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História Mutter - Início


Escrita por: MalkBobo

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 6 - Início


            Alguns dias após Ichigo ter feito os exames solicitados pelo seu pai, ele foi até o laboratório e pegou os resultados durante o seu horário de almoço. Para saber logo se estava apto para fazer o procedimento, tirou uma foto dos resultados e enviou para o Isshin, que minutos depois retornou a mensagem, dizendo "parabéns Ichigo, seus níveis estão ótimos, só faltam os exames daquela linda garota de seios fartos e você vai ser pai. Eu vou ser avô, como eu queria que sua mãe estivesse aqui pra eu poder dizer que ela tá velha".

            Ichigo sorriu ao ler a mensagem e logo telefonou para a quem sabe futura mamãe.

            – Kurosaki kun!  – Inoue atendeu à chamada.

            – Sim, sou eu. Acabei de pegar o resultado dos meus exames e o meu pai disse que está tudo bem, só dependemos agora dos seus.

            – Que ótimo! - ela deu pulinhos de alegria, porém seu tom de voz logo ficou mais triste – que pena que os meus só ficam prontos em dois dias...

            – Não tem problema, dois dias passam rápido. Agora tenho que voltar ao trabalho. Tchau.

            – Tchau, quando sair o resultado dos meus eu te ligo.

            O homem ficou feliz, ele realmente estava curtindo a ideia de se tornar pai em um futuro próximo. Queria comemorar com alguém, então pegou o seu telefone, olhou para o número do seu amigo Sado e então foi até o número da Tatsuki, que ele armazenou na última vez que ela ligou para ele,  e ligou para ela, afinal, é bem mais agradável sair com uma mulher bonita e descolada do que com um latino de quase dois metros de altura.

            Tatsuki estava na sala dos professores, já quase na hora de voltar às suas atividades, quando o seu telefone tocou. Quando viu o contato na tela, levou um susto ao ver que era o Ichigo quem estava ligando.

            E agora, atendo ou não atendo?

            Segundos depois, ela atendeu.

            – Alô –  a professora, muito tensa, atendeu à chamada.

            – Oi, aqui é Ichigo Kurosaki, lembra de mim?

            – Ah... ah sim, você me ajudou a encontrar minha antiga casa – ela fingiu não se importar.

            – Sou eu mesmo. Escuta, você tem algum compromisso hoje à noite?

            – Nada importante, por quê?

            – Queria falar com alguém sobre uma coisa boa que está acontecendo comigo, que tal irmos a algum lugar depois do trabalho? Estou pensando num restaurante mais sofisticado do que a barraquinha que comemos da última vez.

            – Seria legal, mas não tô com roupa pra um lugar desses e não vou ter tempo de passar em casa.

            – Gosta de mini golfe?

            – Nunca joguei.

            – Eu conheço um ótimo e dá pra ir até com a roupa que você quiser. Sete horas na estação Sereitei está bom pra você?

            – Combinado.

            Eles se despediram e foi cada um voltou para seu trabalho.

            No horário combinado eles se encontraram na estação do metrô.

            – Olá Arisawa sensei – Ichigo cumprimentou assim que a viu.

            – Oi Kurosaki. Posso saber o que tinha pra me falar?

            – É que em breve vou ser pai - Ichigo logo se arrependeu de ser tão direto - mas não do jeito que você tá pensando, vou doar esperma pra ajudar uma amiga que não tem como engravidar de outra forma.

            – Ah, tudo bem – Tatsuki, que sabia muito bem o que estava acontecendo, não quis se alongar no assunto – foi pra me dizer isso que me chamou aqui?

            – Também, mas principalmente pra jogar mini golfe. Vamos?

            O casal saiu da estação. Ichigo estranhou a falta de interesse da morena a respeito da sua paternidade, mas estava feliz em estar com ela. Nos últimos anos ele se dedicou quase integralmente ao seu trabalho e de certa forma, a estranha mulher que outro dia estava pulando o muro da sua casa o fazia ter vontade de ter uma vida pessoal.

            Já a Tatsuki estava tensa. É claro que gostou de ser convida pelo rapaz, porém inúmeras dúvidas passavam pela sua cabeça. Por que ele a chamou para sair? Queria apenas alguém pra conversar ou havia algo mais? O que ela sentia realmente pelo Ichigo?

            – Chegamos! – anunciou o rapaz, interrompendo os pensamentos da Tatsuki, que de tão distraída nem havia percebido que chegaram.

            – Ótimo, vai ser divertido!

            Ichigo comprou sua entrada e apesar de não concordar, deixou sua convidada pagar a dela. Assim eles pegaram suas bolas e tacos e partiram para a área de jogo.

            – Eu sempre soube que tinha esse mini golfe aqui na cidade, mas nunca resolvi tentar - comentou a mulher.

            – Você vai adorar - Ichigo posicionou uma bolinha em um gramado artificial – pode começar.

            Tatsuki deu um potente golpe com o seu taco, que arrancou a grama que havia ao redor e fez a bola voar por cima do muro e parar na rua.

            – Uau, como você é forte, coitado de quem um dia resolver te irritar – falou Ichigo.

            – Sua vez – disse Tatsuki, tentando disfarçar que ficou envergonhada com a sua falta de delicadeza.

            Agora foi a vez do Kurosaki. Ele deu uma boa tacada, fazendo a bolinha parar bem próxima ao buraco.

            – Como você faz isso parecer fácil – comentou Arisawa.

            – Não é difícil. Apenas segure o taco e deixa eu te ajudar.

