História My Baby - Tom Riddle - Oitavo

- Ownt...minha Morgana, podemos ficar com ela, marido? - Walburga pergunta para Órion sorrindo e Evan instintivamente entrelaça seus dedos com os dedinhos finos e pequenos de Angel.

- Não, não pode, Black - Evan responde abraçando o corpinho de Angel que ri com a ação inesperada, balançando sua cabeça até que ela passasse pelos braços de Evan e ela encarasse o rosto do irmão.

- Você é um...- Walburga encara Angel piscando lindamente seus olhos azuis para ela - bobinho ciumento, Rosier - ela completa ganhando risos de todos na mesa, bobinho ciumento? Aquilo não chegava nem perto do Walburga realmente dizia com frequência para as pessoas.

- Você quer sua carninha, Angi? - Druella questiona quando o jantar é enfim servido, Angi sorri e balança a cabeça positivamente.

- Você quer suco de amores silvestres, bebê? - Evan também a oferecia e ela aceitava tudo.

Os sonserinos observavam, observavam Druella Rosier cortando a carne em cubinhos pequenos e Evan colocando suco e refogados para a garota...aquilo de certa forma, era estranho.

Os irmãos não eram de fazer aquilo, quase como se Angel fosse a filha deles...um pensamento que não escapou da mente de Tom Riddle e seus olhos de águia.

- Então, Angel bebezinha - Walburga inicia novamente uma fala - onde você estudava antes de vir para cá? - a Black questiona amena.

- Em casa, mamãe, colocava bons professores para mim e eu aprendia tudinho - Angel responde sorrindo quando vê Evan cortando as folhas de sua acelga e repolho.

- E por que decidiu vir para Hogwarts, pequena obra de arte? - Canopus cortava a sua carne com elegância.

- Ah...a bebê...se sentia sozinha...a minha casinha é muito grande e...eu ficava sozinha...o tempo todo - Angel brincava com os seus dedos, ela não gostava de estar sozinha, mesmo que todos os dias seus irmãos a mandavam presentes e cartas, ela ainda assim ficava sozinha.

Sua mãe era muito ocupada, mesmo quando a levava para o ateliê de sua casa, ela ainda se sentia sozinha.

- Bebê...você...nunca disse isso para nós - Druella a coloca em seu colo e novamente os sonserinos estavam achando aquilo estranhamente fofo.

- Eu não queria...não queria que os bebês ficassem chateados por mim - Angel sussurra baixinho.

- Ei...ei pequenina, nos perdoe por isso, me perdoe pequenina, eu amo você, eu sinto muito - Druella a deixa beijinhos no rosto de Angel, o moreno  encarava aquilo com certa raiva...ela não era pra ser beijada.

- Já passou, já passou - Angel leva uma garfada aos lábios, comendo devagar da carne macia.

- Por que a manteram escondida da sociedade bruxa? Por acaso sentem vergonha de alguma...provável doença em que tenha? - Tom solta suas perguntas, deixando a mesa em silêncio...eles haviam observado que algo estava errado, mas, não eram tão...incisivos em suas perguntas.

- E-Eu...a bebê...eu...eu sou doentinha? - Angel pergunta para os irmãos, Evan e Druella se espantam com a pergunta.

- Não não, você é perfeita, Angi, é perfeitinha - Evan via ela ficar em silêncio, Angel estava pensativa e sua cabeça de bebê se chateava com facilidade...assim como ficava com "lombriga" facilmente...o problema em si, era que ela não voltava a ficar feliz com facilidade...e isso era tudo o que os Rosier não queriam.

- Riddle...não diga mais nada...Angel é perfeitamente normal, nós não a mantemos escondida - Druella tentava debater aquela tese cruelmente pontuada.

- Não não...vocês...vocês têm vergonha da bebê - Angel estava chorando baixinho, os sonserinos em volta não moviam um músculo sequer.

- Não é isso, Angi, sabe que nunca teríamos vergonha de você, não acredite no que ele fala, nós somos sua família - Evan tenta segurar a mão dela, mas, Angel recua brevemente, indicando de que ela não queria ser tocada naquele momento.

- Ela tem uma doença...sabem disso, qualquer um que a vê sabe disso - Tom afirmava sem emoção em sua voz.

- Não sabe do que está falando, Riddle, eu vou mata-lo se continuar a dizer mais idiotices sobre a minha irmã - Druella estava com raiva.

- Não...eu...vocês...vocês não queriam estar comigo...porque...eu sou doentinha - Angel sussurrava baixo enquanto suas lágrimas salgadas caíam pelas suas bochechas.

- Inferno, não, bebê, não é isso - Evan tentava não chorar com aquilo.

- Sabem que é...vocês têm vergonha dela que apesar de ser muito bonita...é estragada pelo infantilismo -   Tom concluí ao se levantar de seu lugar - logo vocês a mantinham presa porque acreditavam na desculpa de que ela não seria compreendida, mas, na verdade vocês só estavam com medo de perderem o título que possuem pelo mundo a fora, porque ela estragaria a imagem de perfeição da família...foi um bom show de sentimentos, falsos, mas, não deixa de ser bom - Tom se retira do salão principal, com Abraxas e seu grupinho os acompanhando para fora dalí.

Angel tremia, ela absorveu cada mínima palavra em que fora dita...ela nunca havia pensado daquela forma, e infelizmente na sua mente aquilo fizera muito sentido.

- E-Eu...sair - Angel se levanta ainda tremendo...ela queria chorar e principalmente...ela queria sua chupeta e sua mantinha.

- Espere Angi, vou te levar para o dormitório - Druella se levanta na mesma rapidez que Evan, Angel não responde, apenas se coloca a andar entre os dois irmãos.

Eles chegam no salão comunal em um terrível silêncio, era como se toda a alegria do primeiro dia de aula tivesse abandonado o corpo dos três, eles encontram Riddle alí, sentado em uma poltrona como se fosse um Deus, rodeado pelos seus servos.

Ele observava Angel...ele sabia perfeitamente o que era infantilismo, e como ele funcionava...

Angel nem sequer dignara seu olhar para lugar algum, ela se sentia como um peso...ninguém queria que ela fosse vista? Mas...sua mamãe havia dito de que ela era uma bebezinha boazinha...por que eles não gostavam dela? Por que o Daddy não gostava dela?

Suas lágrimas voltaram quando ela se deitou em sua cama, com a manta nos braços e a sua chupeta em seus lábios.

Era meia noite quando ele apareceu...a chupeta ainda estava na boca dela...ele retira a chupeta, a colocando na mesinha da cabeceira.

Ele ficou umas boas duas horas, alí, sentado, olhando fixamente para ela dormindo.