História Mostre-me a felicidade - Take me to church 2

Olhei para meu celular por um tempo. Illumi continuou me mandado mensagens e todas elas diziam para eu me encontrar com ele em tal lugar. A primeira mensagem que eu não ignorei me dizia para ir a um bar local as 19:00, olhei a mensagem por horas, e respondi.

Hisoka: Não vai me dizer o que você quer?

Illumi: Prefiro me encontrar com você.

Tremi com a resposta. Eu percebi que Kuroro estava incomodado com as mensagens, por isso respondi, queria acabar logo com isso.

Hisoka: Ok, estarei lá. 

Illumi me respondeu com uma carinha feliz.

XXX

-Aonde vai?

Kuroro me olhava preocupado. 

-Eu vou me encontrar com Illumi. –Achei melhor não menti mentiras só iriam piorar as coisas. Mas parece que não funcionou, porque Kuroro mordeu o lábio inferior.

-Eu volto logo, prometo.

Andei pela rua cabisbaixo. Por mais que as mensagens de Illumi me incomodassem, eu tinha que concordar que estava curioso. 

Cheguei ao bar 10 minutos depois do combinado, Illumi estava sentado em uma mesa no fundo do estabelecimento. Ele parecia quase o mesmo desde a época que eu o namorei, a única diferença é que seu cabelo estava maior.

-Illumi

-Hisoka. –Ele sorriu para mim.

-Eu estou aqui como prometido, me fala logo o que você quer. 

-Tão hostil! Não quer nada pelo menos um berline?

-Sem enrolação. Diga-me logo o que quer!

-Boa noite, filho.

Eu olhei para trás e vi um homem grande, musculoso com cabelos comprimidos e brancos. Eu me lembro dele, era o pai do Illumi, Silva.

Ele puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. 

-Estamos quase todos aqui. 

-Quase todos?  –Perguntei confuso.

-Desculpe a demora. –Um outro cara também conhecido sentou-se ao lado de Illumi.

-Professor Feitan?

-Hisoka.

-Esta bem, conte-me o que esta acontecendo aqui? 

-Hisoka. –Silva coloca suas mãos na mesa e me deu um olhar serio. –Você estuda na Sucess Way conhece Neon Nostrad?

-Neon? Claro que conheço, estuda comigo.

-Isso é ótimo. 

-Por que a pergunta?

-Você sabe que eu sou policial.

-Sim na França. O que está fazendo aqui tão longe?

-Na França eu estava cuidando de um caso de traficantes locais. Parecia simples, entretanto, o caso foi se aprofundando mais e... Descobrimos que os traficantes estavam ligados a família Drummund.

-Drummund? E o que tem haver com Neon?

-Drummund é um sobrenome falso. A família verdadeira por trás dos Drummund são os Nostrad.

Hisoka gela por um momento.

-Isso é serio?

-Ainda não temos provas o suficiente para incriminar Raito Nostrad, entretanto estamos vigiando ele e sua família. 

Olhei para baixo. 

-Quando descobri que a filha de Raito estudava na Sucess Way pedi transferência para cuidar do caso aqui. 

-Eles te transferiram da França?

-Na verdade eu estou trabalhando em conjunto com a Interpol, foi fácil porque eu disse que meu sobrinho é professor na escola e que meu filho tem um conhecido lá. Eles me deixaram ajudar e me deixaram trazer meu filho.

-Parece que você tem muitos privilégios.

-Sim, desde que eu prenda Nostrad. Se eu não conseguir nada eu estou fodido e minha carreira também porque esse caso está custando muito dinheiro.

-E o que eu tenho haver com isso?

-Feitan estava vigiando Neon, porém, ele é um professor e um professor ficar seguindo uma aluna não pega muito bem. 

-Verdade.

-Mas você é um aluno, pode ficar seguindo sua colega de classe.

-Isso soou estranho, tio.

-Eu sei.

-Eu tenho que perguntar isso que estão fazendo é legal?

