História My Bad Boy - (Em Revisão) - Vermelho do Amor

Mais um dia iluminado começa, deixando meu quarto radiante naquela manhã. A luz bate contra meus olhos, causando-me uma forte dor ao ponto de fechá-los instantaneamente. Tateei o lugar ao meu lado, mas estava vazio. Diferente da noite anterior, onde Jungkook dormia abraçado comigo, deixando-me sentir sua fragrância masculina estonteante. Uma coisa que me fez apagar rápido.

Levantei meu corpo e afirmei para os meus olhos de que não havia ninguém além de mim. Suspirei frustada, imaginando que Jeon já tivesse ido embora. Provavelmente para pegar seu uniforme e ir de sua casa até o colégio. Espero que ele não tenha problema com o pai logo nessa manhã...

Coço meus olhos e bocejo lentamente. Levanto para dar início ao meu dia, sem estar nas reais condições psicológicas para estudar. Assim que me arrumo; uniforme e cabelo, desço para preparar o meu café matinal. Ao chegar na cozinha, me surpreendo com um grande café da manhã pronto sob o balcão da cozinha. Aproximo-me, como se esperasse câmeras de pegadinha e pego um bilhetinho próximo a uma jarra de suco.

"Tenha uma bela manhã, meu anjo. Desculpe-me por não poder ficar, mas não quero arrumar problemas em casa. Estou doido para te ver com essa saia que valoriza suas pernas e essa gravata desajeitada que só cai bem em você. Uma imensa vontade de arrancá-las... Enfim, muitos beijos meus!"

– Jungkook.

Sorrio boba com seu recado, sentindo meu corpo amolecer rapidamente. Suas poucas palavras me deixavam feliz de uma maneira que jamais poderá ser explicada! - Jeon Jungkook me fazia um bem tão grande... -

Alguns Minutos Depois...

Me encontrava em uma aula, ao lado de Miyako. Jeon se sentava um pouco atrás de nós, enquanto que os resto dos garotos estavam espalhados pela sala, com suas respectivas duplas ou juntos. O professor anunciara mais um trabalho, que dessa vez, seria em duplas.

— Eu pensei em sortear, mas nem todos são de acordo e eu não quero péssimos trabalhos. Portanto, farei algo menos... "Chato". Cada um receberá uma rosa artificial de cor diferente, de forma neutra. As duplas que possuírem a mesma cor de rosa, serão uma dupla.

Ouvi várias pessoas comemorando, era realmente uma maneira diferente e interessante de trabalhar. O professor então pegou uma caixa e, para evitar ver a cor que pegava, olhava para nós, sem prestar atenção na flor. Ele me entregou uma linda rosa branca, minha flor favorita por sinal. Sorri carinhosamente para o conteúdo em minhas mãos e fiquei à espera de receber sua ordem para encarar minha dupla. Assim que o mais velho terminou, todos começaram a se encarar e até encontraram amigos pelos quais gostariam de estar juntos. Eu, por outro lado, encontrei minha dupla de cabelos negros e olhos acastanhados, que me observava de uma forma indecifrável. Kim Jongin...

O garoto abriu um sorriso satisfatório e irônico no rosto, se levantando em seguida. Ele andou em passos que eram totalmente lentos em minha cabeça, como se na vida real fizesse de propósito. O mesmo se agachou na frente da minha mesa e se pronunciou:

— Parece que eu terei uma ótima parceira...

— Bocejo. — Oh, sim! Mas sem joguinhos, Jongin. Eu não estou a fim de ouvir suas cantadas fajutas. — O garoto me encarou com raiva, mas teve sua atenção desviada para alguém atrás de mim.

— Não vou te decepcionar, lindinha... — Sua mão deslizou em meu queixo, deixando-me sozinha em seguida. Segui o garoto com meu olhar e de sobrancelhas arqueadas, como se eu estivesse indignada com sua atitude.

"Mas foi olhando para trás, que eu percebi o porquê de sua reação provocante..."

Eu estava sendo encarada por duas pessoas, que estavam distantes uma da outra. Jungkook e Miyako. Miya era dupla de uma amiga, não estava muito longe de mim. Já Jeon, era de Namjoon, que se encontrava na mesma reta que eu e Kai estávamos. Entendo seus olhares pesados agora... Um para mim e o outro por causa de um idiota de poucos segundos atrás.

Cocei a minha garganta e virei-me para frente novamente, um pouco constrangida. O professor acalmou os alunos e prosseguiu com a sua explicação sobre o novo; e não mais interessante, trabalho.

{...}

— Eu sou dupla do Yoongi, sério?! Logo esse garoto, que só acorda para um certo alguém... — Taehyung estava reclamando sobre ser o parceiro de Min, que se encontrava indiferente na situação.

