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História My Best Days (Without You) - Raizes Quebradas


Escrita por: Felazinho

Notas do Autor


Foi maaal, sei que demorei um pouquinho, mas esse cap prcisava de uma atenção, cuidado para não chorar rs' vai ser meio pesado e POR FAVOR, leiam a história e ESCUTEM AS MUSICAS JUNTOS. Porfavorzin galerinha rs'

BOA LEITURA

Capítulo 11 - Raizes Quebradas


    - Eu não cresci porra nenhuma sem ele. - Ethan perambulava de um lado para o outro pelas penumbras do quarto. A cabeça de Nico o seguia de lá para cá, mas ele continuava em silêncio. - Eu só chorei e fiquei com outros caras na tentativa de esquecer aquele desgraçado, inclusive fiquei com o amigo dele.
     Nicolas estava pensando em algo que pudesse dizer a ele, mas o conhecia a alguns meses, só tinha ouvido a versão dele nessa história toda, ele não queria se envolver.
    - Você não vai falar nada? - Ethan bateu com o pé no carpete que abafou o som de sua pegada.
    - Eu não sei o que te dizer Eth, por um lado eu acho que você não deveria dar confiança pra ele, você disse que ele fudeu com você, mas por outro lado eu acho que você deveria sim dar uma chance para ele se explicar.
    - Eu amo aquele canalha. - Suas mãos cobriram e esfregaram o seu rosto. Seu grunhido ecoou por todo o quarto logo em seguida. - EU ODEIO O PROFESSOR PÉKI.
    - O que? - Nico sacudiu a cabeça, o que ele havia perdido? - Quem é esse?
    - Meu professor do ensino médio, tudo começou por causa dele e do trabalho idiota que ele inventou. - Blue se jogou de barriga na cama ao lado de Nicolas e continuou a fala com a boca no colchão. - Eu não gostava do Thomas, mas fui obrigado a fazer aquele trabalho.
    - Talvez a história de vocês ainda não tenha chego ao fim. - Aquelas palavras saíram de sua boca, mas ele parecia não ter percebido. - Sabe, nos romances sempre tem aquela fase onde o casal está separado e tudo parece ser o fim, em alguns casos é mesmo o fim, mas. - Ele se deitou ao lado do amigo e pôs a mão em seus cabelos. - Você nunca irá saber se não for até lá hoje a noite.
    - Tem razão. - Ele se sentou. - Eu vou colocar uma roupa.
    - Espera. - Nicolas o impediu de se levantar e o abraçou apertado. - Boa sorte. - Logo em seguida ele retirou seus braços do garoto.
    - Nico. Eu posso te perguntar uma coisa?
    - Pode, claro. - Ele se aproximou do amigo pondo suas pernas ao redor dele.
    - Porque você tem esse carinho por mim? - Ele o encarou para que pudesse enxergar seus olhos quando continuasse a frase. - Sabe, você já me disse que não tem interesses em mim, e isso mexe comigo, porque você faz isso comigo?
     O corpo do rapaz se encolheu e deslizou um pouco para trás. Essa história de novo, ele pensou. Seus olhos percorreram o quarto na tentativa de fugir daquilo, ainda se sentia desconfortável para tocar naquele assunto, mas uma hora ou outra ele contaria a Ethan, e naquele momento ele sentiu a necessidade de se abrir.
    - Eu tinha um irmão gêmeo, mas ele não se parecia comigo. - Ele o encarou. - Ele se parece um pouco com você, tanto o jeito como a aparência calma e angelical.
    - O que houve com ele? - Ethan se assustou quando ele disse "tinha".