-Geralmente não gostaria de envolver um civil nisso, mas, Raito Nostrad é um peixe muito grande, e nos prometemos que protegeremos vocês, se o caso ficar muito perigoso você e o Feitan vazam.

Cocei a cabeça de preocupação. –Não sei.

-Me deixa falar com ele por um tempo. –Illumi fala para seu pai e Feitan.

-Tudo bem.

Silva e Feitan sentam em outra mesa.

-Olha Hisoka, ajuda a gente, por favor! 

-Você sabe que está pedindo para o seu ex namorado que você deu um pé na bunda mesmo você sendo o errado da historia entrar em uma operação policial?

-Eu sei que parece demais, mas... Esse é um caso muito grande.

-E eu com isso?

-Hisoka! Estamos falando sobre prender um criminoso.

-Eu sei. Mas minha vida vai correr perigo.

-Não corre! Eu vou cuidar pessoalmente de você. –Illumi tocou minha mão.

-Certo.

-Sabe que não pode contar isso para ninguém.

-Fiquei hesitante por um momento. –Estou ciente. 

Voltei para a minha casa lá pelas nove da noite, Kuroro me esperava no sofá. 

-O que ele queria?

-Nada de mais. Me ver. –Vejo a cara de Kuroro se contorcendo em desgosto. Acho que vai ser difícil esconder as coisas dele. 

Take me to church

I'll worship like a dog at the shrine of your lies

I'll tell you my sins and you can sharpen your knife

Offer me that deathless death

Good God, let me give you my life

XXX

Os dias de passam e passo a ter contanto com Illumi através de mensagem. Minha missão é simples, eu tenho apenas que seguir Neon, e aprender toda sua rotina. O grande problema era Kuroro, ele não fazia questão de esconder que não gostava  do que estava acontecendo, tanto que passamos a discutir muito. 

Um dia meu celular tocou, eu me levantei para atender, mas, Kuroro se pôs na minha frente. 

-Por que você tem que atender? 

-Porque sim, Kuroro. –Que merda. 

-Porque sim não é resposta. 

-Então é o que? Uma pergunta por acaso? –Vi os olhos deles se arregalarem, ele deve ter ficado magoado coma resposta, mas não posso fazer nada, ou posso?

No dia que marquei de me encontrar com Illumi para falar as novidades, foi o mesmo dia em que Frederick e Teddy se mudaram para meu prédio. Encontrei-me muitas vezes com eles, eram gays, e moravam abaixo de mim, porém, não ia muito com a cara deles, eles me pareciam simpáticos demais. Entretanto, eu sempre respondia o bom dia, boa tarde e boa noite deles, apesar da minha encucação eles nunca tinham feito nada de errado. Ledo engano.

If I'm a pagan of the good times

My lover's the sunlight

To keep the Goddess on my side

She demands a sacrifice

XXX

-Hisoka. –Illumi estava sentado em uma cadeira lendo um livro.

- Acho que uma livraria é um lugar estranho para se marca um encontro.

-Não podemos correr um risco de sermos vistos juntos. E quem pensaria que um encontro poderia ser em uma livraria, sem falar que eu queria comprar um livro novo. 

Puxei uma cadeira e sentei em sua frente.

-Você me parece cansado. Problemas?

-Kuroro.

-Seu novo namorado? Eu já o vi de longe, o que aquela coisinha fofa poderia causar?

-Não fale desse jeito debochado. Ele esta com ciúmes. 

-É perfeitamente aceitável. 

-Eu topei participar dessa operação, mas, não quero destruir meu relacionamento. Já passei por um termino e não quero viver isso de novo. 

Illumi fez uma cara seria. –Isso foi golpe baixo. 

-Deixe Kuroro participar da operação. 

-Não. É arriscado demais. 

-Deixe pelo menos eu contar para ele. 

-Não posso. 

-Que merda! Você também não facilita.

-Abaixe a voz!

