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História Muito além de um tratado. - Uma nação construída com sangue.


Escrita por: lucasdarcry

Notas do Autor


O capítulo ficou pronto antes do previsto.


Boa leitura.

Capítulo 54 - Uma nação construída com sangue.


Aquela noite estava bastante fria em Konoha, depois de  vários dias de chuva a única coisa que cobria os céus eram as estrelas, Juvia estava deitada em seu quarto, por mais que tivesse visto as reais intenções de Minus naquele momento, aquelas palavras lhe abalaram de uma forma que a mesma não conseguia entender. Ela sabia que o loiro era bastante frio e que fazia jus ao título de demônio nórdico, mesmo assim a azulada nunca esperou que fosse ver esse lado dele. A verdade era que Juvia sabia muito bem o que tinha sentido naquela hora, era a mesma sensação que muitas pessoas tinham sentido quando estavam prestes a ser mortas por ele.



Ao longo dos meses ela havia feito amizade com Myuki, Charlotte, Abys e até mesmo Mohamed, adorou conhecer as cinco esposas dele que estavam em Konoha de férias. E o que ela não conseguia entender era como pessoas tão boas eram capazes de atos tão cruéis, assim como Levy ela também pesquisou a história, a União Nórdica fazia jus a parte do estado totalitarista que levava em seu nome.



Quanto mais Juvia pesquisava, mais ela se assustava, a história da União Nórdica estava manchada de sangue desde sua fundação, de um pequeno vilarejo a setenta por cento de todas as terras do extremo norte. De guerras civis a limpezas étnicas, de tentativas de golpes de estado a total opressão das forças armadas, o alicerce e os pilares daquela poderosa nação eram feitos de milhões de corpos, uma nação que foi criada para conquistar, mesmo que tenha que derramar  sangue inocente. Lógico que com o passar dos séculos as coisas foram mudando, as guerras pararam de ser entre si, mas se voltaram para outros povos, as dezenas de colônias e os campos de extermínio eram a maior prova disso.



— Você está bem? — Lisanna perguntou entrando no quarto.



— Juvia ainda está assustada. — a azulada respondeu.



— Confesso que também não estou muito bem depois do que aconteceu. — a albina falou se sentando a beira da cama. — Nós queríamos ajudar, mas do nada Lucy e eu ficamos sem forças, mal conseguimos nos mover.



— Juvia sabe disso. — a maga da água falou se sentando. — Minus não devia ter falado aquilo.



— Ele é difícil, Lucy conversou com ele depois do almoço, mas a conversa pareceu mais um monólogo. — Lisanna comentou. — Depois disso ele só entrou no escritório dele e não saiu mais de lá.



A azulada não sabia ao certo o que pensar, era grata por tudo o que o senhor das terras do norte estava fazendo por ela, mas isso não queria dizer que saberia lidar com aquele jeito frio. Ela queria ter dito várias coisas, queria ter gritado com ele, mas não sabia o que dizer, o olhar de Minus a intimidava de uma forma que ela não podia descrever, era uma mistura de frieza e superioridade, ela sabia que ele tinha todos os motivos para pensar assim, mas não sabia o que pensar daquilo.



— O jantar está pronto. — a maga celestial falou entrando no quarto. — Nem pensem em recusar, gastei bastante dinheiro comparando a sobremesa.



— Minus vai jantar também? — a azulada perguntou receosa.



— Acho que não… — Lucy suspirou. — passei dez minutos batendo na porta do escritório dele, provavelmente vai virar outra noite trabalhando.




— Acho que é melhor assim. — a Strauss comentou de cabeça baixa.



— Eu não sei mais o que fazer. — a maga celestial comentou se sentando ao lado de Lisanna. — Quando eu penso que está melhorando acontece isso.



— O problema não é o Minus, mas sim a União Nórdica. — a maga da água comentou. — Juvia pesquisou sobre as terras do norte, Juvia sabe que o senhor Minus é apenas fruto de uma nação que foi construída com sangue. Mesmo assim…



A azulada não sabia mais o que pensar, estava triste por ter perdido Gray, abalada e assustada com as palavras de Minus, mesmo assim estava agradecida por ele ter abrido seus olhos. Ela não queria voltar para a mansão de Lucy e ter que ver Gray com outra, mas ao mesmo tempo não sabia se queria continuar ali, mas ao mesmo tempo queria ficar, mesmo que do seu jeito, Minus estavam cuidando dela.



