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História Must Be Love - Chapter 38


Escrita por: vikyyh

Notas do Autor


Demorei mas cheguei!!! kkk

Como sempre me empolguei e o capitulo saiu enorme e.e

então quero muito amor com ele okay?bjs e boa leitura o/

Capítulo 38 - Chapter 38


Fanfic / Fanfiction Must Be Love - Chapter 38

"Pegue minha mente e pegue minha dor como uma garrafa vazia pega a chuva e cure, cure, cure-me. Pegue meu passado e pegue meus pecados como um veleiro vazio pega o vento e cure, cure, cure-me. E diga-me algumas coisas finais..." - Heal - Tom Odell

 

 

Enquanto o frio passeava na calada da noite, o calor dançava em um só lugar, onde duas pessoas recuperavam-se de uma transa, suas respirações ainda estavam descompassadas e seus corpos sensíveis porém, satisfeitos. A descarga elétrica tinha passado, o mundo parecia voltar aos eixos ao redor deles e finalmente voltarem de sua viagem deliciosa.

A morena mexeu-se preguiçosamente fechando os olhos, um sorriso escapou dos seus lábios, o qual ela percebeu e tratou de desmanchá-lo, mas que orgulho ela sustentaria no momento se ele a tinha abandonado minutos antes quando Jay a procurou? Que um raio caísse em sua cabeça se ela dissesse de que não gostou, ela sempre gostou, essa era a verdade, uma verdade que ela odiava admitir.

A verdade de que gostava dos beijos dele, de suas mãos grandes e experientes passeando pelo seu corpo, daquela boca quente e ousada, lambendo, mordendo, chupando, beijando cada parte dela. Seu corpo era traidor, sempre respondia de imediato, sem ao menos pestanejar.

Para quê manter um orgulho de merda se ele sempre vai embora quando Jay está por perto?

Suspirou. Abriu os olhos e virou o rosto para o lado, Jay estava a olhando em silêncio, impassível como sempre, observando cada ação dela. Fei ruborizou e ele sentiu vontade de sorrir mas se deteve, era estranho como ela arrancava reações dele tão facilmente.

Eles não disseram uma palavra por um longo tempo, mantiveram o contato visual, palavras não eram necessárias no momento, na verdade eles não tinham o que dizer, ambos estavam confusos, estranhos, perdidos. Um bom tempo tinha se passado desde a chegada da morena, e pela primeira vez Jay Park não enjoara de uma prostituta, ao contrário, ele sempre quer mais toda vez que leva a morena para seu quarto, Fei de brinquedo passou a ser uma droga, ela o viciou, a única preocupação dele era se esse vício era bom ou mal.

Desde a primeira vez que a viu sentiu uma sensação de que já a tinha visto, e agora depois de meses a sensação continua a mesma, e por mais que vasculhasse suas lembranças nada provava esse sentimento. Era simplesmente confuso, se ele nunca a viu então porque a sensação de que já a viu?

Fei piscou os olhos por alguns segundos sentindo seu rosto arder com um par de olhos negros pousados nela. Lentamente desceu o olhar pelo pescoço dele a fim de fugir daqueles olhos penetrantes, percebeu que uma nova tatuagem estava exposta em sua nuca, uma bússola por cima das estrelas, admirada levou uma mão até o pescoço dele e tocou a tatuagem com os dedos delicadamente.

Deslizou os mesmos pelo desenho sentindo a maciez da pele dele naquele local, logo parou por alguns segundos percebendo o que fizera, corou mordendo o lábio inferior rapidamente, pensou em tirar a mão, mas Jay não recuou ou protestou, ele estava ainda a observando em silêncio, então resolveu continuar, ousou em descer os dedos até as outras tatuagens no peitoral, aproximou-se para ver melhor cada desenho tatuado, quando seus dedos encontraram o focinho do leão seus lábios curvaram-se em um pequeno sorriso, o desenho era muito lindo, ela percebeu também que haviam outros ao redor do grande leão. Tantos que ela perdeu a conta.

- Gostou dele? - Perguntou ele, depois de um tempo, assustando a morena.

