História Moonlight - Dia chuvoso

Cora havia acabado de sair do banho e estava passando com cuidado a toalha sobre os cabelos castanhos enquanto pensava no que iria fazer naquele dia frio.

“Que vontade de cortar esse cabelo”  Pensou aleatoriamente ao ficar entendiada ao fazer os movimentos repetitivos com a toalha.

Foi quando Derek passou  por ela tão rápido que a mesma se assustou vendo que o irmão estava retirando a camisa apressadamente , mostrando o triskle que estava tatuado no centro de sua costa.

-Que pressa é essa Der? – Perguntou olhando para a janela e percebendo que a chuva havia diminuído.

O moreno se virou para ela enquanto vestia uma blusa cinza de frio justa ao corpo.

-Vou ter que dar uma saidinha – Respondeu enquanto apalpava o bolso.

Derek havia acabado de receber a mensagem do humano confirmando que poderia ir a sua casa, dessa vez na luz do dia. Sua memoria o puxava para aquele momento de madrugada, provocando nele novamente aquela sensação de nervosismo.

-Vai aonde? – Cora agora penteava o cabelo úmido e estava sentada no colchão de pernas dobradas.

O lobisomem estava olhando ao redor tentando se lembrar onde havia deixado sua chave.

-Passar na casa de Stiles – Respondeu distraído.

Cora soltou uma risadinha enquanto retirava do pente alguns fios de cabelo. Ela quando havia visto Derek novamente a mesma percebeu o quanto o outro havia mudado, principalmente em relação a ser tão fechado quando demonstrava.

O irmão que ela conhecia sempre foi de cabeça quente, porém era muito amoroso. E parece que aquele grupo do qual ele andava estava despertando algo nele, principalmente aquele humano. Cora não poderia afirmar porque ler outro lobisomem era mais difícil, mas Derek parecia até mesmo um pouco ansioso.

-Ah sim – Começou a dizer parecendo despretensiosa –Stiles... Ele parece gostar muito de você!

No mesmo momento Derek levantou o olhar para sua irmã achando estranho o tom que a outra assumiu, ou seria impressão? Mas Cora estava concentrada em seu cabelo e não teria nenhum motivo para dizer aquilo.

-Ele é um bom aliado – Respondeu por fim tentando não dizer mais do que necessário não gostando muito daquela conversa – Mas eu só preciso ir conferir algo – Mudou de assunto.

Cora percebeu o desconforto em seu irmão, ele tinha um tique desde pequeno que quando não estava gostando de algo ele ficava coçando atrás da cabeça igual estava fazendo naquele momento enquanto atravessava a sala indo até a mesinha do centro.

As chaves estavam escondidas sobre suas roupas úmidas da madrugada da qual ele havia deixado ali quando chegou ensopado pela chuva que começou a cair no meio do caminho.

- Conferir o que? – A moça perguntou jogando os cabelos para trás.

-Nada muito importante – Respondeu chegando perto da mesma e dando um beijo na parte de cima de sua cabeça – Volto logo!

Derek sabia que Cora não era boba e que não tinha engolido aquela desculpa esfarrapada, mas ele não queria fazer nenhum alarde de nada. Principalmente porque ele nem tinha certeza de nada.

Ontem enquanto estava voltando pela floresta ele sentiu o cheiro de sangue e algo em seu instinto dizia que estava correndo perigo de alguma forma. Aquilo o deixou curioso porque seu corpo inteiro entrou em estado de alerta como se algo muito perigoso estivesse perto dali.

Geralmente ele guardava tudo para si mesmo, mas dessa vez sentia uma vontade imensa de compartilhar com Stiles. A presença do outro sempre fez diferença de várias formas por mais que ele não admita isso para si mesmo.

“Ele parece gostar bastante de você” Essa frase ficou ainda repercutindo pela mente do moreno.

 Aquilo de certa forma não deveria fazer ele ficar surpreso, afinal o outro rapaz já passou por várias coisas, entre elas até mesmo foi torturado e não revelou o seu paradeiro.

Derek estava pensando demais e aquilo acabava por dar muita dor de cabeça nele, então massageando as têmporas o mesmo se encaminhou para a porta não conseguindo ouvir nada além do som de seu coração um pouco acelerado.

