1. Spirit Fanfics >
  2. Mordida de Alfa >
  3. ONZE: Para Que Seja Meu

História Mordida de Alfa - ONZE: Para Que Seja Meu


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Oi florzinhas
dia errado, hora errada
pois é, cortaram minha energia, acreditam? kkkkk (cada k é uma lágrima), mas não se preocupem, nós já pagamos e já está tudo bem, a super Myo enfrentou a fila da lotérica e conseguiu pagar >-<

o capítulo de hoje está polêmico, mas o que seria de uma boa história sem polêmicas? história boa tem que ter quebra pau, barraco, gente dormindo com gente, então vamos nessa!
ah, e pra imaginarem melhor, Myungjun é o MJ do grupo ASTRO, é ele que está no banner ao fundo >-<
Hoje vocês vão finalmente descobrir o que diabos há de errado com o Chanyeol
então corre lá!

Capítulo 11 - ONZE: Para Que Seja Meu


Fanfic / Fanfiction Mordida de Alfa - ONZE: Para Que Seja Meu

Mordida de Alfa

Cap. 11: Para Que Seja Meu

A M A R O

 

 

Quando a mãe de Jongin segurou suas mãos e sorriu doce, Kyungsoo conseguiu ver de onde seu marido havia herdado aquele sorriso tão perfeito. A mulher era pequena e magra, porém muito bela, com os mesmos cabelos dourados que JongDae, o irmão alfa mais novo de Jongin.

Naquela noite Kyungsoo conheceu toda a família de Jongin, e conhecer o pai do mesmo era como ver o próprio Jongin vinte anos mais velho, eles eram iguaizinhos, com diferença apenas da barba pomposa do mais velho. E além de JongDae, Jongin tinha mais três irmãos, uma ômega e mais dois betas, que eram gêmeos. Apenas JongDae havia herdado os cabelos dourados da mãe.

A mulher continuava segurando suas mãos, lhe dando mais atenção do que a qualquer outra nora ou genro, e recebendo alguns olhares enciumados por causa disso. Todavia, não era como se fossem julgar esse comportamento como sendo ruim, afinal, era seu primeiro contato com o marido de seu filho mais velho.

— Estou muito feliz em conhecer você, meu filho. — o sorriso maternal continuava ali, sempre brilhante — Você é ainda mais bonito do que Jongin havia descrito, ele fala tanto de você.

— Fala?

Era notório o quanto o rosto de Kyungsoo ganhou cor, não conseguia imaginar seu marido sentado e falando com alguém sobre ele, e muito menos descrevendo sua beleza. Jongin o conhecia por inteiro, cara detalhe de quem ele era fisicamente, e ser descrito como belo por uma pessoa que o conhece tanto assim, era o melhor dos elogios. É como dizem por aí “o melhor elogio é aquele que é dito sem a sua presença”.

— Claro. — ela apertou uma de suas mãos e riu um pouco — Meus filhos sempre me visitam, e Jongin vem me ver todos os dias depois do serviço, ele sempre me conta como as coisas estão em casa com você, e eu vou te contar um segredo, eu nunca vi meu filho falar assim de alguém, ele gosta muito de você.

O ômega só conseguiu sorrir, o sorriso mais bobo e perdido de sua vida, nem viu quando a mulher soltou suas mãos e acenou para um moço grávido que havia acabado e chegar, só ouviu um “fique à vontade”, e acabou ficando perdido ali no meio da casa, até que Jongin viesse e o puxasse para a mesa de jantar. Acabou sentando-se ao lado de JongDae, e só então reparou que seu amigo Minseok também estava lá, bem ao lado do alfa loiro.

Estava pronto para falar com ele e perguntar o motivo de estar ali quando o pai de Jongin começou a falar. Ficou em silêncio vendo o patriarca da família falar sobre o quanto era magnifico ver a família toda reunida novamente, e do meio de seu discurso para frente, falar sobre o quanto amava sua esposa, e o quanto estava feliz por envelhecer ao seu lado, e o quanto sua esposa ficava ainda mais linda a cada ano que se passava. Viu a matriarca da família chorar enquanto dizia o quanto era feliz com seu marido e seus cinco filhos, além da quantidade imensa de netos que corriam pela casa enquanto brincavam uns com os outros.

