Yoongi arfou, como se um peso houvesse caído em seus ombros. O sentimento de preocupação e ansiedade tomaram conta de si enquanto observava os olhos de Jimin.
— É complicado. — Ergueu o tronco, se sentando e desviando o olhar do ômega. Tentando fugir do assunto, Jimim pensou. Conhecia bem os gestos do outro.
O Park se ajoelhou, engatinhando até o mais velho e passando os braços por seus ombros. — Você pode me falar, não sabe?
Yoongi olhou para o lado, mirando os olhos que amava tanto. Suspirou e sorriu fraco. — Tudo bem.
Passou os outros minutos contando à Jimin tudo. Desde quando conhecera a mãe do filho, até quando recebeu a notícia da morte dela, em que teve que assumir a guarda da criança. Jimin ouvia tudo atentamente, como se não pudesse perder um detalhe sequer.
— E onde ele está?
— Na casa de Hoseok. — Recebeu um olhar crítico de Jimin e continuou. — Eu sei, eu sei. Mas estava com medo da sua reação, e depois do que aconteceu com você, deixei isso para último plano.
— Então vamos buscá-lo. — Yoongi negou com a cabeça. — Por favor, Yoongi! Eu não me importo que ele seja seu filho com outra mulher. Eu sei bem o que é ser largado pelos pais e abandonado. Não quero que ele sinta isso também. Ele é seu filho, eu o aceitarei da mesma forma.
O Min mirou os olhos pidões de Jimin e sorriu fraco. Passou o polegar sobre a bochecha do menor e sussurrou: — Eu te amo. Sabia?
O Park sorriu largamente. — Isso foi um sim? — Yoongi assentiu, dando-se por vencido.
...
Do outro lado da cidade, Kwan estava em seu apartamento. Passou o dia todo deitado, com um saco de gelo no rosto, tentando diminuir o inchaço que o golpe de Yoongi causou nele.
O telefone começou a tocar. — O que? Ai, merda. — Era sua secretária. — Sim, Jung Hoseok, o que tem ele?
Um minuto foi o suficiente para a carranca do milionário sumir e um olhar perigoso com um sorriso de ponta à ponta surgir em seu rosto.
— Filho de Yoongi? Tem certeza disso? — A mulher concordou do outro lado, fazendo-o estreitar os olhos. — Pesquise isso mais a fundo. Quero respostas rápidas sobre isso.
Desligou o aparelho, fitando o teto. — Você não perde por esperar Yoongi...— Se levantou e pegou um dardo, mirando no alvo que tinha na parede. Acertando bem na foto de JungKook. — Agora preciso lidar com esse merdinha.
...
O dia amanheceu com um Jimin ansioso. Ficou a noite inteira perguntando à Yoongi como Hyeon era. Se tinha seus cabelos, seus olhos, sorriso ou até mesmo se ficava rabugento como o pai quando acordava.
— Mais alguma pergunta antes de irmos? Não sabia que você tinha virado assistente social. — Ironizou.
— Hahá. — Riu sem humor, entrando no carro. — Só estou curioso.
Yoongi riu, girando a chave do carro. — Não sei porquê. Um pirralho correndo pela casa e nos atazanando pelos próximos anos não é bem algo que eu tenho em mente para a minha vida. Ai! — Resmungou quando Jimin acertou um tapa em seu braço.
— Para de ser chato.
Não demoraram muito chegar à casa de Hoseok, devido ao pouco trânsito na rua. O ruivo havia avisado que Hyeon já havia recebido alta na noite anterior. A febre tinha sido devido ao estresse e tristeza, causas psicológicas. Nesse momento Yoongi teve a certeza de que a culpa tinha sido sua. Aquilo só reforçou sua decisão de aceitar o pedido de Jimin. Mesmo que no fundo estivesse ressentido de abandonar sua vida de não-pai.
— Chegamos. — Disse ao estacionar o carro.
Jimin remoíasse por dentro, mordiscava os lábios e olhava atentamente as casas. Seguiu Yoongi até uma que parecia uma mansão. — Que grande.
Yoongi tocou a campainha e não demorou até que Hoseok atendesse, era sábado e Martha não estava. — Hyeon! Seu pai chegou. — Uma voz infantil gritou do segundo andar "já estou indo!" e passos apressados se aproximaram.
O garotinho desceu as escadas, com uma mochila nas costas. Sua expressão demonstrava ansiedade e felicidade, e também hesitação. Yoongi não era exatamente uma pessoa convidativa para se morar junto.
— Vamos? — O mais velho perguntou. O menor assentiu, olhando com curiosidade Jimin, que sorriu para ele. Porém, o menino continuou com um semblante inexpressivo. Tinha que ser filho do Yoongi, Jimin pensou, nervoso.
Antes que saíssem, o menino abriu os braços para Hoseok e o abraçou, sendo correspondido, junto de um sorriso aberto. — Obrigado, tio Hoseok.
— Venha me visitar sempre!
— Mande um beijo pra tia Martha. — Pediu e saiu correndo atrás do pai.
