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História Mute {HIATUS} - Prove It


Escrita por: Skyel

Notas do Autor


olá :)
como prometido, venho hoje deixar o capítulo e com uma boa notícia:
ATINGIMOS MAIS DE 30 FAVORITOS! ♥ então temos pov especial do JB nesse capítulo!
por favor, leiam as notas finais.
enjoy.

Capítulo 9 - Prove It


Fanfic / Fanfiction Mute {HIATUS} - Prove It

“Você sabia desde a primeira vez em que me viu
Espero que você tenha mais confiança pelo menos nisso
Espero que o fundo do seu celular seja uma foto minha
Espero que você segure minha mão solitária
Só você
De todas as muitas coisas, apenas uma no seu coração
Você sabe, você sabe
Eu sou apaixonado por você”

Prove it

 

POV JB

 

Day 17, month 10 –

 

Ouvi a campainha tocar e não quis abrir, com preguiça. Mesmo assim levantei do sofá e deixei minha xícara de café na mesinha de centro que ficava bem na minha frente, aproveitando pra baixar um pouco o som da tv.

- Você não envelhece? – Jinyoung abriu um sorriso e levantou a mão pra um hi5 de brother.

- Olha quem tá falando! Você só ficou com um cabelo mais legal. – Sorri de volta e dei espaço pra que ele entrasse em casa.

- Eu sei. Sempre fui lindo e sempre serei. – Ele se jogou no meu sofá como se já tivesse vindo aqui mil vezes. – Caramba, você sumiu, heim...

- Sumi, mas pelos motivos mais loucos. – Cocei a nuca meio sem jeito, enquanto fechava a porta.

- A Sunhee disse que quase não acreditou quando te viu. – Jinyoung deu uma risadinha cobrindo a boca com a mão. – Mas ela também não me contou muita coisa.

- Basicamente eu passei um tempo em off. Sofri um acidente, entrei em coma, depois de muito trabalho saí do coma e agora tô me recuperando.

- Essas coisas do dia a dia.

- Sim. Essas coisas bem normais. – Nós demos uma risada e eu recolhi minha xícara de café. – Tá afim de beber algo?

- Você tava tomando o quê ai? – Ele abriu os olhos e fez bico, levantando o rosto e apontando pra a xícara.

- Café... Mas eu não acho que você vá querer ter uma “tarde de homens” tomando café e chá. – Provoquei.

- É bom que você tenha um bom estoque de soju e cerveja, Boomie. – Jinyoung me seguiu até a cozinha.

- Deus, não sei o que é mais estranho... ouvir a Sunhee me chamando de Boomie ou você.

- Você gostava. – Deu de ombros.

- Eu nunca me importei, na verdade. – Prendi o riso comprimindo os lábios.

- Seu insensível. – Jinyoung me deu um tapa no ombro, ajudou a preparar uns tira-gostos e levamos tudo pra sala.

- Eu quero é novidade. – Rolei os olhos e enquanto preparava somaek pra nós dois.

- E como você gosta de ser chamado? – Ele parecia curioso.

- Nunca parei pra pensar nisso... – Mentira, Jaebum. Você sabe muito bem de como gosta de ser chamado.

- Sei. Até parece que você me engana. – Deixei escapar um sorriso que me denunciou, mas Jinyoung deixou pra lá.

Nós bebemos a noite inteira e acabamos ficando um pouco mais altos do que o recomendado, mesmo me sentindo um fora da lei e sabendo que se Eun descobrisse eu seria um homem morto. Era divertido poder finalmente fazer algo que eu gostava e conversar com um velho amigo. Tentamos jogar um pouco de poker mas tivemos sérios problemas com o blefe, já que estávamos tão bêbados que começávamos a rir só de nos olhar. Depois tentamos canastra e desistimos quando esquecemos de como se contava de um a dez.

– Sunhee me contou sobre uma possível pretendente...

- Ah. – Eu sabia que sorria feito um besta. Só de lembrar de Eun, meu corpo inteiro reagia. – Ela me faz tão bem, sabe?

- Me conte mais. – Ele deu um gole na bebida e fechou os olhos por conta do gosto forte, estremecendo em seguida. – Pensei que você tivesse um complexo pela Hee.

- Na verdade eu tinha, até o acidente. – Ri e repeti seus movimentos com o copo. – Mas a Eun apareceu e me bagunçou todo. Ela foi a médica que cuidou de mim nos estágios finais do coma. Não sei como explicar... só aconteceu. Quando eu acordei, pensei “mais uma médica chata”. Uma semana depois eu tava tipo “nossa, como os cílios dela são longos”.

- E um mês depois? – Ele riu de mim e se deitou no carpete.

- Um mês depois foi “quero beijar elaaaa”.

- E agora?

- Nos beijamos. – Abri um sorriso largo e pisquei devagar. O mundo girava um pouco mais rápido. – Já tem alguns dias.

- Ué, a história escalou rápido. – Rimos e brigamos pelo último salgadinho de um dos potes. – Como foi isso?

