Pov’s Jungkook
– Kook-ah?
Olhei para Jun que estava sentada do meu lado. Ela parecia nervosa, talvez fosse a presença de Namjoon.
– O que foi? – Perguntei a olhando.
– Você.... – Ela desviou seu olhar do meu.
– É sobre Namjoon? – Ela me olhou novamente e assentiu.
Por mais que nós tivéssemos aquela intriga em relação a Jun, eu estou disposto a seguir em frente, fui totalmente sincero quando disse que era bom o rever. Por que não podemos ser amigos? Afinal eu e Jun vamos nos casar e estamos criando uma família juntos.
– Estou disposto a seguir em frente e esquecer o passado. – Disse a ela.
– Está? – Ela sorriu e enlaçou seu braço no meu, deitando sua cabeça em meu ombro. – Obrigada.
– Por que está me agradecendo? – Continuei a olhando.
– Eu gosto muito do Namjoon. – Ela levantou sua cabeça para me olhar. – Gostaria que pudéssemos ser amigos, que vocês pudessem fazer isso, mas por minha culpa....
– Jun-ah, você não tem culpa de nada. – Levantei meu outro braço e com a minha mão acariciei seu rosto. – Se ele estiver disposto, podemos ser amigos, tudo bem para você?
Ela sorriu e assentiu, apertando meu braço. Sorri para ela e deixei um selar em sua testa. Olhei em direção a porta e vi Namjoon aparecendo, guardando seu celular no bolso. Ele me olhou brevemente, parece ainda ter muito ódio de mim. Mas....
– Namjoon? – O chamei e todos me olharam apreensivos.
Me separei de Jun e me levantei. Andei lentamente até ele com as minhas mãos no bolso. Assim que parei em sua frente soltei um breve suspiro. Tirei minha mão direita do bolso e estendi em sua direção.
– Quero propor uma trégua. – Ele me olhou sem reação, não consigo decifrar como ele estava se sentindo quanto a isso. – Não quero brigar. – Suspirei com a minha mão ainda esticada em sua direção. – Eu e Jun vamos nos casar, estamos criando uma família, não temos por que continuar nossa intriga. – Dei uma pausa curta. – Jun gosta muito de você, e tenho certeza que a quer por perto também, então por que não deixamos o passado para trás?
– Está me pedindo para esquecer o que me fez passar e ainda ser seu amigo? – Disse ríspido.
Ouvi os garotos pigarrearem atrás de mim, e alguns sussurros de suas esposas. Percebi ele olhar para os garotos e para Jun atrás de mim. Estava pronto para abaixar minha mão, quando ele pegou a minha e me olhou nos olhos. Ele sorriu brevemente mostrando suas covinhas.
Acho que sei o que Jun viu nele. Não só seu belo sorriso, mas Namjoon é um cara legal, ter aceitado seguir em frente depois que eu persuadi sua namorada a dormir comigo... eu mesmo não faria isso, ele tem um bom coração.
– Está certo Jungkook-ah. – Deu ênfase na informalidade.
– Obrigada Namjoon-ah. – Sorri de volta.
– Até que enfim. – Disse Jin passando seus braços sobre os nossos pescoços. – Tive que aguentar três anos dessa briga pela Jun. – Ri.
– Obrigada meninos. – Disse Jun se aproximando e segurando meu braço.
[...]
– Eunwoo e Soo, parem de correr. – Disse Jun.
Assim que chegamos em casa os dois começaram a correr, deixando a minha barrigudinha brava e irritada. Jin me mandou tomar cuidado, agora que ela está com três meses, seus hormônios irão piorar muito.
Ou seja, serei esporro da sua ira repentina. Jun me olhou irritada, engoli a seco e olhei para as crianças, que não obedeciam.
– Ei, ei, ei, vamos parar. – Eu disse calmo, mas não fui ouvido. – Não estão ouvindo a mãe de vocês? – Disse com minha voz grossa e os dois me olharam apreensivos. – Vão se arrumar para dormir, agora! – Apontei para o quarto. – E sem correr.
Os dois abaixaram a cabeça e foram em direção ao quarto. Jun se aproximou de mim com seus braços cruzados e me olhou ainda irritada.
– O que foi amor? – Coloquei minhas mãos em seu ombro.
– Eles não vão me obedecer? – Perguntou brava.
Eu sentia vontade de rir dessa braveza fofa, mas o medo de levar esporro era maior.
– Amor, eles só estão elétricos. – Ela assentiu. – É só o segundo dia do Soo aqui, Eunwoo está entusiasmado por ter um irmão da sua idade.
– Você tem razão. – Suspirou. – Acho que estou muito estressada.
– Está. – Ri.
Ela me olhou com um olhar mortal e eu me arrependi naquele momento de ter aberto a minha boca. Ela bufou e foi em direção ao nosso quarto, me deixando sozinho na sala. Suspirei aliviado por não ter apanhado.
Fui até a cozinha tomar um copo d’água. Caminhei até o quarto dos meninos. Entrei no primeiro quarto, o de Eunwoo e o vi se sentando na cama, caminhei até ele e ajeitei a coberta nele.
