Cinco meses depois
Jun está no seu oitavo mês de gravidez, mas faltam apenas duas semanas para completar nove meses, minha barrigudinha está enorme e fofa. Hye está no seu nono, faltam poucas semanas para que ela tenha sua linda menininha.
A esposa de Yoongi teve um lindo garoto, é simplesmente a cara do pai. Eu nunca pensei ver Yoongi tão sorridente na minha vida, ele é o mais fechado do nosso grupo, sorri poucas vezes, mas esta babando em cima de seu filho que completou três meses de vida.
Jin e Hye estão contando os segundos para terem sua outra criança, Liu está super animada por ter uma irmãzinha e diz que a mais nova será sua bonequinha.
Eunwoo e Soo completaram quatro aninhos, incrível! Eunwoo completou quatro anos a dois meses e Soo logo no mês seguinte, uma surpresa o aniversário de ambos serem perto, e o mais incrível é que nosso bebe fará aniversario logo depois deles também.
Já eu e Sun estamos extremamente animados, ela tem passado bem nesses últimos meses, passou mal algumas vezes, foi para o hospital duas das vezes pois estava desidratada, mas estamos conseguindo lidar bem com tudo.
Parece que nossa vida está nos eixos novamente, o pai Jun não a procurou, seu irmão vem nos visitar as vezes e ele é realmente um cara bacana, mas as vezes sinto ciúmes do carinho enorme que ele tem por ela, me incomoda o jeito que ele a abraça e a toca.
No momento estou me preparando para a tão esperada luta. Mino ganhou várias competições e agora é a minha vez de retornar ao pódio, como a luta da noite, estou completamente nervoso, essa é a minha primeira luta de retorno.
– Coach estou nervoso. – Disse dando pulinhos e encarando o mais velho.
– Yaah meu filho, vai se sair bem, não está tão velho assim. – Ele riu.
– Tenho certeza que o senhor vai se sair bem coach, me ensinou tudo que eu sei. – Disse Mino e eu sorri.
– Obrigada. – Sussurrei. – Só estou um pouco receoso. – Eles assentiram. – Eu só queria um beijo da minha noiva, quem sabe não me animo. – Eles riram.
– Um beijo meu?
Me virei rapidamente e vi Jun adentrar a sala, com sua grande barriga, sorrindo para mim. Tudo parecia um sonho.
– A única que consegue acalma-lo. – Disse o senhor de idade e ela riu.
– Será mesmo? – Ela parou ao meu lado e tocou meu rosto. – Ultimamente a única coisa que o acalma é a minha barriga. – Ela fez uma careta e nós rimos.
Dei um beijo em sua testa e rapidamente fiquei de joelhos. Deixei um beijo em sua barriga coberta por um vestido longo e fino. Coloquei minha mão sentindo meu bebe chutar e meu coração se aquecer e se acalmar rapidamente, Jun já não é mais a única que me acalma.
– Vamos dar-lhes mais privacidade, se prepare meu filho. – Disse meu coach logo saindo ao lado de Mino.
– Oi meu bebe. – Ouvi a risada de Jun. – Appa está nervoso. – Jun colocou sua mão em meus cabelos e afagou-os. – Sua omma gosta quando converso com você. – Disse levantando meu olhar vendo Jun com um sorriso.
– Sim eu gosto. – Sorri.
Me levantei e fui atrás de minha garota, a abraçando por trás, era mais confortável para ela o bebe, assim eu não apertava sua barriga. Pousei minhas mãos em sua barriga e acariciei.
Jun encostou sua cabeça em meu ombro e pousou suas mãos sobre as minhas, também as acariciando. Olhei para ela que virou sua cabeça para me olhar e deixei um selar demorado em seus lábios.
– Amor, falei para ficar em casa. – Disse assim que nos afastamos. – Precisa descansar, principalmente agora que está mais perto.
Ela fez uma careta e foi até o banco. Ela se abaixou com as pernas abertas tentando se sentar, era fofo e engraçado, mas da última vez que eu ri, apanhei, então preciso conter minha risada. Me aproximei e a ajudei a se sentar.
– Eu não podia faltar. – Me sentei ao seu lado e segurei uma de suas mãos, enquanto com a outra ela acariciava sua própria barriga. – É o seu retorno amor, eu precisava ver. – Sorri. – E quem mais lhe acalmaria, se não fosse eu e o bebe?
– Tem razão. – Levei sua mão até minha boca e a beijei. – Obrigada por vir. – Ela sorriu mostrando seus lindos furinhos na bochecha.
Levantei uma mão e cutuquei seu furinho, ela riu ainda mais.