Cora se despediu de Derek e o mesmo pareceu nem mesmo ouvir ao fechar a porta da frente. Ela não queria ficar fazendo nada daquilo, mas a mesma só queria ajudar o irmão a perceber as coisas a sua volta.

Ás vezes a felicidade esta tão perto e não nos damos conta.

No fundo ela sabia que o lobisomem nutria um sentimento forte pelo humano também, era um pouco nítido principalmente para Cora que era muito observadora.

Deixando isso de lado a mesma olhou para o loft tentando imaginar o que faria no resto da tarde chuvosa. Seus olhos caíram imediatamente em um dinheiro que estava perto da pia que Derek havia deixado para ela se a mesma ficasse com fome e quisesse comprar algo.

Abrindo um sorriso travesso Cora já sabia exatamente o que iria fazer.

                                                                        ***

Allison estava tranquila em seu quarto arrumando as coisas de sua gaveta enquanto observava a chuva enfraquecer.

A morena estava separando o que levaria para casa de sua tia da qual iam passar uns dias nessa semana que estava por vim. Não era bem sua vontade, mas ela queria fazer aquilo por seu pai que havia se fechado muito após a morte de sua mãe.

“Quando ela se matou na verdade” Aquele pensamento maléfico se destilou em sua mente a fazendo ficar mal de imediato.

A mesma parou de separar um pouco as coisas e se afastou até sentar na beirada da cama.

Mesmo sendo extramente severa Victoria era uma mãe que fazia de tudo por ela, por mais que demonstração de amor não fosse muito do seu costume. A mulher de cabelos curtos e avermelhados fazia do impossível para que a filha estivesse segura e preparada para qualquer coisa que o mundo estivesse a oferecer.

-Eu sinto sua falta – Sussurrou com os olhos marejados enquanto olhava para cima naturalmente como se alguma coisa fosse responder o seu lamento.

Desviando o olhar para a janela a mesma ficou observando as gotas da chuva escorrerem lentamente pelo vidro, ela não queria ficar naquele estado não adiantaria de nada.

Decidida a sair daquela bolha que estava deixando se envolver Allison levantou da cama e foi até o seu celular e começou a digitar para Lydia se a mesma não queria passear com ela para qualquer lugar.

Porque não existia nenhum culpado por mais que ela havia sentido raiva de Derek por  um longo período.

Sua mãe preferiu seguir o código do qual acreditava.

Não existia culpados, mas sim escolhas.

E Victoria havia feito a dela.

                                                                        ***

Derek desceu do carro e saiu apressado  para entrada da  casa do humano onde era coberto e a chuva não o atingia, dentro de si sentindo um pouco de vergonha ao ser a primeira vez que entrava pela porta da frente.

Tocando a campainha não foi preciso esperar nem o segundo toque, conseguiu ouvir os passos apressados em seguida. Estranhamente em um pequeno intervalo ouviu o outro parar e puxar o ar fundo antes de destrancar a porta.

Ao abrir revelou Stiles com uma roupa que ele se lembra bem, o velho moletom vermelho e a calça caqui. A única diferença era que o mesmo estava de meia e chinelos. Seu rosto se iluminou de uma forma que Derek chegou a perceber, mas achou que fosse algo da sua cabeça.

-Oi! – O castanho estendeu a mão para ele.

Derek balançou a cabeça cumprimentando e segurou firme na mão quente e longa do outro a apertando.

“Ele parece gostar muito de você” A voz de Cora ecoou em sua mente o fazendo olhar mais uma vez em seu rosto.

Stiles por outro lado engoliu em seco ao sentir aquele olhar tão intenso sobre si não entendendo o que tinha acontecido, parecia que Derek estava pensando em outra coisa.

-Bom... Entra ai! – Desviou o olhar sem graça enquanto dava passagem para que o outro pudesse entrar.

Derek piscou e entrou na casa de Stiles, sentindo de imediado o perfume que ali ficava, era todo marcado com seu cheiro claramente. Ele ouviu o castanho o convidando para sentar no sofá que ficava logo a direita em uma sala pequena e bem arrumada. Em seguida o outro foi até a cozinha para pegar algo que pudessem beber.

Stiles por seu lado deu graças a Deus por ter arrumado a casa mais cedo e tentava disfarçar o quanto nervoso estava em estar em casa sozinho com o moreno.

Ele voltou com dois copos de café até a metade, com um rastro de vapor saindo de cada um deles.