A família Kim era enorme, e naquela noite Kyungsoo descobriu que Jongin era o mais velho, e que seus irmãos costumavam perguntar o tempo todo sobre quando ele iria se casar, e que agora a pergunta era quando começaria a ter filhos. Jongin também tinha muitos sobrinhos, sua irmã ômega era casada com um alfa da família Lee, e mesmo muito jovem ela já tinha três filhos, fora a primeira a se casar. Um dos gêmeos beta era casado com um alfa, e estava grávido de seu primeiro filho, o outro beta era casado também com um beta, e os dois tinham quatro filhos.

A fertilidade da família Kim não era nenhum mito.

Depois de comerem, as pessoas começaram a se dispersar, formando grupinhos enquanto conversavam uns com os outros, Kyungsoo não se sentia muito confortável para participar daquelas conversas, não tinha nenhum assunto para discutir, além de nunca ter sido muito bom com conversas em grupo. Acabou encontrando Minseok na mesma situação, um pouco mais afastado e quase na saída da casa.

— Não sabia que estava tendo alguma coisa com o irmão do Jongin. — o ômega mais velho acabou abaixando a cabeça ao ouvir aquilo, nem sabia ao certo o que era aquele “alguma coisa” com JongDae, só sabia que esse “alguma coisa” não tinha futuro nenhum.

— Sabe que não posso ter nada com ninguém. — o respondeu, e talvez tenha soado mais rude do que o Byun queria realmente — JongDae está apenas me ajudando a não morrer nesse inverno, tem me doado o calor dele.

A reação do ômega Do foi balançar a cabeça afirmando ter entendido. Os dois ainda conversaram sobre qualquer banalidade, rindo um do outro por não conseguirem se enturmar com o restante da família, e o quanto aquilo parecia constrangedor para ambos, já que sempre encontravam olhares curiosos sobre eles. Minseok escondia sua marca, se alguém ali soubesse de sua história, possivelmente diriam coisas desagradáveis, ou acabaria deixando JongDae em uma situação não muito agradável.

Para os irmãos de JongDae, Minseok era o ômega que o loiro estava cortejando.

Mais tarde, Kyungsoo acabou abrindo a boca em um bocejo, estava cansado e quase dormindo, sem conseguir encontrar Jongin em lugar nenhum. O encontrou apenas minutos depois, conversando com seu irmão beta, o que estava grávido. O menor se aproximou meio sem jeito, não queria atrapalhar a conversa de seu marido, mas também não queria acabar dormindo em um cantinho qualquer da casa.

— Jongin. — o chamou, ganhando a atenção do alfa imediatamente — Estou com sono.

O irmão do mesmo também o olhou, e sorriu ao ver o quão adorável o rostinho sonolento de Kyungsoo era.

— Vem cá. — o alfa o chamou, lhe estendendo um dos braços, o ômega caminhou até ele, e foi abraçado pelo maior, encaixando sua cabeça no peito do Kim, poderia dormir ali mesmo — Nós já vamos, Jinwoo, até mais.

Kyungsoo dormiu no meio do caminho, nem mesmo o balançar do cavalo era capaz de ofuscar o conforto que era dormir no peito de Jongin. O alfa segurava o menor com uma das mãos, para que ele não acabasse escorrendo, e era com esse braço que Kyungsoo se esquentava e se aconchegava mais.

Ao chegarem em casa, Jongin teve todo o cuidado para descer Kyungsoo do cavalo, e leva-lo para dentro. O deitou na cama e tirou o casaco grosso que ele vestia, o ômega virou-se para o outro lado, seu sono era tão pesado que não havia despertado em momento algum. O moreno também se ajeitou para dormir, deitando-se ao seu lado e cobrindo ambos com as cobertas grossas. Não demorou muito até sentir as mãozinhas de Kyungsoo tateando pela cama procurando por algo, o menor o achou e o abraçou pela cintura, deitando a cabeça sobre seu peito. Jongin sorriu para si mesmo.

— Até dormindo você me faz derreter por você, Kyungsoo.

 

 

 

[... Mordida de Alfa ...]