— Eu também não te queria como parceiro, mas... É melhor assim, sabe? Se Hoseok fosse a minha dupla, não faríamos trabalho nenhum. Principalmente se fosse em um quarto. — Malicioso, porém pleno. Esse era Min Yoongi.

— Yoon! — Hobi deu-lhe um tapa no peito, arrancando um sorrisinho do mesmo.

Nós encarávamos a situação, rindo da reação de Hoseok.

— Acho que você não pode se sentir pior que eu, Tae. Terei que fazer com o Jongin! — O garoto abriu a boca formando um "oh". — É...

— Eu não gostei disso. Kai não é confiável o suficiente para deixá-lo sozinho com a Cheryl... — Respondeu Jungkook entredentes. Por sorte Miyako não estava na mesa do refeitório conosco.

— Infelizmente não podemos decidir com quem ficamos, Jeon. Só tome cuidado com ele, Chel... — Jin usou seu tom suave, a fim de amenizar a situação. Creio que não deu muito certo.

— Assenti. — Tomarei, prometo! — Por debaixo da mesa, eu segurei a mão de Jungkook com delicadeza, tentando acalmá-lo. Seus olhos lentamente se tranquilizaram, ao sentir meu toque.

— A fera está mansa? O que houve? — Provocou Jimin. — Acho que alguém fez mágica!

— Sorri. — Deixe de ser idiota! — Rimos.

Assim que vi Miyako se aproximando, soltei a mão de Jeon. Voltei a comer como se nada tivesse acontecido, mesmo que meu pequeno moreninho tivesse ficado com raiva do meu abandono.

— Nenéns, hoje é aniversário de uma amiga e ela me disse para confirmar quem vai do nosso grupo, incluindo a Chel. Me dêem suas confirmações e ela mandará o convite na casa de cada um, mais tarde.

— Qual amiga, amor? — Perguntou Jeon. Ele nunca a chama de amor na minha frente. Com certeza fez de propósito...

— Choi, da nossa sala. É seu aniversário de 18 anos, então será uma grande festa! Espero todos vocês lá, em!

— Acredito que todos nós vamos, Miya. Ninguém tem nada para fazer mesmo... — Respondeu Hobi.

— Todos de acordo? — Balançamos a cabeça confirmando, tirando um sorriso da mesma. — Tudo bem! Não os verei pelo resto do dia, só na festa. Não se esqueçam da amiga de vocês, em! — Brincou.

Se ela soubesse...

Antes de ir embora, Yang veio até o outro lado da mesa e deixou um selar na boca de Jungkook, cujo estava do meu lado. Não foi um simples beijo, foi até mais que isso. Se eu não soubesse dos reais sentimentos de Jungkook, diria-o que foi bem realista.

Reais sentimentos... Ele não sente mesmo, né?

Aquilo me deixou triste, abalada por dentro. Eu não poderia dar esse gostinho para Miyako, não o prazer de me ver magoada por causa de seu namorado. Ajeitei minha postura e preferi ignorar, voltando a comer mesmo sem fome nenhuma.

— Aliás, Cheryl... Pode me encontrar no fim das aulas? Preciso falar com você, mas tenho que ir logo.

— É claro! Te vejo depois. — A garota sorriu e eu retribuí, indo embora em seguida.

— O que será que ela quer com você? — Perguntou Namjoon. — Miyako está muito suspeita, tentando "forçar" uma amizade com você de repente.

— Provavelmente falar sobre o Jongin. Ontem ela me disse que... — Iria terminar minha frase, mas Jungkook tapou a minha boca, impedindo-me de continuar.

— Não podemos contar agora. Prometo que em breve vocês irão saber... — Ele afirmou com segurança e depois me soltou. Sorte dele ter soltado antes.

— Hum... Agora estou curioso! Conte para nós, Jeonggukie! — Implorou Tae, com olhinhos brilhantes.

— Em breve, meus amigos...

Fim das Aulas...

O sinal finalmente tocou e eu arrumei minhas coisas. Estava faltando apenas uma coisa: Meu celular! Eu não o encontrava de jeito nenhum e isso já estava começando a me preocupar. Todos haviam saído da sala, restando apenas eu e o professor. O mesmo até perguntou se tinha algum problema, mas eu falei que era apenas o meu celular e então ele saiu, fechando a porta sem querer.

Em um ato rápido, sinto duas grandes mãos rodearem a minha cintura e me puxarem contra um corpo quente. Eu sei de quem é esse corpo. Ele deslizou meus cabelos para um lado do meu ombro e deixou selares quentes pelo meu pescoço. Uma sensação que me deixava louca!

— Procurando por isso? — Abro os olhos e vejo meu celular em sua mão. Tento pegá-lo, mas foi em vão.