-Têm bolo, quer um pedaço? – Ofereceu e Derek negou falando que só o café estava ótimo por hora.

O moreno segurando o copo sentia o cheiro do café  que preencheu o espaço entre eles. Seu estômago em seu intimo roncou e se lembrou que talvez um pedaço de bolo seria uma boa ideia.

Stiles em seguida se sentou na poltrona a sua frente o olhando atentamente de uma forma muito (Derek jamais verbalizaria essa palavra) fofa.

-Aconteceu alguma coisa? – Questionou com as típicas sobrancelhas arqueadas.

Derek sorveu um gole do café e foi obrigado a reprimir um gemido de prazer ao sentir o sabor gostoso da bebida, uma das melhores que já provará, principalmente melhor que a sua que parecia água suja.

-Não – Respondeu dobrando a perna – Eu só queria saber se seu pai comentou de algo estranho, porque ontem de madrugada eu senti como se alguma coisa estivesse na reserva.

- O que você fazia na reserva de madrugada? – Stiles franziu o cenho.

-Nada demais –Derek desviou o olhar para o seu copo sentindo o sangue subir para seu rosto o irritando - Mas o importante era que parecia que algo estava lá.

O mesmo se lembrou da sensação de medo que cobriu todo sua pele quando estava em um determinado ponto da reserva. Stiles coçou a cabeça um pouco intrigado.

-Bom, na delegacia meu pai disse que estava tudo dentro dos padrões e a Lydia não mandou nada no grupo – Começou a dizer entrando em contato visual com o outro – E você sabe que ela é tipo... Um radar para essa coisas. Ela teria comentado algo.

Tomando mais um gole do café como se de alguma forma fosse clarear suas ideias o outro tentava pensar em algumas coisas para dizer. Será que teria sido algo de sua cabeça?

-Eu também estava um pouco desconfiado hoje  na hora do almoço, sabe? – Comentou  percebendo como Derek parecia um pouco perdido – E as vezes é coisa que criamos, quase como um alerta psicológico porque acostumamos com toda agitação de ser alvo de algo. Mas as vezes é só a nossa mente repetindo um comportamento.

Ouvindo aquilo o lobisomem começou a pensar que de fato as vezes poderia ter sido apenas alguma criação de sua cabeça. E até mesmo se sentiu um pouco estúpido ao pensar sobre isso, mesmo sabendo que tudo aquilo era uma desculpa para que pudesse ver o humano mais uma vez.

-Ei! – Stiles chamou sua atenção sorrindo com cumplicidade – A gente já passou por poucas e boas então é normal se sentir assim.

Aquele sorriso atraiu toda atenção do moreno e naquele momento um sentimento de ternura aflorou em seu peito em relação ao outro que estava tentando o animar.

Derek deu o seu melhor sorriso de lado e concordou se sentindo ainda um pouco idiota por criar tudo aquilo para nada, rodando em sua mão o copo vazio.

-Acho então melhor eu ir – Comentou com a voz sem vida.

Stiles mordendo os lábios ao ouvir aquelas palavras não se conteve em aceitar aquilo.

-Você tem algum compromisso agora? – Perguntou com esperança recebendo uma resposta negativa do outro – Então, você podia ficar aqui, tenho jogos de corrida, luta e de estrategia. A chuva parece que não vai parar e eu também estou livre a tarde inteira.

O castanho percebeu o rosto de Derek se iluminar naquele exato momento o que fez com que seu coração falhasse uma batida e uma  fagulha de esperança de que o outro gostava de ficar ali com ele.

-Estou bastante enferrujado, mas eu gostaria de jogar algo de luta – Comentou animado deixando de lado toda aquela história de que algo pudesse estar acontecendo  – É o meu preferido!

Stiles levantou da poltrona em um pulo todo animado para que pudesse ligar seu vídeo game depois de muito tempo desligado. Ele então viu o copo vazio do outro em sua mão.

-Quer mais café?

Derek sem nem hesitar respondeu na hora que queria. Quando o menor foi pegar o copo sentiu por segundos seus dedos roçarem os do lobisomem, quase como de proposito. Ambos trocaram um olhar que não demorou um segundo, mas que fez os pelos do  pescoço do humano arrepiarem.