As magas ouviram a porta de fora ser aberta com violência, mesmo sem vontade, foram ver o que estavam acontecendo. Chegando na sala viram vários soldados da União Nórdica que Lucy reconheceu na hora, afinal eram eles que estavam cuidando da segurança de sua casa.



— Princesa Lucy. — um dos soldados falou fazendo a saudação militar dos exércitos do norte.




— O que aconteceu? — a maga celestial perguntou preocupada.



— Nada que eu não possa resolver. — Minus falou entrando na sala acompanhado de duas mulheres que Lucy nunca tinha visto.



— Onde o senhor vai. — Lucy perguntou séria.



— Mantenha elas aqui. — o loiro falou indo em direção a porta sendo seguido pelos outros soldados.



— Sim meu Lord.  — as duas mulheres falaram ao mesmo tempo.



— O que está acontecendo? — Lisanna perguntou visivelmente assustada.



— Nada que o Lord Minus não possa resolver. — uma das mulheres respondeu. — Meu nome é Ashley e essa é minha irmã gêmea Astrid, somos ponta de lança.



As magas não puderam deixar de recuar alguns passos para trás, se Minus tinha as deixado ali, era porque queria ter certeza de que elas não iriam atrás dele. Mas também as fadas sentiram uma energia extremamente sinistra e pesada vindo das duas, nem mesmo na batalha de Crocus ou durante o incidente do portal eclipse elas sentiram energias tão malignas, era como se as duas não fossem humanas.



— Não se preocupem, não iremos machucar vocês… sem contar que teríamos bastante problemas com o senhor Minus se fizéssemos isso. — Astrid comentou. — Tanto que temos ordens de escoltá-la até sua casa depois de tudo ser resolvido.



— Poderiam pelo menos nos dizer o que está acontecendo? — Lisanna perguntou chamando a atenção das duas.



— Infelizmente não, mas não se preocupem, o Lord Minus saberá o que fazer. — Ashley falou deixando todas aflitas.



— Juvia também quer saber o que está acontecendo. — a azulada sussurrou.



Enquanto isso em um antigo castelo feudal abandonado as coisas estavam bastante calmas, depois de um dia bastante agitado, as coisas ficaram mais tranquilas ao anoitecer. As tropas escandinavas estavam montando várias bases por todo o continente Shinobi, afinal elas cuidavam da segurança das construções que estavam começando em várias nações. Com a presença das tropas da União Nórdica a ameaça de ataques era constante, sabiam que elas estavam em maior número e com uma possível aliança com os ninjas eles teriam todos os recursos necessários. Porém uma enorme explosão na entrada central chamou a atenção de todos, antes mesmo que os guardas que estavam próximos pudessem fazer algo foram atingidos por várias flechas explosivas.



— As tropas atrás de nós estão vindo, as que estão ao redor estão aguardando o sinal. — Naruto falou chamando a atenção de todos. — Katariny, Lee, vocês devem chegar na torre principal o mais rápido possível. Chegando lá usem o sinalizador para chamar as tropas.



— Eles vão tentar acabar com qualquer prova que possa ter aqui. — a morena falou chamando a atenção de Lee. — Nem pense em me atrasar sobrancelhudo.



— Hai. — o jonin de Konoha que falou seguindo a ponta de lança.




— Segundo nossas informações o arsenal deles fica na área leste. — o jovem Sannin falou. — É com você Abys, vá com ele Minerva, não destruam nada, precisamos saber o que nosso inimigo tem.



— Deixa comigo. — o enorme guerreiro falou seguindo seu objetivo.



— Nós somos o esquadrão de abate, ficaremos responsáveis por limpar o caminho das tropas que estão vindo. — Naruto falou vendo todos concordarem com a cabeça.



O grupo seguiu castelo adentro, no momento que colocaram os pés dentro da área do castelo foram atacados por vários guerreiros usando armadura negra. Mohamed, Erza e Kagura foram para o combate direto, afinal eles dominavam a arte da espada.


