História Mudando o futuro - Lendo Harry Potter - O pedido de Lorde Voldemort

Agora, algumas pessoas franziram o rosto, pensando por que Dumbledore sempre agia tão calmamente. 

     -Acabou. – Disse Cho com um bocejo, já fechando o livro. 

     - Agora são quase nove horas, e amanhã vocês terão que acordar cedo... – Começou Dumbledore, vendo que os alunos, mesmo não estando tão tarde, já estavam com sono porque haviam feito muitas coisas no dia. – Vocês não terão aulas amanhã, nós vamos tentar terminar o sexto ano do Sr. Potter o quanto antes. 

     A maior parte assentiu, alguns felizes por não terem aula no dia seguinte. 

     - Mas e o final de sua visita ao orfanato? – Perguntou Hannah Abbot, curiosa. 

     Dumbledore olhou para os do futuro, que estavam o encarando, suspirou e falou: 

     - Não tem nada muito relevante para a nossa leitura, suponho que, se os viajantes não colocaram no livro, não é preciso dizer ou ler. – Dumbledore disse. Calmamente, mas vendo os rostos decepcionados de alguns alunos, ele acrescentou:  

     - A única coisa que eu acharia mais relevante, é que o pequeno Tom Riddle não quis ser acompanhado em sua visita ao Beco Diagonal. 

     Várias pessoas franziram a testa, pensando se teriam confiança o suficiente para ir para o Beco Diagonal, com onze anos, pela primeira vez, sozinhos. 

     - Agora, é melhor vocês irem dormir, voltem para o café da manhã às sete e meia e assim que estivermos prontos, voltaremos à leitura. 

     Assim, os alunos foram indo, a maior parte discutindo sobre o pequeno Riddle, para seus quartos. 

            No salão comunal da grifinória... 

     Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville estavam sentados perto da lareira da comunal, conversando sobre o dia, quando Dino chegou e chamou Gina para uma conversa perto da porta, o que não agradou nada Rony. 

     - O que será que ele queria conversar com ela, hein...? – Perguntou ele, desconfiado. 

     - Nossa, Ronald, deixa ela viver um pouco, já basta nós termos que ler sobre a vida de Voldemort, você ainda tem que ficar pegando no pé dela? – Disse Hermione, já ficando nervosa. 

     Harry e Neville trocaram um olhar cansado. Mesmo sem perceber, Neville havia se aproximado muito do Trio de ouro, e agora, ele também tinha que aguentar as brigas de Rony e Mione. 

     Harry suspirou, pensando se estava mesmo sendo um fardo ler os livros para os outros alunos, e pensando no que Gina e Dino estavam conversando. 

     - Harry, você acha que foi o seu eu do futuro quem escreveu os livros? – Perguntou Neville, cauteloso, trazendo aquele assunto à tona pela primeira vez. 

      - Não faço a mínima ideia... – falou Harry, suspirando. – Os pensamentos são meus, mas eu não sou o narrador... – Ele continuou ponderando.  

     - Talvez sejam apenas as suas memórias, mas não você quem escreveu... – Disse Neville, se lembrando do que os do futuro haviam falado quando chegaram, de que colheram algumas lembranças. 

     Hermione iria falar algo, mas McGonagall chegou bem na hora, e mandou todos irem dormir. E com apenas alguns resmungos, todos os alunos que ainda estavam acordados foram para seus quartos e dormiram, alguns com pesadelos. 

... 

     A manhã seguinte amanheceu escura e chuvosa, o que não aumentou muito os ânimos dos alunos e convidados para a leitura. 

     Mesmo assim, às oito horas da manhã, todos já disfrutavam de um delicioso café da manhã que já estava posto pelos elfos quando eles chegaram no salão. 

     Harry Potter não se lembrava de ter sonhado, mas quando acordou, seus colegas de quarto o olhavam aflitos, como se estivessem preocupados com ele. Por isso, Harry não estava com o melhor dos humores quando se sentou à mesa da grifinória para tomar o café da manhã. 

     - O que acontece, Harry? - Pergunta Hermione, que chegou ao salão junto a Luna e Gina, mas se separou delas e foi se sentar na mesa da grifinória logo depois de Harry, Ron e Neville. 

     Harry olhou para ela com cara de poucos amigos, lançou um olhar raivoso para Rony e Neville, que suspiraram, e voltou a observar Luna e Gina, que conversavam animadamente no caminho entre a mesa da corvinal e da grifinória depois de se separarem de Hermione. 

     - Ele está assim desde que acordou... – disse Neville, suspirando. – Ele está alegando de que nós, Rony, Dino, Simas e eu o estávamos observando quando ele acordou. 

     - E vocês estavam? – perguntou Hermione com uma das sombrancelhas levantadas. 

     - Bom... – Começou Rony, acompanhando Neville, com cara de culpado, mas foi interrompido por uma Gina sorridente. 

     - Que aconteceu, Gina? – Perguntou o mesmo, desconfiado. 