- Inventei que precisava de ajuda com a mudança e ela veio aqui, queria um tempo mais íntimo. Tinha cansado um pouco de só vê-la no hospital e nesse ambiente... Queria que fosse meio que um encontro, mas com privacidade. – Acabei me deitando também e abandonei a última garrafa de soju. – Depois de organizar essa coleção enorme de cd e dvd, ela ainda montou o rack da tv.

- Você tava bêbado nesse dia também? – Jinyoung cobriu os olhos com um antebraço.

- Não. – Me distrai com uma mancha na minha camiseta, mas logo voltei ao foco. – Eu tentei montar e sobrou um parafuso, daí ela resolveu desmontar e fazer tudo sozinha.

- Ela parece ter atitude. – Ele tirou o antebraço e me olhou rapidamente, com o cantinho dos olhos. – Só assim pra lidar com você.

- Ela é perfeita. Eu não sei mais o que fazer... nem comigo, nem com ela. – Tentei sentar e não consegui, então permaneci deitado. – É como se ela tivesse sido feita pra ficar comigo, sabe? Desde aparência até gostos pessoais, personalidade. – Sentia minha língua enrolar e lutei pra continuar falando. Jinyoung precisava entender o quão especial ela é. – Todas as vezes que eu a vejo, ela tá mais bonita. Tipo, ela é sempre a mesma, mas diferente. Tendeu? Não? Nem eu, sei lá. Então. Ela tem um gato chamado Cat e eu adoro gatos. Dá pra entender o que eu quero dizer? Fico pensando coisas do tipo: se ela vier morar comigo, tem lugar até pro gato. É nessas horas que eu acho que tô ficando meio maluco. Eu não paro de tentar encaixar a vida dela na minha. – Fechei os olhos de vez. Minhas pálpebras ficavam nessa coisa chata de pesar. – Quando ela esteve aqui, me mandou comprar comida. Você sabe que ninguém manda em mim e ela nem pestanejou quando fez isso. Daí eu fui e você me conhece, acabei voltando com a metade da lista e esqueci o mais importante. E ela brigou comigo!!!! Acredita nisso? Se fosse qualquer outra mulher, principalmente as que ficavam me rondando pelo meu status, teria sorrido pra mim e mandado um empregado comprar o resto. Mas Eun me arrastou até o mercado pela segunda vez e foi reclamando e resmungando, me enchendo o saco por todo o caminho e mesmo que eu já não aguentasse mais, era exatamente isso que eu queria. Se eu quisesse alguém me bajulando o tempo todo, nem tinha me dado o trabalho de sair de casa, droga! Pra completar, ela levou muito mais coisa do que o necessário. Você vê? Ela é super lenta fazendo compras e eu sou super rápido. Eu levo de menos, ela leva demais. Somos o par perfeito, nos equilibramos! Depois disso, ela deu um grito do nada e me desafiou a apostar corrida até o carro. Eu fiquei tão surpreso com a atitude dela, a achei tão fofa naquela hora... não me controlei e acabamos nos beijando. Voltamos pra casa e não falamos sobre a situação, só continuamos. Ela cozinhou pra mim, nós jantamos, nos beijamos milhões de vezes. – Iiic. Soluço. – Então Eun foi pra casa e desde então ficamos nessa de flertar durante as consultas e encontros fora do hospital e beijos e muitos momentos divertidos. Eu amo tudo isso, claro... mas não sei qual o próximo passo. Ela é mulher, uma hora vai entrar em pânico e me questionar sobre o que estamos fazendo. O que você acha que eu devo...? Jinyoungie? Aish!

Notei que Jinyoung tinha apenas escutado todas as minhas loucuras, sem intervenções. Achei suspeito quando fiz a pergunta e não obtive nenhuma resposta. Quando olhei pro lado, o filho da mãe dormia como um anjo do meu lado. Quase o chutei de maldade, mas não conseguia mover um músculo e acabei adormecendo também.

 

POV EUN

 

Day 18, month 10 –

 

Tomei o resto do suco com Cat no meu colo, com o estômago dando voltas por já ser sábado. Tinha combinado de passar o dia com Jaebum e quem sabe poderíamos dar uma volta em um parque ou fazer piquenique na beira do rio... hmmm. Isso me parecia tão bom, mas pensando bem, infelizmente não dava pra fazer nesse clima de novembro. O inverno já tinha chegado completamente e com seu peso, os programas deviam ser escolhidos de forma mais cuidadosa. Sorrindo e me sentindo uma adolescente, abracei meu gato que se desesperou um pouco com a força do ato. Não quis ligar ou mandar mensagem pra JB, apenas iria aparecer de surpresa. As coisas são mais divertidas sem planejar.

Troquei algumas mensagens com Jinny, que parecia um pinto no lixo de tão feliz. Eu tinha apresentado Yugyeom pra ela, como uma boa amiga... e obviamente ela adorou isso. Os dois iam sair hoje pela primeira vez depois de muito flerte e todas aquelas etapas de antes dos encontros. Jinny surtava sem saber o que vestir e eu só ria, lembrando quanta roupa ela tem e como se preocupava sem necessidade.

