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História Mudança é primavera. - Se acostumando


Escrita por: heitorathos23

Capítulo 4 - Se acostumando


Fui até a Hokage e pedi uma missão precisava sair da vila, estava com  a cabeça cheia ela meu deu uma que levaria 3 dias, reguei o jardim e fui pedir para Ino passar lá e dar uma olhada e regá-las, eu pedindo favores?! Imagina a cara de espanto da Ino, ela logo concordou, deu para ver que se surpreendeu, sai logo da loja porque não queria ter que responder nada.

Quando voltei da missão pensei em passar no hospital, mas não tinha ferimentos graves, só arranhões mas fui mesmo assim, porque era isso que a Hokage queria e eu também assumi para mim mesmo que queria combinar o tratamento com a Hinata.

Cheguei no hospital perguntando por ela o que todos estranharam, não queria que a Ino aparecesse primeiro, logo apontaram em qual sala ela estava, a mesma daquele dia, olhei para o menino, mas ele não estava mais lá, ela me cumprimentou com a cabeça e eu esperei minha fez, após uns minutos ela me chamou e  me cumprimentou com um boa noite e respondi: - Boa noite.

Ela se afastou e ficou me olhando e perguntei: - O que houve?

- Nada.

- Como nada, me diga?

- Não é nada!

- Então me diga.
            Ela respondeu: -Você não vai gostar.

- Diga!

- É porque você disse boa noite.

Fechei a cara e ela riu. Eu disse: - Não ria sou um ninja renegado e posso te matar.

E ela continuou rindo e pensando ele parece que está melhorando, será que estou conseguindo ajudá-lo? Ela começou a me examinar e disse: - Não há nada errado com você só arranhões e pequenos cortes, só vou limpar.

 Eu disse: - Preciso que coloque um curativo no meu rosto para a Hokage ver que vim ao hospital, senão não irá me receber - ela riu.

- Vou colocar um na sua bochecha, mas só tenho aqui curativos com bichinhos.

Eu disse: - Você está me dando de bichinhos de sacanagem.

Ela riu e disse: -Leve um para usar amanhã para disfarçar se precisar.

Perguntei: - Você poderá ir na floresta amanhã?

- Posso e chegarei 30 minutos mais cedo, podemos começar a fazer na sua casa também, lá deve ter muitos pensamentos.

Ele pensou e respondeu: - Tentaremos uma vez lá e ver se vai dar a mesma paz que a clareira, mas duvido, você vai querer entrar no clã Uchiha , seu pai vai querer?

Ela disse: - Não sei, mas ele não vai saber, entraremos por trás.

Eu disse: - Uma Hyuga safada - ela corou e respondeu:

- Não é isso não, não quero problemas com ele.

- Então combinado, te espero  às 14h?

Hinata acenou confirmando..

Esperei ela sair do seu turno e acompanhei de longe até a sua casa e fui para minha, chegando lá percebi que precisava fazer uma faxina, tudo estava péssimo e não tinha nada de comida, de novo, e tinha pouco material de limpeza. Acordei mais cedo, pois tinha algumas coisas para limpar inclusive o banheiro, vá que ela precisasse, troquei os lençóis, deixei um suco pronto na  geladeira e comprei biscoitos.

Fui na floricultura agradecer a Ino por ter regado as sementes, o que ela estranhou, quando eles vão começar a se acostumar comigo? Ela me preguntou se queria que continuasse indo lá, eu falei que se precisasse pedia, ela repetiu pedia?! Você tá mudando até suas palavras pensei, agradeci novamente e saí, comprei frutas, ovos e legumes e fui para casa.

Tomei banho e almocei e esperei, resolvi observar se ela vinha mesmo pela parte de trás quando vi ela pulando o muro, muito ágil, num pulo só. Vi que ela observava tudo com um certo espanto e disse:

- Tá tudo abandonado e eu estou aqui sozinho.