“Será que eu to vendo coisa onde não têm” Stiles refletiu enquanto se virava de costas em direção a cozinha se recuperando daquele pequeno momento, então a  voz grossa de Derek soou atrás de si o chamando.

 - Eu aceitaria agora aquele pedaço de bolo – O lobisomem pediu dando um sorriso de lado que faria qualquer um perder o chão.

As borboletas no estomago do castanho estavam em festa quando o mesmo se virou indo em direção a cozinha fazendo o máximo de esforço para não deixar os copos caírem de sua mão.

A imagem do outro sorrindo não iria sair tão fácil assim de sua mente.

                                                                           ***

-Boliche de novo? Bem que a gente podia ir no salão fazer as unhas, porque as minhas estão pedindo socorro! – A ruiva comentou sentada no banco do passageiro.

Allison abriu um sorriso largo e revirou os olhos.

-Para de ser exagerada! E além disso boliche é divertido – A mesma observava o transito que estava até agitado para um sábado de tarde.

Lydia olhava agora para suas unhas que estavam com os esmaltes vermelhos já descascando e fez um beicinho concordando que uma tarde de jogos seria mais divertido do que ficar sentada ouvindo fofocas.

-Já vou avisando que quero fazer apostas! Tudo fica muito mais divertido dessa forma!  - A banshee avisou dando um de seus típicos sorrisos desafiadores para a amiga.

A amizade entre as duas nasceu de certa forma natural e fortaleceu com o tempo apesar de algumas deslizadas que a ruiva havia dado, mas tudo mudou depois de alguns acontecimentos. Lydia principalmente sentiu mudanças enormes em sua personalidade ao parar de fingir ser estupida apenas para aumentar o ego de Jackson e ser a mais popular da escola.

Com certa relutância de sua parte a mesma começou a deixar seu verdadeiro eu aparecer. Uma garota que tinha suas preferências em moda e beleza, mas que era também uma das mais inteligêntes da escola.

Allison foi uma das pessoas que mais ajudaram ela a ser quem realmente devia ser e por isso a mesma era muito especial para ruiva.

Lydia estava perdida em pensamentos desse tipo enquanto escutava a morena falar sobre um artista que havia conhecido quando olhou para fora da janela sem qualquer pretensão.

Foi quando a mesma percebeu alguém familiar dentro de um carro que estava passando indo na direção oposta  a delas. Lydia ficou pálida ao prestar atenção ao que estava vendo.

Dentro do carro sentada no banco do carona com as janelas abertas mesmo naquela chuva que caia fina estava a garota loira do seu pesadelo. Pelo menos Lydia achou idêntica principalmente pelo traço do rosto e dos cabelos longos e dourados que ficaram marcados em sua mente.

Na sua cabeça a mesma ouvia apenas o grito da garota roubando total sua atenção a fazendo esquecer do mundo externo.

De repente houve uma freada repentina que fez Lydia jogar o cabelo com tudo para frente tampando sua visão e a fazendo voltar para o momento presente.

-Meu Deus! – Exclamou assustada.

Quando a mesma retirou os cabelos de seu rosto viu que na frente do carro estavam dois rapazes com a mão estendidas para frente.

-Me desculpem! – Pediu Allison totalmente sem graça, porque ela não havia visto que o farol estava fechado e se distraiu ao chamar Lydia que parecia estar em outro mundo.

Um dos dois tinha o cabelo raspado rente ao cranio e abriu um sorriso simples enquanto o outro o segurou pela mão puxando para calçada sumindo em seguida ao meio das pessoas que atravessam também a rua.

-Lydia você está bem? – Questionou tocando no braço da amiga.

-Eu só estava distraída – Mentiu sem graça.

A morena esperou o farol abrir e dirigiu um pouco para frente até achar uma vaga para que pudesse estacionar e conversar melhor com a outra.

-Sentiu algo? – Perguntou agora ao retirar o cinto para que pudesse dar toda atenção.

Lydia negou com a cabeça forçando abrir um sorriso, afinal era apenas uma coincidência enorme ela ter visto uma menina que apareceu em seu pesadelo. Aquilo era cientificamente comprovado e nada de teor sobrenatural, ela já havia lido isso em um site.

-Claro não All! – Sorriu deixando de lado o choque anterior – Eu só estava pensando em o que você vai ter que me dar quando perder no boliche – Atiçou piscando um de seus olhos.