Me arrumei* sem pressa, mesmo que optasse pelo confortável. Ultimamente eu tinha adquirido uma rotina de cuidados... Queria estar sempre bonita. Sei lá, acho que quando o carinha que você gosta finalmente te nota, isso acontece. Depois de dar uma voltinha no espelho e ganhar um miado de aprovação de Cat, caminhei com calma até a casa de Jaebum. Toquei a campainha algumas vezes e até dei umas batidinhas do jeito que fazia no hospital, mas nada dele me atender. Ele tinha esquecido que eu viria? Quase usei a chave extra que ficava escondida, mas quando a porta se abriu fiquei surpresa.

- Sim? – Um rapaz de cabelos escuros me encarava e logo fez uma expressão de quem se lembrava de algo. – Ah, você deve ser a Eun! Entra.

- É, sou eu... – Entrei desconfiada e tirei os sapatos, ficando só de meia.

- Jaebum tá tomando banho. Sou amigo dele. – Ele se curvou em cumprimento. – Park Jinyoung, é um prazer. Ele falou tanto de você...

- Ele não consegue manter a boca fechada, né? – Demos uma risadinha. – Kim Eun, mas você já deve saber.

- Na verdade, Boomie não é de falar muito sobre sentimentos. É só que eu sou mais íntimo, mesmo.

- Boomie? – Arqueei uma sobrancelha, prendendo o riso.

- Apelido que colégio, mas não diga que eu chamei ele assim na sua frente. – Jinyoung pediu silêncio com um dedo nos lábios.

- EU POSSO OUVIR VOCÊS! – A voz de Jaebum soava alta, vinda de algum quarto. Eu e Jinyoung nos olhamos e rimos.

- Eu vou indo antes que ele me mate. – Jinyoung piscou e respirou fundo, se preparando pra gritar. – TCHAU, BOOMIE! OBRIGADO PELA NOITE! E ELA É BONITA, VOCÊS TÊM MINHA BENÇÃO.

- Você só podia ser amigo dele... – Rolei os olhos.

- NÃO FUJA, SEU COVARDE! – JB ria.

- Eun, cuide bem dele. – Jinyoung parou na porta antes de sair. – Ele é louco por você, mas pode ser um pouco lento. Pelo menos ele tem um bom coração e é muito sincero. Vai por mim, mesmo que ele não expresse verbalmente... não tem outra pessoa na cabeça dele. Ouvi sobre você a noite inteira.

- Uh, tudo bem, eu acho.

Fiquei sem jeito e não soube exatamente o que dizer, vendo Jinyoung assentir com a cabeça e indo embora.  Fui em busca de JB, parando rapidamente em um quarto que parecia um escritório, ou simplesmente uma “salinha do computador”. Pude ver algumas letras de músicas rabiscadas e quando ia ler, algo me chamou atenção.

Entre os papéis da mesa tinham uns esboços de plantas de casa. As casas eram de tamanho médio com três quartos, além de que todas tinham um espaço enorme reservado pra um jardim. Em cada quarto havia nomes... Na suíte tinha “EUN+JB” e um pequeno coração logo abaixo dos nomes. Em um dos quartos normais, havia “VISITAS” e no outro apenas “?”. Na parte externa tinha “JARDIM SECRETO” e uma carinha feliz ao lado.

Eu fiquei confusa por um momento e não sabia se me assustava ou achava fofo. Jaebum ficava desenhando plantas de casas pra nós enquanto tinha tempo livre? Dei uma risadinha boba e alinhei os papéis perfeitamente. Meus olhos bateram numa caixinha de metal com uma fita, rotulado como “polaroids”. Uuuuh, seriam as fotos de JB? Quando encostei meus dedos no metal gelado, ouvi seus passos indo pra sala. Saí do escritório de fininho e o abracei por trás.

- Cadê ele? – Ele secava o cabelo com a toalha e colocou a mão livre nos meus braços.

- Acabou de sair. – De ponta de pés, dei um beijinho em sua nuca.

- Hey, baby. – Mesmo de costas, pelo seu tom de voz eu sabia que ele sorria.

- Olá, meu bem.

Ele colocou a toalha ao redor do pescoço e nos olhamos. Era incrível como eu sentia tudo ao mesmo tempo quando o via... Era como se o 4 de julho acontecesse dentro de mim. Mesmo com uma cara de quem tinha dormido mal, JB ainda era a pessoa mais linda do mundo. Sorrimos e trocamos vários e longos beijos antes de estabelecer uma conversa, mas sempre sem deixar de nos tocar.

- Eu imagino se um dia vou ser capaz de estar no mesmo ambiente com você e me comportar. – Ele suspirou e me puxou pro sofá, enquanto me passava o pente. – Quero te beijar o tempo todo, te ter nos braços o tempo todo.

- Se você for capaz, espero que esse dia nunca chegue. – Dei uma risada e atendi seu pedido mudo, penteando seus cabelos suavemente. – Você dormiu mal?

- Um pouco. – Ele pareceu hesitar, mas acabou falando. – Digamos que eu e Jinyoung bebemos ontem. Já resolveu o que quer fazer hoje? – Fechou os olhos e aproveitou o carinho nos cabelos.

