V-Você m-me a-assumiu como sua n-namorada… - falou com dificuldade.

O gato preto sorriu de canto e acariciou o rosto dela.

- Pensei que era aproximadamente o que éramos...  

Marinette sorriu de canto, e tocou o nariz dele.

- Se lembra, Agreste, temos um acordo, só vou namorar você…

- Depois de cinco encontros… - ele grunhiu e deitou sobre as coxas dela. - Princesa, tenha pena de um pobre gatinho de rua, quero apenas segurá-la em meus braços em público, te beijar e te abraçar. - fez um olhar pidão.

A azulada sorriu, inclinou-se e beijou os lábios dele, o menino tentou aprofundar o beijo, mas ela rapidamente o cortou, voltando a se sentar. Riu baixinho e acariciou os cabelos loiros dele.

- Não vai morrer se ficarmos mais um tempo só como amigos.

- Amigos com muitos benefícios. - sorriu de canto e puxou-a de novo.

Eles se beijaram, Marinette sentia a pele arrepiada, sentia joaninhas no estômago, os lábios de Chat pareciam ter sido feitos para se encaixarem nos dela, e a recíproca era verdadeira.

- Marinette, minha filha, venha jantar! - ouviu a voz de Sabine no andar de baixo, riu baixo mais uma vez e soltou Chat, que a olhou com aquele ar pidão de novo.

- Vou depois, mãe, estou sem fome! - respondeu, e Chat sorriu, sentou-se e puxou-a para si, mais uma vez beijando-a. Ele amava aquela boca, amava aqueles olhos azuis gigantes, amava como ela era desastrada, como era criativa, e como era esperta.

Deus, ele a amava!

- Princesa, eu não posso nem descrever meus sentimentos por você… - murmurou segurando o rosto dela, as testas deles encostadas, as respirações se misturando.

- Quero ver o Adrien Agreste… - murmurou ela, ele riu e desfez a transformação. Plagg voou para longe do pequeno casal e se juntou a Tikki no mezanino do quarto.

Marinette sorriu, acariciando o rosto do menino. Ele vestia uma simples camiseta verde, jeans e tênis, mas ainda assim seria o menino mais bonito que ela conhecia. Beijou-o, no fim das contas, beijar Adrien e beijar Chat não era nada diferente, do mesmo jeito a boca dele se moldava a sua, do mesmo jeito ela sentia todo o sentimento do loiro.

Do mesmo jeito era apaixonante.

A menina empurrou o peito de Adrien, fazendo-o deitar no chão e deitou-se por cima dele, ele sorriu e suas mãos se enrolaram ao redor da cintura dela, as da menina entraram por sua camisa acariciando os músculos atléticos do garoto e sorrindo com a sensação deles contraindo sobre suas palmas.

Adrien puxou-a com força pra si e ela arfou, sentou-se sobre o abdômen dele e tirou a própria camiseta que vestia, jogando-a no chão, voltou a beijá-lo no instante seguinte, as mãos descendo e agarrando a camiseta dele, que se juntou a dela logo em seguida.

Teve certa dificuldade, mas conseguiu tirar o próprio short, Adrien se sentou, colando o corpo no dela, e ela gemeu ao sentir a ereção dele abaixo de si. Ajudou-o a tirar o jeans e haviam três peças de roupa entre eles. Logo duas, pois foi a vez das mãos espertas dele soltarem o sutiã dela e jogarem-no pra longe.

Apalpou o seios dela, ele também sentia como se Marinette por inteira tivesse sido criada por um ser divino para se encaixar nele. Os seios da menina eram do tamanho certo pra ele, os quadris se encaixavam nos dele perfeitamente, as pernas eram como peças de quebra-cabeça.

Sorriu, e em seguida gemeu quando sentiu a menina acariciá-lo por cima da boxer. Marinette amava aquilo, o menino ficava estupidamente gostoso naquelas boxers de marca, mas ela tinha de admitir que sem elas, era uma visão do paraíso.

Antes que ele pudesse sequer pensar em tirar a calcinha dela, a menina tirou a boxer dele, segurou o membro ereto e fez um movimento leve, que o fez gemer novamente. Aquilo a excitava, e ele obviamente não reclamaria de nada.

Ao menos não até o momento que Marinette começou a se esfregar nele.

