Os dias seguintes foram quase normais entre mim e o Joon. Digo isso pois a gente meio que continuava sem se falar o que já era assim, o fato é que ele começou a chegar tarde no quarto, se deitava na cama e não me olhava. Claro, o fato dele não me olhar não é tão estranho, a questão era clara, ele estava me evitando. E então esse "não falar comigo" estava além do que era normal. Ele me chamava de pirralho só para me provocar, e agora, ele simplesmente não falava nada. Quando eu chegava na cozinha pela manhã, ele já estava saindo. Então resolvi fazer o mesmo, afinal eu iria respeitar a atitude dele.
No colégio, eu continuava andando com meus amigos. As vezes o Jungkook vinha me dá um oi, e eu procurava evitá-lo, pois não queria provocar o RM. Mas não era fácil ficar sempre distante do Kook, pois ele era persistente. E eu mesmo me sentindo nervoso com sua presença, o achava charmoso.
E então num desses dias, ao final da tarde quando, eu estava com dor de cabeça. Não me sentia bem, e como não queria incomodar meus amigos, não comentei nada, e fiquei esperando o RM sair para pedir carona.
O avistei se aproximar.
-- Nam-Joon - não queria provocá-lo -- posso ir com você? - procurei ser o mais direto possível.
Ele pareceu visivelmente surpreso com minha pergunta.
-- Você lembrou que tem irmão? - ele passa por mim, para e sem visualizar meus olhos ele continua -- Melhor você continuar fingindo que eu não existo e volte sozinho como sempre.
Senti um grande aperto no peito, e não sabia o que dizer. Então ele achava que o distanciamento era meu e não dele.
O vejo entrar no carro sem nem olhar para mim.
Como ele pôde falar isso? E minha cabeça piorou a dor, eu estava quase gritando sem suportar. Sinto tontura e quando vou pendendo alguém me segura.
-- Tudo bem V? - era o Kook me segurando quase me abraçando.
-- Estou com dor de cabeça.
-- Venha eu te levo pra casa.
-- Apenas chame um táxi.
-- Não. Eu te deixo.
-- Não precisa. - eu só queria evitar que o Joon me visse com ele.
-- Deixa de bobagem.
Ele me segura direito me guiando, segurando meu antebraço, e então ele me abraça.
O Jungkook me abraçou do nada. Foi confortante. Mesmo não entendendo o motivo, a pressão em minha cabeça subiu e a dor piorou.
-- Por quê você continua me assediando?
Ele pareceu surpreso com minha pergunta.
-- Apenas deixe eu te ajudar V. Depois a gente conversa.
Sentia seu carinho por mim nas batidas do seu coração.
Pela primeira vez senti os sentimentos de outro por mim.
Então deixei ele me levar.
O Kook pilotava com cuidado evitando solavancos e ultrapassagens perigosas. Eu segurava em sua cintura, mas evitava abraçar seu corpo, segurava apenas na camiseta.
Minha cabeça estava ficando zonza. Me sinto tonto e a dor está insuportável. resolvo segurar envolta de sua cintura abraçando-o.
Seu corpo me passa segurança. Me apoio nele. A paisagem passa rápido.
Em frente a minha casa, Jungkook deixa a moto de lado, e fica na minha frente.
-- Quer que eu fique um pouco com você?
-- Obrigado Kook.
Evito seus olhos. Mas ele me abraça novamente.
-- Tome um remédio, e procure dormir logo.
Depois que entrei e fechei a porta. Senti meu corpo quente.
Senti meu coração bater diferente.
...
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