— Para com isso! — Viro-me e encontro a pessoa que imaginava, Jungkook. Tento novamente pegar meu celular, mas ele põe em cima de uma mesa atrás de si e me agarra contra seus peitos cobertos.

— Fica um pouco comigo...

— Estamos em uma sala de aula! Alguém pode entrar a qualquer momento, e...

— Então eu vou para a sua casa, ok? — Ele me cortou, acariciando minha bochecha.

— Mas...!

— Vá encontrar a Miyako, eu vou ir logo. Dê-me a chave e nos encontramos lá. — Revirei os olhos e lhe entreguei o que pedia. — Tchau! — Ele beijou minha testa e saiu da sala, como se nada tivesse acontecido. Por sorte nossas salas não continham câmeras.

Deixei que os pensamentos impuros sob os toques de Jeon fossem embora e saí também, não avistando ninguém no corredor. Andei até a entrada, encontrando Miyako conversando com seu grupo de amigas, do lado de fora do colégio. Assim que me aproximei delas, todas as meninas fecharam a cara, menos Miya, que sorriu calorosamente para mim.

— Estou aqui.

— Demorou, mas sem problemas. Meninas, nos dêem licença, por favor. — Elas obedeceram e se afastaram, deixando-nos à sós.

— É algo sério, Miya?

— E-eu... Você...

— Tudo bem? — Indaguei confusa.

— Você vai ser a dupla de Jongin, né? — Arqueei uma sobrancelha, já percebendo aonde aquela conversa chegaria.

— Sim. Eu até trocaria se pudesse, mas você também está com uma amiga e eu não gosto dela. Na verdade, suas amigas que não gostam de mim, então...

— Ah, isso? — Riu. — Elas têm inveja de você, pois foi a única garota que eu aceitei no meu grupinho com os meninos. Sem falar que você é muito bonita!

— O-obrigada... — Senti um rubor em minhas bochechas, mas deixei passar. — Não fique preocupada, nada vai acontecer. Eu nem simpatizo com o Kai.

— É bom ouvir isso pelo menos de você. Eu não sei se confio nele para isso, sabe? Ele pode tentar te beijar, ou sei lá o quê.

— Ele que tente, para ver se eu não meto um soco na cara dele! — Respondi brava, lembrando-me do dia em que ele fez isso.

— Riu. — Fico mais aliviada. Era só isso mesmo, obrigada! — Ela se despediu de mim com um selar na minha bochecha e foi até suas amigas.

Miyako estava realmente estranha e atenciosa. Isso me intrigava. Decidi esquecer e ir para a minha casa a pé mesmo, já que não era muito longe do colégio. Andei por poucos minutos, até chegar e encontrá-la já destrancada. Esqueci que Jeon estava aqui. Seu carro provavelmente estava na minha garagem, então não tinha com o que se preocupar. Fechei a porta com a tranca e deixei minha bolsa em um lugar qualquer da sala. Um cheirinho de comida invadiu minhas narinas, acordando o meu estômago para um bom apetite.

Fui em passos silenciosos até a cozinha e encontrei Jungkook na pia, cortando alguns legumes. Sorri com a cena e botei minhas mãos em seus peitos por trás, sentindo o seu calor. Dei leves acariciadas com os meus dedos e inalei seu perfume maravilhoso, que caía perfeitamente em sua pele. Ele se virou para mim com um enorme sorriso e me beijou apaixonadamente. Fechei meus olhos ao sentir nosso contato e deixei-me ser levada por suas carícias.

— Tão viciante... — Ele roçou seus lábios nos meus, mas se conteve.

— Por que está fazendo a comida? Onde está a empregada?

— Quando eu cheguei, ela ficou meio hesitante, mas me reconheceu. Ela disse que precisava ir embora urgentemente, pois um parente estava no hospital. Pediu para eu te avisar.

— Ah, sim... Entendo. Se for algo grave, posso liberá-la o resto da semana. Afinal, eu tenho o meu próprio cozinheiro agora... — Sorri sapeca, vendo-o rir. — E que fica muito sexy com esse avental florido...

— Idiota... — Ri de sua reação, até ele segurar minha cintura e me botar em cima do balcão. Uma de suas mãos deslizou todo o meu corpo, até se pousar em minha coxa. A outra puxou minha nuca e colou nossas bocas euforicamente.

Tínhamos um contato que somente nós entendíamos. Bocas se encaixavam perfeitamente. Eu sentia que nada poderia nos separar, nem mesmo o pai de Jungkook...

— Vamos comer, linda? — Ele parou o beijo e sorriu.

— Estou morrendo de fome. — Desci do balcão e peguei os pratos, para arrumar a mesa. Ajeitei tudo com talheres e copos, logo ajudando Jeon com a comida.