Agora o carinho fraco dela estava virando tortura.

- M-Mari e-eu… - sua fala foi interrompida por um gemido quando ela colocou o membro dele na boca. Adrien não sabia explicar como ela conseguia fazer aquilo ser tão bom sendo que a pouco tempo atrás ambos eram inexperientes naquela área.

A boca de Marinette era quente, e levava o loiro a loucura. Adrien tinha que segurar seus gemidos, lembrando que os pais da menina estavam a poucos metros deles, mas admitia com todas as letras que parecia praticamente impossível ficar quieto com a boca dela fazendo as coisas que fazia nele, ouvindo os sons dela.

Quando sentia que não iria aguentar mais puxou-a pra si e a beijou. Por um lado todo aquele movimento surpreendeu a garota, mas quando os lábios dela encontraram os dele, ela jogou tudo pros ares e devolveu o beijo com o mesmo sentimento dele. As mãos de Adrien apertavam todo pedaço de pele que encontravam, fazendo-a arfar e beijá-lo com mais força, sentia a ereção dele cutucando-a por cima da calcinha, e se perguntava por que diabos ainda estava com aquele pedaço de pano inconveniente.

- Ma princesse… se me der licença… - ele murmurou. Puxou a calcinha dela e Marinette ouviu o som do tecido rasgando, se apoiou nos braços e olhou-o, o cabelo bagunçado, as bochechas coradas, os olhos escuros de luxúria. - Isso estava se tornando um problema. - puxou-a pra si de novo e a beijou.

- Camisinha, Adrien… - murmurou e ele xingou.

- Minha calça…

Marinette se esticou com toda sua flexibilidade e agarrou o jeans do menino, puxou a carteira dele do bolso de trás e tirou a camisinha, parando um segundo para ver uma foto que estava guardada ali.

- Princesa? - Adrien a chamou, e segurou a cintura dela com leveza. - Tudo bem?

- Ah… claro. - balançou a cabeça e estava pra colocar a proteção em Adrien quando ele se sentou, surpreendendo-a, agarrou a camisinha das mãos dela.

- Se você me tocar de novo acho que não aguento e vou gozar como um menininho inexperiente… - ele falou, e a azulada riu, acariciando o cabelo loiro dele.

- E não é isso que você é?

De repente dois dedos dele escorregaram pra dentro dela e Marinette segurou um gemido alto, ele começou a movê-los numa velocidade que a menina não estava preparada, e apertou o corpo dele pra se estabilizar.

- Repita isso, Marinette… - ele falou no ouvido dela, arfando como se ele mesmo não pudesse se aguentar. - Repita isso.

Ele fez um movimento que atingiu um ponto da azulada que quase a fez gritar, para impedir a boca dela desceu sobre o ombro do menino, e os dentes dela se fecharam sobre a pele enquanto ela abafava os gemidos. Adrien arfou e continuou acariciando aquele ponto com velocidade, fazendo a menina soltar gemidos altos e abafados em seu ombro, enfiar as unhas em suas costas e se mover sobre ele querendo mais contato.

A garota gemeu alto, atingindo seu ápice, mas Adrien não parou, continuando a movimentar os dedos dentro dela e daquele ponto específico. Marinette não tinha nem se recuperado direito do primeiro, quando um segundo orgasmo a atingiu, ela gemeu alto e apertou o loiro com força. Ele se surpreendeu com aquilo e parou lentamente, deixando-a se recuperar.

- O… O que foi isso? - eles perguntaram em uníssono.

- Não sei… - Marinette sorriu encostando a testa no ombro dele e acariciando a área. - Mas foi bom demais. - Adrien sorriu de canto.

- Tá vendo só, não sou um menininho tão inexperiente assim. - ela sorriu e o beijou, ele devolveu segurando a cintura dela.

De repente Marinette o empurrou contra o chão, ele sorriu pra ela e chupou o gosto dela dos dedos, fechou os olhos, como se estivesse experimentando o melhor gosto do mundo. A azulada mordeu o lábio, agarrou o pacote da camisinha do chão, rasgou-o rapidamente e colocou-a sobre o garoto, que gemeu baixo ao sentir as mãos dela sobre ele de novo.