Ela piscou levando o olhar até os dele, foi ai que percebeu que seus dedos ainda estavam no focinho do leão. Corou afastando sua mão dali. Roçou o lábio entre os dentes em silêncio por um tempo antes de responder.

- É muito bonito... - Murmurou, olhando para o leão. Ia comentar mais alguma coisa porém desistiu, abaixando o olhar.

- O que foi? - Indagou percebendo a estranha reação dela.

- É uma tatuagem enorme... Me pergunto se deve ter doído muito, sem falar que existem outras pelo seu corpo.

Jay riu baixinho.

- Não fiz todas em um dia só Emma. - Retrucou. Ela abriu os lábios sussurrando um "ah". - E não dói muito, acho que depende da pessoa, sabe, se ela for um covarde ou medroso irá doer para cacete.

Fei fez uma careta ao imaginar a dor, ela com certeza é uma medrosa vendo por esse ponto, não conseguiria fazer sequer uma, ela quase morre com uma simples vacina imagina uma tatuagem.

- Você gosta de tatuagens não é? - Disse, depois de alguns segundos gastos pensando.

- Acho que está na cara, não? - Acomodou-se no travesseiro ainda a olhando, percebeu que o corpo dela estava encolhido então com o dedo apontou para o lençol no final da cama ao lado do travesseiro dela.

Ela olhou para onde ele apontava e entendeu o recado, sorriu como agradecimento e cobriu-se até o pescoço.

- Está com frio?

- Um pouco... - Sorriu. Mentira, ela estava morrendo de vergonha, percebeu que estava nua de frente para ele esse tempo todo.

Jay privou um sorriso malicioso quando percebeu a pequena mentira dela, porém não disse nada.

- Jay, posso te fazer uma pergunta?

- Você e suas perguntas. - Suspirou. - Só uma.

Ela concordou com a cabeça.

- Uma amiga uma vez me disse que cada tatuagem tem um significado para o dono, e você tem muitas delas, então cada uma tem um significado para você? - Franziu o cenho.

- Nem todas - Olhou para o teto respirando fundo. - Muitas fiz por diversão.

- E esse leão? Você também tem um parecido na mão esquerda, eles tem algum significado?

- Você gostou mesmo dele não foi? - Sorriu fraco a olhando. Ela sorriu tímida piscando os olhos preguiçosamente, o sono estava batendo na porta já.

- Eles são importantes para você? - Perguntou baixinho.

Ele não respondeu, levantou a mão esquerda e olhou para a tatuagem pensativo.

"- Vê esse leão Jaebum? - Disse Parker, pegando a mão esquerda do garoto. - Ele significa seu novo nascimento, sua segunda chance. - Abriu um sorriso. - Uma prova de que agora é um dos nossos e de que você é um novo homem!

- Obrigado. - Sorriu largamente. - Fico feliz em finalmente ser um de vocês e finalmente ter poder suficiente para me vingar!

- Calma lá garoto. - Riu rouco o mais velho, largando a mão do menor. Lentamente tirou a camisa e o olhou. - Está vendo essa tatuagem?

O garoto olhou para o peitoral do mais velho e viu a face de um leão, devagar concordou com a cabeça.

- Quando tiver esse desenho no seu peito, vai significar que você tem poder suficiente para vingar alguém. - Sorriu.

- E quando terei um? - Indagou animado.

Parker riu novamente, mas logo ficou sério.

- Quando provar de que é capaz, o suficiente para ganhar tal poder... - Mordeu os lábios se aproximando do menor. - E quem sabe do meu império. - Piscou se afastando.

- Sério?

- Nunca se sabe, o futuro sempre nos aguarda surpresas boas e ruins garoto! - Disse enquanto saia da sala, seguido pela comandante."

Cerrou a mão e sorriu de canto.

- Significa... - Parou quando voltou a olhar para a morena, ela tinha adormecido. - Tsc. - Fez uma careta antes de cobrir sua cintura com o mesmo lençol que ela estava coberta, respirou fundo e desligou as luzes resmungando.

 

 

 

No dia seguinte...

