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História Moon Of Midnight - El Sueño - Chris Evans


Escrita por: hwps1998

Notas do Autor


Oi pessoal! Como vão?

Eu sei que estou super lerda, mas alguns dos próximos capítulos desse livro e dos outros já estão prontos, falta só revisar e publicar.

Vou soltar vários de uma vez só.

Capítulo 2 - El Sueño - Chris Evans


Fanfic / Fanfiction Moon Of Midnight - El Sueño - Chris Evans

 

‘Num campo um caçador repousou, certo dia,

Para do Sol se abrigar.

E, deitado, implorava para à brisa que fugia

O rosto lhe beijar.

E, enquanto assim pedia, a brisa descuidada

Fugia para além.

Chamava o caçador: “Ó vem Brisa adorada!”

E Eco repetia: “Ó vem, Brisa adorada!”

“Brisa adorada, vem!”’

         Baladas Legendárias – Thomas Moore

        

BOSTON, MASSACHUSETTS, ESTADOS UNIDOS – 5 DE DEZEMBRO DE 2016

 

Olho ao redor, estonteado pela vista: céu bem azul com nuvens brancas, um vale coberto de floresta tropical bem densa, araras cantando no topo das árvores e  um lago bem grande e algumas flores penduradas nos caules de árvores; algumas mais exóticas cresciam no chão.

  Eu estava sentado em uma cadeira protegido do Sol por um guarda-chuva bem grande. Talvez por causa do calor, minha roupa era uma bermuda bem confortável e camiseta rosa escura. Para minha surpresa, meus calçados eram Havaianas azuis escuras.

Era o mesmo local em que a vi pela primeira vez.

Olho para a entrada da represa, esperando. Fico nervoso, pensando que ela havia esquecido de nosso passeio. Porém, logo vejo alguém entrando pelo portão e indo em direção ao começo da ponte.

Abro um sorriso ao ver que era ela, usando um vestido azul claro até os joelhos. Seus cabelos negros às vezes tampavam seu rosto, puxados pelo vento. A pele morena com um tom avermelhado parecia ser bem macia. Apesar de ser baixinha, ela era adorável.

No seu braço esquerdo havia uma cesta de piquenique grande que parecia ser pesada para suas forças.

Ando até ela, ansioso por finalmente termos nosso momento juntos. Sem câmeras, fotógrafos, fãs; apenas nós dois.

Inspiro o seu perfume. Nunca  havia sentido um aroma tão agradável. Era como uma espécie de sensação de paz, um lugar cheio de flores molhadas pelo orvalho da manhã, com o céu bem azul cheio de nuvens brancas. A únicas palavras que me vem à mente para definir é... cheiro de paraíso.

- Eu levo, Querida  - digo pegando a cesta de piquenique.

- Obrigada, Meu Amor – ela sorri. Com certeza o sorriso mais lindo que já recebi.

- Onde vamos? – pergunto entrelaçando seus dedos (bem pequenos e finos) com os meus. Noto que havia uma Aliança prateada em meu dedo anelar; no dela, uma Aliança cheia de brilhantes de um Anel de Noivado com um diamante.

- Para um lugar que faça bastante sombra para não te deixar mais vermelho – ela ri. Sua risada me contagiou: era doce, bonita e sincera.

Atravessamos a ponte. Andamos devagar, em um silêncio confortável. Nos sentamos debaixo de uma árvore bem alta, em frente ao lago. A sombra refrescava o intenso calor do verão. 

Ela estende uma toalha florida no chão. Tiro as comidas e os sucos da cesta. Nos sentamos um do lado do outro. Pego a mão dela que estava a Aliança e o Anel de Noivado a levando aos meus lábios, dando um beijo carinhoso.

- Você demorou – ela disse um  tanto chateada.

- Compromissos de trabalho. Mas nunca deixei de pensar em você – falei tocando sua bochecha, fazendo um carinho suave.

Ela fecha os olhos, empurrando seu rosto contra a minha mão. Ao abrir os olhos, ela me dá um selinho rápido.

- Coma, deve estar com fome – ela fala apontando para os sanduíches em um prato sobre a toalha.

- Muita – rio e pego um sanduíche.

Comemos conversando sobre coisas banais. Eu contava várias histórias engraçadas dos bastidores e algumas piadas, arrancando risadas gostosas dela, que sempre fazia graça dando comentários espertos.

Quando terminamos de comer e beber, já era quase fim de tarde.

- Promete que nunca vai esquecer de mim? – ela pede me olhando com aqueles incríveis olhos negros.

- Prometo – digo a puxando para mais perto de mim – eu te amo.

Nos beijamos com calma. Ela passa seus dedos finos e pequenos pelos meus cabelos, me deixando arrepiado. Minhas mãos puxam sua cintura para ainda mais perto, a sentando no meu colo.

Aos poucos, vamos tirando nossas roupas.

Nos amamos naquele local mesmo. Quando terminamos, seu sorriso era ainda mais bonito. Gotas de suor escorriam por sua testa; algumas iam parar entre os seus seios. Minha pele estava toda grudenta, porém bem satisfeito.

O céu aos poucos ia ficando tingido de amarelo, vermelho e azul escuro.