     Gina sorriu ainda mais e Hermione começou a rir, deixando os meninos confusos. 

     - Não interessa, irmãozinho. – Disse ela sarcástica, pegando uma torrada com geleia e dando uma mordida. – Por que você está com essa cara, Harry? 

     Antes que o menino pudesse responder, Dumbledore se levantou, chamando a atenção de todos e interrompendo a conversa: 

     - Agora que todos chegaram, creio que podemos começar a leitura, certo? – Perguntou ele, mas vendo que a maior parte ainda estava comendo, ele acrescentou: 

      - Vocês podem continuar comendo, eu leio este capítulo e depois nós arrumamos o salão com os pufes e tudo. 

     Agora, a maior parte assentiu. 

     Neville do futuro, que estava com o livro, passou-o para Dumbledore com um feitiço não verbal, surpreendendo, e não ao mesmo tempo, seu eu do futuro. (Espero que não tenha ficado muito confuso:)) 

     “O pedido de Lorde Voldemort” 

     A maior parte das pessoas ficaram confusas ao ouvir que Lorde Voldemort fez um pedido. 

     “Harry e Rony deixaram a ala hospitalar bem cedo na manhã de segunda feira,” 

     - Ai, meu Merlim, o que vocês fizeram agora? – Disse Molly, preocupada, olhando para os dois meninos com aflição, junto com Sirius, Remo e Arthur. 

     “com a saúde perfeita, graças aos cuidados de madame Pomfrey,” 

     Esta sorriu, ao receber o elogio. 

     “prontos para gozar os benefícios de terem sido, respectivamente, fraturado e envenenado,” 

     - Benefícios?! 

     - Fraturado e envenenado?! 

     Exclamaram várias pessoas, principalmente Hermione, Molly e Sirius. 

     - Como vocês podem ter benefícios por isso? – Perguntou Hermione zangada, fazendo Rony e Harry comerem mais rápido. 

     - O livro vai explicar... – disse Hermione do futuro, parecendo brava de se lembrar daquela época. 

     - Espera, não era para o livro já estar indo direto ao ponto? – Perguntou Rony do Futuro para a esposa, que respondeu com apenas um sorriso enigmático e gesticulou para que Dumbledore continuasse. 

     “e, o que era melhor, Hermione retara a amizade com Rony.” 

     Expressões de esclarecimento foram vistas por todo o salão, enquanto Rony e Hermione ficaram confusos. 

     “A garota chegou a acompanhá-los quando desceram para o café da manhã, trazendo a notícia de que Gina tinha discutido com Dino. O animal adormecido no peito de Harry instantaneamente ergueu a cabeça e farejou o ar, esperançoso.” 

     Sombrancelhas erguidas e olhares maliciosos foram lançados a Harry, que, por sua vez, estava mais vermelho do que os cabelos dos Weasley. 

     Gina estava muito confusa, assim como Rony, mas este estava mais para bravo. 

     Sirius olhava para o afilhado com um olhar malicioso, enquanto Remo parecia estar se lembrando de algo, ou melhor, revivendo este algo. 

     “- E qual foi o motivo da discussão? – perguntou ele, tentando parecer desinteressado, quando entraram por um corredor deserto do sétimo andar, exceto por uma garotinha que estava examinando uma tapeçaria com trasgos usando tutus.” 

     - Que? Por que existe uma tapeçaria com trasgos usando tutus no sétimo andar? – Perguntou alguém. Dumbledore apenas sorriu enquanto muitos ficavam confusos. 

     “Ela fez uma cara de terror ao ver os sextanistas se aproximarem, e deixou cair a pesada balança que estava carregando.” 

     - Tá, isso está muito estranho. – Disse alguém da corvinal. 

     - Então, por que teria uma menina examinando uma tapeçaria de trasgos com tutus carregando uma balança? – Disse agora um menino da corvinal. 

     - Tem certeza de que isso não foi um sonho seu, Harry? – Perguntou Hermione, parecendo querer brincar com o amigo, mas apenas fazendo-o ficar mais vermelho, em um misto de vergonha e raiva. 

     Dumbledore apenas continuou a ler. 

     “- Tudo bem! – disse Hermione gentilmente, correndo para ajudá-la. – Veja... – E tocou a balança partida com a varinha dizendo Reparo! 

     A garota não agradeceu, continuou pregada no chão enquanto eles passavam, acompanhando, com o olhar, o grupo desaparecer de vista;” 

     Os do futuro, Harry notou, pareciam estar entre rir e chorar, menos Malfoy adulto, que estava com uma cara neutra, mas os olhos profundos e pensativos. 

     “Rony virou a cabeça para espiá-la. 

     - Juro que eles estão ficando cada vez menores – comentou.” 

     Alguns riram do comentário, enquanto alguns primeiranistas pareciam indignados. 

     “- Esqueça a garota – disse Harry um pouco impaciente. – Por que foi que Gina e Dino brigaram, Hermione?” 

     - Por que se importa tanto, Harry? – Falou George com um brilho malicioso no olhar. 