Eu virei à cara para os lados, e vi os funcionários fazendo careta para mim.

-Se fosse por mim ou por meu pai, Kuroro já estaria sabendo o que está acontecendo. Mas os policias daqui não permitiram. É a área deles e não podemos ir contra uma ordem direta.

Eu fechei minhas mãos sobre a mesa. 

-Como o nosso namoro não acabou de um jeito tão agradável, e me parece que você está mais ressentido do que eu pensei, se acontecer alguma coisa com seu namoro, eu vou pessoalmente falar com Kuroro e explicar tudo.

Eu sorrir internamente.

-Mas - Illumi continuou. –Apena quando a operação acabar. 

Abaixei minha cabeça. Eu realmente não gostava de Neon, e ver o pai dela sendo preso me faria muito bem, porém, Kuroro poderia sofrer muito no processo e ainda corria o risco dele terminar comigo, mas, se Illumi falasse com ele no final de tudo ele voltaria para mim. 

-Hisoka. –Illumi me tira de meus pensamentos. –Sua resposta.

-Eu aceito.

-Ótimo, agora vou explicar o próximo passo da operação. Vamos começar a espiar o Raito Nostrad.

-Como? 

-Você disse em relatório que Neon falou sobre uma festa para empresários que ocorrera no outro fim de semana. 

-Sim.

-Nos vamos á esta festa.

-Como é?

-Temos suspeita que Raito se encontre com seus comparsas nessa festa. É uma ótima oportunidade não podemos deixar passar. 

-E por que eu tenho que ir?

-O convite é só para empresários, você é filho de um pode falar com seu pai para ele arrumar uns para a gente?

-Eu acho que seria fácil fazer isso. Só preciso de um telefonema, mas o pai vai querer saber o que se passa. 

-Não pode mentir para ele?

-Acho que sim. Nos não temos uma relação muito boa, mas ele sempre me deu as coisas que pedia, acho que como forma de compensar. Tem uns 80% de chance de ele me arrumar os convites, porém, tem uma porcentagem dele me negar ou querer ir á festa comigo. 

-Acha mesmo que ele viria da França para ir a uma festa com você? 

-Não. Mas essa ocasião é uma chance muito grande de fazer negócios, ele pode vim por isso.

 -Não vejo problema de ele querer ir à festa com você, mas se ele recusar... Terá que contar a verdade para ele.

-Então para ele eu posso falar?  

-Por favor, Hisoka, sem dramas. 

-Tudo bem. –Me levantei da cadeira. –Vou indo.

To drain the whole sea

Get something shiny

Something meaty for the main course

That's a fine looking high horse

XXX

Meu pai conseguiu me arrumar três convites. –Joguei os cartões em cima da mesa na frente de Silva.

-Muito bem. Vamos decidir quem ira na festa e quem ficará na vigia.

-Eu tenho que ser um a ir à festa.

-Não você ficará na Van!

-Nem pensar. Para conseguir os convites eu tive que dizer a meu pai que eu queria ir. Ele teve ter conhecido lá, e se nenhum deles me virem na festa ele irá desconfiar. –Relaxei na cadeira com um risinho. 

Illumi também sorriu atrás de mim. 

-Certo. Então ira você, Illumi e o Jack. 

-Quem? 

-É um detetive local. Eu iria, mas não quero correr o risco de ser reconhecido por algum empresário. 

-Deve ser difícil ser um policial famoso. 

-É sim.

XXX

A festa era em um local de eventos que ficava numa fazendo meio afastada da cidade. Apesar de feita ser no campo era regada a um luxo, principalmente por causa da enorme mansão no meio da fazenda. 

-Por que gente rica ama dar essas festas extravagantes?

-Por que ricos gostam de esbanjar o dinheiro que tem Jack. –Respondeu Hisoka

-Como esta comunicador, Illumi?. 

-Deixar eu ver. –Pai está na escuta?