 

 

 

Zitao acordou depois de seis longos dias de cio, seu corpo estava pesado e dolorido. Automaticamente levou uma de suas mãos ao pescoço, não encontrando nada ali, seu lado humano se sentiu aliviado, enquanto seu lobo se encontrava um tanto decepcionado. Detestava o fato de sua natureza submissa ter desejado tanto ter sido marcado, detestava ainda mais aquele sentimento de vazio ao descobrir que aquilo não havia acontecido.

Olhou tudo em redor, não conhecia aquele lugar, e por seu lado ômega estar totalmente descoberto e vivo, sua única reação foi se encolher no meio das cobertas. Estava sensível e amedrontado, seu corpo doía e ardia em certos lugares, e as pequenas manchas de sangue sobre o colchão o deixavam ainda mais apavorado. Era nessas horas que Zitao detestava ainda mais ser um ômega, aquele maldito sentimento de medo era incontrolável, acordar sozinho depois de um cio era o pior vazio que um ômega poderia sentir.

Seus olhos estavam marejados. Mas que merda! Ele estava quase chorando por seu lobo se sentir rejeitado, se havia passado o cio com alguém, onde ele estava agora? Queria ficar de pé, mas tinha medo de cair caso tentasse, queria ir embora, mas não sabia para onde correr, queria vestir uma roupa e sentir menos vergonha de seu estado, porém não havia nada ali por perto. Onde diabos ele estava?

— Então você é um ômega?

Sua cabeça girou procurando pelo dono da voz, e acabou ficando ainda mais assustado ao ver Yifan parado na porta do quarto, vestido apenas com uma calça, não era preciso olhar duas vezes para reparar na quantidade absurda de arranhões e mordidas que havia em seus braços, no peitoral e nos ombros, Yifan estava tão destruído quanto ele. Não era preciso ser tão inteligente para ligar os pontos.

— Por que mentiu pra mim? — o alfa o indagou, Zitao ouvia suas palavras como se elas estivessem pesadas, doíam em seus ouvidos.

Ele estava tão distante, parado ali naquela porta, Zitao não entendia o motivo dessa distância o incomodar tanto, ele queria ser abraçado e não ouvir perguntas.

— Porque eu... — sua voz saiu baixinha, insegura — Eu não gosto de ser ômega.

— Por que não?

Só o silêncio veio como resposta, Zitao nem ousava olhar mais para ele, seu rosto permanecia voltado para baixo, cada vez encolhendo-se mais dentro daquele lençol grosso, abraçando-se nos próprios joelhos, sentindo-se completamente vulnerável e frágil. Detestava tanto aquilo.

— Você vai me expulsar do navio? — o ômega perguntou, na verdade estava tentando desviar do assunto.

Yifan entendia, se Zitao tinha tanto medo daquele assunto, certamente era porque aquilo o feria, e estando sensível daquela forma devido ao fim do cio, aquele assunto o deixaria ainda mais ferido e desconfortável. O alfa suspirou em seu canto, encarando a imagem encolhida e medrosa do ômega, seu instinto protetor não queria o machucar, enxergando Zitao como alguém indefeso que precisava ser protegido.

— Naturalmente. — o respondeu, desviando seus olhos para os próprios pés — Lá não é um lugar para ômegas.

O menor se inquietou-se, mexendo-se um pouco sobre o colchão, mas ainda permanecendo enrolado no meio dos lençóis. Pensou levantar, implorar talvez, todavia não queria ferir o restante da mísera dignidade que lhe sobrava. Além, é claro, de que não queria que Yifan visse sua nudez, por mais que soubesse que não havia nada ali que o alfa já não houvesse visto.

— Por favor, Yifan. — seus olhos marejaram novamente, não estava mais conseguindo segurar sua vontade de chorar — Lá é o meu lugar, a única coisa que sei fazer, não tire isso de mim.

Obviamente que se sentia mal em fazer o ômega chorar, todavia não podia lhe ceder aquele capricho, Zitao já havia causado uma confusão imensa, além de ter mentido para todos. Alfas detestavam ser enganados, principalmente por ômegas. O deixar voltar para o navio seria como decretar um mal imenso para o Huang.

— Você causou uma imensa confusão, quase foi atacado por 14 alfas, eles teriam te matado se eu não o tirasse de lá.

