História My Boss-Min Yoongi - Two

Yoongi On

Mais um dia se inicia com os primeiros raios de sol, me acostumo com a claridade do quarto e tento me levantar porém há um peso em cima de mim. Tento me livrar de seus braços ao meu redor porém seu aperto se intensifica ao meu redor. Depois de muito tentar, consigo fazê-la me soltar e se agarrar a um travesseiro.

Pego minha cueca esquecida em um canto do quarto e a visto indo em direção ao closet para escolher a roupa que iria usar em mais um dia de trabalho. Após deixar tudo separado e alinhado no cabideiro, caminho na ponta dos pés até o banheiro. Por que? Bem... Não quero acordar quem quer que esteja na minha cama. Muito menos se for quem eu estou pensando...

- Oppa? Vc já acordou? Não vai se despedir de mim?

Droga. É quem eu estou pensando. Park Jihyo, em toda sua melosidade logo de manhã. Tenho que respirar fundo pra que eu responda de forma educada.

- Você estava num sono tão bom. Não queria te acordar.

Sorrio. O sorriso mais falso e forçado que já dei em toda minha vida. Pego minha toalha no canto do armário e entro no banheiro pronto pra tomar banho. Ao entra no box e ligar o chuveiro sinto dois braços circundarem minha cintura

- O que você está fazendo?

Pergunto ao senti-la me abraçar por trás. Percebo que a mesma ainda está sem nenhum tipo de roupa, pois, seus seios roçam rijos em minhas costas.

- Ah, eu tava pensando em te fazer companhia no banho... O que você acha?

Dou um riso anasalado e me viro pra ela a puxando pela cintura pra mais perto de mim. Embrenho meus dedos pelos fios de sua nuca os puxando pra baixo com cuidado pra não machucá-la. Aproximo minha boca de seu ouvido e sussurro quase rouco.

- Só companhia? Tem certeza que é só isso que você quer?

Roço meus dentes por seu pescoço sentindo seus poros de arrepiarem. Ela deixa um arfar sôfrego escapar pelos lábios e sorri de lado. Não precisa de nem uma palavra pra que eu entenda o que ela quer. Entro no box ainda com ela colada a mim e a mesma já pula em meu colo fazendo com que eu me encaixe nela. Sexo logo de manhã. É tão bom. E é apenas isso. Um prazer compartilhado entre mim e ela, sem sentimentos, um relacionamento sério, nada disso é apenas sexo, com todas as outras é, e vai ser sempre assim.

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Izzy On

Bom, alguns dias se passaram desde que fiz aquela primeira entrevista com Jennie. Pensei que ela me chamaria logo mais parece que não. Fiquei até meio pra baixo. Poxa ela me elogiou tanto, disse que era de alguém como eu que precisavam na empresa e até agora nada? Estou começando a pensar que não me chamaram pra segunda fase.

- Aigoooo desfaz esse bico Izzy! Fica calma amiga se for pra ser eles vão te chamar! Se não azar o deles, por que estão perdendo uma baita de uma funcionária.

Diz Dahyun se deitando em meu colo com aquela carinha de preocupada que só ela sabe fazer. Sorrio e descanso as mãos em seus cabelos em um carinho que chega a ser triste.

- Ai amiga me elogiaram tanto disseram que iam me chamar e até agora nada. Estou ficando desmotivada. Preciso de um emprego logo! O pequeno seguro que eu ainda recebo pela morte da minha mãe não vai durar pra sempre e eu preciso pagar a...

Paro de falar ao ouvir meu celular tocar. Dahyun se levanta num solavanco só e faz um sinal desesperado pra que eu atenda logo. Pego o celular respiro fundo e atendo.

- Alô?

- Alô senhorita Isabelle?

- Jennie? É você?

- Olá senhorita Isabelle é Jennie quem fala sim tudo bem com a senhorita?

- Por favor me chame só de Isabelle. Eu estou bem sim e você?

- Ah eu estou ótima obrigada por perguntar. Desculpa a demora para lhe retornar é que foram tantas entrevistas acabei me perdendo.

- Ah tudo bem...

Tudo bem nada. Acho que vou explodir por dentro. Tampo o microfone do celular e respiro fundo voltando ao celular.

- Estou ligando para marcar aquela última entrevista com o presidente da empresa sabe? Você está ocupada hoje? Se você não estiver pode ser hoje mesmo, o presidente ainda não chegou mas ainda da tempo pra mim avisá-lo sobre sua entrevista.

Penso um pouco se haveria algo de importante hoje. Não havia passado nem das 7:00 da manhã e eu só tenho aula a noite. Sem trabalhos pra fazer ou provas então...

- Sim, hoje da pra mim sim. No mesmo horário?

- Isso mesmo. Marcado. Nós vemos daqui a pouco então até mais.

Me despeço dela e encontro Dahyun me encarando como se esperasse uma explicação.

- Eu... Tenho... Uma... Entrevista... Com...

- Fala direito peste!

- EU TENHO UMA ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA OUTPLANNING DAQUI A UMA HORA!

Solto tudo de uma vez bem alto vendo ela gritar de felicidade junto comigo e pular em cima de mim fazendo com que nos duas fôssemos ao chão.

- AI.

- Parabéns amigaaaaa eu disse que iam te chamaaaaar aaaaaaaaa eu tô muito feliz por você sério! Agora levanta a bunda do chão e corre pra se arrumar pq são 7:10.

Levanto num pulo, tirando ela de cima de mim antes lógico, e corro pro banheiro. Tomo um banho rápido e escolho uma roupa parecida com a que usei no dia da minha entrevista com Jennie: uma camisa branca, um blazer cinza de pelinhos, uma saia social também preta e saltos pretos. Opto por deixar o cabelo solto e faço uma maquiagem bem levinha apenas um rímel e um batom.