– Appa, por que a omma está tão brava? – Ri baixo.
– Por causa do bebe, mamãe vai se irritar bastante, então procure ter paciência com ela, está bem? – Ele assentiu. – Ajude ela sempre, e cuide dela quando eu não estiver em casa.
– Vou cuidar appa. – Ele sorriu. – Eu gostei de ter um irmão. – Sorri. – O Soo é muito legal, eu gosto de brincar com ele.
– Tenho certeza que ele também gosta. – Ele sorriu. – Deixe ele o mais à vontade possível, ainda é um ambiente estranho.
– Sim. – Ajeitei seu cobertor. – Appa?
– Hm?
– Posso dormir no quarto do Soo hoje? Não quero que ele fique sozinho.
– Claro adeul.
O peguei no colo e caminhei até a porta de vidro que separavam os quartos. Assim que abri senti meu coração apertado, ao ver o pequeno encolhidinho sentado no chão olhando para a grande janela.
Coloquei Eunwoo no chão e me aproximei do outro. Assim que me aproximei vi que ele se assustou. Me sentei ao lado dele e o puxei para se sentar no meu colo.
– O que foi? Não está se sentindo bem? – Ele negou. – Não gostou daqui?
– Eu gosto daqui. – Assenti. – Você e a omma são bons para mim.
– Está com medo? – Ele assentiu e abaixou sua cabeça. – Ah Soo, vamos proteger você, está bem?
– Está bem appa. – Ele me abraçou.
Chamei Eunwoo e ele veio com sua cabecinha baixa e se sentou em minha outra perna.
– Soo-ah. – Eunwoo o chamou e segurou a mão dele. – Eu vou proteger você irmãozinho.
Soo sorriu para ele e assentiu com a cabeça. Meu coração não aguenta tanta fofura. Coloquei os dois na grande cama e os cobri, fiquei mais um pouquinho com os dois e logo eles adormeceram.
Sai do quarto e fechei a porta. Caminhei até meu quarto e assim que abri a porta vi Jun com seu hobby aberto, se olhando no espelho. Assim que notou me presença, fechou o mesmo e desviou seu olhar do meu.
– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei fechando a porta.
– Não. – Disse com sua voz baixa.
Me aproximei dela e a abracei por trás, mas logo fui repelido, ela se soltou do meu abraço e se desviou se mim indo até a porta.
– Fiz algo que não gostou? – Perguntei preocupado.
– Vou dar um beijo de boa noite nos meninos. – Disse saindo do quarto.
Suspirei baixo e fui até o banheiro. Me despi e tomei um banho rápido, porém longo o suficiente para que Jun já estivesse voltado. Assim que sai do banheiro, fui até o closet, vendo-a terminando de vestir suas roupas.
Ela abaixou rapidamente a blusa de frio que vestia e desviou seu olhar do meu mais uma vez.
– Jun-ah, o que está acontecendo? – Perguntei mais uma vez. – Está brava comigo?
– Não... é que. – Suspirou. – Não é nada.
Passou por mim e saiu do closet. Peguei a primeira calça de moletom que eu vi e vesti, saindo do mesmo e a alcançando. Segurei seu braço antes que se deitasse na cama e a encarei aflito.
– O que foi?
– Eu.... – Ela desviou seu olhar do meu, mais uma vez.
Isso está acabando comigo, por que ela não me olha? O que eu fiz de errado? Por que ela está me evitando e não me deixando toca-la? Ela começou a chorar e eu me desesperei, a abracei como se fosse a pedra mais preciosa do mundo.
– Por que está chorando? Jun-ah está me deixando preocupado.
– Não quero... que me veja assim. – Disse com a voz arranhada.
– Assim como? – Perguntei me afastando para olha-la.
– Gorda! – Disse com repulsa.
Soltei um riso baixo, mas ao ver que ela falava sério, meu semblante se tornou indescritível.
– Jun-ah, você não está gorda. – Ela negou. – Não está mesmo, está linda.
– Jungkook você me chama de barrigudinha! – Ri. – Não tem graça.
Ela se soltou do meu aperto e se deitou na cama, se cobrindo rapidamente. Dei a volta e me deitei ao seu lado, a abraçando de lado. Ela tentou me empurrar, mas eu apenas a abracei mais forte.
– Sai!
– Não! – Ela suspirou. – Jun-ah, você é a mulher mais linda que eu já vi.
Ela ficou em silêncio e eu aproveitei sua calmaria e pousei minha mãe sobre a sua barriga de pouco volume.
– Você é a gravida mais linda que eu já vi. – Acariciei sua barriga. – É nosso bebezinho que está aqui, e essa é a barriguinha mais linda que eu também já vi. – Ouvi sua risada. – Nunca mais chame a minha barrigudinha de gorda, está me ouvindo?
– Eu te amo. – Ela se virou para mim e eu sorri. – Mas se você me trocar por alguma magrela, eu mato você Jungkook.