Antes que ele pudesse sequer pensar, Marinette se encaixou nele e desceu sobre seu membro lentamente. A menina gemeu, aquela era uma posição nova para os dois, a azulada nunca tinha estado no comando e tê-lo daquele jeito a excitava de uma forma que ela nem seria capaz de descrever.

Quando começou a se mover, percebeu que dependendo do jeito que se inclinasse, ela sentiria seu clitóris sendo estimulado e foi isso que fez. Apoiou-se nas coxas dele, e começou o sobe e desce sobre o membro do loiro. Os dois gemiam sentindo todas as vantagens daquela posição.

As mãos de Adrien subiram pelo torso da garota e encontraram seus seios, estimulando os mamilos da garota, que gemeu mais alto. O loiro não se aguentou mais e sentou-se rápido puxando-a contra si, a menina quase soltou um gritinho ao sentir seu clitóris ser friccionado pela púbis de Adrien, e pra descontar parte de sua frustração em não poder gemer alto demais agarrou os cabelos dele.

Os olhares deles se encontraram, e quando Marinette voltou a se movimentar sobre o menino parecia que aquilo tudo tinha um novo significado. Olhos azuis e olhos verdes se encontrando e se encarando, a junção perfeita de seus sexos, como o corpo dela se encaixava no dele. Tudo parecia ter sido elevado a uma potência que eles não conseguiam descrever.

Marinette apertou-o contra si e aumentou a velocidade, os gemidos dos dois se misturavam, os corações deles batiam na mesma velocidade acelerada, os corpos cobertos de suor. Adrien segurou o rosto dela e encostou a testa na dela, a menina pousou as mãos nos ombros dele enquanto os dois gemiam sentindo tudo aquilo que os envolvia.

E então gozaram juntos.

Adrien abraçou a menina com força, e ela fez o mesmo. O menino se levantou e pegou-a nos braços, os olhos azuis dela encontraram os dele.

- De onde você tira tanta força pra me carregar?

- Não é como se você fosse pesada, princesa. - sorriu pra ela. - Além disso, eu poderia estar todo quebrado e ainda assim ia te carregar se eu precisasse… - beijou a testa dela e a menina sorriu.

Colocou-a sobre a cama e deitou-se com ela, Marinette passou o braço pelo peito do menino e começou a fazer desenhos abstratos com os dedos, o loiro acariciava o cabelo dela, sentindo aquele carinho bom.

- Sabe, se eu falasse pra mim mesma no início do ano que iria namorar Chat Noir e Adrien Agreste, eu teria começado a rir, e diria que estava louca. - murmurou. - Nunca imaginei que isso realmente iria acontecer.

- O que te faz pensar que nunca considerei você como uma pretendente? - olhou-a, erguendo a sobrancelha. - Eu podia ser apaixonado por Ladybug, mas nunca deixei você passar despercebida, Mari… seu jeito desastrado, sua criatividade, sua determinação. - sorriu pra ela. - Você pode até pensar que você e Ladybug são diferentes, mas quando você deixa transparecer essas pequenas emoções, eu como uma pessoa que conhece as duas tão bem posso dizer, você e a heroína favorita de Paris não são tão diferentes.

- Posso dizer o mesmo então. - acariciou o rosto dele. - Sei que você se sente preso na sua vida, mas o tanto de vezes que vi você demonstrando um lado mais Chat Noir… me surpreende eu ter demorado tanto tempo pra perceber que vocês eram a mesma pessoa.

Ele riu.

- Penso o mesmo todo dia.

Riram mais uma vez e ficaram daquele jeito, deitados, fazendo carinho um no outro, aproveitando a presença deles. Marinette nem percebeu quando adormeceu, muito menos Adrien.

Mas uma coisa era certa, os dois adormeceram abraçados, como se o destino falasse que era para ser assim.

~*~

    - E no fim das contas quem ganhou foi a Violet Chachki! - Chloé grunhiu alto e esperneou. - Ninguém gostava dela meu Deus! Por que diabos ela ganhou! - a loira diminuiu o tom de voz. - Mas o senso de moda dela era incrível...

    Renard riu. Os dois estavam deitados na cama da loira, o herói tinha chegado no início da madrugada, e assim que começaram a conversar não pararam mais, a menina contava pra ele de um Reality muito famoso - e que infelizmente ele ainda não tinha visto - de drag queens e como gostava da vencedora x ou da queen y. Ele não entendia grande parte do que a menina falava, mas a animação dela ao falar o impressionava.

