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História Moon Lovers: The Second Chance - Proposta de Emprego


Escrita por: VanVet e AndyeGW

Notas do Autor


Oi pessoal, mais um capítulo saindo.

Capítulo 2 - Proposta de Emprego


Sua mãe viajou para Busan numa época do ano que normalmente não gostava de enfrentar estrada, somente para fazer companhia à filha depois da alta médica. Elas tinham uma relação tumultuada, mas hoje em dia, Ha Jin entendia as razões da velha senhora.

Abandonar a faculdade para seguir Bon-Hwa, apoiando a carreira dele acima de tudo, foi o ato mais estúpido da sua existência. Seu ex-namorado não teve o menor escrúpulo para trocá-la por outra, e não qualquer outra, a sua melhor - ou pior - amiga na época.

Atualmente, a jovem só subtraia seu tempo para pensar em Bon-Hwa quando reencontrava a mãe. Ela ainda a olhava cheia de consternação, além de uma pitada generosa de recriminação.

Sua mãe, batizada pelo nome de Hyoon Ja Young, era uma das pessoas que mais acreditavam que a garota tentou se afogar de propósito.

— Mas o médico disse se você vai ficar bem?

No momento Ja Young estava bastante preocupada com o diagnóstico de doença cardíaca dela. O apartamento de 20m² cheirava a sopa de algas e arroz cozido. Uma tigela quentinha da refeição borbulhava diante do nariz da garota.

— Sim, mamãe. Eu te disse... só tenho de tomar as medicações corretas e fazer exames periódicos.

A mãe balançou a cabeça, inconformada, o cenho franzido.

— Tão nova e já cheia de problemas terríveis. Você é muito jovem para ter algo no coração. Nem minha família nem a do seu pai sofre desse mal. Foi aquele desgraçado que acabou com a sua saúde. No instante que pus o olho naquele Bon…

— Mãe, por favor, vamos combinar de não falar nele nunca mais - Ha Jin pediu e deu uma colherada na sua sopa — A sopa tá incrível!

A mulher mais velha encarou a mais moça com docilidade. Sua filha tinha sabedoria, apesar de tudo. Não adiantava remoer o passado. Ele não se chamava passado à toa: significava que aquilo passou e não merecia mais ser mencionado.

— Coma, coma! Vai te fazer bem.

Ha Jin pegou o arroz com a colher e enfiou na boca acompanhado de um pouco de sopa. Era uma refeição simples, mas tudo que era preparado pelas mãos maternas ficava melhor. Quando pequena esse era seu prato favorito do dia-dia. Rapidamente a tigela ficou limpa.

— O que eu não me conformo mesmo é aqueles ingratos terem te demitido - Ja Young voltou a rosnar.

Agora o outro infortúnio da garota era sobre sua carta de demissão da loja de cosméticos recebida após ficar quinze dias sem poder aparecer devido as restrições médicas. O emprego era um "bico", e ela ainda pelejava todos os dias colada aos anúncios de trabalho nos jornais, porém era esse "bico" que pagava seu aluguel.

— Eu não tinha carteira assinada. Quando a gente faz prestação de serviço, tem apenas de estar pronta para coisas do tipo - deu de ombros.

— E você estava?

Ha Jin evitou o olhar astuto da mãe e entornou o restante do caldo. Claro que ela não estava pronta. Sequer estava emocionalmente preparada para digerir o fato de que viveu mais de uma vida, sendo uma delas bem intensa em outra era da história coreana, durante as últimas semanas.

— Sabe o que o cardiologista me disse? Que eu tenho de ficar longe de cobranças - retorquiu levemente irritada para a outra.

— Não estou cobrando nada. Sou sua mãe e sempre vou temer pelas maluquices em que você possa se meter. Quero que você fique bem e por isso andei conversando com alguns parentes.

— Mãe! O que está aprontando? - Ha Jin se levantou de ímpeto, as mãos apoiadas na cintura.

— Quanto drama, garota. Eu fui atrás de um emprego bem melhor para você e é assim que me agradece? - Ha Jin olhou para a outra com curiosidade e um pouco de resignação — Você tem uma prima de segundo grau que vai se casar com um filho de magnata. É um homem muito rico, mas minha memória ruim é incapaz de lembrar seu nome - a mãe deu uns tapinhas de leve na própria testa — Enfim, sua prima ficou sabendo que andei conversando com sua tia sobre toda essa sua fase complicada que não termina nunca…

— Pra quê tanta fofoca? Até onde a história da minha vida foi? ー a jovem exclamou, inconformada.

— Para de bufar, menina. Sua tia comentou com sua prima e ela quer falar com você. Parece que tem uma vaga na casa do tal homem rico aí.

— Mãe…

— Só vai conversar com ela, teimosa! O máximo que pode acontecer é você dizer não.

