História My Best Friend Lover - JJK - Capítulo 23 - A verdade

Já fazem cinco dias que mal vejo a Jun, ela só veio aqui buscar algumas roupas, está ficando com Jin e Hye por um tempo. Me dirigiu a palavra somente para me avisar que iria ficar por lá, e pediu para que eu ficasse com os meninos durante a noite.

Sempre que ela vem os buscar na parte na manhã, ela mal me olha, sempre desvia seus olhos dos meus. Isso está acabando comigo, eu sinto tanta falta da sua voz, do seu abraço, do seu beijo e das nossas conversas.

Ouvi a campainha tocar, não esperava por visitas. Caminhei até a porta e assim que abri vi Somi me olhar receosa. Suspirei e a encarei sério.

– Não quero te ver, pode ir embora?

– Eu sei, me desculpe.

– Para de pedir desculpas. – Disse irritado. – Não vai adiantar, você já fodeu com tudo! – Ela abaixou sua cabeça. – Só... vai embora e não volte mais.

– Eu só queria te entregar algo.

– Não quero nada vindo de você Somi, vá embora agora.

Ameacei fechar a porta, mais ela colocou sua mão, impedindo que eu a fechasse. Olhei com raiva e pude notar seu olhar triste.

– Antes pega isso, pode te ajudar. – Ela me entregou três folhas.

Peguei e olhei para a mesma vendo ser uma conversa por mensagens impressa, dela com um número desconhecido. Olhei para ela.

– Pode confirmar, é o número do Namjoon. – Disse virando de costas e saindo.

Fechei a porta e caminhei até a sala, lendo as conversas e verificando as coisas que ela me disse, e ele realmente pediu que ela fizesse isso. Rapidamente liguei para Jimin.

– Oi Jungkook-ah.

– Jimin-ah, eu tenho a prova.

– Prova?

– Somi apareceu aqui em casa.

– Jungkook, se Jun souber que ela está frequentando a sua casa, vai piorar sua situação.

– Ela veio me entregar uns papeis.

– Que papéis?

– Algumas conversas dela com Namjoon.

– Está falando sério?

– Sim, eu só preciso confirmar se é o número do Namjoon.

– Qual o número? Eu tenho o número dele salvo.

– +82-521-234-567

– Merda!

– O que?

– É o número dele Jungkook. – Meu coração gelou.

– Ótimo! Agora não tem como Jun não acreditar em mim.

– É impossível! – Afirmou. – Mas tenha calma, sabe que Jun gosta dele e ela já está muito magoada.

– Eu sei, mas eu preciso falar com ela hoje.

– Só... tenha paciência e não insista muito, não a deixe nervosa, ela está gravida.

– Obrigada hyung, até.

Encerrei a chamada e corri para a porta, atravessei a rua e assim que abri a porta, vi Jun dormindo no sofá. Parecia muito cansada. Me aproximei dela e me agachei, observando-a mais de perto.

Notei seus olhos húmidos e avermelhados, mostrando que ela havia chorado muito, senti um aperto gigantesco em meu peito. Levantei minha mão livre para tocar seu rosto, mas antes que pudesse, fui impedido.

Olhei para cima e vi Jin me olhando sério, enquanto segurava minha mão. Me levantei e o encarei de volta, ele me puxou até a porta e me colocou para fora da casa. Olhei triste para ele.

– Ela acabou de dormir. – Suspirou e encostou a porta atrás de si. – Ela não tem dormido direito durante a noite, está com muita dor e sente sua falta.

– Ela está com dor? – Perguntei preocupado.

– Sim, você a deixou muito estressada Jk. – Ele me olhou triste.

– Hyung, eu tenho uma explicação, eu juro.

– Eu imagino que deva ter. – Ele suspirou mais uma vez. – E qual é?

Eu não disse nada, apenas estiquei os papéis em sua direção. Ele me olhou apreensivo e depois pegou os papéis começando a ler, seus olhos se arregalaram e ele me olhou assustado.

– Esse é o número do Namjoon!

– Sim eu já confirmei.

– Jk, Joon-ah não seria capaz de fazer isso, ele não é assim.

– Hyung, você sabe que ele me odeia, além disso eu confirmei antes de vir aqui.

– Merda, não é possível.

– Hyung, eu preciso mostrar isso para Jun, só assim ela vai acreditar em mim.

– Jk ela não está bem, isso só vai piorar.

– Mas hyung....

– Eu preciso falar com Namjoon antes.

– Não! – Ele me olhou.

– Jk....

– Eu disse que não! – Levantei mais a minha voz. – Eu tenho a prova nas minhas mãos, e mesmo assim você não vai acreditar em mim? – Ele desviou seu olhar do meu. – Bom saber que confia tanto em mim. – Suspirei chateado. – Nos conhecemos a mais de 15 anos, e você confia mais no Namjoon que conhece a um pouco mais de três anos.