    - Nós sempre fomos muito unidos, ate que quando tínhamos quinze anos ele me disse que era gay. - Sua cabeça tombou para baixo, ele estava começando a chorar. - Eu dei as costas para ele, disse que ele não era mais o meu irmão e que eu não queria mais saber da vida dele. - Ethan estava espantado, seu corpo chegou involuntariamente para trás. - Nós passamos a frequentar lugares diferentes, escolas diferentes, passamos a ter amigos diferentes, a única coisa que dividíamos era o nosso quarto, porque éramos obrigados, mas muitas vezes eu dormia na sala porque não aguentava vê-lo fuçar aquele celular.
    - Meu Deus. - Ele estava indignado e não conseguia transparecer estar tudo bem.
    - Quando fizemos dezoito anos nos comemoramos de forma bem oposta, eu sai com a minha na época namorada e com os meus pais, ele por outro lado, preferiu ir com uns amigos para uma balado que ficava na cidade vizinha. - As lágrimas em seus rosto começavam a molhar o colchão, as palavras seguintes saíram com dificuldade de seus lábios ele nunca havia dito aquilo para ninguém, havia um bloqueio em seu peito, Ethan podia sentir aquele bloqueio. - Por volta das quatro da manhã eu acordei sentindo uma dor no peito, o ar deixava os meus pulmões lentamente, era como se a morte estivesse brincando comigo e me fazendo sofrer antes de morrer.
     Ethan se aproximou dele e segurou sua mão direita, ele estava tremendo, soluçando.
    - Eu não consegui dormir naquela noite e na manhã daquele domingo infernal a polícia bateu na nossa porta. Eu me lembro perfeitamente daquela cena, eu abri a porta e pude ver a morte nos olhos do policial. - Com as costas das mãos ele tentou limpar o rosto. - Enzo estava morto, uns garotos o bateram até a morte. Os amigos dele conseguiram ir embora, mas eles haviam segurado Enzo.
     Sua respiração estava descontrolada, uma dor percorreu todo o seu corpo ao ouvir aquilo, como um ser humano podia chegar a esse ponto? Ele sentiu a dor que Nicolas esta sentindo naquele momento, ele estava arrasado.
    - Eu nunca consegui me perdoar, por mais que não nos falássemos ele sempre estava ali, ele sempre esteve ali e ele se foi, eu não pude me despedir. - Aquelas lágrimas estavam destruindo Ethan por dentro. - Ele morreu acreditando que eu o odiava, acreditando que não tinha ninguém ao seu lado. Eu o amo tanto Ethan, eu jamais vou conseguir me perdoar por isso.
    - Ele sabe que você o amava, por mais difícil que tenha sido a relação de vocês, ele sabe o quanto você o ama. - A ponta de seu dedo tocou o peito de Nicolas. - Ele está aqui dentro, sempre vai estar com você Nico, não se culpe por isso.
    - Eu senti a dor dele, eu senti a vida me deixando Ethan, eu não sei, mas eu morri no momento em que ele me deixou. - Suas mãos cobriram seu rosto e sua voz tornou a ficar tremula novamente. - Quando eu fui com meus pais reconhecer o corpo eu desejei estar ali, no lugar dele. Ele sempre foi uma pessoas melhor do que eu, ele nunca tomaria a atitude que eu tomei.
    - Para com isso Nico. - Seus braços o envolveram em um abraço apertado. - Vai ficar tudo bem.
    - Foram anos muito difíceis depois que ele se foi e quando eu te vi eu senti que deveria te proteger, eu não desejo isso para ninguém. - Ele segurou a cabeça de Ethan e olhou em seus olhos. - Eu não posso perder você Ethan. Eu não posso.
    - Você não vai. - Ele segurou seus pulsos. - Eu prometo.
    - Eu te amo Ethan. - Ele beijou seu rosto e o abraçou apertado. - Agora vai se arrumar, se não você vai se atrasar. - Ele secou as lágrimas em seu rosto. - Me conta tudo depois.
    - Pode deixar. - Ethan se vestiu rapidamente e antes de deixar o quarto olhou para o amigo. - Eu te amo Nico. - Ele sorriu e bateu a porta atrás de si.

