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História Mr. Perfect - Bryan


Escrita por: Fabihsan

Notas do Autor


Boa tarde meus pequenos, quis fazer o capítulo de hoje no ponto de vista do Bryan, espero que gostem.
Boa leitura 😀

Capítulo 16 - Bryan


Depois de resolver o problema com o banco de dados, o que levou mas tempo que eu gostaria,  me sentei a minha mesa e comecei a encarar aquela baia vazia, onde a via sentada todos os dias, com aquela saia colada ao seu corpo quase de maneira indecente, e uma caneta presa ao coque. Tirei meu celular no bolso do paletó com uma vontade absurda de mandar uma mensagem pra ela e saber como ela estava. Um sorriso se formou em meus lábios ao notar o quanto aquilo era atípico em meu comportamento.

— Merda… o que posso escrever que não pareça que estou entregando minhas bolas em uma bandeja de prata?

“ Pensando em você minha pequena, adorei cair de boca em você e sentir você molhadinha, gozando na minha língua, pronta pra mim  “…  Bem a minha cara, mas ela pode pensar que só estou interessado no sexo.

“ O que vai querer para o jantar?” … muito seco, ela pode achar que não me importo com ela, e Deus é testemunha de como mulheres buscam sinais em tudo.

“ Saudade do seu cheiro, minha pequena. O que vai querer para o jantar?” Carinhoso e simples, acho que está bom. Reli a mensagem umas 5 vezes antes de finalmente soltar um longo suspiro e clicar em enviar.

 

Fiquem calmas bolas, papai não vai entregar vocês tão facilmente.

 

Enviei a mensagem e fiquei aguardando uma resposta que não chegava, comecei a ficar irritado, mas então me ocorreu que ela poderia estar dormindo, como eu havia sugerido. Me concentrei no trabalho e decidi tentar ligar para ela no horário de almoço, e mas uma vez, nada. A porra do celular nem chamava.

— Pra que ter a merda de um celular, se não atende quando eu ligo? Protestei entre dentes.

Acalme-se Ross, a bateria pode ter acabado. Não perca o controle por tão pouco! Repeti isso para mim mesmo várias e várias vezes, tentando me convencer de que não tinha nada de estranho naquilo. Quando foi que eu fiquei tão possessivo? Nenhuma mulher me tirou do meu centro de equilíbrio como ela fazia e isso me deixava extremamente puto.

A máscara que eu normalmente usava era facilmente arrancada por ela, por seu jeito doce, engraçada e safada de ser. A lembrança desta manhã dela se contorcendo enquanto eu a chupava apareceu na minha cabeça e meu pau começou a se contrair. Ah, como eu queria estar dentro dela, fazê-la gozar incontáveis vezes enquanto ela grita meu nome , deixá-la tão dependente de mim que nenhum outro homem teria a menor chance…

— He he he he…

— Qual é a graça Mark ?

— Nada, é que fazia muito tempo que eu não via esse festival de emoções percorrer seu rosto. Estou começando a achar que você voltou a ser  humano, finalmente.

— O que quer dizer com isso? Respondi fazendo cara feia.

— Quem é ela? Perguntou ele ignorando minha questão.

— Porque você está tão certo de que há alguém? Rebati.

— Você não para de olhar esse bendito celular desde que nos sentamos aqui para almoçar, não ouviu nada do que eu disse e oscilou entre irritado e excitado em questão de segundos, e a não ser que agora você seja gay e esteja querendo me dar mole, a causa só pode ser uma mulher.

— Não sei do que está falando.

— Uhum… vou deixar passar dessa vez, mas não pense que me engana Ross, eu sempre sei de tudo.

Mark Reis é o diretor do departamento de vendas da empresa, nos conhecemos na época da faculdade, ele estava matriculado em um curso diferente, então nos encontrávamos durante o futebol que rolava após o término das aulas.  Sempre nos demos bem, ele sempre foi uma pessoa fácil de iniciar e manter uma conversa, e por algum motivo que ainda hoje desconheço, ele me seguia para todo canto.