            Ela fez o que o rapaz falou. Ele encostou atrás dela e segurou seus braços, os posicionando corretamente.

            O que esse abusado tá fazendo me encoxando desse jeito? E quem ele pensa que é me segurando com essas mãos fortes e respirando esse ar quente no meu cangote me deixando arrepiada?

            –Agora pode dar sua tacada, e tente não fazer tanta força – Ichigo interrompeu os pensamentos de Tatsuki.

            A moça fez a sua jogada, que foi bem melhor do que a anterior. Enquanto jogavam, os dois conversaram bastante, se conhecendo melhor.

            – Você me disse que é farmacêutico não é isso? – perguntou Tatsuki.

            – Isso mesmo. Eu me formei na Universidade de Tokyo e trabalhei na Medcomp por dois anos, depois disso eu voltei pra Karakura.

            – Por que você voltou pra esse fim de mundo?

            – Não quis deixar meu pai sozinho. Eu tenho duas irmãs mais novas e quando uma casou, dez meses depois a outra casou também. Foi então que voltei a morar com ele e não tenho do que reclamar, trabalho pra um laboratório pequeno, mas com boas condições de trabalho, sem contar que Karakura é bem tranquilo, perfeito pra se criar um filho.

            –  A minha história não é tão interessante, fiz faculdade aqui em Karakura mesmo, fui campeã de karatê nos jogos universitários, mas não passei nas eliminatórias pras Olimpíadas. Depois de formada fui trabalhar no Fundamental 4 e aqui estou.

            – Claro que sua história é interessante, eu nunca conheci uma campeã de karatê antes.  Pare de se diminuir, você é bem legal e bonita também – Ichigo fez a Tatsuki corar com seu comentário.

            Depois de um bom tempo entre conversas e tacadas, o casal terminou o jogo.

            – Eu fiz sete pontos e você, trinta e cinco - comunicou Ichigo, lendo o papel com as anotações do jogo.

            – Eu ganhei? – Tatsuki estranhou.

            – Não. Em golfe, quanto menos pontos melhor. Mais sorte na próxima!

            – Tá tudo bem, me diverti muito hoje.

            – Eu também. Temos que repetir qualquer dia desses.

            – Concordo, mas agora eu tenho que ir.

            – Eu te levo até a estação.

            Eles saíram e andaram por alguns minutos até a estação do metrô.

            – É aqui que nos despedimos – disse Ichigo.

            – É verdade...

            Os dois permaneceram parados e em silêncio. Por algum motivo, nenhum deles queria ir embora, não queriam que aquela noite acabasse. Eles se olhavam nos olhos, então Tatsuki, com as palmas das mãos suadas e coração acelerado, se pendurou nos ombros do Ichigo e beijou sua boca, sendo correspondida, obviamente.

            Eles ficaram com os lábios colados, com a Tatsuki se pendurando no pescoço do rapaz, que era consideravelmente mais alto do que ela. Ichigo envolveu seus braços na cintura da mulher, e só após alguns minutos eles pararam de se beijar.

            – Uau, isso foi perfeito! – falou Ichigo.

            – Não ficou aborrecido por eu ter tomado a iniciativa?

            – Claro que não. Pra ser sincero eu já estava querendo fazer isso há mais de uma hora, mas se por acaso você se irritasse eu teria que dar adeus a esse mundo.

            – Deixa de ser bobo, já faz tempo que eu quero isso. Agora tenho que ir, me liga!

            Ela passou pela roleta e rapidamente sumiu da vista do Kurosaki.

            – Tatsuki... – Ichigo passou as mãos nos lábios, com um sorriso bobo no rosto.

            Arisawa entrou no metrô, rumo à sua casa, com mil pensamentos na sua confusa cabecinha. É verdade que ela estava contente, seguiu seu impulso e beijou o sujeito que estava "de olho" há cerca de duas semanas. Por outro lado, o que é são duas semanas comparado com mais de dez anos de relacionamento com a Orihime? Ao pensar nisso, a mulher não pôde evitar de se sentir culpada por ter traído sua companheira de tanto tempo.

            Tatsuki chegou em casa mais tarde do que deveria, mas ao contrário do que imaginou, encontrou a Orihime sorridente.

            – Boa noite amor! Eu sei que você tá no erro, mas eu tô tão feliz que nem vou brigar.

            Orihime deu um beijo na Tatsuki, que ficou morrendo de medo da ruiva perceber alguma coisa.

            – O Kurosaki já está pronto para a inseminação e o resultado dos meus exames sai depois de amanhã. Se tudo der certo, antes do fim do ano eu vou ser mãe.

            – Vai dar tudo certo, você vai ver!

            – Obrigada amor – Orihime roubou outro beijo – tem comida pronta no forno.

            – Vou tomar um banho primeiro.

            Tatsuki tomou um longo banho, tentando se livrar de todo resquício do cheiro do Ichigo, se é que tinha algum. Ao terminar, ela comeu e foi para o quarto, onde encontrou Inoue deitada na cama usando uma lingerie vermelha bastante sexy.

            – Amooor, que tal uma comemoraçãozinha particular?

            – Desculpa Hime, eu tô muito cansada. Amanhã prometo que te pego do jeito que você gosta.

            Tatsuki deitou e fingiu que pegou no sono logo. Orihime não falou nada, porém achou muito estranha a atitude da sua esposa, que em todos esses anos nunca havia recusado sexo.


Notas Finais


Confesso que estou odiando a Tatsuki, mas faz parte do enredo. Até o próximo capítulo!


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