- Esse lugar e imenso e parece cheio de vida, só está abandonado, conversemos sobre isso depois, primeiro vamos para o tratamento -, ela pensou que talvez pudesse ajudá-lo com o clã se ele não descobrir e me matar antes pelo que estou fazendo, el ficou vermelha.

Vi a Hinata vermelha novamente e fiquei pensando o porquê.Chegamos em casa e ofereci os biscoitos e o suco e disse: - Hoje eu trouxe a comida.

- Trouxe alguns bolinhos também, você pode guardar para comer depois.

Ela comeu um biscoito e tomou o suco e perguntou: - Não vai me acompanhar?

Peguei um biscoito e meio copo de suco, ela saiu andando pela casa e parou nas fotografias e disse: - Tenho uma ideia, falamos dela depois.

Fiquei curioso e assenti, ela falou duas vezes algo para conversar depois o que será?

- Onde faremos a sessão? - ela perguntou

- Pode ser no meu quarto - ela ficou vermelha mas concordou, mostrei onde era e deixei a porta bem aperta para ela não ficar apreensiva.

Ela se sentou na cama e pediu que colocasse a cabeça no seu colo e fechei os olhos, logo sua voz dizia relaxe os músculos uma a um e foi dizendo a ordem.

Me lembrei de um café da manhã com meus pais, havia silêncio e risos, e os risos eram pela minha cara de sono e depois me lembrei de estar andando pela casa ela tinha muita luz, ela não era escura como eu a estava vendo hoje e havia sons vindo da rua, gente passando e conversando.

Ouvi a voz de Hinata falando você está bem? Quer abrir os olhos?

Assenti com um suspiro já me mexendo e levantando.

Ela se levantou e foi para a cozinha pegar sua cesta.

Fui atrás e perguntei de que ideia ela tinha falado e ela me perguntou: - Você tem álbum de fotos?,

Respondi: - Tenho algumas soltas, que poderia tentar reunir.

Ela falou: - Então amanhã na clareira leve as fotos, vamos fazer algo diferente com a sua mente.

Não gostei na hora, pensei que seria uma besteira, mas concordei, qualquer coisa voltava para o tratamento anterior, Hinata se despediu e saiu. Resolvi ler um pouco o livro sobre a cura por imposição de mãos já que a técnica estava me ajudando...
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No outro dia na clareira ela falou: - Quero que você visualize as fotos, e me diga...
            Cortei ela e disse: - Não gosto de conversar, prefiro o tratamento de antes, falar sobre sentimentos não é comigo...

Ela disse: - Então faremos assim, vamos ficar um de costa para o outro, encostados, porque quero que você saiba que tem alguém aqui, você vai descrever a fotografia e vai tentar me dizer o que lembra, mas como se estivesse falando sozinho e pensando, pode dizer coisas desconexas, ligando fatos não tem problema. Eu vou fazendo perguntas para te ajudar a lembrar de tudo que tem na foto. Certo?

Eu falei: - Isso não vai dar certo... não quero falar, ninguém entenderia..

Ela falou: - Vamos tentar, você não tem nada a perder, qualquer coisa me mate. 

Eu ri e concordei com a cabeça.

Sentamos de costas, senti as costas dela e ela disse:

- Pode soltar o peso, nos seremos o encosto do sofá um do outro, qual a foto que está por cima?

Eu descrevi que era um aniversário de Itachi.

- Lembrou de algo da foto?

Eu disse: - Não era muito pequeno.

- Lembrou dos móveis?

Pensei e respondi: - sim - ela continuou

- Havia mudado muito?

Eu falei: - Não, já era como me lembrava.

- E as roupas de Itachi?

As conhecia, conhecia aquilo deu uma sensação boa, como se sentisse o toque daquela roupa... que bom pensei, minha infância...

Ela continuou: - O que tinha em cima da mesa?

- Copos e o bolo.

- Lembra do sabor?