-*Positivo. Ande um pouco pela festa e veja se consegue achar o Nostrad*

-Ok. –Meu pai mandou a gente começar a andar. 

O trio caminha pelo salão. Come uns petiscos, bebe champanhe e vinho.  Tudo ia bem até um conhecido de Hisoka surgi.

-Hisoka!

-Senhor Verlascker?

-Não esperava te ver aqui. Veio com seu pai? 

-Quem é Hisoka? –Pergunta Jack desconfiado.

-Esse é o senhor Eric Verlascker um conhecido do meu pai.

-Ele é perigoso?  -Illumi fala no ouvido de Hisoka.

-Não. 

-O que vocês estão cochichando ai?

-Besteiras. Enfim, não, eu não vim com o meu pai. A verdade é que eu estou para me formar e já estou pensando em um negocio para abrir no futuro. 

-Não irá assumir os negócios da família?

-Sim, mas, os empresários de sucesso são aqueles que sabem que precisam sair da sua zona de conforto, explorar outros mercados e tal. Vim aqui para ver se consigo alguma parceria com alguém.

-Falou como um empreendedor. E esses são seus amigos?

-Seguranças. Meu pai é muito protetor, eu sou filho único então. Mas, me diga uma coisa, como vão os convidados as festa? Algum peixe grande?

-Sim, vários. 

-Viu Raito Nostrad por ai?

Jack e Illumi se olham. 

-Sim interessado nele?

- É que eu estudo com a filha dele.

-Ah! Ele esta andando por ai, se eu o vi falo de você para ele.  

-Não quero incomodar.  Vamos rapazes.

Hisoka, Illumi e Jack se afastam de Eric e quando estavam a uma boa distancia Illumi solta.  -Por que perguntou sobre Raito na cara dura?

-Por que não vi problema nenhum nisso. Está com medo, Illu? 

-Claro que não. Mas foi um pouco imprudente. 

Os três ficam rodando pela festa até que avistam um senhor rodeado por vários empresários. Eles estavam rindo alto e demostravam um ar de arrogância. 

-Lá esta ele. –Fala Jack

-Sim. –Illumi fala no fone em seu ouvido.  –Alvo avistado.

-*Estamos ligando a câmera filme todos com que Nostrad se encontrar certeza que alguns deles são seus cumplices* 

-Certo. –Hisoka chegue perto de Nostrad- Illumi fala no ouvido do ruivo. 

-Vai ser fácil. –Hisoka aponta para Eric que também estava na roda.

-Obrigado por avisar que achou ele. 

Eric toma um susto com o jovem falando em sua orelha. 

-Que susto Hisoka. Fiquei sabendo que eu já falei de você para ele. Não é, Nostrad?

O homem mais velho olha para Hisoka. –Então você é o Hisoka. Eu conheço muito o trabalho de seu pai. Está aqui para pesquisar novos horizontes para a empresa dele.

-Mais especificamente para quando eu começar a dirigir a empresa. 

-Um jovem audacioso. Fique com a gente vamos conversar. 

O ruivo sorrir internamente. –É claro. 

XXX

 -Que saco! –Hisoka se deita na cama - Odeio essas festas de gente rica e esnobe. 

-Você é uma pessoa rica e esnobe.

-Vai se fuder Illumi! As gravações ficaram boas? 

-Meu pai ainda esta verificando com o resto da equipe, mas estou mantendo contato com eles. 

-Eu queria ir lá ver. 

-Eu sei, mas tem muitas pessoas que estão hospedadas nesse hotel que estavam na festa. É melhor tomarmos cuidado para que ninguém te veja andando com policias. 

-Nostrad também esta aqui?

-Na cobertura. 

-É por isso que estamos aqui? 

-Sim. Iremos ficar até ele ir embora. 

-Eu não posso matar tanta aula assim. 

Illumi deita no colo do ruivo. –Não se preocupe, Feitan irá cuidar disso. 

Hisoka empurra a cabeça do mais velho para fora de seu colo. –Não te dei permissão para tanta intimidade. 