***

Ao observar as ruas modernas do século vinte e um, Ha Jin exercia o ato de imaginar construções milenares no lugar de lojas e prédios sofisticados. Telhados vermelhos de pagode ao invés de ângulos retos e desprovidos de charme; Bangalôs abertos para apreciar a natureza e as estrelas, e portas sem a necessidade de trancas pesadas.

Nos transeuntes, espionava por rostos que tivessem a mínima semelhança com os semblantes de Goryeo. O sorriso bondoso de Baek Ah, o andar matreiro de Eun, a postura peralta de Jung. O pensamento mergulhava numa infinidade de perspectivas e entrelaçar a reencarnação de So na sua era a maior delas.

"Num outro tempo, nós poderíamos nos amar livremente" foi o que ela lhe disse certa vez, no local predileto deles no palácio.

Se Ha Jin procurasse lógica científica para sua experiência, corria o risco de enlouquecer. O máximo que ela ousava chegar era correlacionar o eclipse solar daquele dia com a ancestralidade da alma humana.

— Go Ha Jin.

Ela ergueu os olhos da janela e estudou na moça diante de si. Uma garota pequena e delicada, usando um vestido bege claro, de longos cabelos negros e com alguma similaridade fenotípica a própria Ha Jin no jeito de olhar, sorria bondosamente.

— Sim?

— Kim Na Na - a garota a cumprimentou se curvando respeitosamente.

— Prazer em conhecê-la! - ela retribuiu se curvando também, depois ofereceu o assento à sua frente para a prima que acabara de conhecer, se sentar.

As duas se acomodaram no café e pediram dois sucos para embalar a conversa. Kim Na Na era prima de uma tia com quem Ha Jin teve raro contato, portanto elas não tiveram proximidade enquanto cresciam.

A parente deu um breve resumo de sua vida para a prima, contando sobre sua carreira administrativa numa grande empresa, que por consequência possibilitou que conhecesse o atual noivo. Eles iriam se casar em fevereiro se uma questão de herança fosse logo resolvida. Aparentemente, esse rapaz tinha uma família muito extensa, mais de doze tios e tias, além de sete irmãos com muitas mães diferentes.

O sogro de Na Na morava numa imperiosa mansão, tão grande que, segundo a lenda entre os empregados da casa, era impossível saber quantos cômodos possuía, porque se perdia a conta no meio do caminho.

Fora esses folclores costumeiros envolvendo pessoas ricas e bens materiais absurdos, a mansão tinha necessidades comuns a serem supridas, como por exemplo, empregados à disposição dos membros da casa.

— Há a Sra. Nyeo Hin Hee que assume a função de governanta e cuida da organização geral eficientemente, contudo meu sogro está procurando uma segunda administradora.

— Governanta?

— Sim, o cargo é para governanta. Minha tia disse sobre o que você tem passado, prima, e não é minha intenção sobrecarregá-la fisicamente. O cargo de governanta é mais voltado para a supervisão de funcionários, nada de pegar no pesado. Eu vim te sugerir porque eles realmente pagam muito bem. Completamente acima do piso salarial.

Ha Jin ficou confusa. Não era exatamente trabalhar como servente doméstica que ela esperava para o seu futuro. Além do mais, não se sentia nenhum pouco inclinada para liderança na sua vida moderna.

— Eu não sei... - ponderou.

— Não se preocupe, você é uma Go. Somos bons até no que não temos costume de fazer - a prima sorriu, querendo encorajá-la.

— Quantas pessoas moram na casa?

— Atualmente, meu noivo e mais seis irmãos, além da esposa e filha do meu cunhado mais velho e, claro, meu sogro e sua esposa atual - a garota se pôs a contar nos dedos, mostrando também se confundir um pouco com o montante familiar para o qual entraria em breve.

Uma desnorteada Ha Jin passou o dedo pelo borda do seu copo, o suco praticamente intacto, refletindo em como se livraria da gentil oferta da prima. Não parecia correto recusar de pronto; mostraria ingratidão.

— Essa é uma decisão que não se deve tomar rapidamente. Faça assim: Pegue meu cartão da empresa e ligue para o celular quando souber sua resposta. Se ela for negativa, eu não vou me importar, fique tranquila.

— Obrigada - agradeceu a outra, pegando o cartão.

Enquanto a prima terminava de tomar seu suco e se preparava para partir, Ha Jin leu brevemente o que tinha escrito no papel. Em cima do nome de Kim Na Na havia um logotipo que lembrava uma lua nova e um inusitado sobrenome.

— Família Wang?

— Sim. A empresa é a Wang S.A da família Wang, a família mais poderosa de Busan - ela confirmou — Você tá bem? Ficou pálida de repente…

— Sete irmãos. Várias esposas. Família poderosa. - a jovem se pôs a balbuciar consigo — Não pode ser...

Na Na, alarmada, lhe tocou no pulso.

— Go Ha Jin, quer que eu te leve no médico? Está se sentindo mal?

Ela encarou a bela garota à sua frente, sua parente inédita, e enfim encontrou as palavras certas:

— Eu aceito o trabalho. Quando posso conhecer a mansão?


Notas Finais


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