História My Actor - Imagine Jungkook - Sonho - Cap 27

No capítulo anterior: “— Posso te fazer uma pergunta? — Jungkook finalmente fala algo de volta.

  — O que foi? — Respondo saindo de meu devaneio.

  — Você aceita namorar comigo? — Quase caio do balanço ao ouvir a proposta.”

_______: PV ON

  — O que? — O olho sem crer no que havia acabado de ouvir.

  — Você ouviu claramente. — Jungkook me responde sério.

  — Mas mesmo assim eu não estou entendendo. — Insisto.

  — Vou perguntar somente mais uma vez. _______, você quer namorar comigo? — Ele repete a frase e eu custo a raciocinar. — Pode me responder de uma vez? — Pergunta após um período meu de silêncio.

  — Eu... — Sou interrompida.   

  — É simples, só fale “sim”, ou “não”. — Ele se levanta de seu balaço e anda até mim, parando em minha frente. — E aí? — Pergunta pela última vez.

  — Sim. — Digo de uma vez, tentando entender a seriedade da escolha que eu havia feito.

   Jungkook veio ainda mais perto  em minha direção e me puxou com calma por meu braço, fazendo-me levantar. Suas mãos encontram minha cintura, apertando-a e trazendo para mais próximo de seu corpo.

  — Namorados beijam suas namoras quando querem. Sem mais nenhuma burocracia, certo? — Eles diz próximo ao meu rosto, me fazendo poder sentir seu hálito quente se chocando contra minha boca.

  — Namoradas beijam seus namorados quando querem. Certo? —Pergunto de volta.

  — Se quiseram, elas podem fazer até mais. — Seus lábios finalmente tocaram os meus. Dessa vez, não como vizinhos, ou amigos de trabalho, mas sim, como namorados. A sensação era melhor ainda. Eu transbordava. Transbordava sentimentos bons. Transbordava desejo. Suas mãos que acariciavam minha cintura, tinham um papel ainda mais especial. Minhas mãos se entrelaçavam atrás de pescoço; eu não queria nunca mais sair dali. Sua língua em contato com a minha, me fazia querer beijá-lo cada vez mais.

Seus braços eram tudo o que eu mais precisava, porém eu não sabia.

   Nos separamos aos poucos, com calma. Sem querer, mas precisávamos. Nossas testas ficavam coladas uma na outra, não deixando que cortássemos nossa proximidade. Eu não gostaria de me afastar; e sabia que Jungkook sentia o mesmo.

  — Por que tivemos que esperar tanto para isso? — Ele pergunta.

  — Eu não sei. — Respondo. Fico observando sua boca, antes de falar qualquer outra coisa.

  —  Olhe nos meus olhos. — Ele pede.

  — O que foi? — Faço o que Jungkook desejava.

  — Agora somos nós dois, e mais ninguém. Está entendendo? — Ele pergunta, olhando-me seriamente. Assinto com a cabeça. — Não quero que você fique preocupada com qualquer outra pessoa. Nesse mundo, nem todos querem nosso bem. — Penso por um momento.

  — Por que diz isso agora? — Questiono-o.

  — Eu sei que você tem medo. Não quero que se sinta mal por nada. Confie em mim. Sei de seus receios. — Ele me abraça de forma acolhedora.

  — Isso é muito louco. — Profiro.

  — O que? — Jungkook me olha sem entender a que me referia.

  — Nós dois juntos. — Respondo sorrindo. — Eu por um momento achei que talvez pudesse te odiar. — Admito.

  — Não estou chocado com isso. Deveria? — Nego com a cabeça. — Desde o momento em que nos vimos pela primeira vez, senti algo estranho. — Ele continua. — Vamos sentar nos bancos? — Concordo, o abraçando de lado, para seguirmos até o local.

  — Como assim você sentiu algo estranho? — Me sento ao seu lado, deitando minha cabeça em seu ombro.

  — É difícil de explicar. Primeiro foi como se eu te conhecesse. Depois essa sensação passou por um momento, então não dei muita bola. Entende? — Continuo a prestar atenção em cada palavra que ele diz. — Mas em alguns períodos a sensação estranha voltava. Era como se de algum forma eu já tivesse passado por isso. Compreende? — Jungkook fita o céu, confuso.

  — Se eu te falasse que em alguns momentos senti o mesmo? — Franzo o cenho.

—Você também? — Assinto. — Achei que talvez fosse somente coisa da minha cabeça. — Ele responde, olhando para mim surpreso.

  — Principalmente no momento em que eu estava no palco e esqueci sua fala. Quando você completou, a sensação foi tão estranha... Eu realmente não consigo lhe explicar. Tudo ao meu redor havia sumido, e eu sentia que não era a primeira vez que algo assim ocorria em minha vida. — Começo a fitar meus pés.

  — Deveríamos nos preocupar com isso também? — Jungkook questiona brincando.

  — Olhe... Eu sei que foi uma brincadeira, mas acho que há chance de termos que realmente nos preocupar com isso. Eu sou um pouco ligada com com esse tipo de situação e... — Sou interrompida.

  — Não viaje. Para onde está levando esse assunto? Não misture esse tipo de coisa. Vai começar a falar que há algum tipo de relação com o passado? — Jungkook começa a surtar do nada.