- Você tome cuidado... sabe que bebida pode ser prejudicial. – Não quis repreendê-lo demais, afinal ele não é criança. – Hmmm. – Pensei um pouco sobre onde ir... Ele parecia tão quentinho e confortável naquelas roupas** que eu subitamente não quis mais sair. – Podemos só ficar aqui hoje?

- Você quer ficar por aqui mesmo? – Seu rosto parecia surpreso, mas logo abriu um sorriso. – Tudo bem então, podemos assistir uns filmes. Fazer uma maratona deles!

- Uma maratona de terror. – O olhei perversa.

- Ok, se você quer... – Ele deu uma risadinha e quando terminei de pentear seu cabelo, colocou um chapéu. – Depois não chore na hora de dormir.

– Eu sou grande, não vou chorar. – Estirei a língua, me contradizendo.

- Tô vendo. Hey, tenho materiais pro chocolate quente dessa vez.

- Você fez feira sozinho? – Me espantei.

- Sim... meio que eu precisei ter tudo anotado num papel, mas queria me preparar pra quando você viesse. – JB parecia envergonhado e a medida que ia falando, baixava seu tom de voz.

- Meu... deus... que... coisa... linda! – Fiquei de joelhos nos sofá e a cada palavra, eu beijava seu rosto e o apertava. Ele só ria e me segurava.

- Tá, tá, tanto faz... Não é nada especial.

- Claro que é especial. Você pensou em mim e nos detalhes.

- Que seja. – Desviou os olhos, sem jeito. – Eun?

- Diga, meu bem.

- Também tem sorvete de menta no congelador.

Eu o olhava, incrédula. Em algum momento eu tinha dito pra ele que esse era meu sabor favorito?

 

Day 20, month 11 –

 

Eu terminava os relatórios do dia com preguiça. Hoje o dia havia sido cheio e não tive muito tempo pra mim mesma. Meu estômago reclamava de fome, minha mente gritava de saudades de Jaebum e meu corpo só queria cama. Ô situação complicada! Por falar em situação complicada, dirigindo pra casa mais uma vez me peguei pensando em JB. O que a gente tava fazendo? Acho que depois de um mês era bem justo que eu me perguntasse isso. Afinal, nós éramos o que? Havia realmente um nós?

Por todo esse tempo que estávamos saindo eu só me deixei levar e isso foi maravilhoso, claro. Mas eu percebia em pequenos gestos o quão sério isso vinha se tornando. Nos últimos dias além do nosso tempo de consulta (onde mantínhamos a relação estritamente profissional, porque ele precisava de tratamento sério e tínhamos que separar as coisas), havíamos nos encontrado sempre que meu expediente acabava. Ele tinha começado faculdade de fotografia por sistema EAD e tinha bastante tempo livre, então qualquer brecha que eu conseguia, aproveitávamos pra nos ver.

Mas quando a vontade de ficar mais batia ou quando ele pedia pra que eu dormisse em sua casa, tinha que me segurar e negar. Não que eu não quisesse avançar as coisas, mas não me sentia bem enquanto não tivéssemos um rótulo. Digo, eu não podia nem dizer “avançar o relacionamento” por que não tínhamos um! Sempre tinha que me referir a “nós” como um rolo, uma coisa, um negócio, uma parada... Isso pode parecer estranho e meio superficial, mas imagina se eu me entrego completamente pra alguém me confiando no tempo que estamos juntos e essa pessoa no dia seguinte me dá um chute? Era difícil acreditar que Jaebum faria isso... Mas não dá pra colocar a mão no fogo. Por exemplo, quem é sequestrado por alguém que conheceu pela internet não desconfiava que poderia ser sequestrado. Caso contrário, a pessoa nem iria!

 E nos dias que eu não passava com ele, minhas paranoias me dominavam e eu ficava meio deprimida. Eu me assustava um pouco por estar ficando sentimentalmente dependente dele, mas acredito que todo mundo fica depois de um tempo. O pior de tudo era dizer que gostava dele e não receber resposta alguma. Isso me machucava e me magoava mais do que eu podia imaginar. Pra agravar a situação, faltavam poucos dias pro natal e eu não fazia ideia do que seria apropriado pra nós dois. Não sabia se podíamos trocar presentes ou sair pra jantar, ver de mãos dadas aquela árvore grande que montavam no centro, tirar fotos brincando na neve e todas essas coisas que casais fazem nesse feriado.

Liguei as luzes de casa e deixei meu casaco pendurado na cadeira da sala, ligando o aquecedor e quase correndo pra cozinha. Só de sentir o cheiro da comida esquentando no micro-ondas, eu já salivava horrores. Cat se juntou a mim no sofá enquanto eu parecia uma louca comendo, como se tivesse sido prisioneira num calabouço. Quando me senti satisfeita e me preparava pra levantar e tomar um banho, meu celular vibrou na mesa e eu não tive calma ao ir buscá-lo. Era sempre assim, bastava alguém me mandar mensagem e eu já achava que podia ser de Jaebum. Pode parecer meio bobo mas eu me desesperava rápido só de pensar.