Sasuke ativou seu Susano'o, ele ficaria responsável pela destruição da muralha para facilitar a entrada das tropas. Naruto não ficou para trás e fez o mesmo, se tornando em uma versão de chakra laranja de Kurama, sabiam que estavam em uma missão contra o relógio, Katariny e Lee não levariam muito tempo para chegar até seu objetivo.



Lee avançava em meio aos inúmeros inimigos enquanto avançava rumo a torre principal do castelo, os inimigos que ele não conseguia derrubar a tempo facilmente eram abatidos pelas flechas da líder da elite negra. O jonin de Konoha estava admirado com as habilidades de sua companheira de missão, ele podia ver por seus movimentos que ela era uma verdadeira mestre no Taijutsu.



— O que está olhando sobrancelhudo? — a morena perguntou enquanto usava seu arco para bater em alguns inimigos.



— Você é boa no combate corpo a corpo. — Lee comentou. — Isso não é normal para especialistas do combate direto.



— Não seja ridículo. — Katariny protestou. — Sou a general das forças armadas de contenção dos exércitos do norte, a elite negra, apenas Lord Minus chegou nesse posto mais nova que eu.



— Desculpe. — Lee falou sem jeito.



— Só cale a boca e mantenha o foco na missão. — a ponta de lança falou colocando seu arco nas costas



A morena apenas pegou o sinalizador e avisou as tropas que estavam aguardando o momento de avançar, as muralhas já haviam sido derrubadas por Naruto e Sasuke, a todos usando uniformes pretos, deixando claro o que acontecia quando entravam em ação. Aqueles eram os demônios do abismo, a ordem mais sanguinária de todas as terras do norte, a terrível elite negra.



Abys e Minerva não tinham muita dificuldade em acabar com seus inimigos, assim como seu irmão mais velho, o ponta de lança era dotado de grande força e tinha uma resistência fora de série. E graças a maga que estava lhe ajudando não estava tendo dificuldade em derrotar seus inimigos.



— Esperava um desafio maior. — Minerva comentou.



— A maioria daqui eram mercenários, os poucos que estão nos dando trabalho fugiram da União Nórdica. — Abys falou. — Está na hora de acabar com isso de vez.



Duas manoplas surgiram nas mãos do ponta de lança, ele bateu as duas mãos criando uma poderosa onda de choque, acabando com todos os soldados que ainda estavam de pé protegendo o arsenal. Sem querer perder tempo, o ponta de lança apenas chutou o enorme balcão, mas se assustou com o que tinha ali.




— O que é isso? — Minerva perguntou horrorizada.



Abys apenas cerrou os punhos com ódio, fazia mais de trinta anos que a União Nórdica tinha encerrado aqueles estudos por irem contra a lei natural. Mas Hyakus estava dando continuidade a aquela pesquisa que teve início no governo de Erick e encerrado após Minus assumir o poder.



— Senhor, a base está sob nosso controle. — um soldado falou.



— Mandem uma mensagem para Salazar, diga para nos encontrar em Konoha. — Abys falou visivelmente nervoso. — Lord Minus precisa saber disso.



— Vai dizer o que é isso? — a maga gritou  visivelmente irritada.



— Houve uma época em que a União Nórdica era dominada pelo sentimento de superioridade da raça escandinava. — o ponta de lança falou com pesar. — Isso que está vendo é fruto daquela época.



— O que é isso? — Naruto perguntou entrando no galpão.



— Eu sabia que vocês escandinavos eram cruéis. — Erza falou caindo de joelhos. — Mas isso…



— Isso também acontece nas colônias? — Kagura perguntou em completo estado de choque.



— Acredite, isso começou na União Nórdica, mas por ir contra as leis naturais, foram encerradas após o início do governo de Minus. — Abys respondeu.



— Haja o que houver, não podemos deixar isso chegar nos ouvidos de Ashley e Astrid. — Mohamed comentou. — Aquelas duas já passaram por muita coisa.



— Mantenham isso entre nós. — Katariny falou acompanhada de Lee. — Os soldados estão preparando tudo o que for importante para ser levado.



— Peça para alguns soldados levantarem acampamento. — Pediu Naruto. — Amanhã mesmo voltamos para Konoha amanhã antes do Sol nascer.


Notas Finais


Até a próxima.


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