– Eu não trocaria minha barrigudinha por nada nesse mundo.
Ela riu e me deu um tapa no peitoral. A puxei para mais perto e selei nossos lábios, calmamente. Passei minhas mãos em suas costas e adentrei sua blusa lentamente. Mordi seu lábio inferior durando o beijo que começou a se tornar mais quente.
A puxei para mais perto, para senti-la melhor e para que ela pudesse sentir a excitação que já começava a se formar. Arfei entre o beijo quando sua perna apertou meu membro, a apertei contra meu corpo.
– Não quero. – Ela disse se afastado.
– Ah Jun-ah. – Olhei para ela incrédulo. – Já faz três meses que você não me deixa te tocar.
– No momento estou sentindo nojo de mim mesma, estou enjoada e não quero transar!
– Poxa. – Olhei para ela com um bico e ela riu. – Uma rapidinha, sinto saudades do seu lado selvagem. – Ela riu ainda mais. – Vai amor. – Apalpei sua bunda com força.
– Hoje não, quem sabe amanhã? – Se afastou de mim.
– Aaaah, você vai me matar.
– Foi você que colocou esse bebe aqui. – Ri.
– E colocaria de novo.
– Então tenha paciência, não estou afim hoje.
– Está bem, você venceu. Sem nada para o júnior hoje.
Ela se levantou rapidamente da cama, me dando um baita susto, correu para o banheiro e eu só pude ouvi-la vomitando. Me levantei rapidamente e fui até ela.
– Sai Jungkook. – Disse assim que me viu.
– Não! – Me abaixei atrás dela e segurei seu cabelo. – Vou cuidar de você.
Acariciei suas costas e segurei seu cabelo, apenas ouvindo ela colocar todo o jantar para fora. Sei que pode ser nojento, mas eu vou me casar com ela e será na saúde e na doença para sempre.
Eu nunca vou deixar ela sozinha, independente para o que seja. Eu também fiz esse filho, então eu sinto que tenho a obrigação de cuidar dela, em cada momento dessa gravidez, seja apenas para segurar seu cabelo ou para segurar sua mão.
[...]
Jun saiu com as crianças para dar uma volta no parque, diz ela ser bom tomar o solzinho da manhã, depois disse que vai deixá-los no Jin, pois Hye pediu companhia para Liu. Pleno sábado e eu já estou sem nada para fazer. Mino ganhou a competição e vai para as finais, além de ter chamado a sua garota para sair.
Ouvi a minha campainha tocar e andei até a porta vagarosamente. Assim que abri suspirei.
– O que você quer Somi?
– Jungkook-ssi.... – Disse com a voz chorosa. – Eu queria conversar com alguém. – Ela começou a chorar. – Eu não sabia com quem falar, me desculpe te incomodar.
– O que aconteceu Somi? Você está bem? – Perguntei preocupado.
– Não. – Ela começou a chorar mais.
Peguei em seu braço e a puxei para dentro, fechei a porta e a levei até a cozinha. Peguei um copo de água para e estendi a ela.
– Se acalme, hm? – Ela assentiu e bebeu a água.
– Tem algo mais forte?
– Somi, ainda são nove horas da manhã.
– Eu sei, eu só preciso de um gole e uma companhia.
Suspirei e assenti. Somi é a garota que conheci na boate que o Jimin me levou, e meio que satisfazíamos um ao outro através de sexo sem compromisso, por esses três anos. Mas quando Jun voltou, ela pareceu compreender bem.
Eu gosto da Somi, ela é uma boa pessoa, gosto de conversar com ela. Creio que ela seja para mim o que Namjoon é para Jun, porém sem todo aquele lance de amor e casamento. Peguei um whisky no armário e coloquei em dois copos.
– Apenas um, está bem? – Ela assentiu.
Me virei e guardei a garrafa no armário novamente. Me virei para ela, e a vi virar seu copo de uma vez.
– Então, o que aconteceu? – Perguntei pegando meu copo.
Ela apontou para o meu copo, apenas virei o meu copo e a encarei, ela deu um meio sorriso para mim.
– Somi?
Coloquei minha mão na cabeça, sentindo uma pequena tontura. Apoiei na mesa e ela rapidamente veio para o meu lado.
– Acho que não estou muito bem.
– Eu também acho, vamos, vou te levar para a cama. – Assenti com a cabeça.
Ela me ajudou a ir até o quarto, com muita dificuldade cheguei até a minha cama. Ela me deitou na cama e o seu sorriso foi a última coisa que eu vi.
[...]
Acordei com uma dor de cabeça horrível, ao abrir meus olhos vi que estava apenas de box, o que era estranho, não me lembro disso. Virei minha cabeça para o lado e arregalei meus olhos, ao ver Somi dormindo ao meu lado, completamente nua.
E para a minha maior desgraça, a porta do quarto se abre, com um Jun completamente sorridente. Mas assim que me vê, seu sorriso some completamente, me levantei rapidamente da cama a encarando assustado.
– Jun-ah eu posso explicar.
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