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História Mundo de Ataui - Episódio 6 - Tucuruka Kanski


Escrita por: Shaoran-Li

Notas do Autor


Um novo personagem nasce na historia e talvez grandes problemas ele poderá trazer.

Capítulo 6 - Episódio 6 - Tucuruka Kanski


O dia estava claro e frio na tarde de cinco de agosto na cidade de Hobart, Austrália. A cidade não estava com muito movimento mesmo sendo uma quinta-feira, no centro da cidade algumas pessoas andavam nas calcadas, outras estavam nas lojas e restaurantes pois já passava do meio dia. Ao lado de uma cafeteria praticamente cheia havia um prédio de mármore preto onde funcionava um banco.

O silencio normal da cidade é quebrado por um barulho ensurdecedor de alarme, as pessoas na rua então param de andar e olham em direção do prédio que funcionava o banco, a visão foi de uma pessoa de camisa social branca, calça jeans e uma toca preta cobrindo o seu rosto saindo da porta principal com duas mochilas.

O indivíduo virou para traz olhando para dentro do banco e fez dois disparos mirando para dentro dele, enquanto isso uma segunda pessoa chegava de moto e o assaltante sentou em sua garupa.

Pessoas que estavam na rua deitaram-se no chão com medo de serem atingidas por algum disparo, outras saíram correndo e o café que estava cheio o caos foi implantado, mesas foram derrubadas quando pessoas se levantaram para correr e se proteger dos possíveis disparos que poderiam vir em direção a elas.

- Para o aeroporto de pressa! – Gritou então a pessoa que estava sentada atrás da moto.

Dois roncos do motor da moto foram ouvidos bem alto na rua e eles saíram em disparada, ao mesmo tempo que saíram, três carros da polícia local viravam a esquina do quarteirão do banco. Um dos carros com uma freada e derrapando o carro de lado parou em frente do banco e os outros dois continuaram em frente em perseguição a moto.

- Corra! Eles estão nos alcançando. – O ocupante da garupa gritou.

Tiros eram disparados da moto em e os carros da polícia vinham perseguindo e faziam “zig-zag” para que ficasse difícil de serem acertados.

Após alguns quarteirões de fuga um outro carro da polícia entrou em um cruzamento na frente da moto derrapando e fazendo uma curva de cento e oitenta graus, um policial estava pendurado na porta do carona e atirava freneticamente em direção da moto.

O piloto da moto consegui se desviar do carro no momento em que o mesmo fazia a curva no cruzamento porem a velocidade da moto começara a diminuir aos poucos.

- O que aconteceu?

- Por que não está correndo?

- Fui atingido. – O piloto respondeu.

- Não vou conseguir chegar no destino.  – Foi só um empurrão que ele sentiu ao acabar de falar e caiu ao chão.

Neste momento o que estava na garupa assumiu o controle da moto e jogou uma das duas mochilas na rua e o controle da motocicleta foi restabelecido. Olhou para o retrovisor então viu que dos três carros de polícia que o seguira, um deles tinha parado para deter o que estava deitado na rua, e dois continuavam a segui-lo.

A paisagem da cidade foi mudando de acordo com que o fugitivo prosseguia, os prédios foram dando espaço para sobrados e casas e por sua vez somente casas e depois terrenos baldios, até que ele entrou em uma rodovia que tinha três faixas e era movimentada.

Os carros da polícia entraram na rodovia rapidamente, tocando suas sirenes para que os carros saíssem de sua frente. Um dos carros com a intenção de ganhar tempo, pôs a ir pelo acostamento.

Entre vários veículos na rodovia a moto ia passando e costurando sem ter problema algum para passar até o momento que avistou dois caminhões ocupando as faixas de direita e central e um ônibus escolar na faixa da esquerda fazendo a ultrapassagem.

De acordo que foi se aproximando destes veículos o motociclista percebeu que o ônibus não estava conseguindo ter potência em seu motor para fazer a ultrapassagem e então decidiu ir atrás do caminhão que estava na fixa do meio, buzinando para que saísse da frente o mais rápido possível. Então o veículo pôs a acelerar mais e viu que tinha espaço para entrar na frente do ônibus e foi isso que ele fez e abiu caminho para a moto passar. A moto fez a travessia entre os dois caminhões que levavam contêiner, logo em seguida vinha o carro de polícia.