Illumi se levanta e fica face a face com o menor.  –Já tivemos tanta intimidade, não achei que precisaria de permissão. 

-Pois precisa! 

-Isso tudo por causa do moreno bonitinho que você tem em casa?

-É por causa do moreno lindo que eu tenho em casa. Saia!

What you got in the stable?

We've a lot of starving faithful

That looks tasty

That looks plenty

This is hungry work

XXX

Fiquei no hotel por mais algum tempo filmando todos os encontros de Nostrad que podia. No total fiquei três dias fora, obviamente que Kuroro não gostou nadinha, porém, estava discutindo menos, não sabia por que ele estava assim, mas eu o via digitando no celular e sorrindo, no inicio achei que era com Kurapika, até que ele deixou o celular em cima da cama e eu vi uma mensagem de tal de Fred.  Eu conhecia todos os amigos Kuroro e nunca havia escutado falar desse Fred. 

Eu fiquei fora por três dias, será que nesse tempo... Não. Kuroro não faria isso comigo. 

Eu desci as escadas tentando me confortar que ele jamais faria isso comigo, tentei ficar calmo, mas não consegui disfarça o tom de voz na hora da pergunta. 

Kuroro quem é Fred? –Apareci na frente dele segurando seu celular nas mãos.

-É o vizinho do andar de baixo. –Ele me respondeu enquanto tentou tomar o celular, mas eu não deixei. 

-Posso saber o porquê de ele mandar mensagens?

-Eu fui a casa dele, nos conversamos, ele pegou meu número e me manda mensagens.

-Foi na casa dele? Sozinho?

-Pare de ser besta, ele tem namorado.  Agora devolve meu celular

-Me mostre às mensagens que ele te envia.

- Como é? Ta desconfiando de mim?

-Eu confio em você, mas não confio nele.

-Eu não vou mostra nada. Não porque estou escondendo algo, e sim porque você não merece.

-Não mereço?

-Seu hipócrita. Quer ver minhas mensagens, mas se eu perguntar das suas conversas com Illumi você me ignora e não me deixa ver.

-A situação é diferente. Muito diferente

-É diferente mesmo. Fred é um cara que eu acabei de conhecer. Acha mesmo que eu me deitaria com alguém que mal conheço? Mas você... Illumi é o seu ex  de nos dois aqui você tem mais chance de cometer um deslize.

Mordi meus lábios para não falar a verdade.  –Fique calado e me mostre às mensagens.

Kuroro pegou o celular das minhas e correu para o quarto. Ele passou o dia todo trancando lá

Eu desisti da briga no final, porém ficava receoso com as mensagens que ele recebia, mas eu não podia fazer nada, no final ele estava certo, eu não mostrava as mensagens de Illumi e ele não mostrava a de Fredrick. 

Com o tempo Illumi passou a me visitar na escola, ele não entrava só me informava o básico e eu informava o básico de Neon para ele. Não gostava dessa visita, alguns alunos viam a gente, inclusive Kurapika, eu tinha medo deles começaram um boato. 

XXX

Outro problema era que a amizade de Kuroro com Fred estava aumentando. Odiava essa sensação, ele ia para a casa dele e demorava para voltar. 

-Eu preciso falar com você. 

Kuroro me olhou de cima a baixo. –Desculpe, mas Kurapika esta me esperando no shopping.

-Pensei que você estava louco para conversa comigo. 

-Falou bem, estava agora não quero mais. Fica conversando com seu ex e eu vou falar com meu amigo. 

-Ele está falando de Kurapika, tem que está. –Eu vou ficar aqui te esperando.

-Que seja. 

-Esperei Kuroro por muito tempo. –É oito horas da noite, já chega, é tempo demais pra ele ficar na rua ou pior na casa de outro homem. 

Desci para o apartamento de Frederick, bati na porta e fiquei esperando. Quando abriram a porta eu empurrei quem estava na frente e perguntei. 