Fiquei surpreso quando ele entrou na M&B há alguns anos atrás, começamos a almoçar juntos sempre que nossos horarios combinavam, fiquei aliviado em ter alguém com quem eu pudesse conversar abertamente sem precisar vestir a minha máscara de ferro, que servia para manter as pessoas longe , alguém que me conheceu antes e depois de Cecília. Naquela época eu saía de bar em bar e enchia a cara, comia qualquer uma  que me desse mole e entrava em brigas a troco de nada, eu tinha entrado num processo destrutivo sem fim . Se não fosse o choque de realidade que ele me deu, eu provavelmente teria perdido o emprego, teria voltado para a casa dos meus pais, e teria arrastado eles comigo para o fundo do poço.  E se tivesse alguém que notaria qualquer mudança em mim, por menor que fosse, esse alguém era Mark.

— Tire esse sorrisinho idiota do rosto e termine seu filé, ainda temos que trabalhar. Respondi dando o tópico por encerrado.

Passei o restante do dia olhando o celular, esperando por qualquer sinal de vida que ela pudesse me dar, mas  nada acontecia. O que estaria errado? Será que a condição dela pode ter piorado subitamente? Uma urgência de vê-la  se apossou de mim e assim que acabou o expediente, eu saí voando para casa, mal respeitei o semáforo, e de certo receberia alguma multa mais tarde.

Assim que abri a porta me deparei com um par de sapatos diferentes dos que eu havia posto na mala, e imediatamente me ocorreu que algo não estava certo.

— B!

Jane surgiu de algum lugar e se jogou nos meus braços, me apertando fortemente, coisa que sempre fazia.

— O que faz aqui?

— Vim te visitar. Respondeu ela me dando um sorriso e um tapinha no ombro. - Estava com saudade do seu tempero, o que teremos para o jantar?

— Onde está a Kaya?

— Quem? Disse ela inclinando a cabeça para o lado.

Passei por ela e caminhei a passos largos até o quarto, a cama ainda estava desarrumada e a mala dela estava entreaberta, sua bolsa e seu celular haviam desaparecido.

— Onde ela está Jane.

— Não sei de quem você está falando.

— Não me deixe mais puto do que já estou e não me faça perguntar uma terceira vez.

— … Ela saiu. Respondeu ela dando alguns passos para trás.

— E pra onde ela iria naquele estado? Questionei nervoso.

— Porque esse drama todo? Ela não é só mas uma das vagabundas que você traça por ai?

— Lave a porra dessa sua boca antes de falar assim dela. O que você sabe sobre ela? Nada! Já me viu trazer qualquer mulher pra cá? Ela é minha namorada Jane, puta merda!

Ela se virou bruscamente e saiu andando em direção a sala. Eu a segui e a agarrei pelo cotovelo.

— O que foi que você fez?

— Eu só provoquei ela um pouco, ta legal? Dei a entender que era próxima a você e ela quis ir embora, fim da história. Como eu ia saber que você tinha arrumado uma namorada!? Você vivia se esquivando de qualquer mulher que quisesse coisa séria com você!

— Então foi por isso que não consegui falar com ela durante o dia todo. Passei as mãos no cabelo várias vezes tentando imaginar o que ela estaria pensando de mim naquele momento. - Você vai vir comigo arrumar essa merda.

Eu arrastei Jane até a garagem e a coloquei sentada no banco do passageiro, bati a porta e me dirigi ao meu assento. Durante o percurso até a casa da Kaya ficamos em silêncio, foi quando  estacionei o carro que Jane começou a falar..

— Desculpa… eu só não queria te ver naquele estado de novo. Você estava tão perdido por causa daquela mulher….eu só não quero perder meu irmão novamente.

Quando a olhei ela estava com a cabeça baixa e torcia o tecido de sua blusa entre os dedos. Ela havia presenciado parte do inferno que eu tinha vivido e no lixo de homem que eu havia me tornado. Eu mal a olhava nos olhos naquela época, sempre a repelia quando tentava se aproximar de mim. Eu era capaz de compreender a atitude imbecil que ela havia tomado.

— Ela me faz bem Jane, realmente.

— E se ela estragar tudo?

— Eu não vou permitir que isso aconteça.

— E se eu já estraguei tudo entre vocês?

— Ela já é minha, não permitiria que ela fugisse nem se quisesse.

 



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