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História Monnot - Mariàge


Escrita por: Endora_

Capítulo 3 - Mariàge


Fanfic / Fanfiction Monnot - Mariàge

Willy Wonka

- Acorda, pombinho. Você vai casar.

- Nem me lembre disso. Ah, chegou tão rápido...

- Ah, anime-se. Talvez não seja tão ruim assim. Jacqueline é bonita.

- É, mas ela não é a Liah.

- Mas você não acha que possa vir a gostar dela com o tempo?

- Acho muito, muito difícil. Que horas são, Christopher?

- Quase duas da tarde.

- Me acorde às três e meia.- eu volto a me deitar e puxo o cobertor.

- Ah, qual é? Tem festa, Willy. Tem bolo.

- E daí? Bolo eu posso comer aqui mesmo, não preciso me casar pra isso.

Às quatro em ponto, já estou na igreja. A noivinha atrasa, é claro, só pra fazer charme.

- Willy, pare de revirar os olhos, as pessoas vão notar. - Christopher diz, ao pé do meu ouvido.

- Que notem. Chris, você é meu amigo?

- Claro que sou.

- Então na hora do "que fale agora ou se cale para sempre", pelo amor de deus, diga alguma coisa. - ele ri.

As portas se abrem, a noivinha aparece e a música começa a tocar. O padre diz tudo o que ele tinha de dizer, nós dizemos tudo o que tínhamos de dizer, trocamos as alianças e quando o padre diz "pode beijar a noiva", eu lhe dou um selinho tão suave e rápido, que aposto que ela nem sente.

- Willy?

- Sim?

- Onde pretende morar com a sua nova esposa?

- Na América.

- América?

- Sim. Em Nova York, para ser exato. - ela me abraça.

- Ah, querido, eu sempre quis conhecer Nova York! Agora eu entendo por que você me perguntou se eu sabia falar inglês.

- Eu não vou permitir que leve a minha filha para tão longe.

- O senhor não tem que permitir mais nada, meu sogro. Jacqueline é minha esposa agora. Ela vai me seguir aonde eu for e vai fazer o que eu disser.

- O rapaz tem razão, querido. - a mãe de Jacqueline diz. Ele se conforma.

- Está certo. Sejam muito felizes na América, meus jovens.- nós damos um aperto de mãos.- Quando partem?

- Amanhã de manhã.

- Ah, Willy! - a pirralha me abraça e beija o meu rosto.

- Então... Acho que devo me despedir de minha filha agora. Eu me minha esposa já estamos voltando para casa. - ele abraça Jacqueline. - Adeus, querida. Boa sorte. Seja feliz, meu bem.

- Obrigada, papai.

- Vou sentir sua falta.

- Nós viremos visitar vocês.

- Vamos estar esperando. - ele beija o rosto da filha e a solta. A mãe vai falar com ela. Ele me abraça e diz apenas uma coisa: - Cuide bem dela.

- Pode deixar. Confie em mim. Jacqueline está em boas mãos.

- Certo.- ele me solta, dá dois tapinhas amigáveis no meu rosto, e se afasta. A mãe de Jacqueline também me diz algumas palavras, e depois eles vão embora.

- Ei...

- Sim, meu amor?

- Seu apelido é Jacque ou Linne?

- É o que você quiser, meu bem.

- Ótimo. Jacque, então. Jacque, eu vou me despedir de Christopher, e estamos indo. Se quiser se despedir de alguém, o faça agora, porque não vai ter outra oportunidade.

- Sim, Willy.

- Sabe a mesa do bolo?

- Uhum.

- Me encontre lá em quinze minutos. - eu lhe dou as costas e vou procurar Christopher.

- Oi.

- Oi. Bem, e... Tchau.

- Já estão indo?

- Já.

- É uma pena que não vai pro exército comigo. Vou sentir sua falta.

- Também vou sentir sua falta. Meu irmão. Tio dos meus filhos.- nós rimos e nos abraçamos.

- Quando a guerra acabar eu também vou morar nos Estados Unidos com Rose.

- Liah já foi. E ela, quando vai?

- No fim do ano. Elas decidiram não interromper os estudos do Fernand.

- Entendi. É uma pena que o Fernand esteja bravo comigo.

- Não estou, papai. - eu ouço e me viro.

- Fernand! - eu me ajoelho e o abraço.

- Eu não ia vir, mas quando fiquei sabendo que o senhor ia embora, e que eu podia nunca mais vê-lo de novo... Bem... Eu tinha que vir me despedir do senhor.

- Como não vai me ver de novo? Claro que vamos nos ver de novo. Eu não gosto de despedidas sentimentais. Vamos apenas apertar as mãos, como se fôssemos nos rever amanhã, está bem?

- Está bem. - ele diz, choroso. Nós apertamos as mãos, e eu não resisito a lhe dar mais um abraço. Quando eu lhe solto, ele corre para abraçar Rose e esconde o rosto choroso nas saias dela. Eu me levanto, abraço Chris mais uma vez, e vou para a mesa do bolo.

Jacqueline vem, algum tempo depois, correndo, sorridente, feliz, saltitante. Ela me abraça.