    - Se acalma, loira. - ele falou e apoiou-se no cotovelo, olhando pra ela. - Eu sou americano e grande parte das palavras em inglês que você tá falando não fazem o menor sentido pra mim.

    - Como assim?! Todo americano deveria saber que throw shade é falar mal da pessoa, jogar na cara um defeito, não precisa ser direto mas… ugh, como assim você não sabe?! - ele riu, e então a menina se tocou de outra coisa. - Nossa, como assim você é americano? Você fala francês tão bem que…

Então Renard também se tocou do que tinha dito, limpou a garganta e se sentou, se levantando logo em seguida.

- Nossa, já é de manhã, acho que perdemos a madrugada inteira conversando e nem nos tocamos. - ele falou o que realmente era verdade, eles não pregaram o olho um segundo e ficaram naquela conversa sem fim sobre tudo e nada ao mesmo tempo.

- Verdade… - Chloé pensou um pouco. - Qual a probabilidade de tantos americanos chegarem aqui ao mesmo tempo? Quer dizer, tenho um colega de classe que também é americano e chegou aqui há duas… talvez três semanas…?

Renard engoliu em seco, coçou a nuca. Por um lado todo seu ser gritava para perguntar a Chloé o que ela achava do moreno, por outro - dependendo do que a loira falasse sobre ele - o menino preferia continuar sem saber.

- Ahn… - o primeiro lado venceu e ele respirou fundo. - Esse americano? Como ele é? Vai que eu o conheço…

- Ah. - a loira abraçou as pernas, pensando no moreno. - Ele é alto… acho que mais ou menos da sua altura, bastante forte pra um menino de quinze, dezesseis, anos, os olhos dele são de um tom de azul tão intenso que nossa, acho que se ele me olhasse nos olhos daquele jeito não sei o que faria, e o cabelo dele é castanho, uma bagunça… às vezes me dá uma vontade danada de arrumar pra ver como ele ficaria, mas outras eu quero bagunçar aquele cabelo inteiro… - deu de ombros. - É sexy.

Renard tossiu um pouco e caminhou rapidamente para a varanda. Puta merda… Chloé me acha sexy? ele passou as mãos pelo cabelo tentando entender o que estava acontecendo ali.

- Renard? - a loira apareceu na porta da varanda. - Tudo bem?

- Tudo… - sua voz saiu um pouco falha. - Eu só tive uma falta de ar…

- Heróis tem falta de ar? Nunca imaginei isso. - a menina deu de ombros, e observou o herói subindo no parapeito da varanda. - Já vai?

- Passei a noite inteira com você… - ele a olhou erguendo a sobrancelha.

- Eu sei mas… sei lá, tô acostumada com a sua companhia.

- Você não tem outros amigos, Chloé?

- Sabrina… mas ela tá ocupada hoje, e o Kim… - uma ideia passou pela cabeça da menina. - Acho que vou ligar pra ver se ele não quer fazer alguma coisa, já que não pode me dar atenção…

Renard sentiu o sangue ferver de uma maneira que achou impossível, fechou uma das mãos em punhos enquanto via Chloé caminhar pra dentro do quarto. A loira tinha um sorrisinho na face enquanto fingia ligar pra Kim. De repente seu celular foi tirado de suas mãos e Renard a virou para si, puxando-a de encontro ao seu corpo.

- Vista uma roupa, vamos sair. - ele falou.

Chloé sorriu.

    - Claro, mas pode me soltar? - o herói o fez lentamente, a menina riu baixo e se encaminhou para o quarto pra escolher uma roupa pra sair com o raposa.

    Ela estava descobrindo coisas interessantes sobre o herói afinal de contas.

~*~

    Marinette chegou no colégio na semana seguinte toda feliz e risonha, como Adrien prometera, a levou para o cinema e os dois se divertiram assistindo uma comédia romântica. Não houve nenhuma tentativa de apressar as coisas por parte de nenhum dos dois e por um lado a azulada agradecia por isso, por mais que todo seu ser gritasse pra ela começasse a namorar Adrien de uma vez, ela sabia que tinham que ir com calma.

    Chegou em seu armário e assim que abriu viu uma rosa azul pregada a um bilhete, pegou ambos, sentiu o cheiro da rosa e sorriu. Abriu o bilhete.