— Eu não tenho pra onde ir. — o ômega confessou em um fio de voz, embargada pelo choro que não conseguia mais conter — E agora que já sabem da verdade... não quero voltar para minha vida medíocre de ômega, por favor, Yifan, para onde é que eu vou?

O alfa soltou o ar dos pulmões, cruzou os braços e o olhou mais uma vez. Em sua cabeça se passavam um milhão de coisas, queria conhecer os motivos de Zitao antes de julga-lo, não queria lhe taxar como um covarde que fugiu por julgar a própria vida como sem graça, e nem queria criar um monte de paranoias em sua cabeça e o taxar como um coitado. Não, ninguém merecia algo assim.

— Não precisa ir a lugar nenhum. — Zitao finalmente ergueu os olhos para olhar para o alfa, Yifan estava vestindo uma camisa com mangas longas, que lhe serviria para esconder seus estragos — Fique na minha cabana, seja meu ômega.

O Huang não conseguiu esconder sua expressão de surpresa, ao mesmo que havia se assustado com aquelas palavras. Yifan tinha motivos de sobra para o mandar embora, todavia, ele o convidava para ficar. Seu coração disparou, e seu lobo se sentiu feliz, uma felicidade que ele não conseguia controlar e muito menos entender. Quase sorriu, todavia seu lado humano estava tão surpreso com aquele convite que só conseguia abrir e procurar por uma resposta que parecia inexistente.

E o que dizer? Wu Yifan estava lhe oferecendo algo que jamais havia se passado em sua cabeça, ao ver a imagem de seu capitão dia após dia no navio, ele só conseguia enxergar alguém que não se prendia em relacionamentos, alguém que nunca se uniria com um ômega só... e muito menos com ele, um ômega defeituoso que nem tinha corpo de ômega, um ômega que nem se aceitava. O que diabos se passava na cabeça daquele alfa?

— Não brinque comigo, Yifan. — o menor acabou dando essa resposta, tinha medo de que fosse apenas uma brincadeira de mau gosto, ou talvez uma vingança seguida de humilhação, após aceitar e depois ser jogado para fora e rejeitado, tornando sua dor ainda maior.

O alfa meneou a cabeça para o lado, soltou o ar, talvez impaciente.

— E por acaso eu já brinquei com você antes? — ele estava sério, assim como estava acostumado a ver — O navio já deve ter chegado vou verificar se está tudo bem com a mercadoria, não irei demorar. — dizia ele enquanto prendia seus cabelos para o alto, Yifan tinha cabelos médios e raspados nas laterais da cabeça, foi a primeira vez que Zitao reparou no quanto esse detalhe o deixava ainda mais atraente — Se for embora saberei que me recusa, pode vestir alguma roupa minha se quiser. Mas se ficar, é porque aceita ser meu ômega, faça sua escolha.

 

 

 

[... Mordida de Alfa ...]

 

 

 

Chanyeol segurou a espada na mão esquerda medindo seu peso, ela nem era leve e nem pesada, mas em um peso agradável de segurar. Muito bonita e bem forjada, não esperaria menos de alguém com aquela fama, as espadas feitas pelos Kim sempre seriam as melhores, e aquilo não era nenhum exagero.

— Combinamos em oito? — perguntou à Jongin enquanto desprendia uma pequena bolsa vermelha que estava em seu cinto, escondida pelo casaco comprido.

— Seis.

— Ela vale oito.

O Park estendeu a pequena bolsa para o moreno, despejando as oito moedas de prata em suas mãos. Jongin mexeu os ombros concordando, nunca fora do tipo que discordava de seus clientes. Colocou a espada no suporte próprio em suas costas, deixando os ferreiros para trás.

Caminhou pelas ruas olhando para suas botas cobertas de neve, sempre fechado, nunca fora bom em conversar com pessoas na rua. O alfa tinha fama de ser fechado, porém nem sempre fora assim, há alguns anos Chanyeol era alguém alegre e muito falante, sempre em bares com seus amigos, frequentava festas e noites de bebedeiras, mas depois que aquilo aconteceu, não possuía mais ânimo para coisas assim.

Seu lobo estava humilhado e destruído.