 

“De: DefSoul ♥

Para: Meu Chip 2

Assunto: Você é viciante

Hey, baby. Muito cansada? Queria passar por aí e te dar um beijo rápido de boa noite.”

 

Sorri com a mensagem e o levei pro banheiro.

 

“De: Meu Chip 2

Para: DefSoul ♥

Assunto: Posso dizer o mesmo

Olá, meu bem. Eu tô bem morta, mas se você não vier talvez eu não consiga levantar amanhã!”

 

Tomei um banho rápido, sem muita paciência e querendo logo ver se tinha uma resposta de JB.

 

“De: DefSoul ♥

Para: Meu Chip 2

Assunto: Me espere acordada

Chego em meia hora, só preciso terminar de passar essas roupas. Isso se você deixar, porque meus pensamentos me traem o tempo inteiro.”

 

Abracei meu próprio celular, feliz. Ugh, como isso era possível? Até ele aparecer eu tava deprimida e irritada com ele. Ai do nada ele vem e BAM! Fico nas nuvens novamente. Escutei alguém na minha porta e estranhei... Eu li meia hora?

- Princesa, preciso de ajuda. – Yugyeom tremia e seu casaco tava coberto de neve. Ele trazia uma sacola enorme em seus braços.

- Ai senhor... Entra, menino. – Fechei a porta sem trancar, estremecendo com o vento gelado. Dei um abraço rápido em Yug, que parecia congelar de tanto frio. – O que aconteceu?

- Eu tô com um problema. – Ele parecia meio nervoso. – Você sabe que o natal tá chegando e que eu e Jinny já oficializamos as coisas. – Assenti com a cabeça, desejando que o mesmo acontecesse comigo. – Então, eu tive muitas ideias de presente pra ela, mas nenhum parece perfeito... Daí eu tive a ideia de vir aqui com tudo que eu comprei, assim você podia me ajudar.

- Tá tudo aí? – Apontei com curiosidade pra a sacola gigante.

- Sim. – Ele começou a tirar as coisas de dentro. Flores, uma cesta de lanchinhos, um urso de pelúcia enorme...

- Yug, é tudo tão lindo! Talvez se você der tudo ela ame. Você sabe que a Jinny é exagerada. – Peguei o ursinho e o abracei. Tão fofinho!

- Também tem isso aqui.

Ele tirou uma caixa retangular de veludo de sua mochila e a abriu, revelando um colar delicado com pequenas gotas de brilhantes. No momento em que eu toquei a pequena joia, minha porta se abriu lentamente e eu vi um Jaebum confuso nos encarando. Tente imaginar a cena: um homem desconhecido pra ele parado no meio da minha sala me esticando uma caixa de veludo, minha mesa cheia de presentinhos e eu segurando um enorme urso de pelúcia, tocando as joias na mão do cara estranho. É.

- Acho que atrapalhei alguma coisa. Desculpe e boa noite. – O rosto de JB se tornou sombrio e eu podia ver seu maxilar trincando de raiva. Ele deu as costas e saiu andando.

- Yug, eu preciso... – Olhei com desespero e Yugyeom só assentiu, pegando a pelúcia de meus braços.

Mesmo com uma roupa*** totalmente inadequada pra sair naquela neve, corri quase caindo nas escadas. Consegui avistar Jaebum andando apressado em direção ao portão do condomínio e o alcancei antes que ele saísse.

- Jaebum... – Eu não conseguia formular a frase. Respirava com dificuldade por ter corrido tanto e também pelo frio que me atingia sem misericórdia.

- O quê, Eun? Você vai dizer que não é nada do que eu tô pensando, como em filmes? – Ele continuava de costas pra mim. – Ou vai ser cara de pau e falar de vez que tava me enrolando esse tempo todo, com outro cara na história? É tão fácil assim pra você? Nem esperou que eu saísse daqui. Eu te avisei que viria e mesmo assim...

- Você é um idiota! – Gritei com raiva e senti meus olhos encherem de lágrimas. – Como você pode achar que eu faria uma coisa dessas? Pra sua informação, ele é namorado da Jinny e queria minha ajuda com os presentes de natal. – Me abracei, tentando minimizar o frio e o vi se virando pra mim. Ele parecia malditamente lindo e eu podia ver o arrependimento cruzando seu olhar. – Mas você não sabe que as pessoas trocam presentes no natal, não é? Afinal, você não tem namorada! Você não planejou dias pra que tudo saísse perfeito ao sair pra jantar com ela nem ficou nervoso pensando no que vestiria ou se o presente dela devia ser embalado em preto ou rosa. – As lágrimas não paravam de rolar pelo meu rosto enquanto eu desabafava com raiva.

- Eun, não é assim... na verdade eu... – Ele sussurrou desviando o olhar e eu sabia que não ia sair mais nada dali.

