História Mundia Magia - A morte do senhor Picolo

Narração de Zoe:

Não acreditei nem um sequer momento no que estava acontecendo. Com aquele sinistro grupo dos Kairos; A luta foi iniciada, e Row com a tentativa de ajudar seu avô, foi pra cima do inimigo (Só que ninguém contava que eles fossem tão fortes) Row foi arremessado com tudo para trás, a magia do inimigo era poderosa demais. O senhor Picolo tomou a dianteira e enfrentou todos, sozinho.  Caído sobre uma arvore quebrada pela queda, vi meu parceiro com bastantes machucados, com dificuldade para levantar, fui correndo a seu encontro.

_ Você esta bem? – perguntei me abaixando sobre o mesmo e o ajudando a se reerguer.  Assim que consegui deixa-lo novamente em pê, Row com dificuldades ergueu sua cabeça olhando para a batalha. O senhor Picolo estava lutando contra todos, e nos não podiam fazer nada, não tinha como, era obvio que só iriamos  atrapalhar. O nível de magia era muito maior, raios, tremores  e criaturas sinistras surgiam no decorrer da luta. Logo percebendo que a coisa iria piorar, tratei de sair dali com o Row o mais depressa o possível, os outros vieram logo atrás.

_ Para onde você pensa que vai? – Row disse se desapoiando do meu ombro.

_Hã..-  disse surpresa

_ Não vou a lugar nem um- ainda fraco row disse lutando contra seu próprio corpo, eu sabia que ele não iria deixar o senhor Picolo, mesmo estando machucado Row  demostrava confiança.

_ Já que e assim...Pelo menos deixe-me ver seus machucados. Do que adianta se você  ir lá neste estado?- falei e O moreno apenas me olhou por alguns segundos e depois concordou. Eu o fiz sentar, na minha pequena bolsinha, pequei alguns remédios de cura, que o senhor Picolo havia me dado por causa do meu pescoço.  2 deles eu passei sob os ferimentos mais expostos, que por sinal a cicatrização foi rápida e o outro remédio dei para Row tomar.

_ Obrigado ... Dizendo isso Row saiu rapidamente dali. Eu que por alguns segundos ao escutar  aquelas palavras ``OBRIGADO’ ’  sai do meu choque e o segui novamente para a batalha.  Chegando lá, havia surgido mais alguns feiticeiros, que por nossa sorte parecia estar no nosso lado. Mais nem tivemos tempo de olhar direito, um dos nossos inimigos avistou a nossa chegada, e sob uma mão negra, segurou –nos com toda força, a mão cobriu todo o nosso corpo, nos prensando cada vez mais. A o ver que estávamos quase sufocando, o senhor Picolo com toda a força jogou um bola cheia de raios sobre o inimigo, que por sinal o obrigou a nos soltar. Picolo pulou com tudo em nossa frente, nos protegendo ao máximo. Eu nunca tinha visto nada parecido, em nossa volta era claramente visível o quanto tínhamos que melhorar, os feitiços que fazíamos... tudo... não passava de cocegas diante de um inimigo como aquele. Haviam varias luzes e trovoadas por todo o lugar, chamas de fogo faziam um circulo em volta do campo de batalha, impedindo qualquer pessoa que passasse, estávamos cercados. Num ato de desespero ou ( Burrice) acabei pegando a mão de Row (fiz isso sem pensar) Só notei que estava segurando a mão de Row, quando o vi olhar para mim com uma cara de interrogação, percebendo o meu deslize, tentei solta-la, mais fui impedida, pois ele segurou firme a minha mão. (No meu interior: Eu estava sentindo ao mesmo tempo pavor e algo aquecendo meu coração E  aos poucos um arrepio subia a minha espinha) Lá estávamos nos olhando aquela luta, sem nem ao mesmo poder ajudar, não podíamos sair e nem ficar, mais segurando a mão de Row meu medo ou minha angustia havia se passado, me sentindo totalmente segura, como se nada pudesse me machucar.

 O senhor Picolo, junto com outros feiticeiros começaram a comandar a luta, tudo parecia estar indo bem, dois já haviam caído e só faltava dois, um deles era um ruivo  que parecia ser da minha idade, o outro era um homem, seu olhar era frio e tenebroso. Tudo parecia estar indo bem, mais... Com um piscar de olhos vi o senhor Picolo ser atingido brutalmente com tudo, Row como um ato de reflexo saiu correndo em direção ao avô.

_ VÔ...VÔ – disse Row ficando de joelhos e segurando nos braços o seu avô.
_ Eu já não tenho mais idade para isso- Picolo disse, com uma voz fraca, mais com um leve sorriso no rosto.