Quando entraram, permaneceram em silêncio. Heyon estava atento à tudo, olhando pela janela. Yoongi parecia bem confortável com o silêncio, apenas prestando atenção na estrada. Ao contrário de Jimin, que segurava-se para puxar assunto com o garoto.
— Então, Hyeon, quantos anos tem? — Perguntou olhando pelo retrovisor.
— Seis. — Disse, sem tirar os olhos da janela.
— Ah...— Sussurrou, voltando a olhar a estrada. Yoongi riu com o desagrado do Park, e ouviu o outro resmungar baixinho.
O menino que passou boa parte da viagem quieto, se aproximou do meio dos bancos e se apoiou neles, colocando sua cabeça entre os estofados. — Qual o seu nome?
— Jimin. Park Jimin.
— Ah...— Mordeu o lábio, antes de perguntar. — O que você é do meu pai?
— Ahn...somos...é...— Enrolou-se e olhou para Yoongi, pedindo ajuda.
— Amigos. — O Min respondeu.
— Só?
O mais velho assentiu. Jimin tentou disfarçar o incomodo, mas não conseguiu. Nesse momento pensou consigo mesmo, eles nunca haviam oficializado algo. Sentia-se incomodado com isso.
...
— Regra número um: Nada de correr pela casa. Regra número dois: Nada de comer na cama ou nos sofás. Regra número três: Gritaria é estritamente proibido, ah, e bolas no apartamento também. — Yoongi dizia de pé, enquanto o menino ouvia tudo sentado no sofá. — Se fizer alguma dessas coisas, ficará de castigo por um mês e só comerá no almoço e no jantar.
— Não acha que está sendo muito rígido? — Jimin questionou, sentado em uma poltrona. Achava tudo aquilo muito forçado.
O Min deu-lhe um olhar rígido. — Minha casa, minhas regras.
Jimin estendeu os braços em rendição.
— Acho que vou aproveitar para trabalhar um pouco no escrit...— A campainha soou, interrompendo sua fala. — Quem será que é? — Resmungou, indo até a porta.
Olhou pela câmera e murmurou un palavrão, abrindo a porta, sem escolhas. — Olá!!! — TaeHyung entrou no apartamento, junto de Namjoon e Jin. O Kim mais novo girou uma espécie de cilindro e papéis coloridos voaram dele, caindo sobre o Min. SeokJin carregava refrigerantes e Namjoon um bolo com os dizeres "Bem-Vindo Heyon!" sobre ele.
— Mas o que...
— Você a cara do Yoongi! É tão fofo! — TaeHyung não esperou e adentrou o apartamento, correndo até o menino e o levantando.
— É mesmo. — SeokJin concordou.
— Vocês vieram até aqui, invadiram meu apartamento, e sujaram minha casa só pra pegar meu filho no colo? — Yoongi resmungou. Jimin deu-lhe uma cotovelada sutil, murmurando "pare de ser chato".
— Também vim entregar isso. — Estendeu três convites bem decorados à Yoongi, que os pegou. — Os convites do meu casamento. Será sábado que vem.
— Obrigado, hyung. — Jimin agradeceu, sorrindo.
— Nada. — Olhou para os dois. — E o de vocês? Quando sai?
— Que?
— O casamento. — Perguntou como se fosse a coisa mais óbvia.
Os dois se entreolharam, sem saber o que falar. — Nós...
— Casamento? Papai, ele não era seu amigo? — Heyon perguntou,confuso. — Amigos se casam?
— Não. — Disse. — Muito obrigado, viu. — Murmurou para Jin, que apenas riu constrangido.
TaeHyung balançou o menino em seu colo. — Bom, vamos logo comemorar a chegada de Heyon e comer esse bolo. Não é?
— Sim! — O menino riu, animado.
...
O dia passou-se devagar, principalmente para Yoongi,que não via a hora dos colegas irem embora. Nunca foi muito chegado à festas, principalmente as surpresas. Quando a noite chegou, e Heyon demonstrou sinais de sono, agradeceu aos céus. TaeHyung se prontificou em dar banho no menino, já que sempre fora apaixonado por crianças e amava cuidar delas. Por um tempo, foi babá de seu priminho.
Não demorou para o pequeno Min adormecer no sofá. Todos foram embora e Yoongi o colocou no quarto de Jimin, cobrindo-o, enquanto Jimin tomava banho.
Sorriu malicioso, quando ouviu o ômega cantar baixinho no banho. Espiou pela porta, vendo o corpo bem definido do outro através do box meio embaçado. Entrou e tirou a roupa, ficando apenas de box.
Abriu lentamente o vidro, sem ser notado pelo outro. Se aproximou e colou seus corpos, segurando o quadril do Park por trás. Depositou um selar em seu pescoço, fazendo-o pular de susto. — I-Idiota. Eu quase morri...
— Morreria feliz...— Mordeu o nóbulo da orelha do ômega, este arfou ao sentir as mãos do mais velho em sua nádega direita.