Comemos enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Ríamos, sorríamos e às vezes até trocávamos alguns olhares intensos, desejando ter nossos corpos colados um com o outro. Assim que terminamos, lavamos a louça e fomos para a sala, ver um pouco de TV.

Jeon se sentou primeiro e ligou a TV, já acomodado. Eu me sentei ao seu lado, mas deitei minha cabeça em seu colo, resmungando por carinho. O garoto preencheu seus lábios com um sorriso e começou a afagar meus cabelos, enquanto se entretia em um programa. Estava sentindo meu corpo relaxar aos poucos, dando-me muito sono. Jungkook me transmitia diversas sensações de paz, acalmando o meu coração que acelerava por ele.

— O que a Miyako queria? — Olhei para cima, vendo que o garoto ainda via o programa.

— Falar sobre o Jongin. Já que eu sou dupla dele, ela ficou um pouco... Preocupada, diria. Pelo menos reconhece que o amante dela é um safado.

— Não que você possa dizer muita coisa, né? — O mesmo sorriu travesso, me olhando em seguida.

— Oi?

— Você pegou eu, Jimin e Hoseok em menos de uma semana. Sem falar que não é nenhuma santa... — Riu enquanto eu o encarava indignada.

— Não vou tentar me defender, porque é verdade. Agora a parte de não ser santa já é uma mentira enorme!

— Conta outra, Cheryl! Você sabe que quando quer é muito danada. — Isso é um absurdo! Levantei minha cabeça de seu colo e continuei com raiva.

— Confesso que eu gosto de provocar, mas isso não muda nada!

— A partir do momento que você gosta de provocar alguém, deixa de ser santa. Vamos, admita!

— Reviro os olhos. — E você, em? Do que está falando de mim? É mil vezes pior! — Riu.

— Eu sei que sou, pelo menos aceito isso. E não vai me dizer que prefere um santinho? Os pervertidos são bem mais legais... — Seus olhos agora possuíam ternura e perversão.

— Você? Um pervertido? Mas eu te achava tão docinho...

— Quer experimentar esse docinho? — Assenti mordendo meu lábio inferior, vendo um sorriso satisfatório abrir em seu rosto. — Agora sim...

Jungkook botou sua mão debaixo da minha coxa e me puxou para cima de si, enquanto a outra ele manteve em minhas costas. Posicionei meus joelhos de cada lado seu e ataquei seus lábios divinos, como se fosse o último beijo entre nós. Suas mãos exploravam o meu corpo com sabor e vontade, enquanto eu retirava sua gravata rapidamente. Na falta de ar e sem gravata, foi a oportunidade perfeita para que Jeon viesse diretamente no meu pescoço, dando beijos e mordiscadas nele enquanto eu jogava minha cabeça para trás.

— O seu cheiro é maravilhoso. Só me dá mais vontade de te possuir... — Olhei no fundo de seus olhos, recebendo um olhar feroz, que me tratava como uma presa.

— Vá em frente, então... — Desabotoei lentamente sua camisa, sentindo seu olhar penetrante em casa movimento meu.

Deslizei minhas mãos sob seus peitos nus e fortes, aproveitando a vista que ele me permitia antes de me atacar.

— Gosta do que vê, amor? — Sorri em confirmação e ele segurou minha cintura com força, fazendo-me soltar um baixo gemido. — Não faça isso comigo, Chel...

— Parece que eu mexo com você. — Dei-lhe vários beijos pelo pescoço.

— Se você soubesse como... Me deixa louco!

Sorri e antes de fazermos qualquer coisa, ouço a campainha de casa ser tocada. Os olhos de luxúria de Jungkook ficam sombrios e raivosos, por ter sido interrompido em sua melhor hora do dia. Bufei e levantei de seu colo, indo até a entrada de casa. Olhei pelo olho mágico e abri a porta, vendo que era apenas o carteiro. Ele me deu um "Boa tarde" e me entregou um convite para o aniversário de Choi, amiga da Miyako. Agradeci e me despedi de si, fechando a porta em seguida.

— Quem é?

— Carteiro. Ele acabou de me entregar o convite para o aniversário da Choi. Provavelmente irá na sua casa também...

— Aish, tinha me esquecido disso! — Ele suspirou frustado e se levantou. — Vou ter que ir para receber o convite. Nos encontramos mais tarde?

— Já vai mesmo? — Fiz um biquinho e ele o beijou.

— Sinto muito, anjo. Prometo te recompensar! — Assenti cabisbaixa e ele foi pegar seu carro.

"É, Jeon... Para cada rosa, existe uma cor. Nós somos o vermelho do amor."

Desliguei a TV e fui para o quarto, a fim de dormir um pouco. Se eu quero ter disposição à noite, preciso ter umas horinhas de sono antes.

Continua...?