-Veremos! – Allison sentenciou balançando a cabeça enquanto sorria pronta para dar a partida no carro.

Quando a mesma nota que na rua andando sobre a chuva fina estava Cora Hale, mas ela estava diferente porque o cabelo antes longo agora estava bem curtos em um corte chanel.

Abrindo a janela a morena chamou pela outra.

-Ei, Cora!

Ouvindo o seu nome a Hale acabou por reconhecer de imediado a filha dos Argents, Derek havia contato tudo sobre o que havia acontecido e ela não sabia o certo o que sentia em relação a outra. Também percebeu que dentro do carro estava Lydia Martin a mesma garota que havia ressuscitado seu tio.

-Oi – Respondeu com a voz um pouco fria demais.

-Err...Quer alguma carona para não andar nessa chuva? Estamos indo jogar boliche, se você quiser ir com a gente – A chamou sem nem ao menos saber o porque, apenas que não havia tido muito contato com a irmã mais nova de Derek.

Lydia sorriu para a mesma enquanto balançava a cabeça em concordância reforçando o convite. A ruiva sabia que era uma aproximação difícil para ambas que compartilham de momentos não muito agradáveis entre seus parentes.

Cora sabia que Derek disse que agora eles não tinham nada contra a família Argent, havia acontecido muita coisa e no final de tudo eles eram caçadores que ajudavam os lobisomens que não praticavam o mal.

Seria interessante para até mesmo ver se era verdadeiro as intenções da Argent e de contra partido para que a outra também conhecesse ela.

-Claro! Acho que pode ser divertido – Aceitou  o convite um pouco receosa ao ouvir a porta de trás ser destrancada.

Ao entrar dentro do carro colocando uma de suas mechas de seu cabelo atrás da orelha recebeu um elogio de Lydia seguido do de Allison. Ela ficou feliz em ter coragem de fazer essa mudança.

Cora sentia que precisava de uma mudança que marcasse o começo de uma nova fase em sua vida, então foi corajosa ao escolher cortas na linha do queixo.

-Cora já vamos avisar que eu e a Lydia somos muito competitivas! – Allison comentou olhando pelo retrovisor se preparando para dar a partida.

Lydia concordava enquanto retocava o batom.

-Queridas e eu sou uma Hale! – Alertou se permitindo sorrir – Eu vou acabar com vocês duas!

Cora sabia que seria uma tarde um tanto quanto divertida.

                                                                      ***

Dallas ainda segurava na mão de seu companheiro durante todo o caminho até mesmo ao fazerem o check in na pousada em que ficariam. Ele amava completamente o outro rapaz do qual havia iniciado um relacionamento já fazia um ano e meio.

-Pode ficar tranquilo agora! – Sam disse enquanto segurava em sua mão a chave do quarto enquanto davam a volta pela pousada.

O quarto de ambos ficava no  fim do corredor porque gostavam sempre de escolher um pouco mais afastado da entrada para que não fossem incomodados.  

-Aquela doida quase te atropelou! – Dallas exclamou ainda nervoso.

-Mas não atropelou! – Respondeu dando um beijo em seu ombro.

Sam olhou para Dallas percebendo como que o namorado era lindo, com um rosto semelhante a um felino e o corpo largo que o fazia parecer super protetor. Ele se achava um cara de sorte por ter alguém tão maravilhoso como ele.

Quando chegaram perto da porta doo numero 444 o castanho entregou para o outro a chave enquanto segurava em suas mãos as duas malas de viagem, doido para que pudessem descansar um pouco. Ao olhar para trás Sam percebeu que depois de um jardim e uma cerca bem elaborada estava a reserva de Beacon Hills.

Dallas comemorou ao finalmente abrir a porta e entrar no local. Era um quarto relativamente grande, com uma cama de casal no lado esquerdo perto da janela e uma escrivaninha do lado direito com um frigobar ao lado. Era bem iluminado e até que era melhor do que algumas pousadas das quais eles já passaram.

Sam fechou a porta e o outro aproximou dele o abraçando forte por trás sentindo o odor maravilhoso do seu perfume.

-Têm certeza que é nessa cidade? – Perguntou.

-Sim – Samuel respondeu colocando a mão sobre o pingente de pentagrama em seu pescoço que estava um pouco quente – Eu sinto!