1. Spirit Fanfics >
  2. My Angel - Padackles >
  3. Recuperação

História My Angel - Padackles - Recuperação


Escrita por: GirllSallvatore

Notas do Autor


Desculpem a demora 😏
Boa leitura 😙

Capítulo 7 - Recuperação


Com movimentos rápidos Jared caminha pelos corredores do hospital evitando os olhares que recebe de pacientes e enfermeiras, ele não tem tempo pra isso, sua mente só consegue focar em chegar o mais depressa possível até Jensen.

Algo surge em seu peito como uma forte puxão, suas pernas estão tremendo e ele não sabe como ainda consegue ficar de pé, o ambiente parece sombrio e gelado e Jared envolve os braços ao redor de si mesmo enquanto continua praticamente correndo pelos corredores que parecem não ter fim.

Assim que ele dobra no corredor do quarto de Jensen algo muda, o tempo parece parar quando ele ouve um som estridentes e agudo ecoar no ar. Passos rápidos são ouvidos vindos de trás e logo ele está sendo empurrado por vários médicos e enfermeiras que passam por ele sem se importar em se desculpar.

Jared não percebe que paralisou até notar pra onde eles estão correndo.

O quarto de Jensen.

Seu coração duplica a sua batida e um sopro forte de ar é soprado por seus lábios, seu hálito se mistura com o frio do corredor transformando-o numa nuvem branca diante de seu rosto.

Logo Jared está correndo em direção ao tumulto tão rápido que ele quase tropeça algumas vezes em seus próprios pés.

Ele sabe o que tudo isso significa, ele sabe o que está acontecendo, ele apenas não quer acreditar que está presenciando isso, ele não pode ...

Seu coração é ouvido claramente em seus tímpanos quando ele finalmente alcança a porta do quarto de Jensen, e assim que ele vê o que acontece lá dentro ele sente seus joelhos dobrarem debaixo de si o fazendo cair no chão duramente.

Ali, ainda deitado na cama, tão imóvel quanto sempre, está Jensen, seu vestido hospitalar está manchado com sangue fresco e rasgado em forma de garras deixando visível feridas profundas e sangrentas, seus olhos estão abertos encarando o teto, sem qualquer movimento, sem qualquer vida.

Os médicos estão ao redor sem fazer qualquer movimento para ajuda-lo, eles apenas encaram o menino com tristeza e resignação enquanto balançam a cabeça confirmando o que Jared mais temia, o que mais o assombrou desde Jensen foi internado no hospital.

O som alto das máquinas continuam soando um som constante até que uma das enfermeiras desliga o equipamento com os olhos distantes e tristes.

O pânico se apoderou do corpo de Jared o impedindo de se mover do chão, o impedindo de gritar, o impedindo de chorar. Jared tenta se mover, ele quer gritar no topo de seus pulmões e perguntar porque isto está acontecendo, ele quer correr até Jensen e o agarra-lo enquanto tenta fazer com que Jensen volte pra ele.

Jensen não pode tê-lo deixado, não agora, isso não está acontecendo, não está acontecendo ...

Ele não pôde ter deixado isso acontecer, seu único trabalho era cuidar dele, tomar conta do garoto, mantê-lo vivo ... e agora ele está morto, Jared só sentiu dor semelhante quando perdeu seu pai.

Um dos médicos se vira pra ele e murmura em resignação:

— Sinto muito, ele se foi.

Gelo se forma por dentro de suas veias impedindo a circulação do seu sangue, tudo o que ele ouve é estática e o que deve ser seu sangue borbulhando em seus tímpanos.

Isso não é real ...

Não é real ...

Não pode ser real ...

Não é ...

Não ...

○●○●

— NÃO — Jared pula abruptamente de onde está sentado, sua pele está molhada com suor frio o deixado pegajoso e nojento, sua respiração está errática e suas mãos estão tremendo.

Seus olhos rodam pela sala branca indo rapidamente até a cama de Jensen e o alívio que sente quando o vê ainda vivo e respirando, sem qualquer resquício de sangue, o bate tão fortemente que ele cai de volta na poltrona em que estava com um suspiro alto.

Um limpar de garganta o faz girar o rosto até ver uma jovem mulher de uniforme, obviamente uma enfermeira, o encarando com cuidado.

— Hmm ... ei — Jared fala e estremece com o qual rouca sua voz está, a enfermeira sorri cordialmente e caminha até Jensen onde começa a encarar as máquinas. Jared limpa a garganta enquanto se levanta e estica seus músculos doloridos por dormir a noite inteira em uma cadeira desconfortável — Como ... como ele está?

— As dilacerações em seu peito estão cicatrizando bem, o teste de ondas cerebrais também mostrou que ouve uma pequena concussão em sua cabeça, mas este foi realmente o menor dos problemas — A enfermeira explica e Jared assente aliviado, sua mente volta para cinco noites atrás, quando Jared pegou um Jensen ferido nos braços, a concussão deve ter surgido no momento em que o lobisomem pulou em cima dele fazendo com que Jared acidentalmente deixasse Jensen cair no chão. Jared tenta não ferver de raiva ao lembrar disso.

