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História Mudança de hábito - Eu vou te treinar


Escrita por: MSabaku0206

Notas do Autor


Oie, espero que gostem do capítulo de hoje.
Este pode ter ficado meio chato, mas no próximo teremos ação.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Eu vou te treinar


Fanfic / Fanfiction Mudança de hábito - Eu vou te treinar

Acordei sentindo-me zonzo, minha cabeça latejava e sentia meu corpo fraco, foram precisos alguns segundos para lembrar onde estava, e principalmente o que havia acontecido, o que me fez praticamente saltar da cama onde estava.

 

- Ei, espera aí campeão. O que pensa que está fazendo? – encarei irritado o garoto à minha frente.

- Por que não me falou de Itachi? O que pretendem com isso? Me devolver para os Uchiha? – Haku suspirou.

- Sasuke, não é o que você está pensando. Itachi é um de nós, ele faz parte da resistência. – e então ele me contou o como Kushina-san havia salvado meu meio-irmão e em como este havia entrado para os rebeldes, se tornando um de seus espiões, parando para analisar, Itachi sempre havia sido diferente, sempre havia tratado não somente a mim, mas a todos, incluindo minha mãe de forma distinta ao resto de sua podre família, ainda me lembro das vezes que ele fugia ao quarto que okaa-san dividia comigo e se escondia para ouvi-la narrar uma história que ela mesma inventava, quando ainda éramos pequenos, alguns anos antes de minha mãe ser morta. Ainda assim não sabia se podia confiar, era difícil para mim, principalmente por seu sobrenome, mas daria um voto de confiança, desejando que não me arrependesse e este não fosse quebrado.

 

(...)

 

                Ao chegar ao centro da caverna, onde todos já encontravam-se reunidos, apenas nos aguardando, pude perceber como o olhar de Itachi se dirigia a mim, parecia querer dizer algo, mesmo logo mudou de ideia, desviando os olhos à Kushina-san, que observava toda a situação ao lado de seu marido.

 

- Recebi notícias de que um novo carregamento chegará em três dias. – franzi as sobrancelhas, sem entender o que ele queria dizer com novo carregamento, os demais pelo contrário se remexeram desconfortáveis – Todos ômegas masculinos com menos de doze anos. – meus olhos se arregalaram, agora entendendo o que Itachi estava dizendo, era um carregamento de ômegas, estavam trazendo crianças para se tornarem escravos, como muitas vezes ocorria – O destino é a Raiz Corp, a empresa de Danzou Shimura, o velho dará uma festa de comemoração a seus setenta anos, e as crianças serão utilizadas como “diversão”. – uma raiva imensa me atingiu ao imaginar crianças sendo utilizadas como se fossem simples objetos.

- Então acho que temos uma festa para visitar, não acham? – todos assentiram ao dito por Kushina-san, e algo em mim se moveu em expectativa, pela primeira vez seria testemunha das ações da resistência, e eu esperava estar junto neste dia.

 

(...)

 

- Não. – minha testa franziu.

- Mas por quê não? – perguntei contrariado, a mulher suspirou.

- Você não está preparado ainda, Sasuke-kun, é melhor ficar em casa nesta ação, da próxima vez... – a cortei.

- Eu quero ajudar.

- Você ajudará mais ficando em casa e preparando as coisas para receber as crianças.

- Mas... – ainda tentei contradizê-la, mas Kushina-san foi taxativa.

- Já disse não Sasuke, ainda não está preparado, é minha decisão final.

 

(...)

 

                É claro que estava chateado por não poder participar da missão, por não poder ver em primeira mão uma ação da resistência, mas sabia que Kushina-san tinha razão, eu não estava preparado, todos aqui tinham treinamentos diários, inclusive de batalha, eu estando junto apenas iria atrapalhar, ainda assim sentia-me frustrado por ter de ficar em casa, apenas aguardando notícias.

 

- Você parece contrariado. – senti um arrepio em minha espinha e meu lobo ergueu-se, balançando o rabo ao ouvir aquela voz, o perfume de laranja lima e menta adentrando minhas narinas.

- Você... – girei-me, encarando o loiro, que sorriu, estendendo a mão.

- Naruto Uzumaki, filho de Kushina e Minato. – minha boca entreabriu, oh, era filho da líder, estendi minha mão também, apertando a contrária, sentindo como uma corrente elétrica parecia atravessar meu corpo.

- Sasuke Yuki... sobrinho de Haku. – ele sorriu mais uma vez.