 

 

 

Enquanto fazia o café da manhã Krystal não parava de pensar na visita que teve do mordomo, se perguntava qual o propósito dele, como ele sabia de sua identidade? Ele quer sua ajuda para salvar quem?

- Amor! - Gritou Simon, chamando a atenção dela enquanto desligava o fogo. - Você quase queimou! - Riu a olhando.

- Huh? - Piscou, voltando para a realidade percebeu que quase queimou o ovo que estava assando. - Nossa... Desculpa...

- Estava no mundo da lua? - A ajudou colocar a comida na mesa.

- O que? - Arregalou os olhos. - Não, claro que não... - Mordeu o lábio inferior.

- Yah... - Ficou sério, aproximou-se dela e abraçou sua cintura. - Algum problema? E não adianta mentir para mim, eu te conheço o suficiente para saber quando está preocupada com alguma coisa... E esse cenho franzido aqui... - Deslizou o dedo pelas sobrancelhas dela. - Já me diz isso.

Ela suspirou e deitou a cabeça no peitoral dele.

- Você me conhece tão bem... - Disse manhosa.

- Acho que dessa vez não precisei ser um agente da FBI para descobrir, você quase queimou a comida e sem falar que está pelos cantos pensativa. - Riu, beijou sua testa e afagou seus cabelos com carinho. - Quer conversar?

- Ta tudo bem meu amor... - Levantou a cabeça e sorriu. - É só uns problemas na empresa, nada demais... - Lhe deu um selinho e se afastou. - Agora vamos comer antes que esfrie!

- Ok, Ok, tomara que seja uma coisa boba mesmo, porque se eu souber que algum cabra safado te importunou, vai se ver comigo! - Bufou sentando-se.

- Isso se ele ainda estiver vivo! - Riu. - Sabe que não sou tão indefesa assim!

De repente o celular dela tocou interrompendo a conversa.

- Quem é?

- Não sei. - Respondeu. - Vou ver pera. - Correu até o quarto. Pegou o celular e viu um número restrito, franziu o cenho e atendeu. - Alô?

- Senhorita Krystal? - Uma voz calma ecoou do outro lado da linha. - Aqui quem fala é Lee Jang Hyuk.

- Sr. Lee... - Murmurou.

- Se prefere me chamar assim... - Sorriu. - Bom, creio que já esteja ciente do motivo da minha ligação.

- Sim. - Olhou para a porta do quarto atenta, Simon ainda estava na cozinha.

- Mas antes de ir direto ao assunto, preciso saber se a senhorita está disposta a me ajudar... Como eu tinha lhe dito, eu fiz uma proposta, não uma ameaça.

- Não sei se posso confiar em você.

- E está totalmente no seu direito, mas lhe digo uma coisa, não sou eu seu inimigo, sei que não confia em mim no momento mas ouso em dizer que eu sou a chave que tanto procura, aliás foi por isso que o precioso Lord tentou me matar...

Ela olhou novamente para a porta e andou até o banheiro.

- Então você é o mordomo?

- Sim minha cara.

- Eu realmente não entendo, mas acho que estou entendendo seu jogo. - Ela ouviu uma rápida risada do outro lado da linha.

- Jogo? Eu não diria um jogo e sim uma solução, será que ainda não entendeu que eu sou o único que tem todas as respostas que precisa?

- Como tem tanta certeza?

- Minha cara... Eu sei que está nesse caso há mais de um ano, e posso lhe afirmar que está indo pelo caminho errado, acredite, mesmo com todas as provas que você tem em mãos nada irá derrubar a facção, o máximo que vai conseguir é prender alguns sócios... Ou um imperador... Você poderia ter feito isso há muito tempo, mas não pode não é? Está perdidamente apaixonada por seu marido, o qual o seduziu só para facilitar a infiltração na gangue, mas foi pega pelo amor e está desesperada procurando um jeito de continuar seu plano e deixar seu marido ileso, por isso vem enganando seus superiores há um ano, está até correndo risco de perder o emprego e o caso de vez, como já foi ameaçada várias vezes por eles... - Fez uma pausa. - Não preciso conhecê-la o suficiente para saber dessas coisas, seu olhar e expressão ontem à noite já me disseram tudo. Por isso quero ajudá-la, não vai conseguir manter essa mentira por muito tempo, principalmente do seu marido, eu posso responder tudo que queira saber e inclusive... Quem é o Lord. Eu posso ajudá-la a derrubar a facção em um golpe só, mas para isso preciso que confie em mim e me ajude com uma pequena coisa.

