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História Mundo de Ataui - [Episódio 3] O Retorno de Scare


Escrita por: Shaoran-Li

Capítulo 3 - [Episódio 3] O Retorno de Scare


Hikaro ficou alguns minutos olhando o templo que apareceu atrás da estatua onde a pedra tinha sido posta por ele.
O garoto começou a caminhar em direção ao templo quando alguns barulhos nos arbustos atrás dele começaram a chamar a sua atenção até que ele se vira e pôde ver oito pessoas trajando armadura de um metal marrom com um desenho de um dragão vermelho em seus peitos, capacete na forma de uma cabeça de dragão onde só era possível ver os olhos das pessoas.
O desespero de ver os soldados de Kanski tão perto dele foi grande e o pensamento de que não poderia mais completar a missão que seu avô tinha deixado a ele de chamar os quatro deuses fez com que ele recuasse três passos para trás.
Ao dar os três passos para trás uma forte luz branca saiu do telhado do templo iluminando o céu escuro, fazendo com que Hikaro não pensasse duas vezes e saiu correndo em direção ao templo tendo a luz branca como sua guia.
O garoto não tinha certeza do que significava aquela luz, mas tinha certeza de que o Deus que tinha chamado minutos antes estava lá dentro do templo para salvar ele desta situação.
Os oito soldados que estavam observando a estranha luz, só perceberam que o garoto não se encontrava mais ali na frente deles quando o avistaram entrando no templo quando a luz começou a desaparecer.
Hikaro não queria saber para onde ia, entrou no templo sempre correndo em linha reta, sempre correndo no corredor principal que era alto e largo, cheio de tochas com chamas vermelhadas e desenhos de pessoas nas paredes até que chegou a duas portas de madeira altas com o desenho de uma pessoa com as mãos baixas e com fogo.
O jovem cansado e com a respiração forte, encostou as duas mãos nas portas e se ajoelhou na frente delas para poder descansar um pouco antes de atravessar aporta que estava em sua frente.
Quando fechou os olhos para um piscar mais demorado, ouviu os passos dos soldados que estavam vindo atrás dele, mas outro som bem fraco vindo do outro lado das portas o chamou uma atenção especial.
- Alguém está chorando – disse em voz alta Hikaro.
O garoto sentiu seu coração bater forte então abriu os olhos e colocou-se de pé rapidamente então com as duas mãos apoiadas na porta as empurraram.
O Hikaro se surpreende ao ver uma menina de cabelos longos e claros de short preto e vestido branco deitada no centro da sala com a cabeça apoiada pelos dois braços dentro de um circulo de luz branca.
- Scare é uma menina? – Perguntou a si mesmo ao ver a garota.
- Seu nome é Scare? – Hikaro perguntou andando em direção a garota caída.
- Não – A garota respondeu enxugando as lagrimas de seu rosto – Meu nome é Karen!
- Não é possível, você não devia estar aqui! – o garoto sem entender passou andando pelo circulo que desaparecia e esticou a mão para a garota.
Karen segurou a mão do garoto então se ergueu, após deu umas batidas no vestido para que a poeira sai-se.
- Eu estava esperando por Scare, nosso deus. Lembra? – Hikaro perguntou.
- Eu não sei nem onde eu estou! - respondeu Karen olhando em volta para tentar descobrir onde estava naquele momento. - Como eu vou saber de algum deus?
- Quero voltar para casa.
Fez um silencio que foi cortado pelo os barulhos de passos que surgiram do outro lado das portas que estavam abertas. Hikaro olhou para as portas e depois olhou para a garota que estava ao seu lado.
- Me ajude a fechar as portas ou vamos morrer aqui! – Falou com um tom de medo Hikaro.
Os dois saíram correndo em direção as portas e empurraram-nas até que elas se estivessem fechadas.
- Não vamos conseguir segurar eles pro lado de fora por muito tempo. - o garoto começou a falar baixo, pois percebeu que os guardas já se encontravam do outro lado – Procure algo que eu vou ficar aqui na porta para que eles não entrem.
- Não faça barulho para não chamar a atenção.
A menina andou sem fazer barulho para o centro da sala que não havia mais a luz branca e olhou ao redor da sala. Avistou algumas estantes vazias que pareciam ser de livros de um lado da sala, mesas e cadeiras com algumas taboas do outro lado.
Karen saiu correndo até as madeiras pegou uma com um metro de comprimento e pesada e foi levar até a porta.
Cada vez que a garota passava por uma tocha que iluminava a sala, elas mudavam de cor, de vermelho para azul.
Hikaro que não tinha percebido a mudança de cor das tochas até se virar de costas para a porta e pegar a taboa da mão de Karen.
Um estrondo ecoou dentro da sala.
- Não fui eu! – disse Karen.
Os dois se entre olharam.
- Segura a porta! – gritou Hikaro.
Os dois colocaram seus corpos para segurar as portas fechadas, mas não foi possível os dois jovens segurar oito soldados bem treinados.
Com o empurrão que os soldados deram nas portas os dois foram arremessados para longe caindo no chão.
- Me de as pedras! – disse um dos soldados apontando para o garoto.
- Alguém percebeu o que está acontecendo aqui? – perguntou outro soldado apontando para a garota caída.