- Eu sei. – um tenso silêncio preencheu o espaço, não sabia o que dizer, meu lobo parecia ansioso, como se esperasse algo, e aqueles olhos azuis... pareciam me chamar, ainda assim não confiava, por mais que o garoto à minha frente fosse filho da líder, ainda era um alfa e eu não confiava em alfas – Sei que está frustrado por não participar da ação. – sua voz cortou o silêncio – Mas okaa-san tem razão.

- Eu sei. – concordei, desviando os olhos, aqueles olhos safira pareciam querer me prender.

- Mas se tiver o treinamento adequado pode estar preparado para a próxima. – aquela frase me chamou a atenção e devolvi meus olhos aos seus, este sorriu – E eu posso te ajudar nisso.

- Como? – seu sorriso ampliou.

- Fácil. Eu vou te treinar.

 

(...)

 

- Vamos! Não me diga que já está cansado? Não seja fracote! – encarei-o irritado, as mãos ainda em meus joelhos por ter parado para regular minha respiração e descansar um pouco, faziam dois dias que Naruto havia decidido me treinar, mas até agora o único que havíamos feito havia sido correr por toda aquela floresta, onde a caverna se encontrava e onde eles costumavam realizar os treinamentos. Naruto dizia que para participar das missões dos rebeldes a primeira coisa era ganhar velocidade e resistência, em suas ações eles tinham que ser muito rápidos e discretos, para que ninguém os percebesse, por isso até agora havíamos unicamente percorrido correndo quase toda aquela extensão de mato, já conhecia quase toda a Floresta da Morte, local onde a resistência habitava.

- Vá se ferrar! – xinguei entrecortado pela respiração pesada, o maior apenas riu.

- E assim planejava participar da missão? – o fulminei com o olhar – Não pensei que fosse tão fraco, teme.

- Vou te mostrar quem é o fraco. – e retornei minha corrida, desta vez em perseguição ao alfa, o qual naquele momento queria estrangular, ainda assim em algum momento me peguei sorrindo, era inegável que seu sorriso era contagiante.

 

(...)

 

- Você parece cansado. – o fuzilei com o olhar.

- E por que será, não é? – o loiro riu.

- Certo, talvez tenha pegado um pouquinho pesado com você, não está habituado a nossos treinamentos. Talvez seja melhor... – o cortei, antes que continuasse.

- Não. Eu quero continuar. – garanti, ele sorriu.

- Certeza? – balancei a cabeça positivamente, não queria ser apenas um fardo, queria ajudar – Ok, então retornaremos os treinamentos em três dias.

- Três dias? – franzi as sobrancelhas em confusão, ele assentiu, dessa vez sério.

- Amanhã tenho que me preparar para a missão. – era verdade, a missão era o mais importante agora, tirar essas crianças do terrível destino que as aguardava, o alfa estendeu uma xícara com chá para mim, já havíamos terminado o treinamento e estávamos de volta à caverna, mais precisamente na cozinha. Peguei a xícara de suas mãos.

- Vou aguardar então.

 

(...)

 

                Mal consegui fechar os olhos nas duas seguintes noites, e não era pelo cansaço de meu corpo, que por ele teria desabado na cama, o que não me deixava dormir era a ansiedade para o que aconteceria no dia seguinte, a missão, o resgate das crianças, sabia que haviam muitas possibilidades de que algo desse errado, que alguém não voltasse, por isso tinha medo, aquele pequeno grupo parecia o último resquício de humanidade na sociedade podre a qual vivia, se algo acontecesse a algum deles seria uma perda irreparável, da qual não sabia se o grupo estava preparado.

                Quando o dia amanheceu, tinha bolsas enormes embaixo dos olhos, pelas noites em claro, e podia perceber que os demais estavam da mesma forma, todos muito nervosos.

 

- Muito bem... reunião! – Kushina-san anunciou e todos formaram um círculo, eu inclusive – Façamos nossa oração. Quem quer puxar? – foi a loira, Ino, quem se pronunciou.

- Oh Deusa, permita que todos retornem a salvo da missão a qual nos propomos, faça com que seus filhos lhe tragam orgulho e concluam com sucesso a ação a qual se dará hoje. Te pedimos proteção, Deusa, somos seus filhos, somos ômegas, somos fortes e temos sim importância. – sorri ante aquelas palavras, podia ver todos de olhos fechados, levavam aquelas palavras muito a sério.

- Que assim seja. – Kushina-san finalizou – Muito bem, vamos nos dividir. – ela falou, cada integrante se colocou ao lado do ou dos membros os quais o acompanhariam e juntos todos saíram, apenas eu fiquei para trás, rezando para que tudo desse certo e eles retornassem a salvo da missão a qual realizariam. 


Notas Finais


Continua...


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