Tudo o que sobrou agora foi um galo em sua testa e um pequeno corte arroxeado em linha vertical.

— Por que ele não acorda? — Jared não deixa de perguntar. Ele não é um expert em medicina, mas sabe o suficiente que ficar inconsciente por cinco dias não é normal.

— Ele sofreu um trauma, seu coração parou duas vezes na mesa de operações — Jared estremece quando ouve isso — Talvez ele só precise descansar pra poder voltar pra nós.

Ela sorri calmamente pra ele e Jared acena com a cabeça enquanto morde o lábio inferior. Droga, ele só quer que Jensen acorde logo pra só assim Jared ter certeza de que ele está mesmo bem.

— Por que não vai pra casa? talvez tome um banho e coma alguma coisa, tenho certeza de que dormir como você dormiu não fez nenhum bem as suas costas — Ela sugere amigavelmente e anota algo na prancheta que está nas mãos.

— Não, eu estou bem, não precisa se preocupar, eu prefiro estar perto pra quando ele acordar — Jared responde com determinação. Depois que Jensen foi transferido da UTI, Jared quase nunca sai de perto dele, claro, tirando as horas em que ele tem que voltar ao motel para tomar banho e fingir que ele tem uma vida fora dali.

Apenas mais uma farsa, ele já está acostumado com a vida que leva.

Logo Jared está de volta no hospital onde dorme na poltrona que lhe foi oferecida com a cabeça quase sempre deitada na cama de Jensen, a coluna dobrada o faz ter dores pelo próximo dia inteiro.

— Você ama mesmo seu irmãozinho, não é? — Ela pergunta suavemente e Jared força um sorriso tentando não mostrar a mentira nos olhos.

Jared teve que criar informações sobre Jensen, afinal ele não sabe nada sobre ele realmente, sendo assim Jensen se tornou Jensen Hall, seu irmão mais novo, nascido em 24 de Janeiro de 1997 em Dallas no Texas.

Logo no primeiro dia da internação de Jensen, Jared ligou para seu amigo Ash, para que criasse essas identidades falsas o mais rápido que conseguisse. A ultima coisa que ele queria era que descobrissem que ele mentiu, Jared teria sérios problemas com certeza.

— Sim, depois da morte dos nossos pais, nos tornamos inseparáveis — Jared mente enquanto tenta encara-la soando o mais convincente possível, a enfermeira sorriu pra ele.

— Eu acho isso muito lindo, mas ele está melhorando, agora é sua vez de cuidar um pouco de você mesmo — Ela olha para Jensen e dá dois tapinhas no braço de Jared antes de sair do quarto. Jared suspira e se senta na cadeira próximo a cama de Jensen o encarando e desejando que ele acorde logo.

《...》

Ele o quê? — Bobby resmunga em seu ouvido e Jared tem que afastar o aparelho do ouvido com uma careta — Por que só está ligando pra mim agora? Você está bem?

— Eu estou bem, Bobby, apenas Jensen que ficou ferido — Ele solta um suspiro cansado enquanto se encosta na parede do lado de fora do quarto de Jensen — Deus, Bobby, havia tanto sangue e ... e ele parecia tão ... pensei que fosse perde-lo ali mesmo.

Um som ininteligível surge na linha — E como ele está?

— Os médicos disseram que ele teve sorte, que se eu tivesse demorado só um pouco ele teria morrido de choque hipovolêmico pela perda de sangue — Jared passa a mão livre no rosto e pelos cabelos se sentindo mais exausto que nunca, tudo isso ainda está caindo lentamente em sua mente, e falar com Bobby que é quase como o seu segundo pai o faz desinflar rapidamente com a necessidade de palavras de conforto.

E o lobisomem?

— Eu resolvi o problema, consegui dar um jeito no desgraçado — Jared aperta o punho com a menção disso e ouve o som de assentimento do outro lado do alto falante.

Como exatamente isso aconteceu? Como este garoto encontrou você? — Bobby questiona a única pergunta que Jared ainda não sabe a resposta.

— Eu não sei, talvez ele tenha me seguido, não seria surpresa, Jensen tem um medo enorme de ficar sozinho, de que eu o abandone — Jared ouve quando Bobby bufa.

E isso obviamente não é algo que você faria, pensei que ele estivesse certo disso.

— Eu também pensei, mas Jensen é difícil de ler, nunca sei exatamente o que se passa na cabeça dele. Seus problemas de abandono provavelmente influenciaram em tudo isso, eu realmente não o culpo — Jared responde com a voz suave e baixa.

Quero que venham pra cá assim que Jensen estiver bem pra viajar, acho que vocês dois precisam de uma pausa depois de tudo isso — Bobby fala com um tom de voz que indica que Jared não tem opção, Jared então sorri.

— Obrigado, Bobby, e sim, você tem razão, precisamos de uma pausa — Jared agradece e quando se despedem Jared desliga, ele fecha os olhos e só o abre quando ouve um som de tosse rouca e dolorosa vindo do quarto de Jensen.