- Fique com seus problemas pra falar sobre o que sente pra si só. Eu não mereço isso. – Funguei e sequei meus olhos com a manga do moletom. – Eu cansei de dar e não receber, Jaebum. Quando eu digo que gosto de você, seus olhos fogem de mim... não dá nem pra ver se é recíproco por eles! Se você soubesse um terço do que eu passei pra estar com você agora... – Olhei triste pro piso rachado do estacionamento. – Me apaixonei por você antes de sequer ouvir sua voz. – Ele arregalou os olhos em surpresa. – Me apaixonei por você quando seu maldito coração bateu mais forte, reconhecendo a minha. Me apaixonei por você quando te toquei e sua respiração acelerou. Me apaixonei por você quando cortei seus cabelos, te barbeei, cantei pra você, li pra você, contei meus segredos mais profundos... E o mais importante, Im Jaebum. Eu amei você assim que conheci a cor dos seus olhos e seu sorriso sincero.  Pode ser injusto, já que eu tive muito mais tempo com você antes. Mas tudo que eu queria era que pelo menos eu pudesse ter um pouco em troca.

- Eu posso ter sim um problema com isso de transparecer meus sentimentos, mas... Droga, Eun! – Ele socou a pilastra ao lado. – Você não consegue ver que tudo se resume a você?

- Eu pensei que conseguia. Eu vi as plantas da casa, eu vejo o quanto você me quer por perto quando me manda mensagens e quando me pede pra ficar. – Minhas pernas tremiam, mas eu não podia fraquejar. – Mas isso não é o suficiente, Jaebum. Eu não vou aceitar migalhas. Eu não quero pouco, não quero as pequenas coisas, mesmo que elas importem mais. Não quero o mínimo. Eu quero tudo.

O observei abaixar a cabeça e bufei. Não podia acreditar que depois de falar tanto, ele ainda ficaria ali travado e não conseguia me dar uma resposta. Dei as costas e subi, sem aguentar o frio. Yugyeom me olhava com cara de culpado e eu só o tranquilizei com o olhar, passando pra tomar mais um banho quente, não queria ficar doente com a roupa molhada de neve. Quando saí do meu quarto, percebi que Yug já tinha ido embora e na cozinha achei um pequeno post-it rosa grudado na geladeira:

 

“Eunie,

Fiz chá (tá no bule azul claro em cima do fogão). Eu sei que você prefere ficar sozinha agora, então resolvi ir pra casa. Se precisar, é só me ligar.

Por favor, se mantenha aquecida ^-^

E me desculpe se eu tive culpa de algo T-T

Yugie ♥”

 

Ri com a doçura de Yugyeom. Jinny realmente tinha sorte... Não entenda errado. Mesmo que a oportunidade de ter algo com ele tivesse passado por mim, não sentia inveja alguma. Só achava fofo. Tomei lentamente o chá com um pouco mais de açúcar do que eu geralmente coloco, mas surpreendentemente bom. Cat se juntou a mim, subindo no balcão da cozinha e pedindo carinho.

- No fim das contas, eu só tenho você. – Segurei o choro e levei o pequeno gato pro meu quarto.

 

POV JB

 

Day 24, month 11 –

 

Depois de alguns dias tentando sozinho descobrir o que fazer, não aguentei e liguei pra Jinyoung. Expliquei todo o problema com Eun e pedi uma luz, já que eu tava desesperado.

- Boomie, você tem que ser sincero com ela e consigo mesmo. O que ela é pra você? – Ele suspirava do outro lado da linha.

- Ela é a mulher da minha vida, Jinyoung. – Passei os dedos pelos cabelos. – Há meses que tenho certeza disso.

- Então fale isso pra ela, ué. É o que ela quer, não é? Oficializar as coisas e provas de que tudo é verdadeiro. Não é difícil.

- Claro que é difícil!

- Jaebum, você pode adorar ser um bloco de gelo... Mas nem todo mundo gostaria de morar num iglu. – Sua risada não me atingiu.

- Não sei por onde começar. – Me joguei no sofá, suspirando.

- Pelo começo. Seja criativo. – Jinyoung parecia sério agora. – Qual é, JB. Se você gosta dela, vai querer dar o seu melhor.

Suas palavras me fizeram refletir e depois que desligamos, fui até meu escritório. Com uma caneta nas mãos, uma folha de papel na mesa e os pensamentos à mil, bolei meu plano cuidadosamente.

 

Day 25, month 11 –

 

Acordei cedo com o despertador tocando incessantemente. Quase o estourei na parede, se não fosse por um pequeno detalhe: eu tinha que colocar meus planos em prática. Hoje eu finalmente pediria Eun em namoro, com uma coragem que eu não sei de onde ia tirar. Espero que o velhinho da esquina me venda um pouco.

Passei horas decidindo uma roupa**** decente. Nervoso, coloquei mais perfume do que precisava e peguei uma mochila com bastante espaço. O frio me quebrava e eu sentia meu joelho doendo muito, mas não podia desistir. Dei um 360 por todo o centro atrás dos presentes perfeitos e consegui o que eu queria... Até que tudo começou a dar errado.