__________

Dêem Play em Habits of my Heart - James Young

 - Troye. - Ele disparou ao virar a maçaneta, seu maxilar tombou ao entrar no quarto. - Ai meu Deus, o que é isso.
    - O quarto de Troye estava todo decorado com balões de coração vermelho, fitilhos, pétalas de rosas vermelhas pelo chão e em cima do tecido branco de ceda de sua cama, na cabeceira havia um balde de acrílico com gelo até a metade e uma garrafa de vinho tinto, duas taças de cristal com boca larga e algumas camisinhas.
    - Feliz 5 meses de namoro meu irlandês.
    - Você é incrível. - Um sorriso se formou em seu rosto e seu corpo caminhou lentamente ate a cama.
     Troye engatinhou até a beira e se ajoelhou diante dele, suas mãos percorreu pelo blusão que ele vestia, desabotoando todos os botões de cima para baixo, deixando a mostra seu peitoral. Seus lábios molhados se aproximaram dos dele deixando sua respiração desestabilizada.
    - Eu não sabia o que te dar. Então pensei em algo que nós dois pudéssemos nos presentear.
     Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Henry e ele os sarrou nos do pequeno, sua barba por fazer arranhava o pescoço do garoto até seus lábios tocarem o glóbulo de sua orelha, o suspiro de seus lábios tinha um efeito anestésico sobre o corpo de Troye.
    - Não podia existir presente melhor.
    - Deixa eu tirar logo essa roupa. - Ele jogou a blusa do rapaz no canto do guardo e se apressou para retirar o cinto. - Estou com saudades do seu corpo. 
     Henry o beijou e sorriu enquanto o fazia, inclinou sobre o corpo dele o fazendo deitar lentamente, seus corpos se encaixavam perfeitamente, a tonalidade pálida da pele de Henry se destacava quando estava sobre a do menino.
     Seu membro já pressionado contra o dele clamava por liberdade, liberdade que Troye o daria, seus lábios mordiscavam os dele, suas mãos ora fincadas em suas costas, ora tentando retirar os vestígios de roupas que ainda estavam no corpo do rapaz.
    - Com calma. - Troye puxou o rosto dele para perto e o abraçou, deixando seus lábios próximos de sua orelha para que ele pudesse sussurrar o restante da frase. - Eu quero sentir cada milímetro me explorando.
    - Como quiser. - Ele se posicionou e com cautela o penetrou lentamente, tirando-o gemidos abafados.
    - Eu te amo.
     Depois de todas as caricias e beijos eles se colocaram um ao lado do outro e abriram a garrafa de vinho, Henry os serviu e bebericou um pouco do conteúdo de seu cálice após colocar a garrafa de volta no lugar de onde estava.
     - Feliz 5 meses de namoro. - Eles brindaram.
    - Me diz como foi na entrevista de emprego. Você conseguiu seu estágio?
    - Consegui. - Ele disse sem muito ânimo.
    - Só, consegui? Você sabe o quão difícil esta para conseguir um estágio hoje em dia? - Troye se virou pra ele. - É algo que devemos comemorar também. - Ele ergueu sua taça.
    - Sabe o que é. - Troye o encarou e abaixou sua taça lentamente, aquilo não seria nada bom. - Eles estão me oferecendo 3 mil reais pelo estágio.
    - O QUE?
    - Mas, - Henry o encarou com receio. - Eu vou ter que me mudar, a outra sede deles fica a duas horas daqui e eles só tem interesse se eu for pra lá.
    - Há sim, poxa. - Troye encarou um ponto qualquer a sua frente, ele estava tentando processar toda a informação. - Eu fico muito feliz por você é uma oferta e tanto.
    - Sabe, esses três mil reais me ajudaria muito. - Henry o encarava, mas ele parecia não se importar com a sua presença. - Mas também tem você.
    - Não, não tem eu, Henry. - Ele o fitou. - Você já aceitou.
    - Mas a gente pode continuar como estamos.
    - Desculpa, mas pra mim não dá Henry. - Ele se levantou e colocou sua roupa que estava espalhada pelo chão. - Não vou manter um relacionamento à distância em que vou ter ver apenas em alguns finais de semanas ou feriados, até eu te ver uma vez a cada dois meses e quando percebermos vamos estar conversando com outras pessoas e terminar isso aqui. Então, é melhor parar por aqui.
    - Eu prometo vir todos os fins de semanas ou você vai pra lá.
    - Como Henry? Você vai usar os seus finais de semanas para fazer trabalhos e eu não vou viajar duas horas para te atrapalhar. - Ele pegou seu celular e o encarou. - Eu já namorei a distância, muitas vezes e todos sabem que não é algo que vai pra frente.
    - Você está terminando o que a gente tem?
    - Não. Você terminou o que a gente tinha. - Ele respirou fundo e sorriu. - Mas tudo bem, eu estou muito feliz por você. Sempre vou ter orgulho de você Irlandês. - Sua mão focou a bochecha do rapaz e a beijou.
    - Vamos pelo menos tentar. - Ele disparou quando viu que o pequeno deixaria o quarto.
    - Desculpa Henry, mas eu não quero passar por isso tudo de novo.