《...》

Durante toda a sua existência Jensen nunca sentiu tão fraco e dolorido como se sente agora, todo o seu corpo dói, incluindo áreas que ele nem sabia que poderiam doer. Sua cabeça aparenta querer explodir e seu peito está queimando.

O mundo está escuro ao seu redor mas Jensen não sabe o por que disso. Um bip insistente ecoa em seus ouvidos o fazendo estremecer, um cheiro forte entope as suas narinas e quando ele respira fundo a necessidade de tossir o faz gemer pateticamente.

A tosse faz a dor em seu peito duplicar e a sua cabeça martelar com mais força, ele sabe que está chorando quando algo molhado desce de seus olhos caindo na linha de seus cabelos.

— Jen? — Uma voz profunda e bem conhecida surge em algum lugar e logo dedos estão tocando seu rosto e aparentemente enxugando suas lágrimas — Ei, tudo bem, você está bem.

Jensen queria resmungar e dizer que não, não está tudo bem, ele está dolorido, está chateado, tudo o que ele quer é chorar e mostrar suas frustrações.

— Você pode abrir os olhos? — Jared pergunta, isso explicaria o porque da escuridão que não cessa. Assim que Jensen abre os olhos ele se arrepende com a forte luz que faz seus olhos doerem, a claridade é desconfortável mas logo seus olhos começam a se adaptar.

O rosto de Jared é a primeira coisa que aparece em sua visão, seus cabelos longos pendurados por Jared estar curvado o encarando, a luz por cima de sua cabeça imita uma auréola bonita, Jared parece um anjo.

— Ai está, bem vindo de volta, dorminhoco — Jared sorri e Jensen quer sorrir de volta, mas deve ter saído como uma careta torta — Como se sente.

— Tudo dói — Jensen choraminga enquanto leva sua mão até seu peito, Jared gentilmente agarra a sua mão no ar o impedindo de concluir seu movimento.

— Eu sei, mas você vai ficar bem logo, eu prometo — Jared lhe garante e Jensen acredita, pois Jensen acreditaria em qualquer coisa que Jared lhe contasse.

Jensen lambe os lábios e fica surpreso com a secura na pele quebradiça. Jared rapidamente estica a mão e lhe trás um copo com um cilindro comprido dentro.

— Aqui, imagino como sua garganta deve estar seca — Jared estica o copo e Jensen começa a sugar a água rapidamente quase engasgando algumas vezes. Água nunca lhe pareceu tão divina quanto agora.

Assim que termina Jensen começa a se movimentar na cama estremecendo com a dor, Jared parece indefeso, sem saber como ajudar, apenas pairando perto como se quisesse ajudar mas não sabe exatamente como.

— Jared, deita aqui comigo, quero ficar perto de você — Jensen pede sem nenhum tipo de maldade, ele apenas quer sentir o corpo quente de Jared junto ao seu, lhe passando conforto. Jared grela os olhos e lambe os lábios.

— Jensen ...

— Por favor — Ele implora com os olhos aguados, ele não quer ficar sozinho e dolorido nessa cama, ele quer Jared perto dele.

Jared aparenta querer relutar, mas cede quando não vê alternativas. Logo Jared está subindo na cama encostando seus ombros juntos, Jensen estica seu corpo de modo que ele consiga deitar a sua cabeça no ombro de Jared, cujo vira a cabeça e deita a sua bochecha na cabeça de Jensen. Essa posição o deixa confortável e protegido, como sempre fica quando está perto de Jared.

— Logo você vai poder sair daqui, e eu vou levar você pra conhecer alguém muito importante pra mim, tenho certeza de que ele vai adorar você — Jared avisa calmamente depois de alguns minutos de silêncio confortável, Jensen acena e aninha seu rosto mais confortavelmente no ombro de Jared.

Jensen não liga pra onde Jared vai leva-lo, contanto que Jared nunca o deixe, Jensen simplesmente não consegue imaginar ficar sem Jared. Apenas pensar nisso faz seu peito doer mais duramente.

— Você ouviu? — Jared pergunta quase em sussurro, e Jensen apenas acena mais uma vez, o sono está impulsionando seus olhos a se fechar sem que ele queira, Jensen sempre gostou de dormir e se sentir relaxado, mas agora o sono está quase impossível de fugir.

Jared sorri suavemente e beija seus cabelos.


Notas Finais


Estou postando uma adaptação Padackles de um livro, caso queiram dar uma olhada, aqui está a sinopse:

Essa é a história de Jensen Ackles e Jared Padalecki. Os dois cresceram juntos e se davam muito bem na infância, mas na adolescência essa relação é transformada em um ódio mortal. Jared não perde uma oportunidade de humilhar seu ex-amigo que, pouco a pouco, começa a nutrir um desejo de vingança por ele. Amor ou ódio? Qual será o real sentimento entre os dois? Será que Jensen vai perdoar Jared e dar uma chance de reconhecer o seu verdadeiro amor? Será que, na verdade, Jensen sempre foi dele?

Link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/sempre-fui-seu--padackles-14581095


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...