_ Pare de brincadeira, venho... Levante – Row tentou ergue-lo.

_ Olha... Olha... Olha, você deve ser o neto do velho- disse uma voz que vinha atrás do Row. Quando o moreno se virou, viu aquele homem magro e sombrio, ele estava em certa distancia deles. _ Então e você?- o homem deu um sorriso sombrio.

_ Quem e você? O que você quer?- Row disse se levantando e se  preparando para um possível ataque.

_ Você Morto- disse o homem lançando uma bola gigante de larva sob o Row.  Quando o moreno fez movimento para se retirar, percebeu que não podia se mexer, seus pês estavam presos com rocha liquida.  A bola veio em uma velocidade, mais não atingiu Row, o senhor Picolo se pois a frente do neto recebendo o golpe, que fez o pobre sábio cair com tudo no chão, com sague em sua volta.  Nesse instante vendo aquilo, corri rapidamente ao encontro dos dois, não poderia acreditar que aquilo estava acontecendo.  Row ao ver seu avô naquele estado, não conseguiu segurar suas lagrimas, começou a chorar no peito de seu avô.

_Estou feliz- disse o senhor Picolo, com uma voz roca e fraca, Row ergueu sua cabeça, olhando para seu avô. Cheguei a onde eles estavam, não querendo atrapalhar eu fiquei parada em pê vendo o senhor Picolo falar com o Row, torcendo para que o senhor Picolo ficasse bem.

_ Oque você está dizendo? seu velho bobo- Row disse em meio a os soluços.  Senti um aperto no peito, ao ver Row naquele estado.

_ Rsrsrsrs- Riu o senhor Picolo_ Sempre gostei deste seu lado, pena que não poderei ver mais.

_Já..di..disse pra...pra parar- disse Row com os olhos cheio de lagrimas.

_Receio não ter muito tempo... Preciso te contar a verdade de seus pais, o segredo que escondi por toda minha vida.

_ Oque você quer dizer com isso?- disse Row enxugando suas lagrimas. O senhor Picolo deu um suspiro e continuou.

_ Seu pai não era aquilo que eu havia falado. Meu filho possuía uma habilidade que ninguém mais tinha... Ele era um Medardo ( o Poderoso) possuía Habilidades surpreendentes. Mais seu pai foi tomado pela raiva e pelo ódio, por causa da morte de sua mãe- o senhor Picolo disse colocando a sua mão sobre o rosto De Row, no qual se mantinha petrificado _ Ele lhe amava muito, mais ficou cego, tanto que acabou se tornando o líder dos Kairos- disse tirando sua mão do rosto do neto, e por ultimo dando um suspiro_ Mais foi traído, acho que sua própria ganancia o matou. Quando seu pai morreu, alguns dos membros dos Kairos, começaram a se unir para matar você, pois tinham medo que você possui-se as mesma habilidades de seu pai. Mais por sorte eu consegui salva-lo, foi assim que fui parar naquele diserto que tanto você ouvia quando era novo, sinto por não ter te dito antes. Só quero que saiba que eu tudo que fiz foi por amor meu neto querido.

_ Mais... Mais... Como?- Row perguntava indignando, mais o senhor Picolo não respondia, virou seus olhos para mim e disse.

_ Deixo ele  em suas mãos- assim dito, não se ouvia mais aquela respiração falha e ofegante, penas o silencio. Row começou a chorar descontroladamente, colocando suas mãos tapando seu rosto.  Sem pensar duas vezes o abracei por trás de suas costas. Já não se via mais o inimigo, simplesmente desapareceu, junto com os dois que estavam caídos no chão. Os feiticeiros fizeram uma roda sob mim, o corpo do senhor Picolo e de Row. Apenas eu e ele sabíamos daquele segredo, que o senhor Picolo contara antes de morrer. Row não recusou meu abraço...Acredito que porque talvez não tivesse forças para isso.

  No dia seguinte:

O enterro foi triste, depois da morte do senhor Picolo os Kairos desapareceram, todos eles, creio que desde o começo tudo foi planejado para conseguir encontrar o senhor Picolo. Todos estavam no enterro exceto Candy, pois ela havia sido atacada por um inimigo.  A chuva caia forte , alguns amigos dizendo palavras confortáveis. E eu de longe via o rosto frio e calado de Row, com sua cabeça baixa Row se manteve em silencio o tempo todo. Depois do enterro, as pessoas foram saindo uma por uma, mais Row não se mexia, ficava ali vendo a lapide de seu avô.