- Vamos?

- Vamos, meu amor. Vamos. Pra onde nós vamos?

- Já vai ver. Venha.

Nós saímos da festa e entramos num táxi. Ele nos leva para um hotel onde reservei um quarto de casal para uma noite, e já levei todas as minhas malas e as dela.

Ela põe os braços ao redor do meu pescoço e enche meu rosto de beijos.

- Eu estou tão feliz! Tão feliz, querido... - eu me solto e me afasto dela.

- Jacqueline, olhe para mim. - ela o faz. - Eu não gosto de você. Tenha isso sempre em mente. Esse casamento só aconteceu por causa desse bebê que você carrega aí dentro.

- Se você não gosta de mim, então por que fez amor comigo?

- Aquilo não foi sentimental, foi físico. Como uma volta na montanha-russa. É divertido, mas tão rápido quanto começa, acaba. Estou casado com você, mas amo a Liah. Sempre vou amar a Liah.

- Se a ama tanto, por que se divertiu comigo, então?

- Aquilo foi um erro, Jacqueline. Eu me arrependo, e estou pagando por ele. - ela começa a chorar e encosta a cabeça na janela do carro. Ela fica calada até chegarmos ao hotel. Ela se esforça para parar de chorar enquanto eu conto o dinheiro para pagar ao taxista, sai do carro sem falar comigo e espera encostada na porta.

Nós entramos no hotel, eu falo com a recepcionista, que nos entrega as chaves, depois nós subimos para o quarto. Jacqueline se senta na cama, esconde o rosto com as mãos e continua chorando.

- Jacque, pare... - eu peço, já com pena dela.

- Eu me arrumei tanto... Eu estava tão feliz... É a primeira vez que eu uso salto e maquiagem, e tudo isso pra nada.

- Foi você quem causou tudo isso, esqueceu? - ela arranca o véu e a grinalda da cabeça com força, os joga no chão, se deita na cama e continua chorando. Eu me aproximo dela e me sento na cama.- Jacqueline? Pare, garotinha. - ela não dá atenção. - Jacqueline? Olhe para mim. - Ela levanta a cabeça e me encara. - Me desculpe por ter sido tão rude. Eu não devia ter lhe dito aquelas coisas. Vamos tentar nos dar bem. Eu vou tentar gostar de você. - ela sorri.

- Mesmo?

- Mesmo. - eu beijo sua bochecha.

- Willy... Eu vou ter uma noite de núpcias?

- Vai. - ela se ajoelha, abraça o meu pescoço e me beija na boca.

Eu abro os botões de seu vestido enquanto ela dá beijos no meu pescoço.

Ela me faz o mesmo agrado com a boca que fez da primeira vez, e reclama um pouco da dor quando eu entro nela. Me pergunta se vai doer sempre, e eu lhe digo que seu corpo logo vai se habituar a isso. Depois do clímax, eu me viro de costas para ela e me deito na posição em que costumo dormir, mas passo a noite em claro.

Às 5:30, eu a acordo.

- Jacqueline, vamos.

- Hã?

- Acorde. Vamos.

- Vamos aonde?

- Embora. Esqueceu? Vamos para Nova York.

- Mas já?

- É, Jacqueline. Você tem que tomar um banho, se arrumar. Tudo antes das seis, que é quando servem o café da manhã aqui. Depois disso a gente vai dizer adeusinho a Paris.

- Mas por quê tão cedo?

- Porque o navio sai às 8:30 e o porto é distante, Jacqueline.- ela se vira para o lado e puxa o cobertor.

- Hum... Me levante às 8 horas.

- Jacqueline! - eu a tiro da cama à força e a levo para o banheiro do quarto.

- Willy, me deixe dormir.

- Durma depois. Agora você vai fazer o que eu estou mandando. Vá tomar banho.- eu fecho a porta. Pouco depois, ela liga o chuveiro.

Eu já estou com tudo preparado, então apenas me sento e espero.

Depois do banho ela demora tanto para escolher o que vestir, que eu desço e começo a tomar o meu café da manhã sozinho. Ela vem depois, usando um vestido de florzinhas com um casaquinho rosa de lã, sapatilhas cor de rosa, brincos de gatinho e um lacinho no cabelo. Ela pega o que vai comer e se senta comigo.

- Demorei?

- Demorou. Você não tem nada sério pra vestir?

- Como assim?

- Brincos de gatinho, Jacqueline? Você tem 16 anos. Está na hora de amadurecer, não está? - ela toca os brincos por um tempo, depois os tira.

- Melhor assim?

- É... Não fica feio, apenas infantil demais pra uma mulher casada, sabe?

- Entendi. Vou tentar mudar isso.- eu não digo mais nada, e nós comemos em silêncio.

Duas horas depois, estamos dentro do navio, rumo à América. Eu poderia estar aqui com Liah, mas não, eu tive que ser idiota. E agora estou preso nessa, sem nenhuma saída. A única pessoa que eu culpo e odeio mais do que Jacqueline sou eu.


Notas Finais


Gente, calma. Vai ter mais Liah em breve.


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