- O deus dele é uma garota. – o mesmo soldado respondeu.
To dos os soldados se ente olharam e caíram na risada e uma luz vermelha no cento da sala apareceu flutuando a alguns centímetros do chão tirando a atenção dos soldados.
- O que é aquilo? – um deles perguntou.
Todos os olhares se fixaram na luz que começo a se movimentar fazendo um circulo vermelho de tão rápido que se movimentava.
Todas as tochas se transformaram em tochas que emitiam luz branca e um circulo azul apareceu no chão onde estava o circulo vermelho.
Hikaru olhou para Karen e a cutucou no braço para chamar a atenção dela.
- Vamos para o canto da sala. – Disse Hikaro para Karen, ao mesmo tempo em que pegava em sua mão.
O menino puxou a menina com movimentos calmos para não chama a atenção dos soldados que estavam vendo o acontecimento bizarro.
Os dois chegaram a uma parede do lado direito da sala debaixo de uma das tochas e avistaram dentro do circulo um corpo flutuando com os olhos vermelhos.
Uma luz branca muito forte foi emitida, e todos cobriram os olhos para não feri-los com tanta claridade e uma voz grossa ecoou pela sala.
- Uma profecia dita é uma profecia a ser realizada!
Então a luz enfraqueceu e a sala era iluminada pelas tochas de cor brancas e pode ser visto uma pessoa no centro da sala em pé no chão com as mãos radiando fogo.
Dois dos soldados saíram correndo em direção a ele desembainhando as espadas que estavam em suas cinturas. Mas não conseguiram andar por muito tempo, as mãos da pessoa no centro da sala ergueram em direção aos dois e uma bola de fogo saiu de cada mão acertando-os e os deixando inconsciente.
Quatro dos soldados que restaram se ajoelharam e gritaram para que não fizesse nada com eles, pois eram obrigados a fazer isso para manter suas famílias vivas.
- Vejo alguém atrás da pessoa. – Disse Karen em tom baixo para Hikaro.
- Eu não vejo nada. – Hikaro respondeu.
Como os outros dois não se mexeram o rosto da pessoa então se voltou para eles e a voz grossa pode ser ouvida.
- Avisem ao chefe de vocês que SCARE voltou para colocar o mundo no lugar.
O dois soldados se entre olharam e saíram correndo pelas portas sem olhar para trás e sumiram na escuridão que o corredor se encontrava agora.
- Os quatros que restaram podem ficar de pé. – Disse então Scare.
Os quatros ali se ergueram e encaram o Deus como quem fossem receber alguma punição com as cabeças baixas.
- Vocês não tiveram escolha por isso eu irei perdoar vocês. – ouviu a voz na sala - Levem os seus dois companheiros daqui voltem para o meio do exercito e falem que conseguiram escapar, mas tomem cuidado para não fazer mal as pessoas daqui.
- Eu irei libertar os seus parentes e de todos os outros!
Enquanto cada grupo de dois soldados iam em direção as duas pessoas caídas, as chamas das tochas voltaram ao normal e o fogo que encobria as mão do Scare desapareceu.
Karen ao conseguir ver o rosto de quem estava ali deixou escapar um grito para chamar o seu irmão.
- Marciel!
Todos os soldados que já estavam saindo da sala pararam se viraram e olharam para menina que tinha passado despercebida o tempo todo com a aparição do Deus e voltaram a sair da sala.
- Quem é Marciel? – perguntou Hikaro.
- É meu irmão – respondeu a garota.
Hikaro olhou para ela espantado pela resposta, os dois ouviram um barulho no chão e se voltaram para Marciel que se encontrarva deitado inconsciente.
Karen ficou em pé rapidamente e correu até seu irmão, sentou-se do lado, colocou a cabeça dele em seu colo e começou a abaná-lo.
- O que você está fazendo? – perguntou Hikaro, indo até os dois.
- Estou abanando pra ver se ele acorda. – Respondeu a garota.
- Não seria mais fácil chacoalhar ele? – Hikaro fez a pergunta ao mesmo tempo em que colocava as mãos no ombro de Marciel e começar a chacoalhá-lo.
- Para com isso você vai machucá-lo. – berrou Karen.
- Pode vim que eu acabo com todos. – Marciel abriu os olhos gritando.
- Cadê? Cadê? Cadê os soldados?
- Alias, onde nós estamos? – Marceil parou ao perguntar olhando para Karen e Hikaro.
- Seja bem vindo a Ataui. – Hikaro respondeu – É um prazer ter o senhor com nós.
Marciel olhou para o rosto de sua irmã que levantou os ombros querendo dizer que ele está certo.
- Tudo bem! – começou a falar Marciel – Estávamos no templo em Cusco...
- Cusco? – Perguntou Hikaro – O que é Cusco?
- É uma cidade – respondeu Marciel.
- Hikaro, fica quieto, o deixeele colocar as idéia no lugar. – falou Karen.
- Estávamos no templo – continuou Marciel.
- Karen desapareceu, os guardas apareceram...
- Papai... – um pequeno silencio foi feito e Marciel continuou - ... mandou eu vir atrás de você.
- Acordei aqui com vocês.
- Isto significa que estamos mesmo em Ataui! – Concluiu Marciel.
Com a conclusão Marciel, tanto Karen como Hikaro se olharam bateram com a mão em seus próprios rostos como quem não acreditava com o que tinha acabado de presenciar.
A noite foi se adentrando e então os três decidiram passar aquela noite naquela sala por segurança, já que dificilmente os soldados iriam voltar.


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