- O que exatamente quer de mim? Como posso acreditar que é a resposta para minhas perguntas?

- Foi por isso que liguei, venha me encontrar e irei lhe contar tudo, eu só peço que confie em mim, não sou seu inimigo...

Krystal respirou fundo passando uma mão nos cabelos os bagunçando, era loucura mas o que ela podia fazer? Não tinha nada no momento, e ele estava totalmente certo, as provas e o esforço de todo esse tempo não estão servindo para nada, em um ano ela não chegou a lugar nenhum, nem um vestígio sequer.

- Ok... - Disse depois de um tempo pensando.

- Fico feliz minha cara, não se preocupe, logo irei informá-la onde me encontrar, preciso desligar agora, tenha um bom dia. - Desligou.

 

 

 

 

 

 

A passos largos Jay caminhou até a sala assim que soube da visita que estava a sua espera, ele já não estava de bom humor, e agora com a tal visita piorou a situação. Aquela tarde iria ser um tanto conturbada, pois o leão não estava manso.

- My friend! - Disse o homem, levantando-se assim que viu o dono da casa chegar.

- O que está fazendo aqui Nate?! - Soltou com o semblante sério.

- Nossa... Bom te ver também! - Fez bico. - Não sentiu minha falta?

- Se veio com suas asneiras pode ir embora! - Bufou. - Estou ocupado o suficiente com idiotas hoje!

- Minha nossa! - Riu. - Não tenho medo de rugidos meu caro... - O fuzilou com o olhar. - Mas não foi para isso que vim, eu vim em paz, e com uma novidade...

Parou quando viu uma garota na escada, ela parecia ter mudado de idéia e rapidamente voltou desaparecendo de sua vista. Era ela. Ele tinha certeza, era Fei a filha dele. Com os olhos arregalados, Nate ficou olhando para a escada sem dizer mais uma palavra, ainda não acreditava que tinha visto a morena ali, não era miragem, era realmente ela, mas a morena não o reconheceu, lógico, na última que Nate a viu foi há quase dez anos atrás. Mas ele não se esquecera dela, a reconheceria em qualquer lugar. O mais estranho era o que diabos ela estava fazendo com Jay, se ela nem na Korea estava... Foi ai que a ficha caiu, lembrou de uma importante informação e lembrança que confirmava o motivo para sua volta.

Interessante. Pensou ele com um sorriso nos lábios.

- Porra, vai falar ou não caralho? - Bufou Jay impaciente, tirando Nate dos seus devaneios.

- Sim... - Olhou para o moreno. - Mas prefiro falar a sós, se me permite. - Sorriu. - Prometo que é do seu interesse.

- Tomara que seja mesmo! - Respirou fundo saindo da sala sendo seguido pelo mais velho.

O fato dele finalmente descobrir o paradeiro da princesa do Lord o deixou animado. Seu plano finalmente iria entrar em ação.

 

 

 

 

 

 

A tarde estava indo embora e a noite estava iniciando seu posto, alimentando mais a escuridão que rondava pelo quarto, esta que era amada pelo Lord, a única capaz de entendê-la, a única que a protegia, para muitos isso se chamava loucura, mas para ele isso se chama inteligência. Estar mergulhado na escuridão a ponto de ninguém o ver foi a melhor decisão que teve em toda sua vida, fora fraco uma vez, não iria repetir essa infelicidade novamente.

Enquanto a escuridão dançava pelo quarto um corpo dormia, tranquilamente, profundamente. O fato de estar sorrindo era de estar sonhando mais uma vez com o melhor dia da sua vida, o dia que matou seu melhor amigo.