Desço as escadas rapidamente parando apenas pra me despedir de Dahyun que me deseja boa sorte. Agradeço e saio do apartamento indo até o ponto de ônibus a ponto de ver ele sair.

- Merda...

Olho ao redor e encontro um táxi parado. Vou até ele e encontro o motorista dentro dele. Agradeço mentalmente por isso e peço que ele me leve até a OutPlanning.

Algum tempo depois

Chego na empresa às 8:25. Nossa que raiva. Tudo conspirando pra dar errado hoje. Primeiro perco o ônibus, depois encontramos um engarrafamento no caminho pra empresa e eu tenho que pagar a mais pro taxista achar um caminho que faça com que eu chegue na empresa dentro do horário combinado. Agora aqui estou eu sem um tostão furado na bolsa. Terei que pedir pra Dahyun me buscar quando a entrevista acabar. Respiro fundo afastando meus problemas da cabeça e colocando um sorriso no rosto antes de entrar na empresa. Vejo Jennie de longe andando de um lado pro outro parecendo aflita. Assim que me vê ela sorri tanto que achei que ia rasgar suas bochechas.

- Aí você chegou... Pensei que não viria!

- Desculpe... Perdi o ônibus e tive que vir de táxi. No caminho tinha um engarrafamento e fiquei presa no trânsito.

- Ok, ok o que importa e que vc está aqui agora. Vamos o presidente já chegou e está à sua espera.

Afirmo com a cabeça e a sigo, só que dessa vez por um caminho diferente. Entramos num outro corredor mais movimentado dessa vez e seguimos até um elevador. Entramos nele e ela aperta o último andar.

Ficamos em silêncio durante todo o trajeto até o presidente. Ao chegar no andar desejado ela vai comigo até a porta da sala e pede que eu espere. Ela demora um pouco e a sala parece silenciosa. Me destraio com a decoração do andar até ouvir a porta abrir novamente só que quem sai não é Jennie. É outra mulher pouco coisa mais baixa, de cabelos curtos meio enrolados, com um vestido meio brilhante demais e chamativo demais pra ela ser funcionária da empresa. Ao passar por mim ela me olha de cima a baixo e sai andando de nariz empinado em direção ao elevador. Ela entra nele e dá tchauzinho pra mim com uma cara de puro deboche. Não entendo o pq e continuo olhando pro elevador de portas fechadas.

Jennie sai da sala pouco depois com uma cara nada boa, ela parece irritada.

- Desculpe. Você não precisava ver isso. Ela te disse algo?

- Ver? Eu não vi nada. E não ela não me disse nada... Apenas acenou pra mim com uma cara de deboche mas eu nem liguei.

- Ah ótimo. Pode entrar senhor Min vai te atender agora.

- Ah ok. Obrigada Jennie.

- De nada. Boa sorte na reunião. Não deixe ele te intimidar e seja você mesma. Estou torcendo por você.

Sorrio pra ela e bato na porta. Escuto um "pode entrar" e entro na sala. Encontro um lugar em tons de cinza, branco e preto.

No centro da sala há uma mesa preta cheia de papéis e com alguém sentado no meio dela com as mãos apoiadas sobre o queixo me observando. Meio envergonhada pela atenção refletida sobre mim eu ando até sua mesa e faço um breve reverência seguindo os costumes coreanos.

- Bom dia Sr Min..

- Bom dia srta Drummond. Sente-se por favor.

Me sento a sua frente e vejo o mesmo seguir meus movimentos com os olhos. Suas mãos deixam seu queixo e repousam sobre a mesa.

Ele, diferente de Jennie, tem um notebook e um computador em sua mesa. Ele leva seu olhar até seu computador e parece ler algo. Continuo em silêncio até que ele volta seu olhar pra mim.

- Então srta Drummond. Apenas 19 anos e um currículo tão extenso, me diga tem experiência como secretária?

- Sim, trabalhei durante 3 anos em uma microempresa no meu país e mais 2 anos em uma empresa de exportação.

Ele digita algumas coisas no notebook e volta sua atenção pra mim novamente.

- Da pra notar por sua aparência que você vem de longe. De onde é?

- Vim do Brasil.

Um pequeno sorriso se faz presente em seus lábios e ele escreve mais alguns coisas em seu notebook.

- Nossa. Bem longe. Veio pra ficar ou pretende voltar pra lá?

- Vim pra ficar. Não pretendo voltar pra lá tão cedo.

Há certo receio em minha voz e ele percebe isso, tanto que muda de assunto.

- Tem experiência no mercado de ações? Fazer contratos relatórios? Intermediar negociações coisas do gênero?

- Sim senhor.

- Tem disponibilidade pra sair do país em alguma eventualidade da empresa? Por que caso aja alguma negociação externa vc terá que ir comigo.

- Sim. Só preciso que me avise antes pra que eu possa me organizar.

- Ah sem dúvidas você será avisada com antecedência.

Afirmo com a cabeça e vejo ele voltar a olhar pro computador. Digita mais algumas coisas e fecha o notebook.

- Bem, depois de analisar seu currículo, conversar com Jennie sobre a sua entrevista com ela eu cheguei a minha decisão.

Há uma pausa em sua fala, gelo da cabeça aos pés pois sua expressão é seria. Ele me encara durante um tempo e eu sustento seu olhar com o meu. Por que há tamanha seriedade em uma pessoa que sorria agora a pouco? Estou com medo...

Perdida nesses pensamentos mal escuto quando ele volta a apoiar suas mãos no queixo e diz:

- Está contratada.