  — Mas você nem mesmo me deixou terminar o que estava falando. — Me viro para ele. — Por que esse assunto lhe incomodou tanto? — Questiono sem entender.

  — Não é que me incomodou. Estou parecendo incomodado? Pois eu não me sinto incomodado. — Ele cruza seus braços.

  — É estranho. Sinto como se já tivesse conhecimento de cada gesto seu, de cada atitude, de cada sentimento.  — Toco em seu braço. —Você realmente se sentiu irritado com isso. Seja sincero quanto a qualquer coisa. — O pressiono a falar o que ocorre, sem ser exatamente direta.

  — Eu já disse, está tudo bem. Só não acredito muito nesse tipo de coisa e não gostaria de envolver nosso relacionamento que começou há somente alguns minutos, com esse tipo de assunto. Consegue me entender? — Assinto com a cabeça.

  — Me desculpe, mas é como eu disse. Sinto como se conhecesse muito bem você, principalmente depois desse beijo. — Fico em silêncio por um tempo. — há algo que me diz para não confiar nisso. Deveria ignorar minha intuição por um tempo. Certo? — Me levanto do banco.

  — Certo. — Jungkook se levanta também. — Vamos para casa? — Ele pergunta.

  — Acho melhor. Está tarde, é suspeito estarmos nesse horário em um parque. Não acha? — Rio de canto.

  — Por que suspeito? — Ele finge indignação. — Tem horário para brincar agora? —  Nego com a cabeça.

  — Pensei que você não tivesse gostado de vir aqui. Lembro que reclamou sobre meu desejo de ir no balanço. — Provoco.

  — Eu disse isso? Quando? — Jungkook se faz de bobo.

  — Pare com isso. Vamos para casa de uma vez. — Pego em sua mão com pressa. Seus dedos entrelaçam aos meus.

  -  Vamos para a casa de qual de nós dois? — Ele pergunta.

  — Cada um para a sua. Seu pervertido. — O provoco. — Vamos andando de uma vez. — Puxo Jungkook.

  — Eu sou pervertido? — Assinto com a cabeça.

   Você não é? — Insisto na provocação.

  — Sou mesmo. — Reviro os olhos.

 — Não seria melhor se pegássemos um transporte até em casa? — Mudo de assunto, parando no meio do caminho.

   Você veio como para cá? — Ele pergunta.

  — Eu vim a pé, mas não era tão tarde. Não gosto de andar na rua esse horário. — Explico.

  — Mas você está comigo, não há o que temer. — Jungkook pisca para mim.

  — Sim. Qual o seu nome mesmo? — Ele me olha sem entender. — Super homem, certo? —Brinco.

 — Muito engraçada. Eu estou morrendo de rir. — Ele continua sério.

   — Então vamos andando rápido. –— O puxo novamente para irmos logo para casa.

[ ... ]

 — Essa é a hora em que nos separamos? — Pergunto quando chegamos em casa.

  — Acho que é. Você que escolheu isso. Lembre-se. — Ele vira o rosto.

  — Pare com isso. Amanhã te mando mensagem já quando acordar. Que tal? — Proponho.

  — Acho que o melhor seria que você primeiramente dormisse de janela aberta. — Rio.

  —Você vai sair do banho de volta? — Pergunto.

  — Do que você está falando? — Ele parece realmente não entender.

   — Um dia desses te vi na janela. Foi bem legal. — Pisco o olho.

  — E eu sou o pervertido? Você que está louca para se aproveitar do meu corpinho e não sabe como revelar. — Dou um tapa fraco em seu ombro.

  — Eu não disse por qual motivo que foi divertido. — Tento me explicar.

  — Hm. Então foi por qual motivo?— Jungkook arqueia a sobrancelha.

  — Porque você usa uma toalha ridícula. — Aponto para ele.

  — Ah, mesmo? Então me deixe ver suas toalhas. — Fico desacreditada.

  — Quer ver? Eu te mostro, pode ver de boa. Eu trago elas aqui rapidamente, espere um pouco. — Cruzo meus braços.

  — Acha que eu quero somente olhar a toalha? Isso é injusto. Ela tem de estar no seu corpo. A próxima vez que for tomar banho, me chame. — Bufo e Jungkook ri de lado.

  — Acho melhor irmos dormir de uma vez. — Falo.

  — Ganharei meu beijinho de “boa noite”? — Ele se aproxima.

  — É claro que ganhará. — Sorrio, desse modo abraçando sua cintura, me aconchegando em seu abraço.

  — Durma bem anjinho. — Ele levanta minha cabeça, afastando os fios de minha meu rosto com suavidade. — Quero ver você sempre bem. — Ele beija minha testa.

  — Isso foi tão fofo Jungkook, não esperava que fizesse algo assim. — Fito seus olhos rindo. — Antes de você ir, eu já estava me esquecendo de comentar algo com você, não sei como pude não me lembrar disso. — Falo me soltando de seus braços, que me abraçavam por meus ombros.

  — O que foi? — Ele pergunta aparentemente animado.

  — Eu tive um sonho muito estranho com você, Changkyun e Yerim. Parecia ser há muitos anos atrás, e... — Paro de falar e fico em entender o que estava acontecendo. — O que foi Jungkook? Por que está pálido? — Pergunto preocupada, colocando minhas mãos em seu rosto.

  — Você também sonhou com isso? — Ele fita meus olhos assustado.

                                                                 Continua...