     - Ciúmes? – completou Fred, deixando Harry completamente vermelho, assim como Gina e Dino, percebendo que eles provavelmente estavam namorando no livro.      

     Dumbledore, querendo saber qual seria o tal pedido de Voldemort, voltou a ler, sem se importar muito com o que estavam falando sobre Harry estar com ciúmes da Srt. Weasley. 

     “- Ah, Dino estava rindo de McLaggen ter acertado aquele balaço em você – respondeu Hermione.” 

     - Não pode ter sido por isso que ele teve uma fratura... pode? – Perguntou alguém. Assim que ouviu isso, McLaggen ficou pálido, enquanto alguns pareciam estar com raiva dele. 

     “- Deve ter sido engraçado – comentou Rony sensatamente.” 

     - Sensatamente? – Falou alguém. 

     - Se Rony está rindo, essa não deve ter sido a causa da fratura... – Disse Hermione sensatamente. – Mas então, qual foi? 

     Deixando os alunos com aquilo na cabeça, Dumbledore voltou a ler. 

     “- Não foi nada engraçado! – replicou Hermione indignada. – Foi horrível, e se Coote e Peakes não tivessem agarrado Harry ele poderia ter se machucado seriamente!” 

     - Espere – disse Gina para Dumbledore, confusa. – Os batedores são Fred e Jorge, como... 

     - Mas eles foram banidos do quadribol, junto com Harry... – Disse Simas. 

      - Mas Harry está jogando, ao que parece... – Argumentou Angelina. 

     Várias pessoas olharam para os Gêmeos, que se entreolharam e depois simplesmente olharam para os outros, com sorrisos culpados. 

     Muitos destes bufaram, enquanto outros olharam para os do futuro, como que pedindo explicações. Os do futuro simplesmente suspiraram, e gesticularam para Dumbledore continuar fazendo mais pessoas bufarem. 

     “- É, bem, Gina e Dino não precisavam ter rompido o namoro por causa disso – tornou Harry, ainda tentando parecer displicente. – Ou eles continuam juntos?” 

     - Nossa, Harry, que sutil. – Disseram algumas pessoas, sarcásticas, fazendo Harry corar mais e Dino olhar para Gina. 

     “- Continuam... mas por que você está tão interessado? – perguntou Hermione, lançando a Harry um olhar penetrante.” 

     Hermione olhou para Harry pensativa. 

     “- Não quero ver a equipe de quadribol bagunçada outra vez!” 

     - Você vai ser o capitão! – Disse Rony sorrindo para o amigo, que sorriu de volta e depois olhou para Dumbledore, antes deste falar, franzindo o cenho, meio desapontado: 

     - Não tem nada depois disso... 

     Harry do futuro olhou desconfiado para Hermione F e suspirou. 

     - Parece que este capítulo não devia ser importante, mas a parte em que eu me ferro é, né, Mione? – Disse ele com um olhar penetrante para a amiga, que deu uma risadinha. 

     - De qualquer jeito, o capítulo era para ser eu e Dumbledore em algumas lembranças... – Começou ele a explicar. – A primeira era de Voldemort, ainda jovem, indo em um tipo de casa de penhores de uma moça que tinha muitas relíquias... 

     Todos ouviam atentamente. 

     - Ele encontrou lá a Taça de Helga Hufflepuff – Os lufanos do salão ergueram as sombrancelhas. – E um medalhão de ouro de Slytherin. – Agora os sonserinos ficaram surpresos. – O fato é, que ele estava tentando achar símbolos de fundadores das casas de Hogwarts. 

     - Mas por que ele iria querer algo que pertenceu aos fundadores? – Perguntou Astória, confusa. 

     - Isso será falado em algum outro capítulo... a coisa aqui, é que Hogwarts foi o lugar em que ele mais se sentiu em casa na vida. Guardem estas informações. A outra lembrança foi do próprio Dumbledore, onde Voldemort queria um lugar aqui, como professor. 

      Muitos tiveram calafrios ao pensar que talvez poderiam ter tido aulas com Voldemort. 

     - Qual matéria...? – Perguntou Padma Patil. 

     - Defesa contra as artes das trevas. 

     Agora, muitos ficaram completamente confusos, pensando no porquê Voldemort, um dos maiores bruxos das trevas de todos os tempos, iria querer dar aula de DCAT. 

     - A maldição... é verdadeira? – Perguntou uma menina tímida da corvinal. 

     Os do futuro deram de ombros, não sabendo responder à pergunta. 

     Dumbledore se levantou, vendo que todos já haviam terminado de comer e disse: 

     - Vamos dar uma pausa, vocês podem ir ao banheiro, ou às comunais, mas voltem antes das dez e meia. Eu e os outros professores vamos arrumar o salão para continuarmos a leitura de um jeito mais confortável. 

     Com isso, praticamente todos saíram do salão e voltaram um pouco mais tarde, escolhendo seus lugares, mas também reparando que vários do futuro não estava mais lá...