Mas uma coisa inesperada aconteceu atrapalhando os sonhos do querido Lord, uma dificuldade de respirar, seu coração estava apertando, seu cérebro gritava por socorro pois sentia que alguma coisa estava errada. Abrindo os olhos, sentou-se na cama e olhou ao redor a procura de ar e ao mesmo tempo do seu remédio, mas a escuridão ainda estava em sua performance sombria pelo lugar, o que dificultou o mais velho em ver alguma coisa.

Mal sabia ele que a sua amada escuridão também era traiçoeira, mas ele não iria morrer daquele jeito, não antes de conseguir seu objetivo, não tinha brincado o suficiente com suas peças. Com os dedos trêmulos procurou o botão no canto direito de sua cama, sua visão estava embaçada, estava cada vez mais difícil procurar ar, sua garganta estava apertando impedindo de entrar ar. Praguejando mentalmente os deuses, conseguiu alcançar o botão.

Não demorou muito para uma enfermeira chegar e o salvar a tempo. Infelizmente não era a vez do querido Lord, não ainda.

Minutos depois, o pior já tinha passado, o mais velho estava fora de perigo o que deixou alguns aliviados e muitos frustrados naquela casa. Mad Clown tinha acabado de voltar e rapidamente foi vê-lo.

- Entre! - A voz grossa e autoritária ecoou.

Mad entrou em silêncio, evitou olhar para seu mestre.

- Então? - Indagou arqueando uma sobrancelha.

O mais novo levantou o olhar e finalmente encarou o maior sobre a cama.

- Desculpe o incômodo mas precisava lhe dar informação que me pediu... - Molhou os lábios antes de continuar. - Nate está aprontando, hoje foi visitar uma de suas peças.

- Qual delas?

- Jay Park.

- Hum... - Tossiu. - Depois cuidamos dele, mas quero que continue de olho nele... - Fez uma pausa. - Nate ainda é inofensivo para mim, mas não podemos subestimá-lo.

- E quanto a Jay Park?

- Esqueça dele por hora! - Fez um gesto com a mão esquerda. - Ele com certeza não irá querer nenhum trato com Nate, ele o odeia. - Mad concordou com a cabeça. - Quero que escolha no máximo dois homens de sua confiança... - Abriu um sorriso largo, mostrando seus dentes amarelos. - Vamos começar. O novo jogo começa agora.

- Sim senhor! - Disse retribuindo o sorriso e sem mais delongas saiu do quarto, deixando o Lord sozinho com sua amada escuridão.

- Hora de fazer os ratos saírem das tocas... - Murmurou.

 

 

 

 

 

 

Enquanto muitos sorriam e flertavam livremente pelo salão, existia uma pessoa no canto mais escuro daquele lugar completamente irritada, a pessoa que ela esperava ainda não tinha chegado e com certeza não viria mais, estava duas horas atrasado.

Respirando fundo resolveu sair dali, não estava com paciência em continuar ali, as risadas altas e conversas daqueles homens estavam a tirando do sério. Ela sabia que Blake não iria gostar nadinha quando souber que saiu mais cedo do trabalho. Mas foda-se.

- Hyuna! - Chamou uma morena, ela tinha cabelos negros e cacheados, seus seios eram motivos suficientes para perceber o porquê dela ser uma das mais cobiçadas dali depois de Hyuna. - Para onde está indo? - Indagou arqueando uma sobrancelha.

- Não te interessa! - Lançou um olhar entediado para a morena. - Agora sai da minha frente! - Fez um gesto com a mão, e rapidamente a morena obedece findando a conversa, percebendo que a loira estava de mau humor.

Ela sempre ficava de mau humor quando Jay demorava a visitá-la.

Saindo do grande salão praguejou uns palavrões em italiano, a única coisa que aprendeu com um dos seus clientes estrangeiros, subiu as escadas a passos largos ignorando os olhares das meninas que desciam, elas sabiam o porquê do mau humor da loira. Todo mundo sabia.

- Eu soube disso... - Disse Blake, enquanto Kimoto a observava em silêncio em pé. - O problema é esse, eu sei que ela sabe demais... - Suspirou.