-Acho que de chocolate e morango - Itachi gostava.
            - Teu pai estava na foto?

- Sim.

- Parecia como?

- Feliz - respondi.

- Tinha outros familiares?

- Sim, os padrinhos de Itachi - fiquei triste de repente, mas ela continuou me obrigando a responder...

- Tem armário na foto? ... De que cor?

- Tem. Cinza.

- Que textura?

- Lembro que era lisa e muito alta, quase não alcançava em nada, mas dava para me esconder embaixo e ficava escutando as conversas e minha mãe cantando e cozinhando -  e assim foi, e eu fui lembrando de tanta coisa e pensei eu tive infância, foi curta, mas eu tive e foi feliz, pensei que foi isso que me deu um pouco de equilíbrio junto com Naruto, Sakura e Kakashi.

Ela disse: - Por hoje acabou.. o que achou?

Eu disse: - Não foi ruim, foi até fácil lembrar, mas eu gostava do outro tratamento ...

Ela interrompeu e disse: - Eu não quero que você trave nas lembranças ruins, passe para a próxima lembrança, lembre isso já passou, trate lembranças como lembranças, com seus devidos sentimentos do momento que ocorreram, não com os sentimentos que se tem hoje, aproveite-as como eram, e não como algo da realidade atual que acaba mudando assim o que essas lembranças realmente eram.

Hinata disse que precisava ir. Ela foi embora tão rápido que não agradeci novamente, nem perguntei se viria amanhã...

Talvez pergunte hoje à noite, mas eu não falo com ela, talvez fale..., senti um friozinho nas costas, foi porque ela saiu, o seu calor está indo embora. Interessante ficar assim conversando sem ver a cara, não me sentia analisado, constrangido, faz tempo que não gosto de olhar no rosto das pessoas, é o jeito que elas me olham, assim de costas não senti nada disso e pude falar, minha língua está até cansada...

Voltei para a vila pensando se isso era realmente tratamento, parecia mais análise, mas não foi ruim, acho que iria me deixar levar mais uma vez...

 

Hinata saiu da clareira rapidamente pensando falei tanta mentira no tratamento anterior que me sentia mal, e louca para confessar a mentira, ele era grosseiro, mas tinha sido gentil no cemitério, Kami-sama me ajuda!

 

Às 23h fui para a pracinha, vi ela passando lentamente de repente parou e ficou olhando para o hospital, será que esqueceu alguma coisa? Dava dois passos e parava olhava de novo, andava e parava, desci da árvore devagar sem ela me ver e fui caminhando no rumo dela, ela se assustou e depois me reconheceu e perguntou: - O que faz aqui Sasuke?

Eu perguntei: - O que faz você aqui a essa hora?

- Acabou meu turno, estou indo para casa.

- Você não tem medo, isso não são horas para estar sozinha cruzando a cidade.

- Não é tão longe assim e não tenho escolha.

- Te acompanho então.

- Não precisa já estou acostumada.

- Eu vou porque quero.

- Tá ...

Ela disse meio sem graça, resolvi mudar o assunto, pois vi que fui grosseiro:- Você vai amanhã?

- Vou, mas no outro dia não tenho certeza, chegou um caso muito triste de um menino com problema na perna e não sei como ajudar, acho que vou acompanhar mais tempo e estudar sobre o caso, falar com a Hokage, amanhã já pego mais notícias com a Sakura, mas ela me disse não saber o que era também... Ele tem 12 anos e parece muito deprimido por estar nessa situação, não consigo parar de pensar nisso, e me sinto inútil por não conseguir ajudá-lo, preciso me esforçar mais...

- Se tiver cura a Hokage vai saber - eu disse.

- Espero que sim, chegamos.

- Realmente não é tão longe assim. Chegamos muito rápido.

- Obrigada por me acompanhar, Boa noite.

Bem já sabia, tinha compromisso amanhã com ela, compromisso não, consulta...
 



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