– Aegyo, você sempre faz isso, deixa minha covinha.
– Errado, é a minha covinha. – Ela deixou um selar rápido em meus lábios.
– Sr. Jeon. – Olhei para o lado e fiquei em pé. – Tem cinco minutos para se preparar. – Assenti e fiz uma reverencia.
– Bom, acho que está na minha hora. – Olhei para ela e a ajudei a se levantar. – Me deseje sorte amor. – Ela sorriu.
– Você não precisa, é o melhor. – Deixou outro selar em meus lábios e saiu.
– Você é a melhor. – Sussurrei para mim mesmo.
[...]
– Deste lado temos Jeon Jungkook! – Disse o árbitro no meio do do-jang (tatame). – E deste lado temos Min Chin-ho! – Olhou para nós dois. – Insa (cumprimento).
Ficamos de frente um para o outro e fizemos um reverencia. Antes que a luta começasse – enquanto o árbitro ditava as regras – como de costume olhei para a plateia a procura de meus amigos.
Logo avistei todos os meus amigos. Como hoje era uma luta importante, todos estavam presentes, até mesmo as esposas de meus amigos, incluindo a esposa de Yoongi com seu bebe nos braços.
Estavam todos quase ao lado do do-jang, próximos o suficiente para falar comigo e eu ouvir seus gritos de torcidas. Olhei nos olhos de cada um deles, e parei meu olhar em Jun, que sorria enquanto acariciava sua barriga. Ela me deu tchauzinho animada e não consegui evitar sorrir
Me virei para frente novamente, prestando atenção em meu oponente. Que me olhava seriamente, e pelo que notei, não havia ninguém torcendo por ele.
– Tchariôt (atenção). – Olhou para ambos. – Kianhé (cumprimento). – Novamente nos curvamos. – Jumbi (pronto). – Nos preparamos, sem desviar o olhar um do outro. – Shijah (começar).
Rapidamente começamos a lutar. Chinho foi o primeiro a partir para cima, me dando um chute, na costela, que me fez rapidamente cambalear para o lado. Isso me assustou um pouco, eu nunca fui o primeiro a começar a apanhar
– Vamos filho! – Ouvi meu coach dizer próximo ao tatame. – Vá para cima, não recue. – Gritou.
[...]
Agora no último round. Já estava extremamente cansado, não estava sendo uma luta nada fácil. Chinho é realmente muito bom, talvez eu possa dizer que até mesmo melhor do que eu.
Ele me acertou muitas vezes, quanto eu... não acertei muitas, se eu não o nocautear agora, posso perder por pontos, e não é isso que eu quero, não quero perder a minha primeira luta de retorno.
Terminando um minuto de descanso, fiquei em pé novamente me aproximando do meio do do-jang. Ambos nos curvamos um tanto ofegantes.
– Shijah. – Disse o árbitro.
Começamos novamente, e por um momento de distração minha, levei um chute alto na cabeça, e fui direto ao chão. O arbitro apareceu ao meu lado e começou a dar tapas, eu estava tão ofegante e tonto que não conseguia me levantar.
– Jungkook! – Olhei para o lado com a minha visão turva. – Amor, levanta! – Ouvi Jun gritando.
Suspirei e na contagem de oito me levantei, ainda me sentindo um pouco tonto.
– Continuem! – Disse o árbitro.
Assim que me levantei dei um chute no meio de seu peitoral o fazendo cambalear para trás e quase cair. Ele avançou contra mim e eu consegui desviar de seu chute, desferindo um soco em sua barriga logo em seguida.
Desferi três socos no meu oponente, logo dando um salto giratório e um chute gancho em sua cabeça, fazendo-o cair de lado direto para o chão.
O árbitro se aproximou dele, fez a contagem regressiva, e quando chegou ao dez, ele não havia se levantado. O árbitro levantou sua mão em minha direção.
– Nocaute! – Gritou o mesmo.
Olhei para meus amigos que pulavam em comemoração, e Jun abraçou Hye totalmente feliz. Sorri para eles e fui até o meu oponente. Estendi minha mão e ele aceitou de bom grado. Tirou seu capacete e sorriu para mim, fiz o mesmo.
– Foi uma honra lutar com você Jeon. – Ele disse fazendo uma reverencia. – Sempre ouvi falar de você, realmente luta muito bem.
Isso me surpreendeu, ele é muito simpático e sorridente, no início da luta cheguei até a me assustar pela sua seriedade, ele é um bom lutador, extremamente profissional. Fiz uma reverencia de volta.