Verificou toda a comida e água, vendo também as condições de seu cavalo. Acariciou o pelo marrom escuro do animal, dizendo coisas simples para o mesmo. Seu cavalo havia se tornado seu melhor confidente, o único para quem a história inteira havia sido contada. Sentiu pequenas mãozinhas tocando em sua costela esquerda, virou-se ao reconhecer o toque simples.

Só ele conseguia ser sorrateiro assim.

— Não queria que fosse de novo, você acabou de voltar. — ouviu os protestos do beta, que em sua tentativa de parecer zangado, estava com um bico — E da última vez foi atacado por bandidos, até quebraram sua espada.

— Mas não me machucaram — o retrucou, bagunçando os cabelos do menor — Myungjun, você sabe que eu não posso parar.

O beta voltou os olhos para o chão, estava triste. Chanyeol detestava ter que o deixar sozinho o tempo todo, Myungjun era tudo o que ele tinha.

— Ele vai se casar. — sussurrou, como se dizer aquilo em voz alta fosse algo muito errado — E você continua indo.

Chanyeol suspirou, terminou de prender a bolsa na sela do cavalo, olhou para o irmão e encolheu os próprios ombros, claramente estava frustrado, e talvez até sem esperanças, todavia, o que faria? Estava tão acostumado com aquela vida de andanças, indo de vila em vila em busca de alguém que pudesse quebrar aquela maldita maldição, não sabia mais como era descansar e relaxar, sua vida havia se transformado em um imenso pesadelo, piorando a cada ano que se passava, e tudo por causa daquele maldito sentimento em seu peito.

Era como se a vida nunca se cansasse de o humilhar e o torturar, as coisas não seriam assim se nunca tivesse o amado.

— Então significa que eu tenho pouco tempo. — o alfa mexeu os ombros e subiu no cavalo, a manhã já se prolongara muito, ele precisava partir.

— Chanyeol, por favor, pare. — o beta se pôs na frente do cavalo, o obrigando a parar, segurou no rosto do animal, olhando para o irmão como se implorasse — Não adianta mais, só o esqueça e fique em casa, pare de desgraçar a sua vida por causa do Baekhyun!

O alfa puxou as rédeas fazendo o cavalo desviar o caminho e passar por Myungjun, ainda olhou para trás uma última vez.

— É a minha última tentativa, eu juro.

Depois disto o ruivo sumiu pelas estradas cobertas de neve, deixando seu irmão mais novo para trás. Park Myungjun era um beta que fora criado por seu irmão alfa, quando tinha apenas oito anos seus pais morreram, e durante toda a sua vida seu irmão Chanyeol fora seu responsável. Mas há seis anos atrás, por conta de uma disputa idiota de alfas, Chanyeol acabou sendo amaldiçoado, no começo, ele não se importava tanto com isso, todavia depois que seus sentimentos por Byun Baekhyun nasceram, os efeitos da maldição começaram a cair sobre ele.

De três anos para cá, Chanyeol viajava de alcateia em alcateia, procurando por alguém que fosse capaz de quebrar aquela maldição. Sua vida se resumia em tortura, arrancado toda a sua felicidade e seu sorriso, Myungjun viu seu irmão definhar e chorar por noites, por amar justamente aquele que menos poderia. E ao descobrir ser amado de volta, as coisas se tornaram ainda piores, Baekhyun tentava se aproximar, e era obrigado a despreza-lo, para o manter longe.

Suas palavras ofensivas machucavam mais a ele do que ao ômega, mas desprezar Baekhyun era a melhor forma de o manter seguro.

Myungjun ficou sozinho, sentou-se no chão sozinho, olhando para as ruas vazias por muito tempo, talvez tenham se passado horas. Ele não odiava Chanyeol por ser assim, e também não odiava Baekhyun, aquela história só tinha um culpado, do qual a vida já havia se encarregado de punir.

A neve afundou ao seu lado, não era preciso olhar para saber quem era, aquele cheiro poderia ser facilmente reconhecido por ele até mesmo em meio à multidões.

— Seu irmão viajou de novo? — foi a primeira pergunta feita pelo alfa — Ele parece que nunca está em casa para você.