Eu já tava totalmente molhado de neve, meu cabelo era um verdadeiro ninho de passarinho e as flores que comprei tiveram que ser colocadas dentro da mochila. No metrô, descobri que elas tinham ficado amassadas e algumas perderam suas pétalas... Além de que a caixa de chocolates derreteu quase toda no aquecedor da estação. Com sorte o pequeno bicho estranho de pelúcia ainda sobrevivia firme e forte. Quando entrei na única loja de brinquedos que tinha espaço pra mais uma pessoa, a única pelúcia que sobrava era um bicho verde de olhos arregalados, que parecia um sapo mas não era. Tinha que ser aquilo mesmo, não podia aparecer sem a pelúcia. Era tipo o item mais importante do kit namorado piegas.

Eu pensei que nada podia piorar, mas o mundo me provou exatamente o contrário. Crianças, aprendam: quando as coisas dão errado, elas podem dar ainda mais errado. Eu comemorava inocentemente que já chegava perto do hospital, quando meu joelho resolveu falhar. É, amigos. Sabe aquela cena de Miss Simpatia, quando a Sandra Bullock tropeça e cai no meio de uma avaliação de modelo? Foi tipo isso, mas sem o glamour de Hollywood. Me esborrachei na calçada enquanto as pessoas passavam apressadas por mim e além de meter a cara na neve, minha roupa ficou toda suja e eu já não parecia mais um humano.

Eu parecia só uma reação química não categorizada pelos cientistas. Estremeci ao lembrar da pequena caneca de chá que eu tive tanto trabalho em encontrar pra Eun.

Não tinha certeza de que a porcelana ainda tava inteira.

 

POV EUN

 

Day 25, month 11 –

 

Eu parecia um zumbi dentro do hospital. Mark havia passado na minha sala mais cedo e com certeza ele desconfiou de algo, pois mesmo que não tivesse perguntado nada notei que em seguida Jinny e os meninos invadiram minha sala, tentando me animar. Jaebum não tinha me mandado nenhum sinal de vida e isso me destruía aos poucos. Nem nas consultas ele tinha vindo. Era como se ele não ligasse ou tivesse aceitado tudo numa boa. A angústia me consumia dia após dia. E se ele tivesse deixado pra lá?

Já tinha desistido de esperar alguma coisa quando meu expediente acabou. Hoje tudo fechava por ser feriado, mas como o hospital sempre abre, tive que trabalhar até as quatro da tarde. Guardei a montanha de papéis no meu armário e tirei o jaleco, juntando minhas coisas dentro da bolsa. Ouvi pequenas batidas na minha porta e gritei um “pode entrar!”. Congelei ao ver JB passando pela porta passando a chave logo em seguida. Ele parecia altamente cansado, tão destruído quanto eu e tinha olheiras gigantes em seus olhos. Também tremia de frio e tinha os cabelos molhados, assim como toda sua roupa.

- Jaebum! – Corri e peguei uma toalha de emergência, envolvendo aquele cidadão maluco. – O que houve com você?

- Hey, baby. – Ele sorriu como quem se desculpa e seus lábios tremiam, roxos de frio. – Eu vou sobreviver.

- Oi, meu bem. – Suspirei. Não tinha como o responder de outra forma. – Talvez com ajuda de aparelhos.

- Primeiro de tudo, por favor, me escute. – Ele me olhava tímido. – Eu preciso que você fique calada até que termine, ok?

- Ok. – Assenti e franzi minhas sobrancelhas. Eu sabia que ele ia “terminar” seja lá o que tínhamos. Me preparei pra ouvir aquelas palavras tipo “foi bom, mas...” e respirei fundo.

- Pra começar. – Ele pausou e me olhou com toda a força que seu olhar tinha. – Eu me senti muito confuso assim que acordei. Eun, você não sabe como foi louco achar que seu cheiro era o melhor do mundo na primeira vez que te vi. Ou como foi escutar sua voz pela primeira vez e me sentir em casa. Você tem noção do que fez comigo todo esse tempo? – Deu uma pequena risada e prosseguiu. – Tão meiga sempre, tão doce... e ao mesmo tempo tão forte e sincera. Você me deu tudo, você se dedicou a mim. Você decorou meus gostos e minhas manias... Você interpretou cada pedido de ajuda, mesmo que eu não soubesse exatamente pedir. Não sei como poderia te agradecer por isso e te recompensar. Eu também não sei exatamente o que eu sinto, mas sei que eu queria poder acordar com você todas as manhãs. Eu sei que queria te ver usando minha camiseta favorita mesmo que ela ficasse enorme em você e que andássemos de mãos dadas ou abraçados pela rua. Eu sei que o tempo que temos um com o outro agora não é suficiente e eu sempre quero mais. Eu sei que quero você escolhendo minhas roupas, nossa comida nos restaurantes ou os filmes que iremos assistir. – Pensei que fosse virar geleia quando ele me lançou aquele sorriso torto. – Eu sei que você é perfeita pra mim, mesmo que eu não seja perfeito em nada. E também sei que eu sou loucamente apaixonado por você, mulher. Eu sou um idiota, mas rodei toda Seoul em pleno feriando nacional, me coloquei entre milhões de casais e tentei comprar presentes pra você. Mesmo que tudo tenha dado errado no final... – Ele soltou uma risada envergonhada e tirou umas coisas de dentro da bolsa. – Eu só quero que você seja feliz, Eun. Mas também quero ser egoísta e te pedir que seja feliz comigo.