– Espero podermos lutar mais uma vez, quero uma revanche. – Ele riu.
– Será uma honra Min. – Ele sorriu e se afastou.
Fui até a arquibancada e Jun rapidamente me puxou para um abraço, mesmo estando completamente suado.
– Eu disse que você conseguiria. – A abracei de volta. – Você ganhou outro troféu Kook-ah!
– Meu maior prêmio está nos meus braços. – Ela riu e me apertou mais.
Me afastei e cumprimentei todos os meus amigos.
– No meu filho não. – Disse Yoongi me afastando. – Está todo suado, nem toque nele.
– Pare de ser ruim Yoongi. – Disse a esposa dele. Rapidamente ele abaixou a cabeça.
– Submisso. – Tossi e ele fez uma careta. – Não se preocupe, eu vou tomar um banho. – Ele assentiu e eu ri.
[...]
– Appa, appa, appa. – As crianças começaram a pular no meu pé. – Deixa eu ver, deixa eu ver. – Ri e me abaixei com o troféu em mãos.
– NOSSAAAA. – Eles gritaram.
– É grandão. – Disse Soo.
– Appa eu também quero um, me dá um. – Disse Eunwoo empolgado.
– É de vocês. – Vi os olhos dos dois brilharem.
– Jungkook. – Jun pigarreou.
– Levem e coloquem no quarto de vocês. – Eles correram com o troféu em mãos. – O que foi? – Me levantei.
– Por que fez isso? – Ela me olhou abismada.
– Eles queriam um troféu e eu já tenho muitos, não me importo com algo material. – Ela suspirou. – Eu já tenho você que é o mais importante.
– Por mais que isso seja fofo.... – Sorri. – Não vai dar certo, você acabou de fazer uma grande merda. – Arregalei meus olhos.
– Por que? – Perguntei confuso.
Ela pousou uma mão na cintura e apontou para o corredor com sua outra mão, na mesma hora os dois vieram chorando, me senti desesperado.
– Omma, Eunwoo não quer me dar o troféu.
– Mas o appa deu para mim. – Os dois choravam.
E só agora eu entendi a grande burrada que eu fiz. Suspirei e fui até a estante onde continham meus troféus, peguei outro deles e caminhei até Soo, logo lhe dando.
– Agora parem de chorar, cada um de vocês tem um, está bem? – Eles sorriram e voltaram para quarto. – Agora eu entendi. – Ela riu.
– Você tem muito o que aprender ainda jagiya. – Sorri e me aproximei.
– Mas você vai me ensinar tudo, não vai? – Segurei sua cintura.
– Vou querido. – Ela enlaçou seus braços em meu pescoço.
Não conseguíamos mais ficar nesta posição, sua linda barriga atrapalhava, não conseguíamos ficar mais colados, então não consegui evitar, comecei a rir. Ela me olhou confusa.
– Do que está rindo?
– Amor, não consigo nem te dar um cheiro. – Ela se afastou de mim.
– Está me chamando de gorda?
– Não claro não. – Arregalei meus olhos. – Só... não consigo mais sentir seus peitos, eu gostava disso. – Ela bufou e me deu tapa.
– Idiota. – Se sentou no sofá com aquela dificuldade engraçada e fofa. – Não ria! – Apertei meus lábios segurando minha risada. – Nunca mais vai fazer um filho em mim. – Arregalei meus olhos.
– O que? Por que amor? Eu quero mais.
– Mais o caramba. Você só sabe rir de mim, já estou com saco cheio de você. – Arregalei meus olhos e me sentei ao se lado. – Não me toca Jungkook ou você vai apanhar! – Ela me olhou séria.
– Amor, só estou brincando, sabe que eu te amo. – Beijei seu ombro. – Jun-ah. – Ela não me olhava. – Noona. – Continuou me ignorando. – Oh minha buchuda. – Ela me olhou com raiva e na mesma hora eu ri.
– Filho da puta.
Ela me deu um tapão na coxa, o mesmo deu um estalo alto e ardeu pra caramba, até mesmo fiz uma careta e comecei a esfregar minha perna tentando amenizar a dor. Ela me olhou parecendo arrependida.
– Ah desculpa. – Ela disse passando sua mão não minha coxa.
Queria rir, mas me limitei a fazer drama.
– Ai Jun, doeu.
– Me desculpa, eu fiquei com raiva.
– Eu ganho um beijo? – Ela arqueou sua sobrancelha. – Você me machucou.
Ela me deu um selar rápido. Sorri para ela e joguei minhas pernas no sofá, deitando em seu colo, logo recebendo seu carinho – cafuné.
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