Onde ele está?

-Hisoka! ?

-Sabia que você estaria aqui. Que porra é essa? Você sai de tarde e não da mais noticia.

-Abaixa a voz que você não esta na sua casa. –Falou Frederick

-Cale a boca. Isso é entre mim e meu namorado.

-Você entra de repente na minha casa e empurra meu namorado no chão, não tem mais o direito de exigir nada! –Frederick fala de uma forma mais alta 

-Vamos acalmar! Hisoka, por favor, saia.

-Não vou sair sem você.

-Eu já estou indo, vá embora.

Olho para Kuroro e todos na sala e depois vou embora.

Take me to church

I'll worship like a dog at the shrine of your lies

I'll tell you my sins and you can sharpen your knife

Offer me that deathless death

Good God, let me give you my life

XXX

-Cheguei em casa e me joguei no sofá. –Eu tenho que contar para ele, se não ele irá me deixar. Não, ele não vai, ele não faria isso. Está certo ele só está com raiva porque não tenho dado tanta atenção para ele, só isso. Ele não pode esta transando com aquele Frederick, ele tem namorado. E Kuroro é muito careta para um ménage, ou será que não é?  Ele não está me traindo, não tá, só está carente por falta de sexo, é isso, tem que ser isso. 

Kuroro chega a casa e eu vou na direção perguntando o que ele estava fazendo o tempo todinho na casa do vizinho

-Estava conversando.

-Esse tempo todinho conversando? Acho bom mesmo, porque se você estiver me traindo...

-Kuroro me deu um tapa. Ele jogou na minha cara tudo o que tinha sacrificado para ficar comigo. 

Segurei no braço dele e o prensei contra a parede. –É você que me deve, sem mim você ainda estaria namorando a vadia da Neon e nunca teria confrontado seu pai. Você é um covarde 

Kuroro me deu um chute no meio das pernas. Ele saiu correndo, conhecendo bem ele se trancou no quarto. Depois da dor ter passado pego a chave reserva, subo as escadas e entro furioso no quarto.  Kuroro me olha assustado, ele tenta fugir, mas eu o jogo no colchão. Ele estava muito lindo, e fazia tempo que a gente não transava. 

-Eu sei qual o seu problema, é falta de rola. – Eu disse enquanto tirava a roupa dele. 

-Não é nada disso, só acho estranha sua aproximação com o cara que te deu um pé na bunda.

Eu dei um soco nele por reflexo, ele realmente achava que eu o estava traindo. Depois que percebi o que fiz forcei a cara dele no travesseiro. . –Bobagem é falta de rola que eu sei.

Puxei o quadril dele e meti de uma vez. Se eu fizer com força ele vai perceber que não pode me substituir por qualquer um. 

Kuroro solta um grito abafado pelo travesseiro. Eu passo a dar entocadas mais violentas. Eu não sou facilmente substituível, não sou.  Ele não poderia me trocar 

Ele me pediu para parar, mas não o obedeci. –Você esta gostando que eu sei – Acabei gozando mais do que o normal, acho que foi o acumulo, muito tempo sem transar e sem bater dá nisso. Tirei de dentro e vi Kuroro chorando enquanto recolhia seu corpo. Eu o fitei por um tempo depois o deixei sozinho.

No masters or kings when the ritual begins

There is no sweeter innocence than our gentle sin

In the madness and soil of that sad earthly scene

XXX

Deito na cama do quarto de hospede. –Que merda que eu fiz? Eu realmente estuprei meu namorado? –Soquei a parede do lado. –Você é burro por um acaso? Acha mesmo que ele iria te trair? Bem, eu também não pensava que Illumi me trairia e mesmo assim...

Fechei meus olhos e algumas cenas tenebrosas da época que morei na França vieram à mente. –A culpa de eu está paranoico é toda sua, Illumi. 

Eu fechei meus olhos, dessa vez para dormir, amanhã eu conversaria com Kuroro. 