Hyuna escutara sem querer aquela frase e algo nela chamou atenção, então olhando para um lado e para o outro agradeceu por não ter ninguém.

- E o fato dela saber já complica tudo. - Continuou a mais velha. - Ela é muito esperta e temo que com o pouco que saiba já tenha deduzido o que realmente está acontecendo.

- Eu acho que não senhora. - Comentou Kimoto. - Ela não entenderia.

- Não a subestime Kimoto... - Olhou para a mais nova. - Hyuna pode ser tudo menos burra, eu conheço a raposa que ela é, aliás, eu a criei!

Hyuna franziu o cenho encostando a orelha na porta para escutar melhor, seu coração palpitava, Blake tinha falado o nome dela e isso a deixou intrigada.

- Estou achando que foi um erro deixar isso acontecer... - Suspirou. - Não posso deixar que saia do controle, não mesmo, isso seria muito ruim e atrapalharia o plano dele...

- Então o que faremos com ela?

- Eu não sei... Ainda estou pensando, preciso de um tempo... - Fez uma pausa. - Escutou isso? - Franziu o cenho.

A loira rapidamente correu para o seu quarto, e por pouco não foi pega por Kimoto que tinha aberto a porta.

- Ela estava aqui... - Murmurou a japonesa, assim que fechou a porta novamente.

- Fique de olho nela. - Respirou fundo levantando-se. - Ela sabe demais para o meu gosto.

- Permissão para matá-la se algo sair do controle?

- Não, ainda não... Me informe tudo, cada ação dela. - Molhou os lábios e jogou o cabelo para trás. - Dispensada.

Kimoto fez uma referência e saiu.

 

 

 

 

 

 

Enquanto isso, no império de Jay Park tudo estava em plena paz, mais uma vez todos estranharam o Jay caseiro da vez, normalmente o moreno saía e só voltava no outro dia. Já fazia dias que ele não sentia a menor vontade de sair, e não se importava com isso, apesar de também estranhar a falta de vontade.

Jay não era muito de fumar cigarro, quando fumava era por causa de alguma preocupação, fumar era uma das coisas que o ajudava a relaxar em momentos como esse, depois do sexo.

Olhando para o céu estrelado, mais uma o moreno se pega pensando, as coisas ultimamente não estavam indo bem, o Lord estava quieto demais, Zico não apareceu, informantes seu morrendo... As coisas estavam virando uma bagunça, e isso estava o deixando estressado.

Por ele, isso não estava acontecendo mas Simon insistia em esperar que o Lord faça sua jogada. Mas que jogada? A verdade já estava exposta, não via quem não queria, era fato o Lord saber da intenção de Jay, mas era estranho o mesmo não fazer nada contra o moreno.

- Aish... - Resmungou, levantou-se com preguiça e escorou-se na parede de frente para a enorme piscina.

Mordeu os lábios suspirando já estava ficando com dor de cabeça. Fazendo uma careta olhou para frente, e seus lábios formaram um sorriso fraco involuntariamente ao ver um belo corpo passear a passos leves pela sala, ela olhava para ao redor procurando alguma coisa, ou verificando se alguém iria aparecer.

Mesmo fora ele teve uma visão privilegiada graças as grandes janelas de vidro que começavam no chão e paravam no teto. Ela vestia um short jeans e uma regata preta, seus cabelos estavam presos em um coque e sua franja estava um pouco bagunçada, nos seus braços havia um livro o qual com certeza foi retirado da maldita biblioteca, a qual há muito tempo era para ser extinta daquela casa.

Então a coelhinha saiu de sua toca...

Molhando os lábios ele resolveu ir até ela.

Fei estava de costas conferindo se existia alguma alma viva naquela casa, mas pelo visto não tinha ninguém e isso a deixou um pouco aliviada, porém algo dentro dela estava em agonia e ela não sabia dizer o que era, mas foi motivo suficiente para demorar mais um pouco na grande sala. Seus olhos percorreram pelo lugar, as estátuas de leões ainda estavam por ali, espalhados, cada um em uma diferente pose e por incrível que pareça não era assustador, ao contrário, era lindo, se eles não fossem brancos pareceriam de verdade.