Pude ver uma caixa com chocolates sem forma por terem derretido ligeiramente, um buquê meio murcho, porém muito lindo e cheio de flores silvestres, uma caneca rosa com pequenos pinguins que achei super fofa e um bicho de pelúcia que eu não sabia o que era, mas que tinha amado. O pequeno bicho me atraiu como um ímã e foi a primeira coisa que peguei, o abraçando com força. Seus olhos esbugalhados me fizeram rir e eu parecia uma criança.

 - O que ele é? – Perguntei curiosa.

- Não sei. – JB deu de ombros e parecia esperar uma resposta. Eu sabia o que ele queria dizer, mas eu queria ouvir tim tim por tim tim.

- O nome dele vai ser Zezinho. - Dei um beijo no pequeno monstrinho. – Então, pode continuar. – Fiz descaso e notei que ele tinha sido pego de surpresa.

- Eu... é... – Coçou a nuca. – Eun. – Limpou a garganta.

- Euzinha.

- Seja minha namorada. – Ele soltou de uma vez e eu achei graça.

- Seu idiota, quantas vezes eu vou ter que te ensinar a pedir as coisas e não mandar?

Nós caímos na risada e eu larguei tudo que segurava, o agarrando logo em seguida. Pude sentir como ele ficou sem reação, mas por pouco tempo. Quando menos esperamos estávamos quase no +18 bem no meio da minha sala. Esse homem ainda ia me deixar doida, sei não.

- Hey, baby. – Ele murmurou entre os beijos.

- Hmmm? – Não prestei muita atenção em nada que não fosse seus lábios encostados nos meus.

- Eu adoraria continuar isso. – Cessamos contato aos poucos. – Mas acho que aqui não é exatamente um bom lugar.

- Pensei que você fosse mais radical. – Dei de ombros, provocando com uma cara de tédio.

- Mulher. Cale a boca antes que eu acabe com você aqui e agora. – Jaebum me olhou numa ameaça implícita e eu me arrepiei por completo.

- Tudo bem, não tá mais aqui quem falou.

- De qualquer forma, agora eu tenho planos.

- Que planos? – Fiquei curiosa e um pouco decepcionada. Pensei que íamos sair.

- Vou levar minha garota pra jantar... – Ele enlaçou minha cintura e eu sorri. – Depois vamos desbravar os mistérios natalinos do centro de Seoul... – Beijou meu nariz, minhas bochechas e me deu um selinho demorado. – E ela pode passar o resto da noite na minha casa. O que me diz?

- Vou contatar sua garota, só um instante. – Fingi fazer telepatia com os olhos fechados e ri. – Ela disse que ama esses planos, mas que os dois precisam de um banho antes.

- Eu concordo 110%.

- Vem, te deixo em casa. – Entrelaçamos as mãos e fomos até meu carro.

A viagem até a casa de JB foi bem tranquila e eu sentia meu coração leve. Finalmente resolver nossa situação tinha sido o melhor presente de natal que eu poderia ter. Fomos o caminho inteiro trocando carinhos durante os sinais vermelhos e combinamos onde iríamos. Já que ele não tinha carro, eu passaria pra buscar meu namorado.

- Até já... – Ele me deu um sorriso derretido antes de sair do carro.

- Até, meu bem. Esteja pronto quando eu chegar. – Pisquei.

- Baby? – Falou já do lado de fora do carro.

- Diga.

- Traga roupas e uma escova de dente. – Jaebum piscou e me deu aquele sorriso mordendo os lábios. Eu só o olhei fechar a porta do carro sem esperar resposta e caminhar em direção ao prédio.

Aquele diabinho... Voltei pra casa dando pequenas risadinhas por todo o trajeto. Quando eu beijei Jaebum pela primeira vez, me senti invencível. Pensei que não podia sentir nada mais intenso do que aquelas emoções que eu experimentei. Era como se eu já tivesse sentido tudo o que é possível sentir durante uma vida, como se eu tivesse conhecido o melhor da felicidade e tudo que eu ainda fosse conhecer seriam réplicas ou pequenas versões dessa felicidade.

Agora eu notava que com Jaebum minha felicidade de hoje além de ser maior que a de ontem, sempre seria infinitamente menor do que a de amanhã.


Notas Finais


primeiramente: OBRIGADA!
quero agradecer vocês de todo o coração por sempre comentarem e favoritarem essa fic.
confesso que vocês já salvaram essa história do meu desânimo várias vezes.
vocês são lindos ♥
(eu tô sensível e chorosa)

OBS.:
"Somaek" = mistura de soju com cerveja!
EAD = sistema de educação à distância :)

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** = https://image.prntscr.com/image/DomZpcwuRIOOgegoQi4zWw.png
*** = https://image.prntscr.com/image/Bb40Il0tQBacaXA5vX7ZvA.png
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