– Não é isso.

– Pensei que tinha dito que ficaria do meu lado hyung, mas acho que me enganei.

– Jungkook!

– Eu preciso falar com a Jun, e você não vai me impedir, eu sei que ela vai confiar em mim, diferente de você. Eu acredito que ela vai mostrar que a nossa amizade de anos sempre foi de confiança!

Antes que ele pudesse responder a porta atrás de si abriu, revelando Jun com um olhar ainda mais triste. Provavelmente ouviu parte de nossa conversa. E eu realmente espero que ela acredite em mim, eu confio que ela vai acreditar.

Ela apenas passou por nós dois e atravessou a rua em direção a nossa casa, parou no meio do caminho e me olhou. A encarei preocupado.

– Vamos conversar Jungkook-ah. – Disse calmamente, mas com a voz triste.

Concordei com a cabeça e deixei Jin para trás, caminhando até ela. Entramos dentro de casa e ela foi logo se sentando no sofá, suspirando alto. Fui até a cozinha rapidamente e peguei um copo d’água.

Voltei para a sala e me sentei na mesa de centro, ficando de frente para ela. Entreguei o copo e ela aceitou de bom grado, mas sem me olhar em momento algum. Esperei ela beber água, e antes de começar o assunto ruim, queria saber como ela estava.

– Jin me disse que está com dores. – Ela assentiu. – O que está sentindo?

– Apenas algumas pontadas na lateral da minha barriga. – Disse com a voz baixa.

– Isso é normal?

– Acho que sim, eu ando muito estressada.

– Me desculpa. – Ela assentiu. – Jun-ah, eu quero te explicar tudo..., mas você precisa me prometer que não vai se sentir pior do que está.

– Por que eu me sentiria pior? – Ela finalmente levantou seu olhar para me olhar. – Já não foi o suficiente de pegar na cama com outra?

– Eu e ela não fizemos nada, eu juro. Eu te amo Jun, eu não quero outra mulher. – Ela desviou seu olhar do meu. – Somi me dro....

– Somi? – Ela me olhou de novo. – Você estava com a Somi?

– Sim.... – Ela encostou suas costas no sofá e suspirou alto, colocando sua mão na lateral da barriga. – Você está bem?

– Sim! – Respondeu ríspida.

– Jun-ah, eu e Somi não fizemos nada. – Ela me olhou com seus olhos marejados. – Ela me drogou a pedido de alguém. – Ela arqueou sua sobrancelha. – Alguém queria que você nos pegasse na cama.

– Quem faria isso Jungkook? – Ela riu ironicamente. – Acha que eu vou acreditar nisso?

Entreguei o papel a ela, a mesma olhou para minhas mãos e segurou o papel logo passando seus olhos pelas folhas, de um jeito frenético e rápido. Assim que ela chegou na última ela me olhou deixando suas lágrimas caírem.

– Isso é verdade mesmo? – Perguntou e eu assenti. – Kook-ah, você não está mentindo para mim, não é? – Neguei. – Eu vou saber se estiver mentindo, não minta para mim.

– Não estou mentindo. Jun, eu nunca seria capaz de te trair, todas as coisas que eu disse... eram todas verdades, não foi da boca para fora, eu amo você. – Segurei suas mãos sobre suas pernas. – Eu quero me casar com você e continuar criando a nossa família. – Ela assentiu.

– Quem fez isso? – Perguntou acariciando minha mão com seu polegar.

Só essa pequena demonstração de afeto fez meu coração palpitar e minha felicidade surgir.

– Vai acreditar em mim se eu disser? – Ela assentiu. – Foi o Namjoon. – Ela abriu sua boca, mas não disse nada.

– Namjoon? – Perguntou nervosa. – Ele não faria isso... ele é uma pessoa boa, não faria isso mesmo te odiando.

– Mas fez. – Ela puxou suas mãos, se soltando de mim. – Jun-ah, você tem que acreditar em mim.

– Como você tem tanta certeza? – Perguntou limpando suas lágrimas.

– Liga para esse número. – Ela me olhou. – Liga Jun-ah!

Ela pegou seu celular e discou o número da folha. Colocou no viva voz e me olhou nervosa.

– Annyeonghaseyo? – Uma voz masculina atendeu.

– Hm.... Oi, é a Min Jun. – Ela disse

– Jun-ah? – Sua voz ficou alegre.

– Namjoon? – Perguntou com receio.

– Sou eu. – Ele riu. – Que bom que ligou jagiya, Jin lhe passou meu número?

Ela soltou seu celular e suas mãos tremeram, peguei o celular e encerrei a ligação. Me abaixei rapidamente em seus pés e segurei suas mãos. Ela chorava baixo e seus olhos percorriam o chão em um desespero.

