17/02/2005
Nos filmes, a neve geralmente cai em flocos suaves, com um leve vento gélido que faz as bochechas corarem pela dilatação dos vasos sanguíneos, uma paisagem linda e romântica para quando o casal em questão está dando uma volta ao ar livre, num parque ou algo do gênero. Bem... vamos apenas dizer que a vida real não é tão romântica assim e que é tudo uma grande idealização que vem desde a época do Romantismo.
Castiel colocou uma mão na cabeça, para evitar que a touca voasse por conta do vento. Foco, não disperse-se, ele pensou consigo mesmo. Uma análise intrincada do terreno, um plano preparado de antemão - e por plano, isso significava três estratégias diferentes dependendo do desenrolar da situação; precaução nunca é demais -, um estudo detalhado das habilidades do inimigo... ele tinha tudo ao seu favor para vencer aquela guerra.
Preparou a arma na mão, sentindo o frio irradiar por sua pele, ainda que a luva de couro barrasse a transmissão do seu calor para o ambiente. A derrota não era uma opção.
Viu o seu inimigo se aproximar. Com o cabelo loiro na neve branca, ele era facilmente detectável. Tolo, ele pensou, rindo consigo mesmo. Foi então que notou que a distração criara uma abertura. Aquele não era o cabelo dele: era um disfarce. Dean estava atrás de Castiel, pronto para aniquilá-lo.
E, nesse momento, entrava em prática o plano C: fazer a expressão mais assustada e fofa que conseguisse para desencorajá-lo. E deu certo. Dean abaixou a mão que preparava para o ataque:
— Você se rende? — Sentindo as botas afundarem na neve Castiel andou até Dean e, com um abraço, ele preparou o truque e o atingiu com a bola de neve bem na cabeça.
— Não, eu venci. — Se vangloriou Castiel, beijando a bochecha de Dean.
— Você joga sujo.
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