História My brother (Long Imagine Yugyeom) - Capitulo 28 - Imagem distorcida

‘’Um subtil pensamento erróneo pode dar lugar a uma indagação frutífera que revela verdades de grande valor.’’

- Isaac Asimov

Assim que chegámos ao aeroporto de Veneza havia uma grande placa á entrada completamente cercada com o vidro das portas, uma das frases dizia ‘’Bem vindos’’ em italiano mas de certa maneira este sítio não me trazia grande segurança. Haviam pessoas por todos os lados, umas corriam, umas choravam, haviam abraços, beijos, olhares profundos e despedidas dolorosas…já outras pessoas simplesmente estavam sentadas sozinhas á espera que algo acontecesse. Se fosse noutra altura eu seria uma destas…sozinha á espera que o mundo se resolva sem mim.

Bambam e Mark caminhavam a meu lado enquanto Yugyeom se deixava ficar para trás, pelo que eu entendi ele estava a tentar manter-se o mais distante possível do meu irmão. Não percebo o porquê de tudo isto, tanto um como outro estão a agir de maneira super infantil mas para evitar alguma discussão decidi ficar calada e esperar pelo que eles vão fazer.

-Ei…eu acho que já está na altura do pequeno almoço dos humanos.- disse Mark enquanto apontava para mim.- Se é para morrer que pelo menos seja por um vampiro sádico e não por estar esfomeado, é muito mais heróico.

-Lamento informar-te Tuan mas nunca vais ser um herói.- disse Bambam.

-Gostava de saber porque é que me odeias tanto.

O meu irmão lançou-lhe um olhar furioso e profundo que fez com que Mark se calasse, este levantou ambas as mãos com as palmas viradas para a frente e afastou-se logo de seguida.

-Patético.- murmurou Bambam enquanto se aproximava de mim.- Queres comer o quê?   

-O Mark pode escolher eu tenho que ir á casa de banho…Yugyeom podes vir comigo?- respondi eu elevando o meu tom de voz um pouco mais no final.

Bambam aproximou-se de mim e agarrou na minha mão direita calmamente enquanto os seus lábios estavam muito perto do meu ouvido.

-Sabes ele não é quem tu pensas, tens uma imagem muito errónea e distorcida dele. Príncipes encantados não existem Rosalie…e ele não é a pessoa certa para ti.

Afastei-me devagar sem responder, caminhei até Yugyeom e fiz sinal para caminharmos.

Não sei que raios acabou de acontecer mas acho que já devo esperar tudo do meu irmão.

As suas palavras ecoavam com força na minha cabeça, mas não podiam ser verdade. O Yugyeom não é nenhuma ilusão e o amor que eu sinto por ele também não.

Assim que chegámos á porta da casa de banho Yugyeom empurrou-me para dentro e encostou-me á porta logo de seguida.

-O que é que estás a fazer?- perguntei eu enquanto me ria.

Ele não respondeu os seus lábios encostaram-se aos meus com desejo e a suas mãos agarravam a minha pele com mais força do que o normal, sentia cada centímetro do meu corpo ficar vermelho quando ele me apertava, levantei a minha perna de maneira a alcançar a sua cintura e aproximei os nossos corpos ainda mais.

A sua boca foi parar ao meu pescoço com várias mordidas impiedosas enquanto as minhas mãos entravam dentro da sua camisa e passeavam pelo seu peito gelado e arrancavam alguns gemidos da sua parte.

Ele fez força e pegou-me ao colo para me levar até ao lavatório, os seus beijos nunca cessaram e notava-se a impaciência que ele sentia neste momento.

Um pequeno reflexo de sanidade apareceu na minha cabeça quando as suas mãos subiram pelas minhas coxas com força.

-Yug…Yugyeom…é melhor pararmos…- disse eu entre os beijos.

Os seus lábios tocaram-me mais algumas vezes até ele se afastar, apenas a suas mãos continuaram a fazer movimentos nas minhas coxas.

-Estás com medo de ser apanhada?- perguntou ele com um enorme sorriso nos lábios. -Sabes que eu nunca deixaria isso acontecer.

-O que é que te deu?

Uma das suas mãos subiu mais para cima e ele aproximou o seu rosto ainda mais do meu.

-Tenho saudades tuas.- sussurrou ele ao meu ouvido. Todo o meu corpo se arrepiou quando o seu hálito gelado embateu com a minha pele.

-Também tenho saudades tuas, mas este lugar não me parece apropriado para nada desse tipo…

Yugyeom afastou-se de mim bruscamente e fitou com os olhos arregalados a porta.

A maçaneta rodou e dois homens entraram relativamente devagar.

Ambos estavam vestidos de preto, as suas peles eram extremamente brancas e as suas feições muito perfeitas, um deles era mais encorpado e olhou para mim com um grande sorriso no rosto.

-Acho que tens algo que nos pertence.- disse o outro enquanto olhava para Yugyeom.