Quando o bandido percebeu que o carro estava vindo atrás dele, pelo mesmo caminho, ele jogou a moto na frente do caminhão da esquerda e então freou com tudo, foi o suficiente para que o caminhoneiro se assustasse com o que poderia acontecer e jogo a carreta com tudo para a pista central. O carro de polícia que já estava no meio da passagem entre os dois caminhões foi amaçado e um forte barulho de batida de veículos pode ser ouvido.

- Que bom menos um me seguindo. – Olhando para retrovisor da moto falou para si mesmo.

- Preciso agora dar um jeito no carro que está no acostamento ou não vou conseguir pegar o avião. – Olhando agora para o carro ao lado que o acompanhava.

Aos poucos a moto foi se aproximando do carro, do lado da porta esquerda, a do motorista.

- Pare a moto ou vamos atirar! – Gritou o policial que estava dirigindo a moto.

Com um rápido movimento o motociclista fez com que iria jogar a moto de encontro com o carro, e o reflexo do policial foi rápido para jogar o carro para a direita, só que ele não estava contando que ele fora conduzido para uma alça de saída.

Foram mais vinte quilômetros rodados para que a moto diminuísse a velocidade e fosse encostando no acostamento, e por sua vez entrou em uma estrada de terra. A vegetação em volta da estrada era de uma grama rasteira com alguns arbustos.

Quatrocentos metros de estada de terra e chegou a uma casa amarelada com uma varanda de telhas marrom que pegava toda a frente dela, não era muito grande mas tinha um ar aconchegante. Ao parar ao lado dela um rapaz de camiseta preta se aproximou.

- O que aconteceu com o Bob?

- Ele foi atingido na fuga. – Fez uma pausa. – Precisei dispensar ele. Aproveitei e dispensei a mochila que era para enganar os policias.

- Dois carros me seguiram mas consegui dar um jeito neles. Estão longe daqui neste momento.

- Wellington, o avião está pronto para decolar? – Perguntou o rapaz da moto.

- Esta como prometido, Kanski. Só entrar e decolar!

- Espero que tenha pego o troféu que tanto queria.

E o barulho de sirene apareceu de longe, e os dois então olharam para a estrada e ao longe a poeira vermelha de terra era levantada.

- Kanski, eu vou atrasar eles, corra para o avião! – Tirando um revolver que estava escondida na parte de traz de sua calça.

- Well, eu te devo um favor.

Kanski por sua vez saiu correndo para dar a volta na casa, uma grande área aberta de terra batida, um avião monomotor azul marinho e somente na calda dele perto do leme existiam algumas listras em branco, parecia ter a capacidade de quatro pessoas de tão pequeno que era.

                Então correu para o avião, abriu a porta dele jogou a mochila para o lado de dentro. Dois tiros foram ouvidos vindo da frente da casa e foi com um salto que ele entrou no avião.

                - É impossível que depois de todo este trabalho eu irei ser pego aqui.

                Apertou o botão que fazia o motor do avião ligar e a hélice pôs a rodar, fazendo o avião se movimentar vagarosamente para a pista de decolagem. Quando o avião estava posicionado perfeitamente na pista, Kanski posicionou a alavanca a sua esquerda com tudo para frente e a hélice então giro com muita força.

                O avião estava andando na pista e pegando velocidade quando o carro de polícia rompeu pela lateral da casa e seguindo o avião com toda velocidade que podia, porem o carro já não consegui alcançar o avião depois de cem metros de pista percorrido.

                - Ufa! Me dei bem. – Olhando para atrás do avião e avistando a viatura ficar cada vez menor.

                - Kanski na escuta? – O rádio começou a falar.

                - Tukuruka Kanski falando. – Respondeu.

                - Você já está com a encomenda?

                - Sim, estou com a encomenda. – Respondeu então o piloto do avião.

                O tempo de viagem foi passando e o sol já começa a se esconder e o céu estava com um tom alaranjado com poucas nuvens até que um raio surgiu e acertou o motor e depois outro acertou a asa direita. Uma fumaça densa e escura começou a sair do motor cobrindo toda a visão do piloto.

O avião perdeu sustentação e se fosse visto por alguém de longe iria ver algo cortando o céu como uma bola de fogo deixando o seu rastro de fumaça.



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