— Ele tem seus motivos. — o defendeu, não gostava de ouvir as pessoas julgando Chanyeol, especialmente por elas não saberem o motivo dele ser assim — Eu soube que Sehun vai se casar com um ômega.

Só havia mais uma pessoa que era conhecedora do caso entre Sehun e Lu Han, essa pessoa era Myungjun, o beta os havia pego no flagra enquanto trepavam na casa de Lu Han, e desde então guardava esse segredo, não por amizade, já que não eram muito amigos, mas sim por ser apaixonado pelo Xiao e não querer vê-lo sendo julgado e repudiado pelos outros alfas.

— Eu não me importo. — soltou, sua voz carregada de amargura, Myungjun sabia que ele estava mentindo — Meu caso com Sehun era apenas carnal, só estou desapontado por precisar encontrar outro alguém para esquentar a minha cama, não sou muito fã de camas frias.

— Me deixe ficar no lugar de Sehun então.

O alfa o olhou franzindo o cenho, betas eram considerados sempre os mais sensatos, do tipo que nunca agia por instinto ou impulso. Encarou a expressão séria do rapaz, ele não parecia estar brincando. O menor pôs a mão sobre um de seus joelhos, fazendo menção de descer seus dedos pela coxa, mas Lu Han o impediu, segurando sua mão.

— Se dê ao respeito, Park.

Mas ele não parou, seu rosto de aproximou do rosto do alfa, por sorte a rua estava deserta e ninguém seria testemunha do momento em que o menor se impulsionou para tocar os lábios do Xiao, que acabou não o impedindo, e correspondendo ao beijo. E como o esperado pelo beta, os beijos de Lu Han eram ansiosos e carregados de luxúria, invasivos e saborosos.

Acabou voltando a si e agarrando os dois braços do Park, o afastando de seu corpo e o obrigando a sentar-se no chão novamente.

— Está ficando louco?

— Eu gosto de você, sou um beta e posso ser o que quiser, posso ser o seu alfa e o seu ômega, Lu Han.

O Xiao se alvoroçou, seu lobo enlouquecia ao ouvir essas coisas, seu envolvimento com Sehun o tornou um homem muito fogoso que odiava ficar sem ninguém. Já havia estado com betas antes, eles eram controlados, podiam ser lentos e rápidos, além de possuírem gemidos únicos, capazes de enlouquecer qualquer um. Mas Myungjun era tão doce, sua pele macia e branquinha era tão apetitosa, Lu Han se sentiu quente, e culparia seu lobo pela decisão que tomou.

— Tudo bem, mas eu tenho duas condições. — o beta esperou que ele terminasse de falar — Não espere que eu vá ser fiel a você, e já você, deve ser completamente fiel à mim, se for se deitar comigo é apenas comigo e mais ninguém, estou cansado de dividir pessoas.

Para ser sincero, ele havia dito aquilo na intenção de ver o beta desistir, de certa forma via Myungjun quase como um ômega, ele era pequeno e muito frágil comparado aos outros betas, se não fosse pelo cheiro muito fraco característicos de betas, jamais acreditaria que ele era um.

— Eu aceito suas condições, Lu Han, só peço que não toque em ninguém na minha frente, o que os olhos não veem o coração não vai sentir.

Lu Han culparia a insistência de Myungjun, culparia os seus malditos costumes, culparia Sehun, mas não se culparia por deixar que o beta o beijasse de novo, e muito menos por planejar dormir com ele mais tarde. E que Sehun fosse à merda, que todos fossem à merda! Se Myungjun queria aquilo, quem seria ele para dizer não?

 

 

 


Notas Finais


ain
socorro
gente, e num é que ele arrumou mesmo outro? e pro Sehun tchau e benção u.u vida que segue mano (chorando por dentro pelo meu HunHan)
eu num falei pra não julgarem o Channy? pois é, eu disse que tinha um motivo u.u meu neném tá sofrendo gente
(tô com medo de levar uma pedrada)

KrisTao casal da nação, agora nos resta esperar para saber se ele vai ficar ou não #medo

e gente, eu postei um Kaisoo novo pra treinar meus lemons, acredita? socorro gente
link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/forbidden-14798122

beijinhos e até segunda <3
ps: hunhan continua vivo em nossos corações
estamos na torcida


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...