"Rosas são vermelhas, violetas são azuis.

Isso não faz sentido, porque violetas não são azuis.

Mas pelo amor de Jesus

Minha princesa, aceite ser minha luz."

    - Uau, vocês estão bem apaixonados em? - Marinette ouviu atrás de si e quase deu um pulo ao ver Travis, o moreno riu da expressão assustada dela. - Não se preocupe, não se esqueça que eu presenciei toda a dificuldade de vocês pra ficarem juntos, tenho até cicatriz pra provar. - esticou a gola da camisa e Marinette viu a estranha cicatriz no ombro dele.

    - Se ele tivesse te machucado de verdade sabe que eu não seria capaz de perdoá-lo. - Marinette murmurou.

    - Seria sim… - Travis deu um tapinha no ombro dela. - Você ama aquele gato de rua. - sussurrou e Marinette ficou vermelha.

    Ouviram a porta se abrindo e se viraram, Chloé estava parada ali. Seus cabelos estavam ondulados e caíam pelos ombros e costas num comprimento gigante, pela primeira vez desde que se conheceram, a loira não usava muita maquiagem, a menina vestia uma blusa florida, saias pretas, botas cano curto e um sobretudo amarelo, os olhos azuis dela pousaram em Travis e Marinette viu o moreno abaixar a cabeça, vermelho.

    A azulada olhou da loira para o moreno, e sua cabeça se iluminou. Deu uma cotovelada forte nas costelas de Travis, que o fizeram gritar e xingar, olhou-a esfregando a área dolorida e a menina sinalizou Chloé com a cabeça. Agarrou o celular do bolso e escreveu uma mensagem rápido, mandando-a para Travis.

Mari: O q diabos tá acontecendo aq entre vc e a Q bee?

Travis: Nada.

    Travis guardou o celular e começou a revirar seu armário, Marinette ergueu a sobrancelha e mandou outra mensagem, que o moreno nem fez questão de ler, a azulada franziu a testa e passou a mandar milhões de mensagens. O menino fechou os olhos ouvindo o barulho das notificações caindo no celular, olhou feio para a azulada que continuava digitando e mandando mensagens para o menino ao seu lado.

    Quando por fim Chloé saiu da sala, Travis agarrou o celular.

Mari: O q diabos tá acontecendo?

Mari: Vc me deve explicações?!

Mari: Pq diabos vc ficou vermelho?

Mari: Me responde!

Mari: N finge que n tô do seu lado!

Mari: E se eu estivesse morrendo?!

Mari: Vc realmente tá me ignorando por causa daql loira de farmácia?!

Mari:TRAVIS!

    - Que merda eu tava do seu lado, não podia esperar e ser mais discreta não?! - falou batendo a porta do armário e se sentando em um dos bancos dali, colocou as mãos na cabeça e bagunçou mais o cabelo, após fazer isso grunhiu.

    - Travis o que aconteceu?

    - O que aconteceu? Que merda é essa de super-heróis que se aproximam demais de humanos?! - grunhiu alto e puxou os cabelos. - Eu sou um idiota, merda!

    - Travis… - Marinette se sentou a frente dele, o moreno olhava fixamente para o banco de madeira, seus olhos vazios mas a mente trabalhando a mil. - Aconteceu alguma coisa entre você e Chloé.

    - Não! Não aconteceu nada, entre mim e Chloé! - ele levantou-se e começou a andar de um lado pro outro, apertando a nuca, puxando os cabelos.

    - O que tá acontecendo aqui? - Adrien apareceu na sala, a sobrancelha erguida, Travis riu seco sem parar de andar de um lado pro outro. - Travis?

    - Será que vocês podem me deixar pensar um pouco?! - gritou e desabou sobre o chão, encostando-se contra o armário. - Merda, que grande merda. - esfregou o rosto e grunhiu mais.

    Marinette se levantou e puxou Adrien pra fora da sala, deixando o moreno sozinho com seus pensamentos. Assim que estavam do lado de fora, a azulada continuou puxando o menino para um canto mais reservado, quando por fim pararam ela respirou fundo e cruzou os braços.

    - Alguma coisa aconteceu entre Travis e Chloé. - Adrien ergueu a sobrancelha. - Travis corou, Adrien! Corou! Sabe quão estranho foi isso?! - o menino arregalou os olhos. - Você tem que descobrir o que aconteceu entre eles.