Pelas suas contas ao total eram seis, não lembrava de contá-los quando chegou na casa antes, e era bem provável que não, nas primeiras semanas Fei se negava sair do quarto. Aproximou-se de um, ele estava sentado e observava com atenção para alguma coisa, olhando de perfil ele ficava muito parecido com leão presente no peitoral de Jay Park, curiosa ela deslizou os dedos pela juba dele até o focinho, acariciando ele do mesmo jeito que acariciou a tatuagem.

Enquanto admirava aquela estátua e a cortejava com os dedos, seus olhos encontraram os do leão, ela o encarou e um sorriso travesso brotou em seus lábios, uma rápida lembrança passou em sua mente, seria daquele jeito que Jay olhava para ela?

Arregalou os olhos quando se pegou com pensamentos sobre Jay, com as bochechas pegando fogo tentou apagar tal pensamento. Olhou para os outros leões e percebeu que todos olhavam para o que ela estava acariciando.

- Yah, não me olhem assim! - Murmurou para eles.

- É que eles estão com ciúmes. - Disse Jay, assustando a morena, ela rapidamente afastou os dedos da estátua e mordeu os lábios tentando se recompor do susto. - Não acham justo só o líder ser acariciado.

Ela pressionou os lábios e olhou para eles novamente.

- Então é um bando? - Indagou voltando a olhar para o moreno.

Ele concordou com a cabeça arqueando uma sobrancelha para o livro nas mãos dela.

- Você gosta muito de leões...

- E você de livros. - Retrucou com um sorriso nos lábios.

- Agradeço por ter me deixado ir comprar uns novos - Sorriu tímida, pelo menos alguma coisa naquela maldita viagem foi boa.

- E pelo visto não vai demorar muito para comprar outros. - Fez uma careta. - Como gosta tanto de uma coisa que nem figuras tem?

- É claro que tem! Você só precisa imaginar.

- Isso é coisa para criança Emma.

Fei fechou a cara.

- Pensei que tinha saído... - Mudou de assunto, não iria discutir com um ignorante de literatura.

- Foi por isso que saiu do quarto? - Deu um passo à frente. - Por que pensou que eu tinha saído? - Franziu o cenho. - Você tem medo de mim Emma? - Aproximou-se mais dela, forçando-a a dar alguns passos para trás.

- C-Claro que não... - Murmurou com os olhos arregalados.

Você só me intimida!

- Ah é? - Deu mais um passo, encurralando a morena na parede por trás da escultura do leão. - Não é o que parece... - Levou os dedos até o encontro do queixo dela, a fazendo o olhar nos olhos. - Por que está sempre evitando me olhar?

A morena podia sentir seu pulso acelerar e concluiu que com certeza o mais velho também tinha sentido.

- Não faço isso... - Piscou os olhos para baixo.

- Está fazendo isso agora. - Arqueou uma sobrancelha, ficando centímetros do rosto dela. Ela podia sentir a respiração dele soprar no seu rosto. - Estou mentindo?

Ela mordeu o lábio inferior e com um pouco de relutância o olhou.

- Não...

- Então porque faz isso se não tem medo de mim?

- Eu...

- Você...

Os dois ficaram se olhando sem falar mais uma palavra, por mais que a mais nova quisesse dizer alguma coisa ela simplesmente não conseguia, se viu presa em um par de safiras negras brilhantes, todas as palavras que iriam sair de sua boca voltaram com o rabo entre as pernas e decidiram não voltar. Com os lábios entre abertos Fei tenta o máximo respirar, pois tinha perdido o ar assim que se viu observada por aquele olhar. O mesmo olhar do leão que estava logo atrás dele.

Ele deixou uma sombra de um sorriso aparecer nos lábios enquanto seu polegar brincava de exploração nos lábios pequenos e rosados dela. A menor engoliu em seco sem tirar os olhos dos dele, tinha parado de se odiar ou de procurar uma desculpa plausível para o seu real desejo, não tinha mais como negar, por Deus, uma mulher de vinte e poucos anos, não era viciada em drogas ou álcool, com a consciência totalmente limpa, e apesar de estar presa naquela situação, o moreno nunca a forçou a nada, pelo contrário, ela sempre ia de bom grado.