XXX

Kuroro saiu sem mim na manhã seguinte. Isso me doeu o peito ele devia esta furioso com tudo. –Claro que ele está ele foi estuprado pela pessoa que ama. 

Comi um pouco e fui para a aula. Chegando à sala Kuroro continuava a me ignorar, mas no intervalo ele não poderia fugir de mim. 

Eu sabia que ele estava sentado no banco no fundo da escola, lá é um lugar praticamente deserto. 

-Kuroro? –Falei o nome dele gentilmente, enquanto o abraçava, porém ele recusou meu abraço. 

-Não toque em mim! –Falou alto

-Meu amor. 

-Não me chame assim.

-Você tem todo o direito de ficar bravo comigo, mas eu realmente preciso falar sobre ontem.

-Não aconteceu nada ontem.

-Levantei minhas sobrancelhas em confusão

Kuroro tapou os ouvidos e começou a falar que não havia acontecido nada ontem. Ele obviamente se negava a aceitar a realidade. No fim ele foi embora. 

Quando chegamos a casa, ele continuou a me ignorar. Eu vi quando ele recebeu uma mensagem e saiu logo em seguida antes de eu poder falar algo. 

XXX

No fim de semana Kuroro falou que dormiria fora, eu ia negar, mas depois de tudo eu devia o deixar ir. 

Não acredito que estou perdendo outro namorado. 

Only then I am human

Only then I am clean

Amen, Amen, Amen

XXX

De manha eu recebi um bilhete por debaixo da porta, ele me mandava ir à casa de Frederick. Eu e Genevive corremos sem pestanejar, procurei por toda casa, até encontrar Kuroro nu na cama. O meu sangue congelou na hora, o pensamento dele está morto quase fez meu coração para de bater. Tentei acorda-lo desesperado. Até que o vi abrir os olhos. 

-Kuroro. –Falei em prantos

-Meu amor está tudo bem com você?

Ele apenas olha ao redor. 

Eu o vesti e o ajudei a levantar

-Vamos para casa.

Chegando a casa o coloquei no sofá enquanto Genevive foi buscar um copo de agua.

-Estarei lá em cima caso precise. –Vivi falou

Sentei ao lado de Kuroro. –Eles fugiram, eu vasculhei a casa inteira, nenhum sinal deles.

Kuroro não falou nada

-Eu vou ligar para a policia.

-Para que?

-Você foi estuprado.

-Então nessa mesma logica eu tenho que te denunciar também?

Ele disse enquanto olhava para mim

-Se isso é o que você quer. Eu sei o que fiz foi errado, o jeito que tenho te tratado é horrível. Se quiser me denunciar, terminar comigo, que seja, mas, vamos até a policia fazer um B.O

Kuroro colocou a cabeça em meu ombro e eu o abracei de volta. Recebi uma mensagem de Illumi mais ignorei. 

Take me to church

I'll worship like a dog at the shrine of your lies

I'll tell you my sins and you can sharpen your knife

Offer me that deathless death

Good God, let me give you my life

XXX

Na hora de fazer o B.O Kuroro estava visivelmente desconfortável. Aproveitei que agora tenho contatos na policia e pedi o máximo de sigilo no caso. 

Parecia que meu relacionamento tinha voltado a ser o que era. Depois de tudo que Kuroro passou achei melhor deixar o sexo de lado e passar a trata-lo apenas com carinho e atenção. Tudo ia bem, até eu receber o bilhete. 

Pare com a investigação e termine com seu namorado ou vamos espalhar isso na internet. 

Eu abri o pacote e tinha várias fotos comprometedoras de Kuroro. 

Liguei para Illumi na hora explicando a situação. Ele me mandou ficar calmo e falou que eu devia por enquanto seguir a ordem do bilhete 

-Sabia que Kuroro estaria voltando para a casa naquela hora, por isso fiz o que fiz. Quando o avistei de longe mandei Illumi sair do carro e depois dei um beijo nele.