Gemeu ao sentir o membro duro do outro roçando em sua bunda. — Y-Yoongi...Não com ele aqui...— Reclamou, arfando.
— Você que o quis aqui. Agora arque com as consequências...— Moveu as mãos até o peitoral do mais novo, estimulando seus mamilos. Uma das mãos moveu-se até o membro já recém despertado do ômega. — Já duro para mim? — Sussurrou.
— I-Idiota. Aah— Yoongi iniciou movimentos de vai e vem, fazendo Jimin gemer e apoiar os ante braços na parede, deixando que a água caísse em suas costas. Ele aumentava e diminuía os movimentos propositalmente. — R-Rápido...
O Min ficava cada vez mais excitado com aquilo tudo. Moveu a outra mão até seu próprio membro, estimulando-o na mesma velocidade. Queria ter o prazer de gozar na bunda do ômega. Só de imaginar isso, sentiasse em êxtase. — Caralho...tão gostoso.
Jimin que não aguentava mais, desmanchou-se na mão do mais velho. Percebeu que Yoongi ainda não havia chegado em seu limite, e ofegante, se virou, beijando-o. Desceu os beijos até seu pescoço, e pegou o membro do Min, estimulando-o. Desceu e ficou de joelhos, abocanhando e fazendo movimentos de sucção. Olhava com uma cara safada para o outro. — A-Ah...isso...ah, me chupa gostoso.
Yoongi gemia arrastado e murmurava palavras desconexas. Sentia seu clímax se aproximar aos poucos e fechou os olhos com força, sentindo os dedos formigaram e pequenos espasmos tomarem seu corpo. Pressionou a cabeça de Jimin contra sua pélvis, obrigando-o a engolir seu pênis inteiro, fazendo o Park se engasgar. O líquido branco preencheu sua garganta e ele engoliu, tossindo um pouco.
Yoongi rapidamente o puxou para mais um beijo. Aquilo excitou ambos, que novamente sentiram-se duros. — Eu te amo...— O Park sussurrou, sentindo os lábios de Yoongi darem um chupão na curvatura de seu pescoço. — Ai! — Murmurou, quando sentiu as presas do outro fincarem em sua pele. Resmungou baixinho.
Yoongi o virou, depositando mais um selar no local e então o prensou na parede, penetrando-o lentamente.
— Aaah...— Jimin gemeu arrastado, mordendo o lábio e revirando os olhos. Êxtasiado pelo prazer. Era indescritível a forma em que o moreno preenchia-o.
Yoongi não esperou e segurou com força a cintura do menor, aumentando o ritmo das investidas. Jimin gemia sem pudor, lacrimejando de puro prazer. Ora ou outra o Min acertava sua bunda com um tapa.
— Mais forte, Yooniee...aaah...— Yoongi retirou seu pau e entrou novamente com força, acertando a próstata de Jimin, que gritou abafado. As estocadas continuaram e era possível apenas ouvir o barulho da água e de seus gemidos. — E-Eu tô quase...
Não demorou para gozarem, e Jimin sentiu seu corpo amolecer. Foi segurado por Yoongi, que o virou e beijou seus lábios, sem malícia, com paixão. O beijo foi diminuindo até que virasse breves selares, e então permaneceram olhando-se, com as testas encostadas e os batimentos acelerados. As respirações desreguladas mesclavam-se e riram como idiotas apaixonados.
Yoongi gostava disso, a forma como Jimin fazia-o sentir-se como um adolescente com os hormônios a for da pele. — Estava com saudades disso...— Murmurou, com a voz rouca.
— Eu também...— Mirou-o e por um momento desviou o olhar, ficando com um semblante chateado e um bico em seus lábios.
— O que? — Levou as mãos ao rosto do menor, encarando-o e o fazendo encará-lo. — Está chateado?
— É que...— Mordeu o lábio, olhando de modo triste para Yoongi. — Você disse que éramos amigos para seu filho e tudo mais e eu pensei...nós...não temos nada, não é?
Aquela poderia ser uma pergunta idiota, mas por um momento, Yoongi pensou. Jimin era um ômega sensível e apaixonado, era óbvio que queria alguma garantia da relação que tinham, mesmo que ele não se importasse tanto para essas coisas.
— Então, estamos namorando...noivos...vamos nos casar, o que você quiser. — Disse, arrancando uma expressão surpresa de Jimin.
— Que frio...— Murmurou, com o bico ainda nos lábios. Yoongi riu.
— Eu te amo, Park Jimin. — Beijou seus lábios. — Quer se casar comigo?
Os olhinhos do ômega brilharam. — Quero...eu quero muito!
Envolveu os braços ao redor do pescoço de seu alfa, inalando o perfume único que apenas ele tinha. E ele era somente dele, como Jimin pertencia apenas à Yoongi. Principalmente agora que esse o havia marcado. Estavam se jogando de cabeça em algo desconhecido para ambos, e mesmo assim, muito gostoso.
— Será que agora podemos tomar banho? — Jimin riu, fazendo Yoongi sorrir e concordar.
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