- Eu te amo – ela diz se aconchegando no meu peito.

- Eu também, Querida – lhe dou um beijinho na testa.

Ela do nada se levanta e veste suas roupas íntimas e o vestido. Calça  sandálias, apressada olhando para a entrada da represa.

- Aonde vai? – me levanto assustado vestindo minha cueca e bermuda.

- Eu tenho que ir! Estão me esperando! – ela fala assustada.

- Espera! – gritei ao vê-la correndo – onde vai? 

- Não posso me atrasar! Eles vão me jogar lá de novo! – ela fala com a voz tremendo enquanto corre.

- Ei! – consigo alcançá-la e puxo seu braço esquerdo – quem vai te jogar? Alguém quer te machucar? Qual seu nome?

- Eles não gostam de você – ela me abraça – eles são maus.

- Quem? – a apertei contra meu peito.

Um carro preto chega na entrada da represa e grita alguma coisa em português que não consegui compreender.

- Adeus! – ela fala baixinho com os olhos marejados – não se esqueça de mim!

Ela sai correndo até o carro preto. Um homem moreno com cara amarrada a puxa para a dentro do carro. Corro na direção do homem, querendo salvá-la.

O homem entra no carro e dá partida em alta velocidade, me deixando apenas com a fumaça e a raiva de ter tirado aquela mulher de mim. 

***

Acordo suando frio.

Era sempre o mesmo sonho. Ela ficava comigo e depois era levada pelo carro preto.

Me sento na cama, ainda um pouco atordoado. Apesar de estar frio naquela época do ano, eu sentia calor.

- Estava dormindo ou correndo? – Scott entra no quarto agasalhado.

- Dormindo, idiota – jogo um travesseiro nele.

- É aquele mesmo sonho? – Scott perguntou preocupado enquanto desviava do travesseiro.

- Sim, parece ainda mais real nessa época do ano – digo me levantando da cama.

- É estranho – Scott diz se sentando na ponta da cama – você sonha com essa garota há anos. E nunca a encontrou de novo.

- Eu sei – suspiro frustrado  - ela sumiu feito fumaça. 

– Naquela noite você não estava delirando ou sei lá, vendo coisas? - Scott perguntou franzindo a testa.

– Não, Scott. Era bem real. Ela estava lá - falei ao me levantar da cama - eu não sei explicar, mas toda vez que chega essa época do ano sinto o perfume dela ao meu redor.

– Você definitivamente está ficando maluco - Scott ri - a mamãe já está vindo. Melhor se arrumar.

Scott sai do quarto e tranca a porta.

Vou até o banheiro. Em frente ao espelho, vejo que minha barba estava um tanto espessa. Pego a espuma de barbear e o barbeador. Meus músculos estavam bem fortes e definidos. O abdômen bem tonificado. Meus pensamentos divagam pelo sonho, o dia em que a vi e todas as minhas tentativas frustradas de vê-la novamente.  

Meus relacionamentos fracassados: Lily Collins, Minka Kelly, Jéssica Biel. Meus affairs: Sandra Bullock, Dianna Argon, e outras. Nenhuma delas tinha a conexão especial que eu procurava. Claro, também tinha a questão da atração física. (Confesso, às vezes o desejo por algo mais sexual acabava falando mais alto). O que eu procurava era mulher que pudesse me compreender e quisesse um futuro: namoro sério, noivado, casamento, filhos.

Para a maioria das pessoas, eu tinha tudo: dinheiro, fama, beleza. Mas não tinha o que eu mais procurava: Amor.

Termino de me barbear e visto uma roupa quente qualquer.

Saio do quarto e vou até a sala. Minha mãe estava sentada no sofá, me olhando um pouco triste.

- Oi Chris – minha mãe disse fazendo um gesto para me sentar ao seu lado.

- Oi mamãe – falo me sentando.

- Ainda com o mesmo sonho? – Dona Lisa perguntou olhando para os meus olhos.

- Sim, já não sei mais o que fazer – encosto minha cabeça no seu ombro – eu já tentei esquecê-la. Tentei encontrá-la. E nada.

- Talvez por isso seus relacionamentos não estejam dando certo – minha mãe afaga meu cabelo – você focou tanto nessa garota que atrapalhou o envolvimento emocional com outras mulheres.

- Apenas a esqueça, será melhor – minha mãe me dá um beijo na testa – e aquela mulher nova, Jenny, não é? Conte mais sobre ela.

- A Jenny é divertida, se preocupa com os outros, bonita, doce – falei notando que havia algo no meu bolso da calça.

- Dê uma chance. Dessa vez pode dar certo – Dona Lisa sorri.

- Cadê o Scott? – pergunto querendo mudar de assunto.

- Foi levar o Dodger para passear – minha mãe responde se levantando do sofá – vou preparar um café da manhã reforçado.

Mexo no bolso e tiro um colar de corrente prateada com um pingente pequeno feito de diamante negro. Era a única pista dela.

O aperto na mão e olho para a janela. Uma grossa camada de neve cobria a paisagem. Se fosse naquela represa, estaria um Sol quente. Fecho os olhos, me lembrando da sensação de tê-la nos braços durante o sonho.

- Cheiro de paraíso...


Notas Finais


Então, o que acharam?


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