Então porque ficar arrumando desculpas esfarrapadas? Por que ficar virando as costas a um maldito sentimento que percorre entre eles toda vez que ambos se tocavam ou simplesmente se olhavam? E Jay parecia sentir também, porém ignorante de alguma coisa relacionada a sentimentos ele parecia não se importar, mas não significa que ele não estranhasse tal coisa desconhecida.

Era sempre assim, só bastava um toque, um olhar, uma fala e tudo desaparecia, só existia os dois, o oxigênio era pouco para eles, várias descargas elétricas percorriam neles uma vez unidos, suas mentes ficavam vazias, seus olhos buscavam desesperadamente um ao outro enquanto seus corpos ansiavam por algo mais íntimo, próximo, quente, e seus corações pareciam conversar agradavelmente um com o outro.

O tempo parou. Ninguém se mexia, ninguém falava. Dois corpos novamente se reconheciam em plena escuridão da noite, iluminados por uma fraca luz no canto da sala.

Eles perderam a noção de quanto tempo ficaram imóveis, unidos com o simples toque do polegar dele nos lábios dela, mas ambos não se importaram em continuar a conversa que estavam tendo, na verdade palavras pareciam ser irrelevantes naquele momento, o assunto antes abordado já não tinha mais importância.

Seus olhos deslizaram até os lábios convidativos dela e os seus rapidamente suplicou por piedade, suas testas se encostaram e o clima pareceu esquentar naquela sala, Fei fechou os olhos sem pestanejar e tombou a cabeça um pouco para trás com os lábios entre abertos.

Algo gritava nos ouvidos deles, porém nenhum entendia o recado.

A...

Ele inspirou seu perfume e passou a roçar seus lábios nos dela, era linda a cena, mal tocou nela, nem sequer a beijou e ela já estava receptiva.

Abra...

A morena suspirou ao sentir uma mão grande e ansiosa envolver sua cintura, molhou os lábios lentamente, sem pensar muito abriu mais um pouco os lábios, sua boca estava seca, seu corpo ansioso e sua intimidade se contraía deliciosamente a cada roçar dos lábios dele nos dela. Resmungou mentalmente, algo nela gritava, não tinha mais como virar as costas para esse sentimento, sem mais desculpas. Ela queria, ansiava, desejava. Estendeu a placa do foda-se e resolveu se lamentar mais tarde, como sempre fazia.

Esperou... Esperou... E nada. Vamos, me beije.

- Ainda sente medo Emma? – Indagou ele, quebrando o silêncio entre eles.

- Não...

- Então o que sente? – Beijou sorrateiramente o canto da boca dela.

Ela não respondeu. Me beije!

- Vai me responder? – Sorriu, enquanto distribuía beijos pelo maxilar inspirando seu perfume. Ela concordou com a cabeça varias vezes, distraída, xingando ele mentalmente. – Então me diga... – A olhou voltando a unir suas testas. – O que você sente agora?

Fei abriu os olhos e encontrou o par de safiras novamente, mordeu o lábio inferior tomando uma decisão, não iria mais fechar os olhos para aquele sentimento estranho, iria enfrentá-lo, tentar decifrá-lo e por fim tomar uma conclusão. Mas para isso ela iria precisar de uma personagem, principalmente a coragem dela.

Isso, me deixe guiá-la querida...

Levou uma mão até os cabelos dele e colou mais seus corpos. Por hora Wang Fei estava dispensada.

- Me beije.

Um sorriso satisfeito apareceu no rosto do moreno, e sem esperar por mais um segundo, a beijou.

 


Notas Finais


SE TOCA MEUS QUERIDOS, ESSE SENTIMENTO AI AMIZADE QUE NÃO É KKKK U.U

COMENTEM ♥

amo vocês! bjs ! ♥

Leiam minha outra fic : All of me... Loves all of you (ELA É MUITO BOA TAMBÉM)

Trailhers dessa fic 》1:https://youtu.be/ITUO7PuuCio
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