    - Eu?! Até um tempo atrás eu e ele éramos praticamente rivais por sua causa!

    - Sim, mas ele precisa de uma bro talk, e da última vez que eu chequei, e você checou - colocou o dedo no peito dele. - eu não tenho um pênis entre as pernas. - o menino suspirou. - Então sim, você vai conversar com ele.

    - A última vez que tive uma bro talk com o Travis ele confessou que estava apaixonado por você e isso quase me fez ferver de ciúmes.

    - Que legal, mas eu já me resolvi com Travis, além disso, eu estou apaixonada por você, loiro dos olhos verdes. - o empurrou e o menino sorriu.

    - Nunca vou me cansar de ouvir você falando isso.

    - Então trate de se apressar com esses encontros. - a menina riu e Adrien fez o mesmo. O sinal tocou e os dois caminharam junto para a sala, conversando.

~*~

    No fim do dia quando todos estavam saindo era claro pra Marinette que Travis não estava bem, a expressão sempre cheia de confiança, alegre e brincalhona do moreno tinha sumido e ele comumente era encontrado olhando para o chão ou para Chloé.

    - Vocês tem que sair, agora. - a azulada falou se aproximando de Adrien.

    - Tenho aula de chinês hoje, não posso…

    - Parece que ele vai ter um ataque de nervos toda vez que o olho, por favor Adrien! - a menina o olhava com um olhar pidão que ele não era capaz de negar.

    Respirou fundo e passou a mão pelo cabelo.

    - Quando chegar o convite do meu funeral, quero que lembre que foi por sua causa. - olhou na direção do moreno. - Meu pai vai me matar...

    Caminhou na direção de Travis, quando uma música suave começou a tocar, era hipnotizante, cheia do mais puro sentimento, em especial parecia cheia de dor. Adrien franziu a testa e olhou ao redor, seus olhos foram atraídos para o telhado do colégio, onde um homem estava sentado.

    Ele vestia uma roupa colante, preta, seus cabelos estavam cuidadosamente penteados para trás e tinham um tom platinado, sua pele era arroxeada, e ele segurava uma flauta em mãos, enquanto tocava aquela melodia melancólica. A azulada olhou para Adrien e os dois olharam para Travis.

- Cidadãos de Paris, não temam, pois não quero seu mal… - a própria voz dele soava melancólica. - Vim aqui apenas para tirar a dor de seus corações… - pousou a mão sobre o peito. - Pois entendo o sentimento dessa dor, e não a desejo pra ninguém.

Marinette franziu a testa, confusa, enquanto os olhos do homem passavam por entre as pessoas, eram um estranho tom de vermelho e de repente pararam no moreno, ele deu um sorriso triste.

- Algo lhe assola não? - perguntou ao moreno, que franziu a testa. - Sinto a confusão na sua cabeça... - pegou a flauta e levou-a aos lábios. - Vou acabar com ela rapidinho…

Quando começou a tocar um estranho feixe de luz se formou, e como se fosse teleguiado foi em direção a Travis. Adrien empurrou o moreno no chão e os dois caíram, o homem olhou para o loiro e franziu a testa.

- Sinto tanto amor em seu peito… - murmurou. - Que nojo… preciso exterminá-lo… - começou a tocar novamente e Marinette viu aquele feixe se formando de novo, engoliu em seco.

- Ei! - o homem a olhou, e os olhos dele se encheram de fúria.

- Seu coração… ugh… que coisa horrível! - saltou do telhado, e aterrissou suavemente no chão. - Cuidarei de você manualmente…

Marinette olhou para Adrien e saiu correndo dali o mais rápido que pôde, o homem logo começou a segui-la, rápido. O coração do loiro estava acelerado ao ver aquela cena, mais do que tudo, queria correr atrás deles e salvar sua princesa, mas precisava se certificar que tudo estava bem por ali antes de tudo, virou-se para Travis, que estava claramente em choque.

- Escuta, não faço a menor ideia do que você tá passando, e você não quer falar de jeito nenhum, mas ouça um conselho de herói pra herói. Quando comecei a ficar a fim de Marinette, pensei que tinha algo muito errado e estranho acontecendo, cheguei a cogitar dizer em rede nacional que não estava acontecendo nada entre a gente. - respirou fundo. - Não a expus, mas também pensei direito, não seja racional demais quanto a isso Travis, amor não é uma expressão matemática que você tem que resolver.