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Dêem Play em Broken Roots - Michl

     O relógio marcava oito e dez da noite e Ethan ainda não havia chego, os dedos impacientes de Thomas batucavam a mesa e a garçonete se aproximava pela terceira vez para tentar fazer o seu pedido. 
    - Ele já vai chegar. - A mulher lhe retribuiu com um sorriso forçado. - Ele ja vai..
     Thomas encarou a tela do celular, não havia nenhuma mensagem, nenhuma ligação perdida, não havia nada. Ele já estava prestes a desistir quando a porta do restaurante se abriu e Ethan passou de forma apressada por ela. Ao se aproximar da mesa ele pendurou seu casaco sobre a cadeira e se sentou em silêncio, sem pedir desculpa pelo atraso.
    - Pensei que já tinha ido embora. - Ele pegou o menu e o encarou.
    - Eu pensei que você tinha encontrado outra coisa pra fazer. - Um sorriso de felicidade se formou nos lábios de Thomas, mas logo desapareceu.
    - Infelizmente eu não tinha nenhum programa mais interessante para fazer. E além do mais eu estou com fome. - Ele ergueu o dedo para a garçonete. - Boa noite, eu vou querer o número 6.
    - Eu vou querer o mesmo que ele. - Logo após a atendendo os deixou a sós Tom começou de forma descontextualizada a dizer o que queria. - Eu queria pedir desculpas, por tudo o que eu te fiz passar.
    - Você já me disse isso, três vezes. - Ethan cruzou os braços e o encarou. - Me conta algo de novo.
    - Eu te amo Eth.
    - Ama do mesmo jeito que ama um rabo de saia. - Tom bateu com as mãos na mesa e se levantou.
    - Olha só, eu não vou ficar aqui aturando essa sua falta de maturidade. - Ele o encarou e viu a expressão de Eth mudar. - Eu vim aqui pra conversar com você de peito aberto, mas se você for continuar me tratando desse jeito você me fala logo, porque dai eu passo por aquela porta e você nunca mais vai me ver. 
     Eles ficaram em silêncio um bom tempo, antes que Thomas bufasse e o desse as costas em direção a porta de saída.
    - Espera. - A voz de Ethan percorreu todo o seu corpo o deixando imóvel, ele fechou os olhos e agradeceu eternamente por ter ouvido aquelas palavras sairem da boca dele.
    

    

 


Notas Finais


Infelizmente vivemos em um mundo onde diariamente muitos homossexuais morrem Da mesma forma que que o enzo. 😥 Espero que tenham gostado do capítulo gente, foi um pouco triste, so teve tragédia, mas tudo vai dar certo.

Não esquecam de comentar, isso me fortalece muito e ajuda a divulgar a história, fora que me da mais vontade de escrever rs'

Beijo, amo vocês numbers ♥️


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