– Jun-ah? – Ela me olhou tremendo. – Ei, não fique assim, por favor.

Ela soltou suas mãos da minha mais uma vez, mas antes que eu pudesse sentir a tristeza ela envolveu seus braços em meu pescoço e me abraçou forte. Sem pensar duas vezes envolvi meus braços em sua cintura, recebendo o abraço que tanto me fazia falta.

– Me desculpa. – Ela disse com sua cabeça deitada em meu ombro. – Desculpa por não te ouvir antes. – Ela acariciou meus cabelos.

– Está tudo bem, a culpa não é sua. – Me separei dela e deixei um selar rápido em seus lábios. – A culpa é do Namjoon. – Disse a olhando em seus olhos.

– Eu ainda não consigo acreditar que ele tenha sido capaz de fazer isso apenas para nos separar. – Seu olhar triste me deixava tão mal. – Joon-ah sempre foi uma pessoa tão boa, não é possível ter se tornado alguém tão possessivo de uma hora para outra.

Me levantei e me sentei ao seu lado. Puxei ela fazendo-a se sentar no meu colo de lado – como se eu segurasse um bebe. Ele abraçou minha cintura e deitou sua cabeça em meu peitoral.

Abracei sua cintura com uma mão e deixei a outra em sua coxa, acariciando a parte exposta pelo vestido branco que ela usava. Sentia tanto fala dela, sei que foram cinco dias, mas eu me tornei dependente de sua presença.

Sem ouvir sua voz ou escutar sua risada gostosa, meu dia se torna triste. Eu não preciso de sexo, eu apenas preciso dela para iluminar meu dia, seus toques e caricias – sem malicia alguma – me faziam tanta falta.

Senti ela se mexer incomodada e se afastou me olhando com um meio sorriso. A olhei confuso. Ela pegou minha mão e levou até sua barriga, onde eu pude sentir uma pequena pulsação. Arregalei meus olhos e ela riu.

– Nosso bebe já está dando sinal Kook-ah. – Sorri e acariciei sua barriga.

– É mesmo nosso bebe?

– Sim, o bebe começa a mexer já com 6 semanas de gestação, mas é muito difícil de sentir, agora com três meses dá para sentir bem. – Ela sorriu.

– Ah, não acredito. – Disse empolgado. Me aproximei de sua barriga. – Oi bebe. – Ela riu. – Appa está ansioso para te conhecer.

Senti as mãos de Jun em meus cabelos, e uma carícia – cafuné – gostosa. Fechei meus olhos e aproveitei seu carinho que me fazia falta todos os dias.

– Sentia tanta falta do seu carinho. – Eu disse me levantando para olha-la, vendo-a sorrir.

– E eu senti saudades dos seus, amor. – Sorri e deixei um beijo em seus lábios.

Jun entreabriu seus lábios, deixando uma leve mordida em meu lábio inferior, logo aprofundando nosso beijo. Sua língua tocou a minha, me causando um choque eufórico. Suas mãos rapidamente seguraram meu rosto, para que eu não pudesse me afastar.

Afirmei minhas mãos em sua cintura e coxa, respondendo seu beijo quente e delicioso na mesma intensidade. Jun sem separar nossas bocas, se levantou do meu colo, apenas para passar uma de suas pernas pela minha cintura.

Sentando-se em cima de meu membro que já se encontrava animado. Ela soltou um suspiro quando puxei sua cintura para mais perto, deixando nossos corpos extremamente colados, onde apenas as roupas atrapalhavam.

Desci minhas mãos para suas coxas, deslizando para cima e sentindo toda a sua pele arrepiar – adentrando o vestido e chegando em suas nádegas, onde apertei com vontade por cima de sua calcinha, ouvindo um arfar como resposta.

Jun começou a rebolar lentamente no meu colo, nos causando algum prazer, fazendo com que nós nos separássemos para respirar, ambos ofegantes. Olhei nos olhos vendo a pura luxuria, eu sentia falta desse olhar, três meses não eram pouco, mas eu sou paciente.

– Eu quero você Jungkookie. – Ela sussurrou me olhando.

Sorri para ela e apertei sua bunda, a ajudando com os movimentos. Comecei a beijar seu pescoço, deixando pequenos chupões em sua pele branca. Até que ouvimos o som da porta se abrindo.

Jun me olha ofegante e logo se sentou ao meu lado. Vejo Jin adentrar minha casa como um jato.

– Estamos conversando hyung. – Eu disse assim que ele apareceu na sala.

Ouvi Jun rindo baixo e senti um beliscão em minha coxa, me fazendo sorrir ladino.

– Você ligou para o Namjoon? – Perguntou diretamente para mim.

– Eu liguei. – Disse Jun se levantando e o encarando. – Precisava ter certeza. – Disse com sua voz triste.

– Pois bem, ele está te esperando lá em casa!