O moreno engoliu em seco e olhou em direção a loira que falava ao telefone.

- Chloé me acha… sexy…

- Meu Deus, tudo isso porque ela te acha sexy?! - Adrien riu. - Se não fossem as circunstâncias eu diria que a gente precisava nesse exato momento ir tomar um café e conversar, mas eu realmente estou preocupado com a minha princesa e quero ir atrás dela, tudo bem com você mesmo?

- Na medida do possível. - sorriu pequeno.

- Então se recompõe, porque a gente tem que ajudar Ladybug. - sussurrou e se levantou num salto, Travis assentiu, e Adrien correu para dentro do colégio.

O moreno estava para fazer o mesmo, quando sentiu alguém segurando seu braço, olhou pra trás e encontrou Chloé, ela tinha a expressão preocupada.

- Hey… - olhou pra baixo. - Ahn, você tá bem?

Travis olhou pra ela, a loira tinha um semblante preocupado e assustado, durante o dia o menino não tinha conseguido olhar pra ela sem pensar no fato que ela o achava sexy. Ainda mais, era algo recíproco, Chloé era linda, e vendo-a sem tanta maquiagem na face, apenas algo que ressaltasse suas características, lembrar dela vestindo aqueles pijamas, fazia com que ele a achasse além de sexy, ele a achava linda.

- Vou ficar…

- Ele falou da sua cabeça… - ela olhou pro peito dele, e no mesmo segundo ele sentiu o coração acelerar como um cavalo de corrida. - falou que estava confusa…

- Não posso discordar… - sorriu fraco.

- Quero dizer que, seja lá o que estiver acontecendo, se precisar pode falar comigo, também tô numa situação confusa. - sorriu pequeno pra ele.

Travis sorriu.

- Que tal hoje a noite? Às sete?

- Às sete. - sorriu, e Travis correu pra dentro da escola.

- Você tá começando a nutrir sentimentos por ela, não é? - Trixx falou.

- Não vou te dar certeza ainda. - o moreno respondeu, mas a raposa riu, fazendo-o revirar os olhos. - Trixx, transformar!

~*~

    Marinette tinha desviado de todo jeito que podia do maluco, mas admitia que era difícil fugir dele sem seus poderes de Ladybug para ajudar. Ainda mais quando ele queria mesmo acabar com ela por ter sentimentos que ele, aparentemente, discordava.

    Não seria a primeira vez que viam um vilão que repudiava o amor. Mas algo fazia a azulada desacreditar que fosse somente aquilo, havia uma aura estranha nele, algo que não parecia nem um pouco parecido com os vilões que lutaram antes.

    De repente uma van virou a frente da menina, fazendo-a parar com tudo. Virou-se pra ele e colocou a mão na bolsa, as circunstâncias praticamente obrigavam-na a chamar Tikki. O homem a olhou, sua expressão era sempre melancólica, ele segurava a flauta.

    - Desculpe-me, mas não posso deixar você continuar assim, seus sentimentos me dão nojo. - ele falou levando a flauta em direção a boca.

    Um bastão veio voando e atingiu a flauta, que caiu no chão com um tilintar. O homem olhou e encontrou Chat Noir em cima de um poste de luz, o gato preto olhava as garras.

    - Acho repugnante homens que aterrorizam moças. - o gato falou.

    O homem olhou-o longamente e franziu a testa.

    - Ainda mais quando é sua moça? - ergueu a sobrancelha.

    - Principalmente quando é minha princesa. - o gato saltou do poste na direção do homem, o bastão de volta em mãos, pronto para atingi-lo.

    O homem saltou, desviando do herói, e também partiu para cima dele com a flauta. Era visível a superioridade de Chat na esgrima em relação ao vilão, tanto que facilmente o instrumento voou das mãos do homem, caindo aos pés de Marinette. A menina o agarrou rapidamente, abraçando-o contra o corpo.

    Os olhos dele eram de um vermelho escarlate forte, e focaram na azulada novamente quando ela agarrou a flauta. Ele ainda tinha um olhar melancólico, como se algo realmente tivesse partido seu coração em milhares de pedaços e tivesse sido injetado em seus olhos. O que estranhava Marinette, era que os vilões criados por Hawk Moth não tinham aquele olhar melancólico, sim raiva, ódio, mas tristeza? Era algo novo para a mestiça.

    Renard apareceu no meio da rua, sua flauta também em mãos, os olhos azuis focados no vilão. O homem olhou para os dois heróis e para a menina, suspirou e fez uma reverência.

    E de repente se desfez em várias borboletas escarlate que voaram pelo céu.

    A confusão moldava o rosto dos três adolescentes ao verem as borboletas voando para longe. Marinette olhou a flauta em suas mãos, completamente confusa.

    - O que diabos acabou de acontecer aqui? - Chat perguntou se aproximando de Marinette, que ainda analisava a flauta em suas mãos.

    - Com certeza ele tremeu na base quando me viu aparecer. - Renard falou, mas a expressão séria não sumiu, o herói gato apenas revirou os olhos e se voltou para a menina, pousando as mãos nos ombros dela e a olhando nos olhos.

    - Princesa, tudo bem com você? Aquele maluco chegou a te machucar? - ele a puxou para um abraço. - Não quero nem imaginar o que teria acontecido se eu não tivesse chegado…

    - Vocês não acharam estranho? - Marinette mudou de assunto de repente. - A melancolia, a tristeza, naquele cara? Não é comum nos vilões de Hawk Moth, e… ele simplesmente deixou a arma dele com a gente? Sabendo que eu preciso apenas disso para purificar tudo?

    - Talvez justamente essa melancolia tenha deixado o vilão menos forte. - Renard falou dando de ombros, olhando para qualquer coisa que não fosse os outros dois. - Quer dizer, o que ele realmente era capaz de fazer?

    Renard não estava confortável naquela situação. Aquele vilão tinha visto a confusão em sua cabeça, e tudo aquilo relacionado a Chloé, falou que poderia acabar com aquilo e uma pequena parte do herói raposa desejava aquilo. Ele odiava aquele sentimento de confusão, e mais do que tudo queria entender o que se passava e sua cabeça.

    No fundo da mente do menino, ele acreditava que se diminuísse o grau de perigo do vilão, iria também diminuir o seu grau de confusão em relação aquele sentimento que chamavam de amor. Mas ele sabia que aquilo não adiantaria nada enquanto ele continuasse confuso, não importava o quanto diminuísse a dor do amor que o vilão sentia.

    Marinette suspirou.

    - Por não termos visto o que ele é realmente capaz, é o principal motivo pelo qual precisamos nos preocupar. - olhou a flauta e estendeu-a para Chat, olhou ao redor, a rua estava completamente vazia. Respirou fundo e abriu a bolsa, a kwami joaninha flutuou para fora, o semblante era confuso e preocupado como o da portadora. - Tikki, transformar!

    Marinette se transformou em Ladybug, e encarou a flauta nas mãos do felino.

    - Se aquele realmente era só mais um vilão akumatizado, sabemos que depois disso os problemas vão sumir. - a heroína falou e pegou a flauta de volta. - Eu realmente estou torcendo para essa primeira opção.

    O coração de Ladybug batia acelerado no peito enquanto ela quebrava a flauta contra a coxa. O instrumento se partiu em dois…

    E após isso um bando de borboletas escarlate voaram com tudo.

    Ladybug soltou um gritinho e caiu para trás, a flauta tinha, literalmente, sumido de suas mãos e se transformado num bando de borboletas que voava em direção ao seu dono. A heroína engoliu em seco, seja lá o que tivesse acontecido uma coisa era certa…

    Aquilo não parecia ser obra de Hawk Moth.

 


Notas Finais


Algumas coisinhas:
- Alguém já comprou coisa pela Asian Connection? To querendo comprar uns moletons e queria saber se o site é confiável e tals.
- QUEM TÁ VENDO A SEASON 3 DE STAR CONTRA AS FORÇAS DO MAL
- QUEM TÁ VENDO A SEASON 2 DE MIRACULOUS?
Não tenho mais idade pra isso, meu coração de 1900 e bolinha não aguenta mais essas altas emoções.
Anyways...
- Temos aqui algumas referências, jogadas na cara, a RuPaul's Drag Race, meu Reality favorito.
XOXO, Luv u guys!


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